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Aula 4º

Alteração, suspensão e interrupção

do contrato de trabalho

Prezados (as) alunos (as), bem-vindos à quarta aula de

Legislação Trabalhista e Previdenciária, onde será estudado a
alteração, suspensão e interpretação do contrato de trabalho.
A seguir, destacam-se os objetivos e as seções que serão
desenvolvidas no decorrer desta aula.
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

‡ Entender alteração, suspensão e interrupção do controle de trabalho.
172 Direito do Trabalho
Seções de estudo
1 – Alterações do contrato de trabalho
2 – Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
1 - Alterações do contrato de trabalho
Para entender as alterações do contrato de trabalho é
importante lembrar que o contrato de trabalho é sucessivo ou
execução continuada e, portanto, perdura no tempo. É natural
que durante sua vigência ocorram alterações, por exemplo,
quanto à função e ao salário, entre outras. O empregador tem
o chamado jus variandi, ou seja, o direito de fazer alterações na
empresa e no trabalho, a seu exclusivo critério.
22
com fundamento no princípio doutrinário do jus variandi, o
empregador poderá proceder alteração unilateral do contrato
de trabalho, em determinadas exceções, tais como:
É lícita a alteração quanto à função: retorno do exercício
GH IXQomR GH FRQÀDQoD UHWRUQR GR H[HUFtFLR GH FDUJR HP
comissão, readaptação de função por retorno de afastamento
da Previdência Social.
É lícita a alteração quanto ao salário: nos casos em que a
Constituição Federal de 1988 autoriza a redução do salário na
hipótese de negociação coletiva.
3HORSULQF¯SLRGDLUUHGXWLELOLGDGHGRVDO£ULRRVDO£ULRQ¥RSRGHUVHU
UHGX]LGRWRUQDQGRVHQXODTXDOTXHUDOWHUD©¥R‹FODURTXHLVVRQ¥R
LPSHGHTXHRVDO£ULRVHMDDXPHQWDGRDȴQDOLVVRFDUDFWHUL]DPHOKRUD
IDYRU£YHO DR HPSUHJDGR $ &RQVWLWXL©¥R )HGHUDO GH  DGPLWH D
UHGX©¥RGRVDO£ULRQDKLSµWHVHGDQHJRFLD©¥RFROHWLYD
É lícita a alteração quanto ao local de trabalho: neste
SRQWR SULPHLUR WHPRV TXH GLVWLQJXLU R VLJQLÀFDGR ORFDO GH
localidade. Local: onde o empregado presta serviços (exemplo:
Embora o contrato de trabalho, esteja sujeito à
PRGLÀFDomRQHPWRGDVDVDOWHUDo}HVVmROtFLWDV1HVVHVHQWLGR
pLPSRUWDQWHYHULÀFDURTXHGHWHUPLQDR$UWGD&/7
Art. 468 - Nos contratos individuais de
trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda
assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia.
Parágrafo único - Não se considera alteração
unilateral a determinação do empregador para
que o respectivo empregado reverta ao cargo
efetivo, anteriormente ocupado, deixando o
H[HUFtFLRGHIXQomRGHFRQÀDQoD
§ 1o Não se considera alteração unilateral
a determinação do empregador para que o
respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,
anteriormente ocupado, deixando o exercício
GH IXQomR GH FRQÀDQoD 5HGDomR GDGD SHOD
Lei nº 13.467, de 2017).
§ 2o A alteração de que trata o § 1o deste
artigo, com ou sem justo motivo, não assegura
ao empregado o direito à manutenção do
SDJDPHQWR GD JUDWLÀFDomR FRUUHVSRQGHQWH
que não será incorporada, independentemente
do tempo de exercício da respectiva função.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
3HUFHEHVH TXH QmR VmR SHUPLWLGDV DV PRGLÀFDo}HV
unilaterais, nem as resultantes de mútuo consentimento que
causem prejuízo ao empregado. Tal proibição tem base no
SULQFtSLRGDLPRGLÀFDELOLGDGHQR'LUHLWRGR7UDEDOKRTXH
aponta para que as alterações somente ocorram mediante
concordância expressa do empregado, e, desde que não
acarretem prejuízos a ele.
Vale destacar que somente as cláusulas pactuadas
QR FRQWUDWR p TXH HVWmR VXMHLWDV D PRGLÀFDomR SRLV DV
FRQGLo}HV LPSRVWDV SHOD /HL QmR SRGHP VHU PRGLÀFDGDV
(exemplo: salário, função e local de trabalho). Diante disso,
HVFULWyULR RÀFLQD HWF /RFDOLGDGH FLGDGH PXQLFtSLR RX D
região econômica onde o empregado presta serviços.
Uma vez distinguido as duas situações, agora, cabe
DÀUPDU TXH DSHQDV D DOWHUDomR GD ORFDOLGDGH SDUD D TXDO R
empregado foi contratado, que acarreta necessariamente a
mudança de seu domicílio, é o que se denomina transferência.
(QWmRDDFHSomRMXUtGLFDGDSDODYUDWUDQVIHUrQFLDVLJQLÀFDD
mudança de localidade, que a jurisprudência entende como
município, e, ainda assim, acarrete a mudança da residência
do empregado.
Ainda, será lícita a transferência quando ocorrer à
extinção da empresa ou quando ocorrer à necessidade do
serviço, neste último caso, tem que receber o empregado
um pagamento suplementar de salário, nunca inferior a 25%,
enquanto perdurar a necessidade, conforme artigo 469, § 3º
da CLT.
Sendo que quem arcará com o custo da transferência é
o patrão.
As Súmulas n. 29 e 43 do TST – Tribunal Superior do
Trabalho dispõem o seguinte:
Súmula nº 29 do TST
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Empregado transferido, por ato unilateral do
empregador, para local mais distante de sua
residência, tem direito a suplemento salarial
correspondente ao acréscimo da despesa de
transporte.
Súmula nº 43 do TST
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
Presume-se abusiva a transferência de que trata
o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação
da necessidade do serviço.
É lícita a alteração quando a jornada de trabalho: da
mesma forma, poderá o empregador, se utilizando do
princípio doutrinário do jus variandi, realizar a alteração da
jornada de trabalho do empregado, desde que o empregado
concorde expressamente e não traga prejuízo a este.
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Fonte: <https://br.pinterest.com/pin/365213851018137387/?lp=true>. Acesso em: 23 de jun. 2018.

174 Direito do Trabalho 24
SDUDUHFHELPHQWRGHDX[¯OLRGRHQ©D«FRQVLGHUDGRFRPRLQWHUUXS©¥R
2  6XVSHQV¥R H LQWHUUXS©¥R GR SRLVDSHVDUGRHPSUHJDGRQ¥RWHUWUDEDOKDGRFRQWLQXDUHFHEHQGR
contrato de trabalho VDO£ULRGRHPSUHJDGRU

As causas determinantes da suspensão são as seguintes: ‡ Motivos causados pelo empregado:

Suspensão disciplinar: a CLT, estabelece ao
‡ Motivos que independem da vontade do empregador o poder e o risco da direção da atividade,
empregado: controlando e disciplinando o trabalho, aplicando, se
Acidente de trabalho: quando o empregado sofre um necessário, as penalidades aos empregados que não cumprir
DFLGHQWHGHWUDEDOKRHÀFDDIDVWDGRGHVXDVDWLYLGDGHVDWHVWDGR com as obrigações, o empregador possui a faculdade de aplicar
RVTXLQ]HSULPHLURVGLDVÀFDPDFDUJRGRHPSUHJDGRU$
partir do décimo sexto (16º) dia de afastamento, o empregado
passa a receber o benefício previdenciário do INSS. Assim,
D SDUWLU GR ž GLD DWp D UHVSHFWLYD DOWD R FRQWUDWR ÀFD
suspenso. É importante registrar que, apesar do empregado
estar afastado, os recolhimentos para o FGTS são mantidos.
Auxílio-doença é o benefício concedido ao segurado
impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de
determinadas penalidades, mas dentro de um senso justo e
moderado, uma vez que a CLT protege o trabalhador contra
as arbitrariedades que ocorrer por parte do empregador.
Uma dessas penalidades é a suspensão disciplinar, onde o
empregado não trabalhará e, consequentemente, não receberá
salários.
quinze (15) dias consecutivos. No caso dos empregados, $VXVSHQV¥RGRHPSUHJDGRWHPXPOLPLWHTXH«GHWULQWDGLDV
os primeiros quinze (15) dias são pagos pelo empregador e D&/7QRDUWLJRHVWDEHOHFHTXHDVXVSHQV¥RGRHPSUHJDGRSRU
a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento
do trabalho. Para concessão de auxílio-doença, é necessária
à comprovação da incapacidade em exame realizado pela
perícia médica da Previdência Social.
Greve: na greve, a paralisação dos trabalhadores é
caracterizada pela Lei nº 7.783/89, artigo 7º, como suspensão
do contrato de trabalho, caso em que cessam as obrigações do
trabalhador. Contudo, as relações obrigacionais do período
de greve, podem ser regidas pela negociação coletiva ou
GHFLVmRGD-XVWLoDGR7UDEDOKRGHPRGRHVSHFLÀFRHVHSRU
QHJRFLDomRRXGHFLVmRGD-XVWLoDGR7UDEDOKRÀFDUDFHUWDGR
pagamento dos dias parados, será considerado interrupção.
Exigência de cumprimento do serviço militar (CLT,
art. 472): QR FDVR GR VHUYLoR PLOLWDU R HPSUHJDGRU ÀFD
desobrigado do pagamento dos salários (suspensão), contudo,
são mantidos os recolhimentos para o FGTS e, somente o
período aquisitivo de férias é interrompido, voltando a
ser contado, com o aproveitamento do tempo anterior ao
afastamento, após a reapresentação do empregado. Não há
previsão de pagamento do décimo terceiro (13º) salário, nem
recolhimentos previdenciários, pois não há pagamento de
salários.
Aposentadoria por invalidez: a aposentadoria por
invalidez é um benefício de prestação continuada, cujas regras
para concessão, foram instituídas pela Lei nº 8.213/91, bem
como, pelo artigo 475 da CLT. É devida ao segurado que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, se for considerado
incapaz para o trabalho e sem condições de se submeter
D SURJUDPD GH UHDELOLWDomR SURÀVVLRQDO TXH OKH SHUPLWD
o exercício de atividade e que lhe garanta a subsistência.
Enquanto perdurar a incapacidade para o trabalho, o
empregado terá direito ao recebimento das prestações relativas
ao benefício. O artigo 475 da CLT, por sua vez, preceitua que
o empregado que for aposentado por invalidez, terá suspenso
RVHXFRQWUDWRGHWUDEDOKRGXUDQWHSUD]RÀ[DGRSHODVOHLVGH
previdência social para a efetivação do benefício.
Os 15 primeiros dias de afastamento por acidente de trabalho ou
PDLVGHWULQWDGLDVFRQVHFXWLYRVLPSRUWDQDUHVFLV¥RLQMXVWDGR
FRQWUDWRGHWUDEDOKR
Representação sindical: considera-se de licença
não remunerada o tempo em que o empregado se ausentar
do trabalho no desempenho das funções de direção ou de
representação sindical, salvo assentimento do empregador ou
cláusula contratual (artigo 543, § 2° da CLT).
Exercício de cargo de diretoria: de acordo com a Lei
das Sociedades por Ações, a assembleia de acionistas pode
eleger um empregado da companhia para ser diretor.
Súmula 269: O empregado eleito para ocupar cargo
de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso,
não se computando o tempo de serviço desse período, salvo
se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de
emprego.
‡ Motivos causados pelo empregador:
4XDOLÀFDomRSURÀVVLRQDO (artigo 476-A da CLT), de
02 a 05 meses.
Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá
ser suspenso, por um período de dois a
cinco meses, para participação do empregado
HP FXUVR RX SURJUDPD GH TXDOLÀFDomR
SURÀVVLRQDORIHUHFLGRSHORHPSUHJDGRUFRP
duração equivalente à suspensão contratual,
mediante previsão em convenção ou acordo
coletivo de trabalho e aquiescência formal do
empregado, observado o disposto no art. 471
desta Consolidação. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 1o Após a autorização concedida por
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intermédio de convenção ou acordo coletivo,
R HPSUHJDGRU GHYHUi QRWLÀFDU R UHVSHFWLYR
sindicato, com antecedência mínima de quinze
dias da suspensão contratual. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
§ 2o O contrato de trabalho não poderá ser
suspenso em conformidade com o disposto
no caput deste artigo mais de uma vez no
período de dezesseis meses. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
§ 3o O empregador poderá conceder ao
empregado ajuda compensatória mensal,
sem natureza salarial, durante o período de
suspensão contratual nos termos do caput
GHVWH DUWLJR FRP YDORU D VHU GHÀQLGR HP
convenção ou acordo coletivo.
§ 4o Durante o período de suspensão contratual
para participação em curso ou programa de
TXDOLÀFDomRSURÀVVLRQDORHPSUHJDGRIDUiMXV
aos benefícios voluntariamente concedidos
pelo empregador. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).
§ 5o Se ocorrer à dispensa do empregado no
transcurso do período de suspensão contratual
ou nos três meses subsequentes ao seu
retorno ao trabalho, o empregador pagará ao
empregado, além das parcelas indenizatórias
previstas na legislação em vigor, multa a
ser estabelecida em convenção ou acordo
coletivo, sendo de, no mínimo, cem por cento
sobre o valor da última remuneração mensal
anterior à suspensão do contrato. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
§ 6o Se durante a suspensão do contrato
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GLDHPFDVRGHQDVFLPHQWRGHÀOKRQRGHFRUUHUGDSULPHLUD
semana;
De acordo com art. 10, §1º, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT, o referido prazo
passou para 05 (cinco) dias, até que seja disciplinado o art.
7º, XIX, da Constituição Federal; IV- por um dia, em cada
12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária
de sangue devidamente comprovada; V - até 02 (dois) dias
FRQVHFXWLYRV RX QmR SDUD R ÀP GH VH DOLVWDU HOHLWRU QRV
termos da lei respectiva; VI - no período de tempo em que
houver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas
QDOHWUD´FµGRDUWGD/HLQžGHGHDJRVWRGH
1964 (Lei do Serviço Militar); VII - nos dias em que estiver
comprovadamente realizando provas de exame vestibular
para ingresso em estabelecimento de ensino superior; VIII
 SHOR WHPSR TXH VH À]HU QHFHVViULR TXDQGR KRXYHU TXH
comparecer a juízo.
Greve: Como vimos no item anterior, se houver
pagamento dos dias parados, por força de julgamento ou
acordo, será o caso de interrupção do contrato de trabalho.
Acidente do trabalho e auxílio-doença: já sabemos
que até o 15° dia de afastamento, há o pagamento de salários
por parte do empregador, logo é um caso de interrupção.
Repouso semanal remunerado: (artigo 1º da Lei
nº 605/49), todo empregado tem direito ao repouso
semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas,
preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências
técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de
acordo com a tradição local.
Aborto: de acordo com o artigo 395 da CLT, em caso
de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico
não for ministrado o curso ou programa de
TXDOLÀFDomR SURÀVVLRQDO RX R HPSUHJDGR
permanecer trabalhando para o empregador,
ÀFDUiGHVFDUDFWHUL]DGDDVXVSHQVmRVXMHLWDQGR
o empregador ao pagamento imediato dos
salários e dos encargos sociais referentes ao
período, às penalidades cabíveis previstas na
legislação em vigor, bem como às sanções
previstas em convenção ou acordo coletivo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41,
de 2001).
†R2SUD]ROLPLWHÀ[DGRQRFDSXWSRGHUiVHU
prorrogado mediante convenção ou acordo
coletivo de trabalho e aquiescência formal do
empregado, desde que o empregador arque
com o ônus correspondente ao valor da bolsa
GH TXDOLÀFDomR SURÀVVLRQDO QR UHVSHFWLYR
período. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.164-41, de 2001).
‡ Causas determinantes da interrupção:
Hipóteses do artigo 473, CLT: o empregado poderá
deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I-
até 02 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do
cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que,
declarada em sua carteira de trabalho e previdência social,
viva sob sua dependência econômica; II- até 03 (três) dias
consecutivos, em virtude de casamento; III- por 01 (um)
RÀFLDO D PXOKHU WHUi XP UHSRXVR UHPXQHUDGR GH  GXDV
VHPDQDVÀFDQGROKHDVVHJXUDGRRGLUHLWRGHUHWRUQDUjIXQomR
que ocupava antes de seu afastamento. Caso o aborto seja
FULPLQRVRWRGRRSHUtRGRHPTXHDHPSUHJDGDÀFDUDIDVWDGD
será considerado suspensão do contrato de trabalho.
Férias: o período de férias é considerado interrupção
do contrato de trabalho, mantido o salário, a contagem do
WHPSR SDUD WRGRV RV ÀQV H RV UHFROKLPHQWRV GR )*76 H
contribuições previdenciárias (CLT, artigos 129 e 130).
Licença maternidade: sobre a licença maternidade
não existe consenso na doutrina, mas vamos tratá-la como
sendo um caso de interrupção do contrato de trabalho, pois,
embora não haja, durante a licença, o efetivo pagamento de
verba de natureza salarial, (o salário é pago pela Previdência
Social e custeado pelas contribuições patronais calculadas
sobre a folha de pagamento), o contrato de trabalho continua
a produzir parcialmente os seus efeitos próprios, tais como a
FRQWDJHPGRWHPSRGHVHUYLoRSDUDÀQVGHIpULDVHSDUDHIHLWRV
previdenciários, a obrigatoriedade de realização de depósitos
do FGTS, entre outros. Logo, como há a manutenção
parcial dos efeitos do contrato de trabalho, é mais prudente
caracterizar hipótese como de interrupção e não suspensão
contratual.
2HPSUHJDGRUSDJDU£DJHVWDQWHRVVDO£ULRVGHYLGRVHRVGHVFRQWDU£
dos recolhimentos habituais que tem que fazer para Previdência
6RFLDO
176 Direito do Trabalho 26

Fonte: < http://sangalicontabilidade.blogspot.com/2016/03/suspensao-e-interrupcao-do-contrato-de.html>. Acesso em: 23 de jun. 2018.

de serviço. Já após o 15º (décimo quinto) dia, será causa de

Retomando a aula suspensão do contrato de trabalho, sendo que enquanto
perdurar essa situação, todo o tempo não será contado como
tempo de serviço.
Nesse sentido os Efeitos práticos da suspensão
e interrupção do contrato de trabalho: quando há
Ao término desta quarta aula é importante retomar Suspensão (não há trabalho, não há pagamento de salários,
os seguintes aspectos: não há contagem do tempo de serviço); na interrupção (não
há trabalho, há pagamento de salários, há contagem do tempo
GH VHUYLoR  9HULÀFRXVH TXH R SUD]R SDUD FRQWDJHP GDV
1 - Alteração do contrato de trabalho férias tem interferência no caso de suspensão do contrato de
trabalho.
1D VHomR  YHULÀFRXVH TXH YLJRUD R SULQFtSLR GD
inalterabilidade do contrato de trabalho, o que quer dizer
que o mesmo não pode ser alterado. No entanto, diante do Vale a pena
princípio doutrinário do jus variandi e, ainda, a própria lei
mostra que existem exceções que autorizam a alteração do
contrato de trabalho.
2 - Suspensão e interrupção do contrato de trabalho Vale a pena ler
Na seção 2, foi estudado que os primeiros 15 (quinze) BRASIL. Consolidação das leis do trabalho – CLT e normas
dias de afastamento do trabalho, em decorrência de acidente correlatas. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições
ou doença, são causas de interrupção do contrato de trabalho, Técnicas, 2017.
ou seja, esses 15 (quinze) dias são contados como tempo