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● 12/01 Lu
O que é síntese orgânica?
Processo para preparar moléculas orgânicas de interesse a partir de produtos comercialmente
disponíveis via uma sequência de transformações químicas em múltiplas etapas.
É responsável por sintetizar moléculas, desenvolver novas metodologias.
Antigamente se usava produtos orgânicos, sem saber o que estava acontecendo a nível molecular.
Faz só 200 anos que começou a ser sintetizada moléculas (a primeira foi de uréia), onde a ideia
inicial não era sintetizar e sim conhecer os produtos naturais que estavam sendo usados.
A grande evolução na síntese orgânica aconteceu depois da 2ª guerra mundial.
Hoje em dia o que está em alta e todo mundo está falando sobre é:
- moléculas pequenas com importantes atividades medicinais;
- obtenção de análogos não naturais de substâncias bioativas (por exemplo: obtenção de
novos fármacos buscando aumento da estabilidade cinética, contra enzimas específicas).
Alguns fatores que contribuem para essa “revolução” de melhora da síntese orgânica:
- desenvolvimento de novos métodos sintéticos,
- síntese catalítica assimétrica,
- síntese total,
- análise retrossintética (a partir do produto final conseguimos traçar todo o passo a passo
dela),
- síntese química associada a química biológica.
A síntese orgânica está diretamente relacionada com produtos naturais, moléculas, reagentes,
catalisadores, entre outros. Ela é feita primeiramente pra comprovação estrutural (ela era feita pra
isso inicialmente, conhecer a estrutura), preparação e obtenção de substâncias biologicamentes
ativas, preparação e obtenção de analogos sinteticos de compostos biologicamente ativos, estudos
fundamentais de natureza estrutural e topológica, obtenção de novos reagentes. Ela pode ter 10,
20, 30 até 100 etapas, podendo ter rendimentos diferentes.
Existem dois tipos de sínteses:
SÍNTESE LINEAR versus SÍNTESE CONVERGENTE
- Linear: é um trabalho em série, no qual pequenas unidades vão sendo acrescentadas a uma
cadeia sequencial. Ou seja, você tem a estrutura e vai adicionar no linearmente outras
unidades.
- Convergente: é um trabalho em paralelo, no qual divide-se a molécula em partes
aproximadamente iguais, e assim sucessivamente, com fragmentos, de maneira que os
mesmos sejam unidos simultaneamente. Ou seja, são duas sínteses separadas que
possuem mais ou menos o mesmo tamanho, e vai adicionando outras unidades até juntar
essas duas sínteses em uma só.
- Parcialmente convergente: mista, união dos dois tipos anteriores.
Na síntese do Ibuprofeno, um AINE, que tem por origem um composto aromático (possivelmente petróleo ou
carvão), que é a base para início da síntese.
Para que eu saia de uma molécula simples até chegar no Ibuprofeno temos que fazer várias alterações,
como construir novas ligações e modificar alguns grupos funcionais.
A primeira reação, é uma construção de ligação C-C, o grupo carbonila foi unido formando uma nova
ligação, entre o Carbono do anel e o Carbono da carbonila. Além de fazer uma nova ligação foi adicionado
um grupo funcional, esse grupo futuramente será modificado até chegar na molécula desejada.
A reação onde a molécula se mantém e só modifica o grupo funcional, chamamos de Interconversão de
grupo funcional.
Na terceira reação transformamos um aldeído em oxima, que posteriormente é transformada em uma nitrila
(C≡N). Depois pegamos essa nitrila e transformamos no ácido carboxílico que você deseja.
Na síntese do ibuprofeno temos os 3 aspectos:
- A construção da ligação C-C;
- interconversões de um grupo funcional (aldeido p/ oxima; oxima p/ nitrila e nitrila p/ ác. carboxílico)
em outro;
- Temos também seletividade (além de incluir o grupo funcional, você tem que deixar os dois em
posição para.
Uma boa parte de um gasto em uma síntese é utilizada neste tipo de atividade, para fazer essa conversão
de um grupo funcional em outro.
No exemplo abaixo temos 3 grupos funcionais: Éster, hidroxila e uma dupla ligação de alceno. Aqui eu estou
transformando um único grupo funcional em outro, o álcool primário (OH) está sendo convertido em aldeído
(O=C - H). Essa reação utiliza um reagente chamado PCC, que é quimioseletivo, quando eu tenho um álcool
primário e faço uma oxidação para aldeído, não necessariamente poderia ser formado um aldeído, mas
também um ácido carboxílico. Porém, nesse caso a reação parou no aldeído.
Quando temos mais de um grupo funcional na molécula, pode haver competição, porém ela tem que ser
seletiva e atuar apenas no grupo funcional de interesse, isso é chamado de Quimiosseletividade.
Os derivados de ác. carboxílico são assim chamados, pois todos podem ser convertidos em á. carboxílico
por hidrólise (Como vemos na imagem abaixo). Sendo assim, a nitrila também é considerada um derivado
de ácido carboxílico.
-Ácidos carboxílicos
-Ésteres e lactonas
-Amidas e lactamas
-Cloreto de ácidos
-Nitrilas
Reação da Aspirina
Temos um derivado de ácido, que por hidrólise pode ser revertido novamente.
Fenol + Anidrido ---> Éster + Ácido acético
- Por serem muito reativos, podem atrapalhar as reações e oxidar os grupos funcionais, por
isso a necessidade de conversão para um grupo mais estável.
- Por exemplo, quero transformar o álcool em cetona, mas o aldeído é tão reativo que o produto
não vai ser formado, ao invés disso ele vai oxidar o aldeído e transformá- lo em ácido.
Tenho que pegar os aldeídos e cetonas e deixá-los mais estáveis, posso transformar o aldeído em
um acetal (mais estável) e depois com uma hidrólise controlada eu consigo voltar para o aldeído.
Como também poderia fazer um tioacetal, que é mais estável ainda, porém um pouco mais difícil
para fazer a conversão por hidrólise.
- As interconversões ocorrem para que ocorra uma proteção do grupo na síntese.
c) IGF dos álcoois e seus derivados
Compostos orgânicos com o menor nível
de oxidação:
Álcoois – R-OH
Aminas – R-NHR’
Tióis – R-SH
Dissulfetos – R-S-S-R’
Éteres – R-O-R’
Haletos de alquila – R-X (X= Cl, Br, I)
São considerados com o mesmo nível de oxidação, por isso pertencem a mesma família.
Interconversões relativamente simples
Por exemplo, o álcool se pode converter em brometo de alquila por uma reação de bromação, uma
substituição SN2 ou SN1, se você quiser o brometo cloreto de alquila também uma SN2 você
converte e se consegue fazer uma reação inversa por uma outro substituição nucleofílica, uma
hidroxila atacando o haleto voltando pro álcool.
A diferença é que quando você tem haletos de alquila, esses grupos são chamados de bons
grupos abandonadores (bons grupos de saída), são ótimos para fazer a substituição nucleofílica.
Já o álcool não é ele é muito mais estável, normalmente ele é o produto final. Outra coisa, é que o
álcool pode reagir com chamados derivados de sulfonila por exemplo:
Reagir álcool com derivados de ácidos sulfônicos, são grupos abandonadores melhores do que o
álcool. Então se reage o álcool com esse derivado formando um éster de ácido sulfônico, e esses
então são grupos abandonadores melhores. Então tira o grupo OH e coloca qualquer outro grupo
nucleofílico, se esse grupo for um carbono com carga negativa, pode-se formar uma nova ligação
C-C.
➔ Tem uma hidroxila e você quer fazer uma interconversão, transformar o álcool em cloreto de
alquila, então usa-se o cloreto de xanila ou b-cloreto de fósforo. Acontece então a
conversão. Mas porque isso acontece? Porque ele queria um grupo bom de saída, com
isso ele reagiu o grupamento com hidrogênio (está na forma de hidrogenação) nessa forma
(do exemplo acima) o cloro sai por grupo de saída e troca-se por hidrogênio, ou seja,
fazendo uma eliminação redutiva.
Então aqui são reações dentro da família, são as conversões comuns.
Podemos também utilizar essas estratégias, com esses derivados para formar as aminas.
Por exemplo: Se tem um haleto de alquila que é da família, e quero transformar em uma amina.
Uma maneira de transformar em amina é utilizar a Síntese de Gabriel.
Reage o brometo com nitrogênio (ele ataca o carbono) o bromo sai como grupo de saída, e o grupo
amina fica ligado onde estava o bromo, só que quando há uma amida, consegue-se fazer uma
hidrólise, com isso, forma os ácidos, e a amina é liberada livre.
Então nesse exemplo está se usando dois tipos de reação, uma reação na família do ácido
carboxílico e um na família do álcool, na do álcool porque tem um brometo de alquila e está
transformando em grupo amina, já na do ác.carboxílico é porque ocorre a formação de uma amida,
ela por hidrólise formou o ác.carboxílico.
Bom, mas às vezes queremos fazer uma interconversão não apenas dentro da família. Então como
vimos, temos a interconversão dentro da família e também temos mais uma que é a interconversão
entre os três níveis de oxidação.
Nesses casos, também acontecem a mesma situação, tem reações que podem reduzir parando no
aldeído, e também aquelas que vão direto para o álcool, ou seja no reverso também ocorre
reações quimio seletivas. No reverso normalmente usa-se grupos de reagentes chamados de
hidretos metálicos, como o hidreto de lítio alumínio e boroidreto de sódio. Nessas reações eu
converto, o derivado de ácido em álcool, ele reduz o álcool e quebra ligação no caso de éster
formando dois álcoois. (slide abaixo)
Outros derivados, a amida por exemplo não leva para formação do álcool e sim para formação de
amina. A nitrila também é reduzida por hidreto lítio alumínio e forma a amina essas são exceções.
Mas a partir da nitrila (uma reação à parte, outra exceção), pode se ter uma reação quimiosseletiva
com esse hidreto de bao consegue-se a partir da nitrila formar um aldeído.
Reações de remoção de grupos funcionais
Exemplos:
Poderia também eliminar outro grupo funcional utilizando outro grupo de saída, ao invés de ser um
derivado de ácido sulfônico, seria um outro derivado levando a eliminação do grupo funcional. São
reações mais radicais onde eu quero eliminar o grupo funcional.
O grupo funcional mais efetivo para fazer essa eliminação é o álcool, mas quando você tem um
ácido e você quer se livrar dele, deve-se converter para álcool primeiro, como o álcool é mais fácil
de ser eliminado.
Outra reação de remoção é a eliminação de cetonas, existem pelo menos 3 reações para eliminar
esse grupo funcional.
Reações de alceno
O alceno ele é uma função química muito reativa, e o petróleo tem vários hidrocarbonetos com
essa característica, então a partir de um alceno você consegue fosforila a dupla formando álcool,
epóxico, a partir do alceno você pode formar diol, aldeídos e cetonas, ou seja, basicamente a
química de petróleo é baseada nesses hidrocarbonetos.
Os alcenos são os últimos grupos de interconversões, a partir dele você consegue criar soluções,
um exemplo disso é o álcool, se você não tem ele, através de tecnologia é possível que seja
produzido sinteticamente.
● 26/01 Isa
Ex:
- Próton (+) : núcleo de hidrogênio sem elétrons com carga positiva (+1);
↳ As reações de redução normalmente são feitas utilizando hidrogênio e existem várias formas de
doar hidrogênio para formar a redução.
- Solvente anidro: é um solvente que não contém, ou quase não contém água na sua composição.
Exemplo: para de obter anidro, o etanol 96° GL é tratado com cal virgem CaO e a seguir, destilado.
A reação entre cal virgem e a água produz cal hidratada – Ca(OH 2) – que não sai na destilação.
- Solventes Próticos: são solventes que carregam uma ligação de hidrogênio entre um oxigênio
como um grupo hidroxila ou um nitrogênio como um grupo amina. Suas características são:
solventes que apresentam ligações de hidrogênio; solventes que tem um hidrogênio ácido (embora
eles possam ser um ácido fraco); solventes que sejam hábeis em estabilizar íons (cátions por pares
de elétrons livres não compartilhados e ânions por ligações de hidrogênio). Exemplos: água,
metanol, etanol, ácido fórmico, fluoreto de hidrogênio e amônia.
- Solventes Apróticos: são solventes que não podem doar ligações de hidrogênio.
- Polares: são solventes que, assim como solventes próticos, são bons para dissolver íons, mas
carecem de hidrogênio ácido. Estes solventes geralmente tem altas constantes dielétricas e altas
polaridades. Exemplo: dimetilsulfóxido (DMSO), dimetilformamida (DMF) e
hexametilfosforotriamida.
- Apolares: solventes com baixa constante dielétrica. Exemplo: hexano, diclorometano, éter
dietílico e tetrahidrofurano (THF).
- Redução de compostos carbonílicos:
- Os álcoois são um dos grupos funcionais mais comuns em moléculas com atividade biológica;
- Redução por hidrogenação catalítica – é utilizado hidrogênio molecular, não envolve prótons e
hidretos.
- Redução por transferência de elétrons – é uma reação de redução de carbonila utilizando prótons.
↳ Redução por transferência de hidretos – com hidreto de lítio e alumínio (LiAIH4), boroidreto de
sódio (NaBH4) e dibrorano (B2H6). Os hidretos são compostos inorgânicos hidrogenados, que
apresentam o hidrogênio como o elemento mais eletronegativo, ou seja, como ânion de estado de
oxidação -1 (H-1). Os hidretos são excelentes para redução de ligações múltiplas polarizadas: C=O,
CHO, COOR, CONR2 e CN.
- Hidreto de lítio e alumínio (LiAIH4 ou HLA): com LiAIH4 o cátion é importante, por isso é
necessário se trabalhar com sistemas APRÓTICOS E ANÍDROS, como por exemplo o éter etílico e
tetrahidrofurano (THF). O lítio participa da reação, pois é um poderoso doador e a remoção do Li+
paralisa a redução. Este reagente tem pouca ou nenhuma seletividade.
- Boroidreto de sódio (NaBH4): a reação não precisa ocorrer em ambiente anidro, normalmente é
feita em um solvente prótico (EtOH ou MeOH), as vezes pode-se adicionar um pouco de água.
● 02/02 Marcela
Hidretos Modificados
Características gerais:
- Um forte e bom agente redutor redutor.
- O mecanismo é diferente do mecanismo dos outros dois hidretos metálicos anteriores.
- O Alumínio central é um ácido de Lewis e necessita de uma base de Lewis base para ativar o
hidreto.
- Muito parecido com hidreto de lítio e alumínio, sendo bastante reativo, tenho que ter condições
anidras, porém possui uma seletividade maior.
Nesse hidreto o alumínio foi substituído por dois grupos isobutil e só tem um hidrogênio ligado a
ele, então ele possui uma quantidade de hidrogênios para doar menor (1H) que o hidreto de lítio e
alumínio (4 H).
A grande vantagem na redução de ésteres com DIBAL é que a redução pode ser encerrada no
álcool e aldeído (REAÇÃO QUIMIOSSELETIVA).
Hidreto quimioseletivo, além de reduzir o derivado de ácido, o intermediário menos oxidado, ele
ainda consegue parar no intermediário , que é o aldeído ( que é uma das espécies orgânicas mais
reativas que existe, sendo ótimo para fazer ligações C-C.
BORANOS
De modo semelhante ao DIBAL, o borano é um agente redutor eletrofílico (atua em carbonila rica
em e).
- Como resultado a reatividade é inversa a dos hidretos de LiAlH4 & NaBH4.
Transfere os hidretos, tudo em meio aprótico, adiciona água em meio ácido para quebrar as
ligações entre o Oxigênio e o boro, formando então a amina.
Aqui temos os três principais hidretos: Hidreto de lítio e alumínio, Borohidreto de sódio e o borano.
Os outros são variantes desses Hidretos
1° Hidreto de lítio e alumínio: é o menos seletivo, qualquer carbonila ele vai reduzir;
2° Borohidreto de sódio: Aldeído, cetona e no máximo cloreto de ácido são os que ele reage,
possui então uma maior seletividade;
3° Borano: Não é tão efetivo para aldeídos, cetona, éster, porém é muito efetivo para carbonilas
ricas em elétrons de amina e ácido.
Usada para redução de anéis aromáticos, essa reação é feita pela dissolução do metal alcalino
ferroso. O solvente normalmente é uma mistura de etanol e amônia líquida.
O metal alcalino tem tendência de formar íon sódio, pois ele só tem 1 elétron na sua camada de
valência e ele acaba perdendo esse elétron, por isso ele é tão reativo. Nessa forma, se eu fizer a
reação com amônia e trabalhar com temperaturas baixas, esse elétron fica aprisionado no meio
reação (fico com elétron livre lá dentro), e esse elétron é usado na reação de transferência de
elétrons, que permite que o elétron livre seja doado para os compostos orgânicos ex: carbono.
Então esses elétrons livres irão desencadear uma série de reações, permitindo a redução da
carbonila nesse meio contendo solvente.
Tem a carbonila que eu quero reduzir, ai hora que coloco a condição reacional (litio+amonia), forma
os elétrons, como ele ta no meio de amônia ele fica lá em temperatura baixa. Então o elétron agora
consegue encontrar a carbonila, ou ele fica no oxigênio ou no carbono, ele não pode ficar no
oxigênio porque ja ta muito carregado negativamente, ai ele manda o par de elétrons pro carbono
ou ele faz o contrário (manda do carbono pro oxigênio). Além da amônia está se usando um
solvente prótico, etanol ou metanol. Com isso, o oxigênio consegue captar o H +, cedendo o
primeiro hidrogênio pra formar a hidroxila. Como o meio reacional tem H + (vem de duas fontes,
amônia ou etanol que se tem no meio), por isso o uso desse tipo de solvente.
Essa reação tem um efeito colateral, ela pode dar uma reação lateral: reação de pinacol.
Ou seja, os dois elétrons embaralhados podem se juntar e fazer uma nova ligação C-C, isso é ruim.
Por isso deve-se controlar bem a reação, porque queremos formar hidroxila, reduzir pra álcool, não
formar diol (álcool com nova cadeia carbônica). Fora isso não temos outros problemas.
Essa reação não serve pra qualquer coisa, ela é usada principalmente na química de anéis e
esteroides. O rendimento normalmente é bom.
É uma reação com uso de hidrogênio em condições catalíticas, ele pode acontecer de forma
heterogênea ou homogênea. Quando se pensa em termos de reação, ex: quer reduzir a carbonila,
se tem redução usando hidreto, reduções usando transferência de elétrons, ou hidrogenação
catalítica.
Das 3 qual a indústria mais usa? A hidrogenação catalítica, porque pode ser reciclada, utilizando
novamente seus catalisadores. Ela também é relativamente segura no preparo industrial do que em
um laboratório, por exemplo.
A hidrogenação catalítica é a terceira maneira de se reduzir compostos carbonílicos, no qual,
agora, os dois hidrogênios vem do H2.
Existem dois tipos: a heterogênea - é em duas fases, a clássica, mais comum, na qual se usa o
solvente orgânico e o catalisador é sólido, ficando numa fase diferente da amostra e do solvente,
com isso, a reação é bifásica ou trifásica dependendo da situação.
A homogênea - fase única, na qual o catalisador a amostra e o solvente são todos solúveis.
Existem alguns catalisadores que são usados: Normalmente as reações acontecem na superfície
do catalisador metálico, normalmente é um pó (paládio e platina), que são caros por isso eles
acabam sendo reciclados. Se usa esses dois porque são mais estáveis. Outras características são
os solventes mais utilizados: etanol e ácido acético. Normalmente se trabalha em temperatura
ambiente, em alguns desses, o único problema é que às vezes se deve trabalhar com pressões e
temperaturas mais altas, aí corre riscos de explosões.
Para que serve esse tipo de redução? Normalmente para redução de duplas de alcenos que vai
pra alcanos, tripla de alcinos que vai pra alcenos ou indo pra alcanos, ou carbonilas, só que o
problema das carbonilas são a necessidade de mais pressão.
Nesse caso então se reduz tudo, é uma reação relativamente limpa, só não é tão seletiva.
● 09/02 Nadyne
● Quando se faz uma reação é igual carro, precisa de se deslocar, cada um tem sua maneira
de ir “ deslocar” mas ambos chegam no mesmo lugar com intervalos de tempo diferentes,
grau de segurança e sofisticação
● Ambos os hidrogênios são adicionados normalmente na mesma face da dupla ligação: Esta
adição é chamada CIS ou SYN, quando se imagina a dupla ligação é uma ligação que se
chama sp2 trigonal, os 2 hidrogenio se ligam no mesmo lado da dupla, ou os dois entra por
cima ou por baixo, sempre entra junto, conforme a figura abaixo é uma adição SYS ou essa
adição de hidrogênio também pode se chamar de adição CIS, por isso é facil de prever o
mecanismo desta reação, pq os dois entra no mesmo lado da dupla e isso é especifico
dessa reação
● Existe outra possibilidade de adição que é a adição ANTI, onde os hidrogênios são
adicionados em faces opostas da dupla, isso ocorre devido a isomerização mas na prática
já difícil de acontecer pois pelo mecanismo de ação não era pra acontecer e acontece por
conta do catalisador é um efeito colateral na reação, podemos observar na figura abaixo que
quando adicionado o trans os hidrogénio não entram no mesmo lado
Um rápido esquema, como funciona a hidrogenação catalítica, quando você tem a
hidrogenação você usa o catalisador, o catalisador ele tem várias funções, mas neste caso
ele “serve” para 3 coisas principais:
➔ Primeira: Área superficial: funciona como se fosse uma superfície para que a reação
aconteça, nesta área superficial ele vai permitir que o reagente se aproxime e através
da aproximação a reação irá acontecer e acontecer mais rápido, tem a função
verdadeira do catalisador acelerar a reação
imagine o catalisador como porta avião ele tem uma área superficial
O que acontece na hidrogenação? um metal, qualquer metal é um catalisador quando
você mergulha esse metal com o hidrogênio os H2 vão se encontrar na superfície do
metal e nesta superfície do metal vão ficar absorvido ou seja o hidrogênio faz uma
ligação fraca com o metal essa ligação fraca é reversível e se chama absorção pois
fica absorvido no metal, então o que acontece, é como se ele se transformasse em
um hidrogênio alimentar, cada um dos átomos de hidrogênio se ligam no metal,
precisa saturar o catalisador com o hidrogênio, depois que tiver saturado quando
mais eficiente o metal for pra fazer isso mais rápido é a reação e melhor o
rendimento. Depois que o hidrogênio se ligou na superfície de metal quem vai se ligar
na sequência vai ser o composto do núcleo, no caso da figura abaixo é o alceno,
nesta situação os hidrogénio se transfere para a ligação a carbono e são transferido
ao mesmo tempo, quando transfere os dois hidrogênio o alceno não tem mais a dupla
e não consegue mais se ligar no metal.
● Álcool primário:
- Normalmente são mais reativos do que os secundários devido a fatores estéricos, como a
presença de mais H (maior sensibilidade ao O) e menos substituintes, tendo menor
impedimento estérico e sendo mais fácil de oxidar;
- pode ser oxidado a dois níveis diferentes: inicialmente pode se tornar aldeído (perde-se dois
H) e se o aldeído for oxidado novamente, pode se tornar ácido carboxílico. Também pode ir
direto para ácido carboxílico. As reações que acontecem de forma direta para ácido, são
chamadas oxidações NÃO SELETIVAS (não conseguimos controlar, vai direto para o
produto mais oxidado), e as reações que passam por aldeído, não chamadas QUIMIO
SELETIVAS (porque possuem duas possibilidades, a de parar em aldeído ou de formar
ácido);
- É importante controlar essas oxidações para poder obter somente aldeído ou somente
ácido;
- Para transformar em éster, aldeído, etc, temos que transformar primeiro em ácido
carboxílico;
● Álcool secundário:
- Só tem 1 H ligado ao C da hidroxila, e na hora que ele for oxidado ele se torna cetona;
- Podemos usar reagentes seletivos ou não.
→ Álcool terciário nunca vai ser oxidado, porque precisamos ter pelo menos um H ligado so C.
Tipos de oxidações
● Oxidantes de Cromo (VI)
- O cromo é um metal pesado, tóxico e difícil de ser eliminado no meio ambiente;
- As primeiras reações com Cromo usam Óxido crômico ou trióxido de cromo (CrO3).
Normalmente essa reação é feita pelo ácido crômico - H2CrO4 (CrO3 + H20);
- Reação heterogênea (feita em duas fases), porque a maior parte dos álcoois são pouco
solúveis em água, sendo um pouco mais difícil de ocorrer;
- O cromo é o agente oxidante, que é reduzido no processo. Quando pegamos o ácido
crômico e aquecemos em meio aquoso, ele perde uma molécula de água, se transformando
em trióxido de cromo, que poderá então reagir com álcool. O álcool ataca o cromo formando
o éster de cromila, que não é muito estável, então o H ligado ao C da carboxila, perde os
dois pares de elétrons e sai como próton livre formando dupla ligação, e então o aldeído
(oxidação por desprotonação).
- Problemas dessa reação: o rendimento é menor e é difícil, extrair por ser heterogênea (duas
fases); gera muito resíduo (excesso de cromo) que é difícil de ser eliminado;
- Para solucionar esse problema do excesso de cromo, diluímos o CrO3 em um solvente
orgânico (normalmente piridina e terc butanol); porém outro problema é gerado, que é a
presença da piridina, que também é tóxico, embora um pouco menos, mas ainda é;
Parei no 35:00
● 23/02 Duda
● Características do PCC:
- Solúvel em clorofórmio e diclorometano;
- Solvente deve ser anidro;
- É ligeiramente ácido, mas é menos ácido que o reagente de Jones.
O PCC resolve o segundo problema, pois como ele é solúvel em solvente orgânico, como por
exemplo o dicloro metano, não terá a água no meio para hidratar o aldeído (sendo oxidado em
ácido carboxílico). Ou seja, com o uso do PCC a reação para em aldeído.
Mas o PCC não resolve o primeiro problema, ele ainda promove a formação de resíduos de cromo.
Dicromato de piridínio
Outros oxidantes
● Permanganato de potássio
● Dióxido de manganês
Oxidação de Swern:
● Esse novo método emprega o Cloreto de oxolila, Dimetilsulfóxido (DMSO) e Trietilamina;
● É considerado um método oxidação brando, servindo tanto para a síntese de cetonas
(partindo de um álcool secundário), quanto para a síntese de aldeídos (partindo de um álcool
primário);
Embora seja um método bom, ele não é considerado operacional, pois é um processo mais
controlado, limitando assim o seu uso.
OXIDANTES AMBIENTALMENTE COMPATÍVEIS –
QUÍMICA VERDE
TEMPO
- é um radical nitroxila estável capaz de oxidar álcoois primários e secundários de forma
suave e seletiva;
- é um reagente de oxidação muito empregado atualmente, tanto em processos industriais
como acadêmicos;
- é capaz de oxidar alcoóis primários e secundários em condições brandas, seletivas e com
tempo reacional reduzido.
- é utilizado em quantidades catalíticas e podendo ser empregado em presença de grupos
funcionais sensíveis;
- Ao mesmo tempo em que ocorre a oxidação, ele já é extraído para a fase orgânica, por
diferença de polaridade;
mecanismo
09/03 PROVA 1