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1º MOMENTO

A coxartrose é uma doença crónica que resulta de um conjunto de eventos mecânicos


e biológicos que acelera o desgaste da cartilagem articular. Esta é uma doença que interfere
com a realização das atividades de vida diária uma vez que causa dor e limitação da mobilidade
articular. Com isto o nosso paciente foi submetido a uma artroplastia no dia 24 de outubro de
2019 às 11h. A artroplastia da anca é uma técnica cirúrgica que envolve a reposição da
articulação da anca por uma prótese. Existem 3 abordagens possíveis: anterior, anterolateral e
posterior, sendo que o nosso paciente foi submetido à abordagem anterior. É uma cirurgia
bastante invasiva, sendo necessário um corte extenso – incisão de 8 a 12cm lateralmente à
espinha ilíaca ântero-superior – e profundo – até expor a articulação coxofemoral – recorrendo
ao uso de retratores para afastar os músculos na área.

O nosso paciente ao ser submetido a esta intervenção cirúrgica chamou-nos à atenção para
alguns focos de possíveis complicações, sendo que para um primeiro momento são
nomeadamente ao nível da presença de uma ferida cirúrgica, presença de dor, vigilância de
hemorragias, possível comprometimento a nível da perfusão dos tecidos e a nível da
capacidade sensorial e também problemas a nível da mobilidade. Como foi submetido a
raquianestesia um dos nossos focos de atenção foram possíveis complicações pós-
raquianestesia. Houve também da nossa parte uma especial atenção aos dispositivos médicos
invasivos, para vigiar a sua funcionalidade e promover a sua otimização.

 FERIDA CIRÚRGICA: A realização da cirurgia tem como consequência a presença de


uma ferida cirúrgica. Tendo em conta a norma instituída (Norma DGS 024/2013), o
tratamento à ferida só deverá ser feito 48h após da cirurgia, pelo que no primeiro
momento apenas avaliamos a região peri-lesional para vigiar o processo inflamatório.

Diagnóstico: Ferida Cirúrgica na face anterior da coxa direita

Objetivo: Detetar precocemente sinais de complicações da ferida cirúrgica

Intervenção: Avaliar região peri-lesional da ferida cirúrgica e penso externamente.

Atividades: Para isso observamos o penso da ferida cirúrgica externamente para verificar se
havia presença abundante de exsudado. Relativamente à região peri-lesional centramos a
nossa atenção no processo natural e esperado da inflamação. Estas observações foram feitas
de 2h em 2h.

 DOR: A presença de dor é algo inerente a todo o processo a que o nosso paciente foi
submetido, pelo que foi alvo da nossa atenção. O sr. Fernando referiu sentir dor no
terço superior da face anterior da coxa direita, grau 2, de frequência irregular e com
sensação de facada.

Diagnóstico: Dor na parte superior e anterior da coxa direita

Objetivos: Diminuir dor e Determinar a evolução da dor

Intervenções: Avaliar a evolução da dor e Gerir analgesia.

Atividades: Tendo em conta que o nosso cliente referiu um nível reduzido de dor (2) decidimos
fazer uma avaliação continua da mesma de 3h em 3h sendo relativa ao grau de dor (numa
escala de 0 a 10), à frequência e ao tipo. Para diminuir a dor asseguramos a administração dos
analgésicos prescritos.
 HEMORRAGIA: Tendo em conta a intensa manipulação de tecidos (derivado dos cortes
realizados), a vigilância das perdas sanguíneas é uma área a ter em atenção, uma vez
que se a drenagem for muito abundante e o seu conteúdo for totalmente hemático
pode indicar que a hemóstase não esta a ser efetiva mantendo um sangramento
continuo da ferida, isto implica graves consequências para o cliente. A presença do
dreno aspirativo tem como função a exteriorização do conteúdo que se encontra no
interior da ferida para assim possibilitar e potenciar a cicatrização da mesma. Através
do frasco graduado e transparente foi possível avaliar as características do exsudado,
relativamente ao volume e tipo de exsudado.

Diagnóstico: Foco: Hemorragia

Objetivo: Detetar precocemente hemorragia.

Intervenções: Avaliar características do pulso, Avaliar externamente penso da ferida cirúrgica,


Avaliar valores da tensão arterial e Avaliar volume e conteúdo do saco do dreno.

Atividades: Deste modo mantivemos uma avaliação regular das características do pulso, dos
valores da tensão arterial, avaliamos o penso externamente com o objetivo de perceber se
este se encontrava repassado e ainda avaliamos o volume e conteúdo de exsudato drenado
recorrendo ao saco do dreno aspirativo. Estes parâmetros foram avaliados de 1/1h à exceção
do penso que foi observado de 2/2h.

 PERFUSÃO DOS TECIDOS E CAPACIDADE SENSORIAL: Esta cirurgia acarreta alguns


riscos, sendo um deles o comprometimento neurovascular, visto que vasos de grande
calibre como a veia e artéria femorais, e nervos tais como nervo femoral lateral e
nervo femoral se localizam próximo da articulação. Alguns fatores que potenciam este
risco são a realização de vários cortes, perfurações e ainda a mobilização dos
elementos anatómicos anteriormente referidos. Pode também ocorrer compressão
pelo posicionamento dos retratores no momento da cirurgia ou então pelo processo
natural de inflamação no pós-operatório. Este comprometimento pode afetar a
irrigação e enervação sensorial e motora do membro inferior. Assim sendo, um dos
focos da nossa atenção foi a perfusão dos tecidos e outro a capacidade sensorial.

Ao nível da perfusão dos tecidos:

Diagnóstico: Foco: Perfusão dos tecidos

Objetivo: Detetar precocemente compromisso neurovascular no membro operado.

Intervenções: Avaliar extremidades dos membros inferiores e Avaliar sinal de Homans.

Atividades: Para avaliar as extremidades dos membros vigiamos a coloração e a temperatura


dos dedos dos pés em ambos os membros inferiores. Avaliamos a presença de sinal de homans
para despistar a hipótese de Trombose Venosa Profunda e para isso realizamos uma ligeira
dorsiflexão passiva do pé direito e questionamos o sr. Fernando se sentia dor no momento da
realização da dorsiflexão.

Ao nível da capacidade sensorial:

Diagnóstico: Foco: Capacidade Sensorial

Objetivo: Detetar precocemente compromisso da capacidade sensorial no membro operado.


Intervenção: Avaliar capacidade sensorial

Atividades: Para realizar esta avaliação questionamos o sr. Fernando se sentia alguma
alteração no membro operado, tais como formigueiro ou dormência.

 MOBILIDADE: Alguns dos requisitos específicos deste pós-operatório são a presença de


um triângulo abdutor e repouso no leito. Assim sendo, a autonomia para mudança de
posição vai estar limitada passando a ser auxiliada pelos enfermeiros para evitar
luxação total da prótese da anca. Consequência do facto de o nosso paciente ter
mobilidade limitada, a integridade cutânea também foi alvo da nossa atenção.

Diagnóstico: Mobilidade Comprometida

Objetivos: Determinar precocemente sinais de úlceras de pressão, Detetar precocemente


sinais de complicações da luxação da prótese total da anca, Prevenir luxação da prótese total
da anca e Prevenir úlceras de pressão

Intervenções: Avaliar a presença de sinais da luxação da prótese total da anca, Avaliar


presença de sinais de úlceras de pressão e Posicionar cliente.

Atividades: Quanto à presença de sinais da luxação estivemos atentos à presença de dor ou


desconforto na região coxofemoral, dismetria dos membros inferiores e ainda alteração da
posição anatómica do membro operado. Relativo ao posicionamento do cliente tivemos em
atenção a elevação da cabeceira da cama ser inferior a 90º, o angulo entre os membros
inferiores (possibilitado pelo triangulo abdutor) ser de 40º e que os pés se encontravam na
vertical para que não ocorresse a rotação do quadril. Posicionamos o sr fernando de 2/2h para
aliviar as zonas de pressão (sacro, grande trocânter, maléolos e calcâneos) vigiando as
mesmas. As alterações de posicionamento variaram entre decúbito dorsal e decúbito lateral
para o lado sadio sendo que a rotação para este decúbito deve ser feita com os membros
inferiores em bloco.

 RAQUIANESTESIA: Como foi submetido a raquianestesia um dos nossos focos de


atenção foram possíveis complicações pós-raquianestesia.

Diagnóstico: Foco: Complicações pós-raquianestesia

Objetivos: Detetar precocemente complicações pós-raquianestesia.

Intervenções: Avaliar presença de sinais de complicações pós-raquianestesia.

Atividades: Estivemos atentos à presença de cefaleias, náuseas, frio e/ou tremores.

 DIPOSITIVOS MÉDICOS INVASIVOS: Houve também da nossa parte uma especial


atenção aos dispositivos médicos invasivos, para vigiar a sua funcionalidade e
promover a sua otimização, nomeadamente o cateter urinário e CVP. O cateter
urinário foi retirado a 25 de outubro (dia seguinte), e o dreno aspirativo foi retirado no
dia 26 de outubro.

Diagnóstico: Presença de dispositivos invasivos por prescrições médicas

Objetivos: Manter permeabilidade do cateter urinário, Detetar precocemente sinais


inflamatórios no local de inserção CVP, Manter permeabilidade do cateter venoso periférico.

Intervenções: Otimizar cateter urinário, Avaliar o local de inserção do CVP, Otimizar CVP.
2º MOMENTO

Ferida Cirúrgica na face anterior da coxa direita

DADOS

No segundo momento achamos por bem, ter como área de atenção a ferida cirúrgica, uma vez
que, quatro dias após a artroplastia esta ainda se encontra em processo de cicatrização. Posto
isto, avaliamos que os bordos da ferida cirúrgica se encontravam unidos e a ferida não
apresentava sinais inflamatórios exacerbados, apenas ligeiro rubor, sem exsudado e cheiro sui
generis. Devemos por bem avaliar também o seu respetivo penso, onde podemos comprovar
que este se encontrava externamente limpo e seco e aderente à pele. Podemos assim, com
estes dados, concluir que o processo de cicatrização estava a realizar-se.

OBJETIVOS

Detetar precocemente sinais de complicações da ferida cirúrgica.

Promover processo cicatricial da ferida cirúrgica.

INTERVENÇÕES

Avaliar evolução da ferida cirúrgica.

ATIVIDADES

a) Observar a cicatrização dos bordos da ferida cirúrgica.

b) Observar material de sutura presente na ferida cirúrgica.

c) Observar incisão cirúrgica e pele circundante, analisando a cor, calor, rubor e


presença ou não de exsudado (1x/dia e SOS).

Observar penso da ferida cirúrgica, de 5h em 5h.

Executar tratamento da ferida cirúrgica.

ATIVIDADES

a) Limpar ferida com soro tépido e compressas (1x/dia e SOS).

b) Colocar novo penso cirúrgico (1x/dia e SOS).

c) Colocar novo penso (1x/dia e SOS).

Potencial para melhorar conhecimentos sobre cicatrização da ferida

DADOS

Ainda relacionado com a ferida cirúrgica, existe uma área de atenção que temos de ter
atenção, que é a cicatrização da ferida e os conhecimentos que o cliente tem sobre esta. Para
isso, questionamos o Sr. Fernando sobre os sinais que devia de estar atento na ferida cirúrgica,
onde foi-nos dito que não sabia quais eram, mas que gostaria de ter mais informação sobre.
Posto isto, teríamos de ensinar o Sr. Fernando sobre como deveria de estar a pele circundante,
ou seja, esta deve apresentar-se integra, sem presença de sinais de inflamação (dor, rubor,
calor, edema) e o penso deve encontrar-se limpo e a ferida deve ter um cheiro suis generis. É
necessário fazer o Sr. Fernando perceber que extremamente necessário estar atento e saber
detetar, complicações na cicatrização da ferida cirúrgica, nomeadamente à presença de sinais
de inflamação (dor, rubor, calor, edema), se o penso se encontra repassado de exsudado
(hemático, sero-hemático, seroso, purulento) e se a ferida apresenta cheiro fétido.

OBJETIVOS

Promover conhecimento sobre cicatrização da ferida cirúrgica

Determinar evolução de conhecimentos sobre cicatrização da ferida cirúrgica

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem

a) Analisar capacidade de atenção.

b) Analisar capacidade de retenção de informação.

Ensinar sobre cicatrização da ferida cirúrgica

Avaliar evolução de conhecimentos sobre cicatrização da ferida cirúrgica

a)Questionar acerca do assunto ensinado, analisando a capacidade do cliente para reter


informação e pô-la em prática.

Potencial para melhorar os conhecimentos sobre a luxação da prótese total da anca

DADOS

Em relação ao conhecimento sobre luxação da prótese, uma vez que, estaremos neste
momento a preparar o Sr. Fernando para a sua alta hospitalar, achamos necessário saber quais
os conhecimentos que o Sr. Fernando tem, de modo a tentar minimizar possíveis riscos que
podem levar à luxação da prótese. É necessário, ter em atenção, se o Sr. Fernando sabe quais
os sintomas aos quais tem de estar atento, como: presença de dor ou desconforto aumentado
na ferida cirúrgica e/ou na virilha, impossibilidade de movimentar a perna, dismetria dos
membros inferiores, rotação externa e interna anormal da articulação coxofemoral direita e a
prótese da cabeça do fémur é possível palpar. Quando questionado o Sr. Fernando apenas
referiu saber do desconforto e da dor local.

Em relação aos movimentos possíveis de realizar, o Sr. Fernando diz não ter noção de quais
são. Assim sendo, devemos informar sobre movimentos a evitar, sendo estes: flexão da anca
superior a 90°; adução que ultrapasse a linha média (ex. cruzar as pernas); rotação interna e
externa da anca; apanhar objetos do chão.

No pós-operatório, está contraindicado a condução, por cerca de 12 semanas, algo que


averiguamos que o Sr. Fernando sabia, dado isto, vai precisar que alguém o leve aos sítios que
necessitar durante esse período, assim como aprender a entrar e sair do carro de modo a
prevenir a luxação.

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Determinar evolução de conhecimentos sobre sintomas da luxação da prótese total da anca.

Promover conhecimento sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Promover conhecimento sobre sintomas da luxação da prótese total da anca.

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

a) Analisar capacidade de atenção.

b) Analisar capacidade de retenção de informação.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

a) Questionar acerca do assunto ensinado, analisando a capacidade do cliente para reter


informação transmitida e pô-la em prática.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre sintomas de luxação da prótese total da anca.

a) Questionar acerca do assunto ensinado, analisando a capacidade do cliente para reter


informação e pô-la em prática.

Avaliar técnica de deitar na cama.

a) Avaliar se o Sr. Fernando se coloca de pé junto à cama de costas para a mesma. De


seguida, com o auxílio das mãos sentar-se na cama com o tronco inclinado para trás e
rodar o corpo para o interior da cama sempre com o membro operado alinhado e em
extensão até estar confortável.

Avaliar técnica de levante da cama.

a) Avaliar se o Sr. Fernando se levanta pelo lado sadio, endireitando a cama mantendo
sempre o membro operado alinhado e em extensão, devendo rodar o corpo para a lateral
da cama. De seguida, deve colocar o pé sadio no chão com o auxílio das mãos na cama,
colocando-se em pé.

Avaliar técnica de sentar.

a) Avaliar se o Sr. Fernando se coloca de costas junto à cadeira, com as pernas a tocá-la,
agarrando os braços da cadeira com uma mão de cada vez. De seguida, deve deslizar
ligeiramente a perna operada para a frente, mantendo o joelho esticado, baixando-se
até ficar sentado com as duas mãos na cadeira e encostando-se até ficar confortável. No
caso de a cadeira não ter braços, esta deve ser rodada lateralmente, de modo a que as
costas da cadeira sirvam como apoio para os braços

Ensinar sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.


b) Informar que os indivíduos do sexo masculino podem praticar atividade sexual
normalmente desde que as posições adotadas não envolvam a abdução.

c) Informar para dormir com uma almofada entre as pernas para evitar movimentos
propícios a luxação.

d) Informar para se posicionar preferencialmente em decúbito dorsal e lateral para o lado


sadio.

e) Aconselhar a utilização de suspensórios, fixados ao vestuário, para permitir o


deslizamento fácil dos membros inferiores com o mínimo de flexão.

f) Recomendar a utilização de pinça com cabo extensível para vestir os membros


inferiores.

g) Recomendar o uso de calçadeira de cabo longo.

h) Recomendar a utilização de calçado fechado e fácil de calçar sem cordões, velcro ou


fecho.

i) Orientar para o uso preferencial do duche em oposição ao banho de imersão.

j) Aconselhar abandono do uso de bidé.

k) Recomendar a utilização da esponja de cabo longo para a higiene dos membros


inferiores.

l) Informar cliente sobre cuidados a ter ao andar de carro: só pode retomar a condução a
partir da 8ª semana após a cirurgia tendo o cuidado para não fazer viagens muito longas
ou fazer períodos de descanso alternando com deambulação; utilizar almofadas para
elevar o assento do carro; recuar e reclinar os assentos de forma a evitar flexão da
articulação coxofemoral abaixo dos 90º.

Ensinar sobre sintomas da luxação da prótese total da anca.

Potencial para melhorar a capacidade de vestir/despir e calçar/descalçar


DADOS

O vestir/despir e o calçar/descalçar são outras atividades de vida diárias que se tornam mais
difíceis após este tipo de cirurgia e é necessário ter algum tipo de cuidados para não levar a
uma luxação. O próprio Sr. Fernando diz ter dificuldades a vestir calças, cuecas e meias, assim
como calçar assim sendo, iremos ensinar e treinar técnicas para vestir/despir a roupa dos
membros inferiores e calçar/descalçar as meias com o auxílio de pinças de cabo longo assim
como uma calçadeira longa,, para que possa manter o membro inferior em extensão e evitar a
flexão do tronco, de modo a prevenir a luxação da prótese total da anca.

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Promover a capacidade para vestir/despir e calçar/descalçar.

Promover conhecimento sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Prevenir luxação da prótese total da anca.


INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Ensinar sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Treinar com o cliente vestir/despir e calçar/descalçar com recurso aos dispositivos de apoio.

Potencial para melhorar os conhecimentos sobre a realização da higiene pessoal


DADOS

A higiene é uma área de grande atenção neste caso, visto que devido aos movimentos
que estão contraindicados, não é possível realizar a higiene pessoal da forma que a
maioria de nós consegue. O Sr. Fernando, mostra dúvidas em saber como a pode realizar
de forma independente. Ao transmitirmos a informação, devemos recomendar a
utilização de um antiderrapante no poliban, de uma pega onde se possa agarrar, remoção
de possíveis tapetes e obstáculos existentes na casa de banho e instruir sobre o uso de
banco alto dentro do poliban, sendo que o cliente deve estar sentado mantendo a perna
operada em extensão.

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção de queda.

Promover conhecimento sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção de queda.

Ensinar sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Ensinar sobre prevenção de queda.

d) Recomendar a distribuição do mobiliário de forma a assistir na deambulação e não


interferir com o acesso às divisões/espaços da casa.

e) Alertar para ter precaução ao andar em superfícies húmidas ou escorregadias.

f) Informar cliente de possíveis dificultadores da marcha, como por exemplo a utilização de


chinelos abertos ou a existência de obstáculos no chão

Instruir sobre técnicas para prevenção da luxação da prótese total da anca.

Potencial para melhorar a capacidade para utilizar auxiliares de marcha (canadianas)


DADOS
Auxiliares de marcha, neste tipo de cirurgias, super importante, nunca podendo ser esquecido.
Existem vários tipos de auxiliares, como o andarilho e as canadianas. O Sr. Fernando, diz ter
utilizado pela primeira vez auxiliares de marcha enquanto esteve internado nestes dias, sendo
que ultimamente tem utilizado o andarilho. Devido a acharmos que as canadianas, dariam uma
maior facilidade para andar, optamos por ensinar o Sr. Fernando a utilizá-las, uma vez que este
também se mostrou pronto e com possibilidades financeiras para tal.

Estas devem ter determinadas características, como como punho, protetor de punho
(opcional), ponteira de borracha antiderrapante para maior segurança, altura regulável, clip de
segurança e aro articulado. As canadianas devem estar em bom estado de conservação e
posicionadas corretamente, tendo em conta a distância chão-cotovelo. O apoio do antebraço
deve estar posicionado no terço proximal do antebraço da pessoa, aproximadamente 2 a 3
dedos abaixo do cotovelo. O apoio de mãos deve permitir uma flexão do cotovelo cerca de 15º
a 30º. Deve ser utilizado calçado fechado e antiderrapante. O chão deve estar livre de tapetes
e outros objetos que possibilitem a queda devido a tropeçar. Tomar também precauções para
não apoiar o peso corporal na perna operada, mantendo-a em extensão e evitar a inclinação
do tronco para a frente.

Ao instruir sobre a forma correta de andar com as canadianas devemos de instruir o Sr.
Fernando para que se desloque avançando primeiro as canadianas e o membro operado
enquanto o membro sadio suporta o peso corporal, sendo de seguida o peso transferido para
as canadianas de modo a que o membro sadio avance. Este processo deve ser repetido
sequencialmente as vezes necessárias, treinando no mínimo 6 metros.

Para subir escadas com duas canadianas: instruir o Sr. Fernando para apoiar o seu peso
corporal nas canadianas, subindo primeiro a perna sadia, seguindo-se a perna operada e as
canadianas, sendo que durante o segundo movimento o peso corporal deve ser apoiado na
perna sadia. O processo deverá ser repetido sequencialmente as vezes necessárias para subir
as escadas.

Para descer escadas com duas canadianas: instruir o Sr. Fernando para descer primeiro a perna
operada juntamente com as canadianas, apoiando nelas o seu peso corporal e de seguida
descer a perna sadia. O processo deverá ser repetido sequencialmente as vezes necessárias
para descer as escadas.

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre utilização de auxiliares da marcha (canadianas)

Promover capacidade para utilizar auxiliares de marcha (canadianas).

Promover conhecimentos sobre a utilização de auxiliares da marcha (canadianas).

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre utilização de auxiliares de marcha.

Ensinar sobre auxiliares de marcha (canadianas).

Instruir sobre como andar com canadianas.

Treinar andar com auxiliares de marcha (canadianas)


Potencial para melhorar os conhecimentos sobre prevenção de queda
DADOS

A prevenção da queda, é um assunto que deve ser abordado junto com o Sr. Fernando, de
modo a perceber se este já tem alguma informação sobre isto e se percebe a importância
desta área de atenção. Após uma breve entrevista deu para perceber que este não sabia que
medidas deveria de tomar para prevenir a queda, mas que considera importante saber.
Tivemos atenção em saber mais sobre o tipo de casa onde habita, como se mora numa casa ou
apartamento onde os acessos têm de ser feitos através de escadas, onde podemos perceber
que vive num apartamento com elevador. O Sr. Fernando deve ter especial atenção aos
tapetes e obstáculos propícios de tropeçar, assim como deve utilizar calçado fechado e
antiderrapante.

O dado é manifestação/característica definidora do diagnóstico

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção de queda.

Promover conhecimento sobre prevenção de queda.

Prevenir queda.

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção de queda.

Ensinar sobre prevenção de queda.

Identificar as condições de segurança do domicílio para prevenir quedas, relativamente à casa


de banho, às zonas de acesso, existência de escadas e disposição da mobília.

Potencial para melhorar os conhecimentos sobre cuidados a ter ao andar de carro


DADOS

É necessário ter especial cuidado quando anda de carro, como já falamos posteriormente,
principalmente no entrar e no sair.

Para entrar no carro é necessário: Entrar de costas para o carro apoiando a região poplítea na
soleira da porta do carro; apoiar as mãos no assento; sentar-se mantendo o membro operado
com o joelho em extensão; utilizar a força das mãos e do membro não operado para se chegar
para trás no sentido do banco contrário (sempre com o membro operado em extensão); rodar
sobre o assento e colocar as pernas para o interior do carro (com o membro operado em
extensão); ajustar a posição de forma a ficar confortável, sendo que o ângulo entre o tronco e
a coxa não deve ser inferior a 90º.

Já para sair no carro é necessário: Girar o tronco colocando a perna operada para o exterior
em extensão; apoiar-se no banco e elevar o tronco fazendo ligeira flexão do mesmo; recorrer à
ajuda do acompanhante sendo que este auxilia na elevação da cintura do cliente; não apoiar
peso sobre a perna operada.
Para além de ter cuidado na forma de entrar e sair, é preciso também informar que não deve
fazer viagens muito longas ou fazer períodos de descanso alternando com deambulação; deve
utilizar almofadas para elevar o assento do carro; recuar e reclinar os assentos de forma a
evitar flexão da articulação coxofemoral abaixo dos 90º

OBJETIVOS

Determinar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Promover conhecimento sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Prevenir luxação da prótese total da anca.

INTERVENÇÕES

Avaliar capacidade de aprendizagem.

Avaliar evolução de conhecimentos sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Ensinar sobre prevenção da luxação da prótese total da anca.

Ensinar sobre técnicas para prevenção da luxação da prótese total da anca, ao utilizar o
automóvel.

Apoio familiar
A nosso ver, o apoio familiar é um assunto de deveras importância numa artroplastia total da
anca, uma vez que, todos os pacientes sujeitos a esta cirurgia necessitarão de ajuda em vários
momentos do seu dia a dia, muitos eles já mencionados anteriormente. O Sr. Fernando diz que
a sua esposa se encontra disponível para o auxiliar no que fosse necessário. No entanto,
achamos por bem questionar à própria D. Maria, esposa do Sr. Fernando, de modo a tentar
assegurar que realmente este cliente teria a ajuda necessária. Após uma breve entrevista
podemos concluir que esta se encontra pronta para auxiliar o seu marido, assim como
preparar a casa para a chegada do Sr. Fernando com todas as condições necessárias e já
faladas anteriormente.

Posto isto, podemos com estas informações negar hipóteses de diagnóstico, face ao cenário
inicial.

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