Você está na página 1de 14

Capítulo 2 – Prof.

Carlos Freitas

Escolas de Gestão
Capítulo 2
Escolas de Gestão

História ou modelos de gestão?

“História” da gestão: apresentaria as ideias que foram se


desenvolvendo, em uma orgem cronológica, desde que começaram a
existir empresas.

“Modelos” de gestão: organizaria os mesmos conceitos de acordo


com sua aplicabilidade a diferentes situações práticas que pudessem
ser enfrentadas pelos administradores, no curto ou no longo prazo.

Modelo: é uma espécie de molde ou norma, na qual podemos e


devemos nos basear para lidar com dada situação real.

Escolas de Gestão

Escola: é um conjunto de ideias ou propostas, geralmente


desenvolvidas por diferentes estudiosos, que remetem a uma posição
teórica mais ou menos comum.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Seita: é uma doutrina ou sistema de pensamento que apregoa ou defende


certas “verdades” colocadas de forma dogmática e que quase sempre
conquista tanto seguidores quanto adversários.

Características que identificam uma escola:

• Alguns de seus membros são especialmente prestigiados por sua


experiência ou história pessoal, ou pela profundidade do conhecimento que
detêm sobre as teses defendidas por ela. São geralmente esses os
membros que a lideram, que inspiram os demais membros e que são
tomados geralmente como modelos ou exemplos.

• Uma escola oferece aos seus seguidores um corpo central conhecimentos


que são tidos como canônicos. Em torno destas, gravitam outras tantas
propostas ou ideias, muitas ainda de caráter experimental e sujeitá-las à
validação e que poderão ou não ser aceitas pelos “iniciados”.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Oito escolas

1.A administração científica;


2.A gestão do comportamento;
3.A gestão como profissão;
4.A gestão da racionalidade burocrática;
5.O desenvolvimento organizacional;
6.A gestão estratégica;
7.A gestão da qualidade e dos serviços;
8.A gestão da cultura organizacional.

Os economistas liberais clássicos

Liberalismo: é uma doutrina econômica que valoriza especialmente a


iniciativa privada e a autonomia individual.

Absolutismo: designa o exercício do “poder total” do Estado em relação aos


indivíduos, muito próprio dos reinados anteriores à Revolução Francesa.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Adam Smith:

• Seu discípulo J. B. Say (1767-1832), economista, jornalista e industrial


francês, conhecido particularmente como o introdutor do termo
empreendedorismo;
• o filósofo e economista inglês John Stuart Mill (1806-1873), defensor da
teoria ética do utilitarismo e liberal extremado;
• o economista alemão nascido na Ucrânia, Joseph Schumpeter (1883-
1950), defensor da teoria dos ciclos econômicos e criador da expressão
destruição criativa, para se referir à atuação do indivíduo empreendedor.

Os grandes empreendedores

• Após a guerra civil norte-americana (1865), há grande expansão


econômica no país.

Alguns dos grandes empresários norte-americanos, na época:


Capítulo 2
Escolas de Gestão

• John D. Rockefeller (1839-1937), Standard Oil;


• John P. Morgan (1837-1913), banqueiro e financista;
• Andrew Carnegie (1835-1919), fundador da companhia que veio a ser a
U.S. Steel.

A administração científica

Taylorismo (Frederick W. Taylor): defende a aplicação do método


científico aos problemas da administração em geral, acreditando que isso
elevaria a eficiência industrial. Preocupação persistente com eliminação de
desperdícios e perdas e com o aumento da produtividade.

Outros expoentes desta escola de gestão:

• Henry Fayol (1891-1925): planejar, organizar, dirigir, coordenar e


controlar.
• Frank B. Gilbreth (1868-1924): estudos de tempo e movimentos em
trabalhos repetitivos.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

A gestão do comportamento

George Elton Mayo (1880-1949): relações humanas no trabalho.

• Esses estudos acabaram por revelar que a produtividade humana poderia


ser diretamente influenciada pelo nível de atenção pessoal que se desse ao
trabalhador;
• eficiência e produtividade dependem em grande medida do moral do
grupo de trabalho;
• espírito de camaradagem no seio do grupo, uma boa liderança sobre este
e um relacionamento interno caloroso poderiam ser fatores conducentes a
uma produtividade significativamente maior.

Alguns autores desta área:

• Douglas McGregor (1906-1964): teorias de motivação X e Y.


• Abraham Maslow (1908-1970): “hierarquia das necessidades humanas”.
• Rensis Likert (1903-1981): autor de um modelo de estilos gerenciais.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

• Frederick Herzberg (1923-2000): estudioso do comportamento nas


organizações que levava em conta as opiniões dos trabalhadores.
• Robert Blake (1918-2004): Managerial Grid.

A gestão como profissão

• nas primeiras décadas de 20, começou a se consolidar a ideia de que


qualquer sistema mais complexo exigiria, para administrá-lo, um
profissional de gestão.

Alguns autores citado nessa escola:

• Mary Parker Follet (1868-1933): estudou e sistematizou conceitos em


áreas importantes da gestão.
• Chester I. Barnard (1886-1961): economista e executivo que estudou o
papel do presidente da grande corporação.
• Alfred Sloan Jr. (1875-1966): desenvolvimento de uma estrutura
organizacional descentralizada e inovadora na General Motors.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Além disso, o jornalista W. Whyte Jr. (1917-1999) chamava a atenção, com


suas reportagens sobre ambiente empresarial, para a autoanulação, o
conformismo e a submissão do organization man às expectativas das
corporações por mais lucro.bu

A racionalidade burocrática como tema central da gestão

Burocracia: é um sistema social organizado por normas, em geral


escritas, que visam a atribuir a esse sistema a máxima racionalidade
possível, bem como a igualdade no tratamento de seus vários públicos
internos, clientes e outros interlocutores.

Max Weber (1864-1920): teórico da burocracia que via diversas


vantagens nesse sistema, tais como, proporcionar clareza na definição das
responsabilidades e da autoridade, oferecer maior rapidez na execução dos
trabalhos, distribuir mais racionalmente as informações ao longo da
estrutura, etc.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Alguns autores dessa escola:

• Phillip Selznick (1919-): estudioso da delegação de autoridade e das


estruturas formais da organização.
• Alvin W. Gouldner (1920-1980): pesquisas sobre padrões burocráticos
nas empresas.
• Peter M. Blau (1918-2002): estudou as trocas e relações profissionais
dentro da organização.

Teoria geral de sistemas: Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), sistema


pode ser descrito como um todo dinâmico cujas partes funcionam
articuladas entre si, interagindo e influenciando-se umas às outras.

Cibernética: Norbert Wiener (1894-1964), cibernética é a disciplina que


estuda os sistemas dotados de mecanismos de feedback.

Stafford Beer (1926-2002): pioneiro na aplicação de pesquisa


operacional aos problemas de management.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

O Desenvolvimento Organizacional (DO)

DO: estudo das organizações originado nos EUA, que buscava maximizar a
eficiência de grupos “naturais” dentro das empresas.

Kurt Lewin (1890-1947): criador das técnicas conhecidas por dinâmica


dos grupos.

Outros nomes importantes do DO:

• Warren Bennis (1925-);


• Leland Bradford (1905-1981): um dos fundadores da NTL, fonte criador
dos T-groups.

A gestão estratégica

Peter F. Drucker (1909-2005): criador da APO, estudioso das formas de


estratégia empresarial e grande expoente dessa escola.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

Alguns autores que se destacam nessa escola:

• Igor Ansoff (1918-2002);


• Alvin Toffler: “futurólogo”, analista de tendências, cenários e prospecções
futuras;
• Michael Porter (1947-): especialista em estratégia.

A gestão da qualidade

W. Edwards Deming (1900-1993): trabalhou na recuperação do Japão


após a Segunda Guerra, patrocinado pelos EUA.

Joseph M. Juran (1904-2008): dividiu com Deming parte da


notoriedade dos estudos sobre qualidade.

Outros autores:

• Eiji Toyoda (1913-): redesenhou as fábricas da Toyota.


Capítulo 2
Escolas de Gestão

• Taiichi Ohno (1912-1990): criador do Kanban e divulgador do JIT,


imaginado inicialmente por Toyoda.
• Kaoru Ishikawa (1915-1989): estudioso do controle de qualidade na
produção industrial e divulgador dos Círculos de Qualidade, concebidos por
Deming.

Anos 1990: o mundo empresarial despertou para a era dos serviços,


estendendo a expectativa de qualidade para os serviços que, a partir de
então, deveriam ser “excelentes” e “encantar o cliente”.

A cultura organizacional

Edgar Schein (1918-): escritor do livro mais consultado, até o presente,


sobre cultura organizacional.

Geert Hofstede (1928-): desenvolveu um modelo de análise da cultura


em cinco dimensões, para se compreender tanto uma cultura empresarial
quanto a cultura nacional de um país.
Capítulo 2
Escolas de Gestão

C. K. Prahalad (1941-2010) e Gary Hamel (1954-): lançaram um livro


propondo que as empresas tendem a desenvolver, de acordo com sua
cultura, certas competências especiais (core competencies), que devem ser
cultivadas e postas em ação por todos, em benefício da organização.

Michael Hammer (1948-2008) e James Champy (1942-): defendiam


a mudança planejada nas empresas a partir do polêmico conceito de
reengenharia.

Peter Senge (1947-): estudou os processos de mudança, para os quais


defende sua abordagem de Learning Organization.

Você também pode gostar