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As relações são centrais ao estudo da Psicopatologia

Psicopatologia do Desenvolvimento***

Em diversos níveis de análise:

1) Descrição das suas influências e contextos

2) Definição de Psicopatologia

3) Definição das suas origens e natureza


Relações e Desenvolvimento: a Teoria da Vinculação

Figuras
g de referência: John Bowlbyy e Maryy Ainsworth

John Bowlby (1907-1991) (cf. http://psychematters.com/bibliographies/bowlby.htm)

• Pertencia a uma família da média-alta burguesia londrina.


• Licenciou-se em Medicina (1928, Cambridge).

• Especializou-se em Psiquiatria e Psicoterapia infantil e trabalhou, como


voluntário num orfanato para crianças com problemas.

• Recebe formação no Instituto de Psicanlálise de Londres (Debate pós-


Freudiano entre Ana Freud e Melanie Klein).

• Divergências Teóricas (papel atribuído às experiências reais vs conflitos intrapsíquicos;


orientação empirísta na recolha de dados) com as Escolas psicanalíticas.

• Contacto
C t t com os trabalhos
t b lh d de K
K. L
Lorenz (1935) no domínio
d í i d da Et
Etologia.
l i
Teoria da Vinculação

• 1940: apresentação na Sociedade Psicanalítica Britânica dum texto (The influence of


earlyenvironment in the development of neurosis and neurotic character) sobre os efeitos do meio
ambiente no desenvolvimento (Muito mal recebido).

• 1942: integra um grupo de psiquiatras militares durante a Segunda Grande Guerra (alargamento
dos conhecimentos de estatística; inicio da formação do Grupo do Tavistock Institute).

• Década de 50:elaboraboração dos primeiros estudos empíricos sobre os efeitos da separação


precoce da criança à mãe (realização de um filme por Bowlby, Robertson & Rosenbluth: A two-year
old goes to hospital); apresentação dos primeiros textos preliminares do que viria a ser a sua
triologia: The nature of the chid´s tie to his mother (1958); Separation Anxieyty (1959); Grief and
Mourning in infancy and early childhood (1960)
- Elaboração de um relatório para a OMS sobre o destino das crianças sem família (Maternal Care
and mental Health (1951)
- Contacto com os trabalhos de Harlow (1958) no domínio da Etologia

• Apresentação da trilogia Attachment and loss:


Attachment vol. 1 (1969). Londres: Hogart Press
Separation, anxiety and anger, vol.2 (1973) Londres: Hogart Press
Loss, sadness and depression, vol.3 (1980). New York: Basic Books
Teoria da Vinculação

Mary Ainsworth (1913-1999) (cf. http://www.webster.edu/~woolflm/ainsworth.html

• Psicóloga Clínica Canadiana.

• 1939: Doutoramento em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade


de Toronto.

• Formação e contacto com a Teoria da Segurança (Blatz, 1940, 1966)

• Participação no Canadian Women´s Army Corps, durante a Segunda


Guerra Mundial , de onde resultaria o interesse pelo trabalho clínio.

• 1950-1954: integrou a equipa de investigação de Bowlby, através de um


anúncio de jornal.

• 1954-1956: estadia em Uganda - primeiro estudo sistemático sobre a observação do desenvolvimento


da relação de vinculação entre o bebé e a mãe (método=observações naturalistas e entrevistas).

• Década de 60: estudo de Baltimore - observação sistemática, em maio natural e laboratorial, das
interacções díades mãe-bebé; sistematização do procedimento laboratorial Situação Estranha e do
respectivo sistema de classificação.

• 1978: Patterns of attachment: a psychological study of the Strange Situation.


Teoria da Vinculação

Contribuições de Mary Ainsworth fundamentais para a Teoria da Vinculação:

1) Construção de um procedimento laboratorial de avaliação da vinculação (Situação


Estranha) e desenvolvimento do respectivo sistema de classificação.

2) Desenvolvimento conceptual da Teoria, clarificando a ideia da interacção entre


padrões de vinculação e os ambientes específicos de prestação de cuidados.
Conceitos-chave: base segura;
segura sensitividade e responsividade da figura de
vinculação; equilíbrio entre vinculação e exploração.
exploração
Teoria da Vinculação

Conceitos e princípios gerais da Teoria da Vinculação

Duas assunções básicas:

1) Necessidade humana universal dos indivíduos desenvolverem ligações afectivas de


proximidade ao longo da vida, com o objectivo de atingirem segurança
segurança, que lhes
permita explorar o self, os outros e o mundo com confiança
confiança. (Ainsworth, 1967;
Ainsworth & Bowlby, 1991) (cf. Baumeister & Leary, 1995, The need to belong:
desire for interpersonal attachment as a fundamental human motivation)

2)) Influência das relações


ç de vinculação
ç no desenvolvimento,, em geral,
g , e na saúde
mental, em particular.
Teoria da Vinculação

Vinculação como sistema comportamental e como comportamento

Vinculação (como sistema comportamental) é um sistema, com raízes biológicas,


destinado à regulação
g ç da p predisposição
p ç inata p para a formação
ç de laçosç emocionais
com a função biológica específica de garantir a protecção face a situações de
adversidade.

Vinculação (como comportamento) diz respeito a um conjunto diversificado de


comportamentos que resultam na obtenção ou na manutenção da proximidade a uma
determinada figura, concebida como protectora. (Ex: comportamentos de sinalização:
sinalização
chorar sorrir,
chorar, sorrir palrar o
ou chamar
chamar; comportamentos de aproximação:
aproximação
apro imação procurar,
proc rar seguir
seg ir o
ou
agarrar)
Teoria da Vinculação

A vinculação como sistema

Sistema comportamental: sistema específico da espécie, constituído por


comportamentos que, embora morfologicamente diferentes, têm uma finalidade
comum, sendo que pelo menos um deles, contribui para a eficácia
reprodutiva/sobrevivência da espécie (ex: sexual, exploratório, de prestação de
cuidados, de alimentação...)

Princípios definidores (Bowlby, 1969, Hinde, 1982; Cassidy & Shaver, 1999):

1) Englobam comportamentos que estão coordenados para atingir um objectivo


específico e uma função adaptativa que se estendem por longos períodos de
tempo;

2) Implicam a progressiva integração de comportamentos em sequências


comportamentais cada vez mais complexas e sofisticadas
sofisticadas, que se tornam
funcionais ao longo do tempo como resultado da interacção organismo-ambiente;
Teoria da Vinculação

A vinculação como sistema

3) São corrigidos em função do objectivo (ajustamento flexível a diversos ambientes e


ao desenvolvimento do indivíduo);

4) Sã
São activados
ti d e tterminados
i d por sinais
i i iinternos
t d
do organismo
i e por sinais
i i externos,
t
ambientais;

5) São guiados biologicamente por um sistema de feed-back que monitoriza os sinais


internos (actividades do SNC e hormonal) e os sinais externos que levam à
activação/desactivação do sistema;

6) Interagem com outros sistemas comportamentais;

7) Estão organizados e integrados em sistemas de controlo cognitivo específico (nos


humanos,, representações
p ç mentais);
);
Teoria da Vinculação

Regulação do sistema comportamental da vinculação

Com base: 1) - condições


ç físicas e psicológicas
p g do indivíduo ((ex: fadiga,
g fome, doença,
ç dor,
frio...
- condições do meio (ex. ausência ou partida da figura de vinculação; situações
sentidas
tid como ameaçadoras
d e ansiógenas)
ió )

- avaliação subjectiva das circunstãncias internas e externas


- confronto com o critério de segurança percebida (felt security)

2) Articulação com outros sistemas comportamentais, particularmente o de


exploração

Objectivo: - manutenção da proximidade/distância física ou presença (Bowlby, 1969)


- acessibilidade (Bowlby
(Bowlby, 1973)
- acessibilidade responsiva (Bowlby, 1973)

Resultado: Activação / desactivação do sistema de vinculação (contribuição de Ainsworth e


Bretherton para a noção de sistema “continuamente activo”)
Teoria da Vinculação

Regulação do sistema comportamental da vinculação

Factores de que depende a activação / desactivação:

• nível de activação do sistema

• idade - capacidade de representação interna da figura de vinculação

- capacidade para lidar com recursos simbólicos (fotografias,


objectos...)

- experiência
Teoria da Vinculação

Desenvolvimento do comportamento de vinculação

Fases:

Fase 1 - Orientação e sinais com discriminação limitada da figura


Idade: 8 – 12 semanas de idade
Caracterização: embora sem capacidade para discriminar figuras, orientação especial para
os seres humanos
Exemplo de comportamentos: sorrir, agarrar, seguir, palrar

Fase 2 - Orientação e sinais dirigidos a uma (ou mais) figura(s )de vinculação
discriminada(s)
Idade: 8 /12 semanas – 6 meses de idade
Caracterização: início da discriminação de figura(s) com quem começa a estabelecer uma
relação particular
Exemplo de comportamentos: (incremento de)sorrir, agarrar, seguir, palrar
Teoria da Vinculação

Desenvolvimento do comportamento de vinculação

Fase 3 - Manutenção da proximidade a uma figura discriminada por meio da locomoção e


de sinais
Idade: 6/7 meses – 2/3 anos de idade
Caracterização: discriminação fina da fgura de vinculação para servir de base-segura /
refúgio seguro, durante as incursões pelo meio; maior reserva perante estranhos;
discriminação
ç de outras ppessoas como figuras
g de vinculação
ç secundárias
Exemplo de comportamentos: repertório comportamental sofisticado (locomoção) - segue a
figura de vinculação

Fase 4 - Formação de uma parceria orientada por objectivos


Idade: 4 anos de idade, ...
Caracterização: as acções de aproximação da figura de vinculação passam a depender das
representações que tem de si, do outro e do meio; figura de vinculação com maior
estabilidade (espacial e temporal) maior capacidade de prever as suas acções
independentemente das suas necessidades; negiciação de objectivos conjuntos
Exemplo de comportamentos:
Teoria da Vinculação

CARACTERÍSTICAS DA VINCULAÇÃO (na infância)

Critérios de distinção
ç entre vinculação
ç ((na infância)) e outras formas de relações
ç
interpessoais (Weiss,1991):

1 Procura de proximidade
1.

2. Efeito de base de segurança

3. Protesto na altura de separação

4. Ser activada por situações ameaçadoras

5. Especificidade da figura de vinculação

6. Impossibilidade de controlo consciente.

7. Persistência

8. Independência de outras características da relação como uma aproximação a


situações que
Teoria da Vinculação

Natureza e qualidade das vinculações - avaliação e tipologias

Situação Estranha (Ainsworth, 1978): procedimento laboratorial estandartizado, destinado a avaliar


a organização
i ã d
da vinculação
i l ã num contexto
t t relacional,
l i l numa situação
it ã dde stress
t (l
(locall estranho,
t h
interacção com estranho, separações da FV).

Forma: sequência fixa de vários episódios


episódios, concebida como uma aproximação a situações que a maioria
dos bebés encontra no seu quotidiano e destinados a activar e/ou intensificar o sistema comportamental
de vinculação.
Duração: aproximadamente 20 minutos
Aplicação: bebés entre os 12-18 meses de idade
O que permite avaliar: (equilíbrio entre vinculação-exploração)
• Comportamento exploratório do bebé/ Funcionamento da mãe como base base-segura
segura
• Reacção ao estranho (na presença e na ausência da mãe)
• Protesto de separação e comportamento na ausência da mãe
• Reunião com a mãe
Métodos de avaliação:
a) Frequência de comportamentos específicos em cada episódio (ex. locomoção, orientação visual,
choro contacto físico
choro, físico, ...))
b) Comportamento interactivo do bebé com a mãe e com a estranha.
c) Classificação dos bebés de acordo com os padrões de comportamento exibidos.
Teoria da Vinculação

Situação Estranha (procedimentos e episódios)

(In I. Jongenelen, 2004, p.)


Teoria da Vinculação

Padrões de organização da vinculação na infância


classificação de acordo com Ainsworth, 1978

Estratégias organizadas
organi adas pela criança no sentido de gerir a ansiedade ca
causada
sada pela
separação e pela reunião (Cicchetti et al., 1995)
Padrões de Vinculação Descrição dos comportamentos de interacção

Padrão A: Exploração independente da mãe (no início, separa-se da mãe para explorar o ambiente;
Inseguro-Evitante baixa partilha de afectos; estabelece relação com o estranho).
(20%, Aiinsworth, 1978) Evitamento activo da mãe após a reunião (olha para outro lado, movimenta-se noutra
(15-25% Meta-análise; vanIJzendoorn
(15-25%,Meta-análise; vanIJzendoorn, direcção ignora; não evita o estranho); baixo protesto na altura da saída da mãe.
direcção, mãe
1988) Predomínio do comportamento exploratório sobre o de vinculação

Padrão B: A mãe é uma base de segurança para exploração do ambiente (separa-se para brincar,
Seguro partilha emoções enquanto brinca, estabelece relação com o estranho na presença da mãe;
(70% Aii
(70%, Aiinsworth,
th 1978) conforta se rapidamente
conforta-se rapidamente, após situação indutora de stress)
stress).
(50-75%,Meta-análise; vanIJzendoorn, Procura activa de contacto e interacção, após reunião (quando agitada, procura
1988) imediatamente o contacto e este põe fim à agitação; quando não está agitada, mostra-se
satisfeita por ver a mãe e dá início à interacção).
Alternância equilibrada entre comportamentos de exploração e de vinculação.

Padrão C: Comportamento exploratório pobre (dificuldade de se isolar para explorar o ambiente;


Inseguro-Ansioso necessita sempre de contacto, mesmo antes da separação; receio de situações e pessoas
diferentes).
(10%, Aiinsworth, 1978) Hipervigilância face à acessibilidade da FV; monitorização contínua da sua localização.
(10% ou menos ,Meta-
Meta-
Dificuldade de estabelecer contacto após a reunião (existência simultânea de procura e
análise;vanIJzendoorn, 1988)
resistência ao contacto, gritando, dando pontapés ou rejeitando brinquedos; pode continuar
a chorar e gritar ou aparentar grande passividade).
Predomínio do comportamento de vinculação sobre o de exploração.
Teoria da Vinculação

Padrões de organização da vinculação na infância


classificação de acordo com Main & Solomon, 1990

Padrões de Vinculação Descrição dos comportamentos de interacção

Padrão A, B e C (Equivalentes ao sumariado)


Padrão D: Manifestação
ç sequencial
q de padrões
p comportamentais
p
Desorganizado contraditórios, movimentos e expressões incompletos ou
indirectos; comportamentos estereotipados; movimentos
assimétricos.
Teoria da Vinculação

Padrões de organização da vinculação na infância

Padrões de Vinculação Comportamentos da Figura de Vinculação (sit


(sit.estr.+casa)
estr +casa)
Padrão A: Mãe consistentemente insensível às necessidades de vinculação
Inseguro-Evitante da criança. Dificuldade na procura de contacto físico com os filhos;
evitamento de expressões de carinho físico e de expressão de
emoções na interacção com a crança.

Padrão B: Mãe consistentemente sensível às necessidades da criança.


Seguro Sensitiva e respondente.
respondente
Procura activa de contacto e interacção, após reunião (quando

Padrão C: a) persistência na não responsividade às necessidades de


Inseguro-Ansioso
Inseguro Ansioso vinculação da criança e/ou situações de rejeição
rejeição.
b) descontinuidade de cuidados (hospitalização, separação...)
c) ameaças de desamor como forma de controlo
d) ameaças de abandono como imposição de disciplina
e)) ameaças parentais
t i de
d desertar,
d t suicidar-se
i id ou matar
t o outro
t
f) indução de sentimento de culpa sobre doença ou morte da figura
parental.
g) inversão de papéis-criança solicitada a ser a figura de vinculação
do progenitor.
(Bowlby, 1977, pp206-207)
Teoria da Vinculação

Antecedentes da qualidade de vinculação na infância

Dimensões comportamentais da figura de vinculação relevantes (Ainsworth, 1978)

1) Sensibilidade (sensitividade + responsividade) vs insensibilidade***: capacidade da


mãe para perceber e interpretar adequadamente os sinais e comunicações
implícitas no comportamento do bebé (sensitividade) e responder de forma
adequada e contingente (responsividade).
2) Cooperação vs interferência
interferência: grau de respeito da mãe pelo bebé
bebé, como pessoa
separada, activa e autónoma, cujos desejos e actividades têm validade em si
mesmos.
3) Aceitação vs rejeição:
rejeição equilíbrio entre os sentimentos positivos e negativos da mãe
sobre o bebé e sobre a sua capacidade de integrar ou resolver os seus sentimentos
contraditórios.
contraditórios
4) Disponibilidade vs indisponibilidade
indisponibilidade: acessibilidade psicológica da mãe no sentido
de dar atenção aos sinais e comunicação do bebé.

Mais do que características estáticas da mãe, são inerentemente conceitos diádicos*** uma vez que não podem ser
definidas sem a referência a uma criança específica, num momento particular (Sroufe & Sampson, 2000)
Teoria da Vinculação

Antecedentes da qualidade de vinculação na infância

(outros) Determinantes do comportamento parental

Relação
R l ã Contexto
conjugal social

História de Personalidade Comportamento Características


desenvolvimento parental da criança

Desenvolvimento
Trabalho
da criança

(Belsky, 1984, p. 84; Belsky & Isabella, 1988, p.47)


Teoria da Vinculação

Antecedentes da qualidade de vinculação na infância


Uma abordagem ecológica no estudo da adaptação e comportamento parental

Adaptação à parentalidade Indivíduo


Comportamento parental

Microsistema Relação com a criança


Relação conjugal
Contexto e dinâmicas familiares
T b lh família
Trabalho, f íli alargada,
l d amigos
i (...)
( ) E
Exosistema
i t (...)
Apoio social mais lato

Macrosistema Contexto social, económico,


cultural histórico
cultural, histórico, legal ((...))

Canavarro, M. C. & Pedrosa, (no prelo). Transição para a parentalidade: - Compreensão segundo diferentes perspectivas
teóricas. In I. Leal (Ed.) Psicologia da gravidez e da parentalidade.
parentalidade. Lisboa: Fim de Século.
Teoria da Vinculação

Modelos internos dinâmicos: natureza e função

Modelos internos dinâmicos ((workingg models):


) conjunto
j de representações
p ç mentais
sobre si próprio, os outros e o mundo, que ajudam o indivíduo a dar significado aos
acontecimentos, antever o futuro e a arquitectar planos (Bowlby, 1973, p.203)

(De acordo com Bretherton, 1985):


Modelo ((model)) noção de construção/desenvolvimento ao longo
g do qual os modelos
mais complexos substituem progressivamente as versões mais antigas e
simples.

Interno - Mental/Representação cognitiva

Dinâmico (working) - ênfase nos aspectos dinâmicos dos modelos- a) possibilidade de


interpretar o presente e avaliar hipóteses alternativas de acções futuras b)
possibilidade
ibilid d dde se modificarem/acomodarem
difi / d a novas situações
it õ
Teoria da Vinculação

Modelos internos dinâmicos: natureza e função

Origem :

• Desde os primeiros de tempos de vida,


vida a partir das experiências com as figuras de
vinculação a criança vai recolhendo informação e construindo expectativas sobra a
sua acessibilidade e responsividade, embora seja a presença efectiva da FV que
determina a reacção do bebé perante uma ameaça.

• A partir do ano de idade (desenvolvimento de competências cognitivas) que lhe


permitem compreender as condições que a fazem sentir segura, conseguindo
planear o seu comportamento para as atingir.

• No segundo ano terceiro anos de vida (aquisição da linguagem) construção de


modelos internos sobre o mundo físico, o comportamento da FV, o seu próprio
comportamento e como cada um interage com os outros. A reacção face a uma
ameaça e determinada pela confiança gerada pelas expectativas sobre a
disponibilidade ou indisponibilidade da FV para responder ás suas necessidades.
Teoria da Vinculação

Modelos internos dinâmicos: natureza e função

O desenvolvimento da confiança básica depende de:

a) pe cepção de ssi p
percepção próprio
óp o eenquanto
qua to suje
sujeito
to merecedor
e ecedo de a
amor
o e ate
atenção,
ção, capa
capaz de
desencadear nas FV a sensibilidade e a disponibilidade para responder às
necessidades em causa (modelo de si).

b) Percepção dos outros enquanto figuras acessíveis e responsivas para fornecer o


apoio
apo o e da
dar p
protecção
otecção ((modelo
ode o do out
outro).
o)

Desenvolvimento de forma complementar e mutuamente confirmatória


Tendência a generalização a outros contextos
Teoria da Vinculação

Modelos internos dinâmicos: natureza e função

Continuidade e mudança ((de acordo com Bowlby,


y 1973))

Uma vez construídos os modelos (self e do outro)


- Passam a operar de forma automática,
automática a nível inconsciente
- Assimilação da informação de acordo com os modelos pré-existentes

Maior probabilidade de continuidade


MAS...
possuem a capacidade
id d dde ttransformação
f ã e adaptação
d t ã (A (Acomodação
d ã a novas
situações); é possível a mudança

- Feita através de uma revisão gradual


- Baseada em pequenas modificações que se constituem como experiências desconfirmatórias
- Devido a - confronto com novos períodos desenvolvimentais
- mudanças nas relações de vinculação (casamento, nascimento de um filho// divórcio, perda)
Teoria da Vinculação

Conceitos-Chave- em forma de síntese (construção de um mapa conceptual)

• Sistema de prestação de cuidados Sistema de vinculação

Comportamentos de vinculação

Sistema de exploração

FIGURA DA VINCULAÇÃO CRIANÇA

• Disponibilidade • Interacção
• Sensitividade • Modelos internos dinâmicos
• Responsividade
• Consistência • Vinculação segura
• Vinculação insegura (Ansiosa/ Evitante)

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