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não ' Pau D alho (Mario de Andrade)

de idolatra pela patria em que


persti. |
nbule-i
e se
o melhor jornal litera
medos
us e
TE A T R O rio do Brasil. Quinze
undos nalmente crónicas de
no
in-
INDESEJA'EIS arte, musiça, teatro,
0.
Sinto muito. Eu não me lembrei. são (Francen, Dorzint, Rozemberg poesia e filosofía. Iné-
isilei Senão teria posto atrás da porta, | ou Signoret). Laça-se o
n a véspera do natal que passou, o| 08 que fnzem papeis de criados. En.
resto entre
ditos dos melhores es
meu sapato n. 39, para que nele o 8a1an-Se mal e mal. durante a via-| critores modernos. To-
enl Slo Nicolau que preside aos nossos jem, uma peçasinhas de Capus, Ga-| do brasileiro culto de
nas?| destinos teatrais colocasse os pre- ault, Hennequin e um drama para |
otei sentes por que anseio. Com êsterrancar ligrimas de Bernstein ou ve assinar terra roxa.
pedido ao bom do barbaças: que me| 5ataille, Arranjam.se, chegando ao
no
s6 désse tudo, tudo, menos, para o ano | Brasil os cenários de uma compa- |

Não.| de 1926, companhia lfrica do em.| nhia nacional qualquer. Pronto! Armando Gonzaga. Se hå outras,
ain prezário Walter Mocchi. o conjunto Para quê mais?
ou nao me lembro. Mas acho
er
f r a n c ê s de quinta ordem e o teatro Com esSa exploração, pe-dem a|oro
ue não há.
teatro
nacional
em
que não o é. uOSsa platéa e o francés,
E s6 vendo a pobreza dos ipos !
Sou inimigo pessoal desses tres Aquela perde dinheiro, tempo e pa-
em maté-| ciência. Éste perde no conceito da.empre os mesmos. Sempre
a crla-
amfactores da noasa miséria
da, pernóstica e mulata, que dia
r i a de teatro. Quando me falam ne. | queln. cousas em francês do Bangú. Sem.
ul
les, pego l0go em madeira.. Não sei como, lå na França,
ca- se pre o casal de fazendeiros anafabe
permite a partida de tais
mo compa-| tos e o moço que chega da uro.
nhias, com tais repertórios. u e
d0.| bo!
Uma
ala-| pa. Sempre o novo-rico portugues
ara| Walter Mocchi é o homem
desmoraliza ção para a
ter-Sempre a menina plégas. Sempre
que,| ra de Mistinguett.
de desde muitos anos, vem tocando|
Em todo o caso,
essa gente. ISó ela. Sempre.
os realejo italiano para desgraça tratemos nós A cena nacional ainda não
ouvidos indigenas. Aparece-nos d0s
mesmos de tirar o entusiasmo aos co
nhece o
cangaceiro, o
imigrante. o
io por outubro ou novembro, instala a| emprezárlos desses horrores
na0 grileiro, o polftico, o
seu aparelho no palco
indo
do Municipal, |
aos
espectáculos. îtalo-paulista,
Não ha recurso melhor.
o
capad6cio, o curandeiro, o induas
ee vira a manivela vinte dias sem trial.
| parar. Horrfvel. José Loureiro tinha Não conhece nada disso. E näo
por hábito | nos conhece. Não conhece o brasilei
Lá de vez em quando, dá um Wa. inveterado presentear o Brasil, três| ro. E' pena. Dá d6.
gner para tapear. Mas isso não he.e
chbe. quatro vezes por ano, com
umas| São Paulo tem visto
ga. Qualo quê! Verdi, glórias do teatro luso tipo
Chabi, | nacionais companhias
Puccini, trio truculento, Mascagi tipo
no deixamn Alves da Cunha, tipo de toda a sorte.
Incon
o realejo socegado. Nem o público. Bastos. tipo Adelina Abranches,
Palmira távais. De todas elas, a única, bem
Em toda a parte, o lírico tal. De repente, o e| nacional, bem mesmo, é a de Plo
ests a desandar. negócio começou| lin! Ali no Circo
decadente. Agoniza de podre.
Aqui, um santo Que é do público? Fol Alcebiades! Pala.
vra, Piolin,
nem decadente está.
Nunca remédio. Prejuizo sim, é brasileiro.
a chegou
piestar. Nunca passtn" da Trans- E nös livres dos canastrões grosso. presenta Dioguinho, o Tenente
da
In-| Ga
que é a dos bras1 linha, Piolin sóclo do Dabo, e ou
viada, gua, que dizem
Os elencos,
então, só dizimados a leiros mas os brasileiros não enten. tras cousas assim, que éle
tiro. O conjunto desembarca chama de
Buenos Aires sofrfvel.
em aem. B isso mesmo. pantomimas, deliciosamente inge
de um terço, aborrece o Destalcado
Muito bem. Igual
atitude deante nuas. estupendas, brasileiras até al.L
Rio. das temporadas francesas. E a dou. As outras
gam a S. Paulo os
coristas e 0s sa ou acaba
ou melhora. | companhias, sempre.di
rigidas pelo brilhante actor
comprimários. S6. Sempre. Fulano e das quais faz patriclo
Inventam que o noSsO público não| parte
teligente estrela Beltrana,
a iD-
merece mais.
Mentira. Merece sim. 0 teatro a gente caceteam
A prova é que quer outra cousa. A tórla naclonal, como
muita his-
com
peçazinhas mal tradu
zidas
nossa, não é
nacional.
e
bobagens psaudo
prova é que näo vai vêr o
bembe canóro de Mocchi, mam.| BUntos vem de Paris. Ou
Os
as- |A de Plolin, que nem
indígenus
Mocchi melhor | chega a ser
tem perdido dinheiro.
o
comedi6grato brasileiro
uma
companhia, não. Diverte. Reve
Melhore, e apareça.
Bem feito !| um enredo que ele Jnigaimagina | la o Brasil. Improviza
Biense. A's vezes, é
mesmo,
pari|
mente tudo. F' tôsca. E' brasileira
nossa.
farça ou comédla de
costumes.
Para| esplêndida.
ma as
Cha Piolin e
personagens de
são Cótinha, Sera |o Alcebíades
GRANDEcoMPANHIA RAN.
CESA D0 THEATRE , co 1BConto, Novals,
quizerem, mas são 0spalhaços,
Dr.
únicos,
que
DE LA
POR.| Madame Carvalho. E
pensa que faz
| os únicos elementos
naclonais
TE ST. | que conta o nosso teatro com
MARTIN. GRANDE COM.teatro nosso! O edmulo.
PANHIA FRANCESA DO de prosa.
Resultado: o absurdo delicloso Devem servir de
TRE DU VAUDEvILLE. TH£A da | autores e actores. exemplo. Como
peça de costumes Para os
Com tals rótulos
é nossos, mas com oS colegas que
aparecldo. Vai-se
que elas
têmessencln è
tregelto0s de dresprezam ou
ignoram.
Val.Be
ver uma: droga. |P tantástico. E
parlslense.
ver outra: droga.
Peçus auri.verdes de
irreconhecfvel. Eu acho
que ainda
das. Droga to- volto ao as
rissimas: eu conheço facto, são ra. | sunto. Volto mesmo.
Compõem.se assim. Pega-se Juriti, de Vi. | E' preciso.
figura para ser o 8anto
uma luto
Corrêa, e Mimoso Colibri, de|
da Autónlo de Alkantara Machado
proclis ANTONIO DE ALCANTARA
Cez. e, como MACHADO
tnente: "Yaug respondesse,
lo negntiyal

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