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Antes de explanar minha atitude acerca do evento, desejo enfatizar que foi uma
honra participar e poder ouvir tão nobres doutores transmitirem suas idéias
agregando há mim muito conhecimento. Particularmente costumo partir do
pressuposto que antes de criticar precisamos conhecer, pois como diz Skinner,
Experimente sempre.
Perceba que esse texto se trata de uma leitura pessoal e que não tem objetivos
de criticar as criticas, mas apenas de mostrar que nas falas existem
inconsistências, contradições técnicas e lacunas no discurso.
Já o professor Crochik afirmou que uma teoria não deve ser política e nem
econômica, tampouco servir ao capital. A psicologia social deve mostrar que há
ideologias dentro de uma teoria. Que uma psicologia social deve libertar porque
a sociedade ao mesmo tempo em que liberta, oprime, afirma que a psicologia
deve olhar sim para o natural, mas sem esquecer do cultural e deve mostrar
que nem tudo que é regra ou disciplina é ruim.
A fala de Crochik é pertinente e deve se vista com bons olhos porque não
abdica de nenhum saber especifico, mas visa agregá-los de algum modo em
prol do combate contra deterioração da ideologia e da alienação.
Não basta ter uma postura filosófica no sentido de questionar, deve também
propor mudanças e não só propor, mas dizer como mudar. Os críticos nos
mostram o estado atual das coisas, nos mostram certas vezes o que devemos
fazer, mas não mostram como fazer e onde já foi feito.
É claro e obvio que a teoria critica trouxe e traz muitos ganhos, mas não mais
que a ciência e a razão pura. Por isso entendo que a ciência deve ser usada
para corroborar teorias inclusive a critica e a partir daí estudar e proporcionar
práticas transformadoras. Não acho que seja possível uma intervenção eficaz e
uma prática que transforma sem o apoio das bases positivistas que validam as
práticas e mostram os ganhos.
Nós fazemos acontecer e não ficamos apenas pautados na critica. Que o fazer
acontecer e que seja mais forte que o falar do que fazer.
2012