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CASO CLÍNICO PNEUMOLOGIA

Paciente do sexo feminino, 55 anos, tabagista de longa data, relata história de


tosse crônica e comparece à consulta com dispneia aos moderados esforços
que começou há 8 meses, e que nas últimas 2 semanas vem piorando, chegando
por vezes a acontecer em repouso. Paciente queixa-se de “falta de ar que vem
piorando há 5 meses”. Ela apresenta tosse crônica há 2 anos, geralmente seca,
sendo algumas poucas vezes produtiva, mas sempre associou ao cigarro e
nunca procurou investigar. Relata também que há 5 meses vem apresentando
dispneia aos moderados esforços, especialmente quando estava pegando peso
no trabalho. Essa dispneia vem piorando, e, nas últimas 2 semanas, está
acontecendo, por vezes, até em repouso, o impedindo de realizar suas
atividades diárias, o que o levou a se afastar da fábrica de cerâmica que
trabalhava. Não tem nada que ele faça que melhore o sintoma, chegou a diminuir
a quantidade de cigarros para 1 maço/dia, mas a dispneia está cada vez pior.

É hipertensa em uso de Losartana 50 mg/dia, sem outras comorbidades.


Nega alergia medicamentosa e alimentar, cirurgias prévias e transfusões
sanguíneas. Pai era hipertenso e faleceu de infarto agudo do miocárdio e a mãe
era hipertensa e diabética e faleceu de câncer de mama. Tabagista há 25 anos
de 2 maços/dia, reduzindo para 1 maço/dia há 2 semanas. Estilista social de
cerveja aos finais de semana. Alimentação rica em carboidratos e gorduras. Não
fazia exercício físico, mas realizava trabalho braçal na fábrica antes de começar
a sentir os sintomas. É a provedora financeiro da família, mora com o marido e
a filha na cidade. Sua casa é revestida, possui saneamento básico e rede de luz.
Tem outros 2 filhos e 3 netos e afirma que possui relacionamento amigável com
família, vizinhos e amigos.

Paciente em regular estado geral, emagrecida, lúcida e orientada no


tempo e espaço, longilíneo, sem alterações na marcha, dispneica com uso de
musculatura acessória, anictérica, acianótica e descorada. PA: 130×90 mmHg;
FR: 26 irpm; PR: 100 bpm; Temperatura axilar: 36,5 Cº; SpO2: 89%. Tórax com
aumento do diâmetro ântero-posterior, taquipneia com expiração prolongada,
presença de tiragem intercostal, diminuição da expansibilidade e do FTV, som
hipertimpânico à percussão, murmúrio vesicular presente, porém reduzido
globalmente e sem ruídos adventícios. Precórdio sem abaulamentos, ictus cordis
não palpável, ausculta com ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas
hipofonéticas e sem sopros. Abdome plano, flácido, indolor à palpação, ruídos
hidroaéreos presentes bem distribuídos e sem visceromegalias. Extremidades
bem perfundidas e sem edemas em MMII.

Com base no caso clínico apresentado destaque os principais pontos do exame


físico e avaliação, como será dado o diagnóstico e estabeleça as opções
terapêuticas. Inclua exercício e objetivos para cada um.

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