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“Aspiração de

Secreções: Técnica
• Ana Felícia (94662)
• André Seixas (94656)
• Beatriz Silva (94636)

Assética Cirúrgica • Inês Braz (94760)


• Luana Ferreira (90349)

ou Médica?”
Grupo 13

Problema Aspiração de Secreções


Utilização da
técnica assética
Adultos e/ou
médica e da Técnica assética médica no procedimento Prevenção e
Metodologia Idosos
técnica assética Aspiração de Secreções Versus Técnica assética Controlo de
P internados I C O
PICO cirúrgica no cirúrgica no procedimento Aspiração de Infeções
em contexto
procedimento Secreções. Respiratórias.
hospitalar.
Aspiração de
Secreções.
Questão de Investigação

Na pessoa adulta e/ou idosa internada em contexto hospitalar, a técnica assética


cirúrgica é mais eficaz que a técnica assética médica na prevenção e controlo de
infeções respiratórias?
Justificação da Questão

O Trato Respiratório subdivide-se em: Via Aérea Superior, que envolve a cavidade nasal, a cavidade oral, a faringe e a laringe; e
Via Aérea Inferior, que engloba a traqueia, os brônquios e os pulmões. (Ordem dos Enfermeiros, 2017).

A Aspiração de Secreções é um procedimento invasivo que visa a remoção de secreções que possam estar presentes na via
aérea da pessoa, quando esta não tem capacidade de as expelir sozinha (Ordem dos Enfermeiros, 2017).

Esta Atitude Terapêutica tem como finalidade manter a permeabilidade da via aérea, prevenir e controlar infeções
respiratórias, promover trocas gasosas, melhorar a oxigenação arterial e, ainda, a função pulmonar (STIES et al., 2010).

Perante isto, surgiu a Questão de Investigação, que se baseia na eficácia da utilização da técnica assética cirúrgica face à
utilização da técnica assética médica no procedimento supramencionado.
Técnica Assética Cirúrgica Técnica Assética Médica

• Técnica Estéril; • Técnica Limpa;

• Prevenir a contaminação microbiana; • Reduzir o número de microrganismos;

• Requer que todas as zonas estejam isentas • Prevenir a disseminação dos microorganismos.
de microorganismos infeciosos.

Potter & Perry, 2009


Doente* OR Cliente* Sucção OR Escarro Assepsia Controle da Infecção OR Infecções Respiratórias

Termos de Pesquisa
Patient* OR Client* Suction OR Sputum Asepsis Infection* Control OR Respiratory Tract Infection*

(Doente* OR Cliente*) AND (Sucção OR Escarro) AND (Assepsia) AND (Controle da Infecção OR Infecções Respiratórias)
Expressão de
Pesquisa
(Patient* OR Client*) AND (Suction OR Sputum) AND (Asepsis) AND (Infection* Control OR Respiratory Tract Infection*)

Critérios de Inclusão Inclusão: Adultos e Idosos até aos 100 anos.


e Exclusão Exclusão: Menores de 18 anos.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Airway Suctioning Divij Pasrija 2020 Google Scholar O trato respiratório


superior: cavidade oral,
Carrie A. Hall cavidade nasal,
orofaringe, nasofaringe e
laringofaringe.
O trato respiratório
inferior: traqueia,
brônquios e alvéolos.
A técnica assética
depende da área
anatómica a ser aspirada
e, assim sendo, na
aspiração de secreções
traqueobrônquicas deve-
se utilizar a técnica
assética cirúrgica, de
forma a prevenir a
contaminação e
consequente infeção
daquela área estéril.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Aspiração de Secreções Raniedna de Souza 2013 Google Scholar A técnica estéril é


em usuários Soares Borges utilizada na aspiração de
traqueostomizados em secreções
uso de ventilação traqueobrônquicas
mecânica: o Papel do porque o epitélio do
Enfermeiro trato respiratório inferior
é estéril.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Pathophysiology of Priyam Batra 2016 Google Scholar O trato respiratório


Hospital Acquired superior é colonizado
Pneumonia Purva Mathur por vários
microrganismos
enquanto que, o trato
respiratório inferior é
estéril.
Assim sendo, as causas
de infeção do sistema
respiratório podem ser
intrínsecas (ex.: corrente
sanguínea) ou
extrínsecas (ex.:
aspiração de secreções)
ao organismo.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Infecções bacterianas do Harvey Simon 2013 Google Scholar O trato respiratório é


trato respiratório composto por 2 tipos distintos
de superfície epitelial:
superior Um epitélio escamoso
estratificado reveste a
orofaringe e a nasofaringe
(trato respiratório superior),
contendo uma flora
microbiana variada e
abundante, sendo que muitos
microrganismos podem
colonizar estas superfícies
epiteliais durante algum
tempo, sem produzir uma
infeção.
O epitélio do trato respiratório
inferior é constituído por
células colunares ciliadas,
células globosas, além de
glândulas mucosas e serosas.
Esta região, ao contrário da
orofaringe e da nasofaringe, é
estéril.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Adesão aos princípios Alcivan Nunes Vieira 2013 Google Scholar Em 100 procedimentos de
técnicos, de prevenção e aspiração de secreções
controle de infeção Cleide de Aquino Elias traqueobrônquicas
durante a aspiração observados, 97% dos
traqueobrônquicas em Georges Willeneuwe de profissionais de saúde
UTI Sousa Oliveira utilizaram luvas estéreis.
O uso de luvas limpas ou
estéreis deve estar de
Mikelly Laiany Duarte de
acordo com as áreas
Oliveira anatómicas a serem
aspiradas.
Assim, na aspiração de
secreções
traqueobrônquicas,
utilizam-se luvas estéreis.
No caso da aspiração de
secreções
naso/orofaríngeas,
utilizam-se luvas de
procedimento.
Evidência Científica
Título Autor Ano de Publicação Base de Dados Utilizada Informação Relevante

Uso e Gestão de Luvas DGS 2015 Google Scholar Utilizam-se luvas estéreis
nas Unidades de Saúde na aspiração de secreções
traqueobrônquicas, de
forma a proteger o
profissional de saúde do
contacto com fluídos
biológicos e o utente de
uma possível
contaminação do trato
respiratório inferior.
Utilizam-se luvas limpas
na aspiração de secreções
naso e orofaríngeas, de
forma a proteger o
profissional de saúde do
contacto com fluídos
biológicos, pois, o trato
respiratório superior já
está colonizado com
microrganismos.
Síntese

A evidência científica demonstra que a utilização de luvas estéreis se justifica na aspiração de secreções
traqueobrônquicas, pela imprescindível manutenção da esterilidade do trato respiratório inferior, e a
utilização de luvas limpas adequa-se aos procedimentos nos quais apenas existe a necessidade de proteção
dos profissionais de saúde face à contaminação biológica, como é o caso da aspiração de secreções naso e
orofaríngeas. Ambas as técnicas asséticas são eficazes de acordo com a área anatómica a ser aspirada.

Como limitações, revelaram-se a escassez de investigação científica disponível sobre este problema e o
tempo limitado ao qual a realização deste trabalho foi restrita.
Batra, P., Mathur, P. (2016). Pathophysiology of Hospital Acquired Pneumonia. Research & Reviews of Pneumonia (1-7).
Retirado de: https://www.openaccessebooks.com/pneumonia/pathophysiology-of-hospital-acquired-pneumonia.pdf

Borges, R. (2013). Aspiração de Secreções em Usuários Traqueostomizados em Uso de Ventilação Mecanica: O Papel do
Enfermeiro (Bacharel, FACENE/RN). Retirado
de: http://www.sistemasfacenern.com.br/repositorio/admin/acervo/d87838176a12aba0cd0aec334c0be87d.pdf

DGS. (2015). Uso e Gestão de Luvas nas Unidades de Saúde. (nº013/2014). Retirado de: https://www.dgs.pt/directrizes-
da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0132014-de-25082014-pdf.aspx

Ordem dos Enfermeiros. (2017). Parecer do Conselho de Enfermagem e do Conselho Jurisdicional Nº 03/2017. Lisboa:

Referências
[s.n.]. [Consult. 27 julho 2021]. Retirado de:
https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/documentos/Documents/ParecerConjuntoCE-
CJ_03_2017_AspiracaoSecrecoes_Anonimizado.pdf

Bibliográficas
Pasrija, D., Hall, C.A. (2020). Airway Suctioning. Em StatPearls. StatPearls Publishing, Treasure Island. Retirado de:
https://europepmc.org/article/nbk/nbk557386

Potter, P.A., Perry, A.G. (2009). Fundamentos de Enfermagem. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Elsivier.

Simon, H. (2013). Infecções bacterianas do trato respiratório superior. ACP Medicine, 1-14. Retirado de:
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-
medicine/5482/infeccoes_bacterianas_do_trato_respiratorio_superior_%E2%80%93_harvey_b_simon.htm

Sties, S. W., Leandro, R. C., Neto, M. L. C. (2016). Cuidados intensivos durante o procedimento de aspiração orotraqueal e
traqueostomia. Revista Digital - Buenos Aires. 15(143). Retirado de: https://www.efdeportes.com/efd143/procedimento-
de-aspiracao-orotraqueal.htm

Vieira, A., Elias, C., Oliveira, G., Oliveira, M. (2013). ADESÃO AOS PRINCÍPIOS TÉCNICOS, DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE
INFECÇÃO DURANTE A ASPIRAÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA EM UMA UTI. Revista Baiana de Saúde Pública, 37(1), 179-191.
Retirado de: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/350/362
• Ana Felícia (94662)

Questões?
• André Seixas (94656)
• Beatriz Silva (94636)
• Inês Braz (94760)
• Luana Ferreira (90349)

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