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ESCOLAS DE PSICOLOGIA

BEHAVIORISMO, PSICANALISE E GESTALT

Profa Solange Soares


Escolas de Psicologia Representantes Contexto

Alemanha
Voluntarismo Wundt
(1832 – 1920)
Estruturalismo Titchener
EUA (1867 - 19270
Estados Unidos
Funcionalismo Vários teóricos (virada do séc. XIX para XX)

Estados Unidos
Watson
Behaviorismo (1878 – 1958)
Skinner (BHR)
(1904 - 1989)
Austría (Viena)
Psicanálise Freud (1856 – 1939)
Alemanha/ EUA
Gestaltismo Wertheimer, Koffka e Kohler (sec. XIX e XX)

Estados Unidos
Abordagem Centrada na Pessoa Rogers (1902 – 1987)
BEHAVIORISMO DE WATSON (1913 -1920)
“O que precisamos fazer é começar a trabalhar na Psicologia
fazendo do comportamento, e não da consciência, o ponto
objetivo do nosso ataque”. (WATSON, 1913 apud JACÓ- VILELA;
FERREIRA E PORTUGAL, 2007, p.181).

• Fundador: John B. Watson

Significado: BEHAVIOR = COMPORTAMENTO.

• Proposição: estudar exclusivamente o comportamento, passível de descrição


objetiva “estímulo” e “resposta” (SCHULTZ, D.; SCHULTZ, S.,2005).

• Comportamento: toda atividade (ações, verbalizações, sentimentos, pensamentos,


crenças) de um indivíduo com relação ao ambiente público e privado.
TIPOS DE COMPORTAMENTO

➢ Respondente: reação (imediata e involuntária) de um


indivíduo provocada por um estímulo que a antecede. Pode
ser aprendido, inclusive muitas reações emocionais podem
ser aprendidos de maneira respondente.
Esquema: E R (ex: Watson)
➢ Operante: é aquele que opera sobre o ambiente,
modificando-o de alguma maneira. (CANAAN-OLIVEIRA et al,
2002). É aprendido em função de suas consequências (estas
controlam o comportamento).

Esquema: E(ant.) R E(cons) (ex:Skinner)


INFLUÊNCIAS:
* Funcionalismo;
* Tradição filosófica do objetivismo e do mecanismo;
* Empirismo;
* Psicologia Animal: Thonrdike, Pavlov, entre outros.

Tradição filosófica do objetivismo e do mecanismo: presente desde


Descartes com as explicações mecanicistas sobre o funcionamento do corpo;
Conte (positivismo) já trazia a ênfase no conhecimento positivo (pautado em
fatos);

Psicologia animal:
THORNDIKE: pesquisas sobre a aprendizagem, estudo conhecido como
Conexionismo – estudou as “conexões entre situações verificáveis
experimentalmente e respostas” (SCHULTZ, D.; SCHULTZ, S.,2005, p.237);
• Formulou : aprendizagem por Tentativa e Erro

Lei do Efeito Lei do Exercício

• Reviu suas conclusões, dando mais ênfase à recompensa do que à punição


(aplicou suas conclusões com seres humanos).

✓ Ivan P. Pavlov: Estudos obre o reflexo salivar com cães; criou o conceito
de reflexo condicionado.

✓ Desenvolveu pesquisas em bases puramente objetivas, usando uma


unidade mínima (E – R) de análise.
Como Pavlov explicou a aprendizagem no reflexo?

E incondicionado → R incondicionado
(comida na boca) (salivação)

Reflexo Incondicionado
E neutro = Pareamento ou emparelhamento de Es
(som) (método do reflexo condicionado)

S condicionado → R condicionado
(Som) (salivação)
Reflexo Condicionado
✓ Bechterev: propôs estudos objetivos e trabalhou com reflexos motores.
✓ Séchenov: estudou reflexos condicionados, sem recorrer a
explicações mentalistas.

BEHAVIORISMO DE WATSON

❑ 1ª fase do trabalho: interesse na psicologia animal (hipóteses generalizadas


para o comportamento humano).

❑ Depois estendeu seu trabalho para estudos com sujeitos humanos.

❑ 1920: interesse por pesquisa com crianças.

3 reações básicas (nascer): amor, medo e raiva


- 1913: Artigo “Psychology as the Behaviorist views it”.

propõe a exclusão de qualquer evento não observável (total


rejeição a consciência como objeto de estudo) como fonte de
informações para a construção do conhecimento psicológico.

❑ causalidade mecanicista: E (ant) R

❑ Psicologia: ciência do comportamento.

ramo objetivo e experimental da ciência natural

❑ Finalidade: predição e controle do comportamento (excluiu a


introspecção do campo da Psicologia).
❑ Adotou o paradigma do condicionamento respondente (Tipo S: E R)
para explicar os comportamentos;

❑ Emoções, hábitos, pensamentos ou a linguagem não passam de respostas


fisiológicas complexas a estímulos externos.

❑ Métodos de Estudo: observação, método dos Testes, método do reflexo


condicionado e método do relato verbal.

*Estudou processos, como:


aprendizagem, emoção,
pensamento e instinto (nega
sua existência e adota uma
postura ambientalista radical).
❑ Várias formas de Behaviorismo, tais como (MATOS, 1999):
1. Behaviorismo Cognitivista (Spencer, Tolman, Hull,
Woodworth);
2. Behaviorismo Radical de B. F. Skinner
BEHAVIORISMO RADICAL DE SKINNER
• Para Skinner grande parte do comportamento não é só influenciado
por alterações ambientais antecedentes, mas por suas
consequências.

“O organismo produz o meio que o determina”.


(JACÓ-VILELA, FERREIRA E PORTUGAL,2007, p.181)

❑ Visão Monista: Os fenômenos que ocorrem “dentro e fora da pele” tem a


mesma natureza e, consequentemente, estão submetidos as mesmas leis.

❑ A verdadeira causa do comportamento não está nos processos internos,


pois o que está dentro tem a mesma natureza do que está fora, mas está
no ambiente, e é construído historicamente. Devemos estudar estas
relações: como são instaladas e mantidas.
Behaviorismo Radical (BHR): filosofia da ciência do comportamento dos
organismo (humanos ou não).
Fundamentação epistemológica da Análise do Comportamento.

Objeto de estudo: “comportamento entendido como a relação entre o


indivíduo e o mundo. (GIANFALDONI, RUBANO, ZANOTTO, 2011, p.158, grifo nosso)

“ sujeito da ação (engloba tudo que está ao no nosso redor;


o que faz, o que sente e o ambiente tudo que nos afeta.
que pensa). aspectos físicos, sociais; eventos públicos e não
públicos.
Ações públicas e não públicas.

Novo conceito: OPERANTE (organismo age sobre o ambiente e produz consequências.


• Unidade básica do comportamento:
• Tríplice contingência de reforçamento. E (ant.) - R - Cons.
relação funcional
• Não há uma causa ligada ao comportamento e sim relações funcionais que
fazem com que ele possa ocorrer(caráter dialético).
• Para Skinner o controle é fato da vida, seja este exercido pela natureza ou pelo
pp. homem.

nem sempre coercitivo

O comportamento está em constante controle de alguma variável.


é modelado pelas contingências a que está exposto ao longo da
vida; é
determinado socialmente.
• Eventos privados: inacessíveis à observação pública direta e passíveis de
serem conhecidos (descritos) pelo pp. Indivíduo.
• Mundo privado: uma construção social (são frutos da interação de um
organismo com o ambiente).
• Admite a capacidade de auto-observação e foca os determinantes ambientais
do comportamento.
• Combate a ideia de que somos livres por natureza; de que agimos
independentemente de qualquer. ação ambiental.

Mostra um mecanismo do tipo: se...então...caso contrário.

Ex: se pagarmos a conta de luz então poderemos usufruir dela; caso


contrário teremos seu fortalecimento interrompido.
• Nova causalidade: modelo de seleção por consequências (ocorrem
no passado e determinam a probabilidade de ocorrência do comportamento
em uma situação futura).

• Comportamentos são selecionados pelo processo de REFORÇAMENTO, ou


seja, “são determinados pelas consequências que forem contingentes às
respostas dadas pelo organismo”. (WATSON,1913 APUD JACÓ-VILELA,
FERREIRA E PORTUGAL,2007, p.186).

• A presença do comportamento verbal permitiu a cooperação entre os


humanos, a aprendizagem com os outros de regras socialmente
estabelecidas, o processo de evolução cultural (IBID,2007,p.187)
• Tríplice determinação ambiental para entender o comportamento:

- espécie (filogenética): envolve o comportamento imitativo e a modelagem;


- vida do indivíduo (ontogenética): refere-se a história de vida de cada indivíduo;
- cultura (sociogenética) se baseia em reforçamento social e depende da
participação de mais de um indivíduo.

• O comportamento verbal permite que indivíduos tenham acesso ao mundo


privado e, consequentemente, construam sua subjetividade.

. É pela comunidade verbal que se constrói uma parte importante dos


indivíduos: sua subjetividade.

A linguagem é um comportamento operante, mantida por contingências de


reforçamento.
Conceitos (AZZI; GIANFALDONI, 2011, p.161):
• Reforço positivo : a resposta produz o aparecimento de um evento no
ambiente e este aumenta a probabilidade de a resposta ocorrer novamente no
futuro.

• Reforço negativo: quando a resposta produz a retirada ou adiamento de algum


evento do ambiente, e esta retirada ou adiamento aumenta a probabilidade de a
resposta ocorrer novamente no futuro.

• Punição: quando as consequências diminuem, ainda que temporariamente, a


probabilidade da resposta ocorrer novamente, estamos nos referindo de
consequências aversivas à produção.

• OBS: A Análise do Comportamento defende o uso do reforço positivo como


alternativa efetiva e viável para planejamento de intervenções (p. 162).
• Percebeu que era possível lidar com a subjetividade e a
individualidade sem recorrer ao conceito de mente

.A subjetividade não pode ser compreendida separadamente da


coletividade.
princípios filosóficos (BHR)
• Psicologia Comportamental princípios metodológicos
(AEC) princípios práticos (AAC)

• Conceitos:reforço (positivo ou negativo; primários ou negativos);


esquiva e fuga;extinção; punição;generalização e discriminação.

➢ Contribuição: aplicabilidade em várias áreas, inclusive na


educação.
Análise experimental do comportamento e
Análise do Comportamento aplicada.

• Dentro desta última está a Terapia Analítico comportamental:

- Objetivo -
Instrumentalizar o cliente a analisar a relação de suas ações com o
ambiente (autoconhecimento), visando torná-lo capaz de intervir no
ambiente, tornando mais ou menos provável determinados comportamento
(autocontrole).
REFERÊNCIAS:
• GIANFALDONI, Mônica Helena T.A. AZZI, RUBANO, Denize R. e
ZANOTTO. A ciência da aprendizagem e a arte de ensinar: com a
palavra, Skinner. IN:Roberta G. e GIANFALDONI, Mônica Helena
T.A. (Orgs.). Psicologia e Educação. São Paulo:Casa do
Psicólogo, 2011.
• JACÓ-VILELA, FERREIRA, Arthur A.L. e PORTUGAL, Francisco
T. História da Psicologia: Rumos e percursos.Rio de Janeiro:
NAU,2007.
• SCHULTZ, Duane P. e SCHULTZ, Sydney E. História da
Psicologia Moderna.São Paulo: Pioneira,2005.
• BIOGRAFIA de FREUD: filho de família judia; formado em medicina
(1873) e com interesse por pesquisas nas áreas de fisiologia, neurologia e
psiquiatria; com formação humanística, diversificados interesses artístico-
literários; reivindicou para a psicanálise um status de ciência natural.
Freud “investigou seus próprios processos psíquicos.

• Algumas Publicações:
-1895: Estudos sobre a Histeria- livro de Breuer e Freud com relatos dos
vários tratamentos conduzidos.
-1900: A interpretação dos sonhos – livro apresenta “um amplo modelo
sobre a estrutura e funcionamento da psique em geral” (JACÓ-VILELA;FERREIRA
e PORTUGAL,2007,p.372).
-1905:Três Ensaios para uma Teoria da Sexualidade (sexualidade base
para a vida psíquica humana). Ampliou a concepção sobre a sexualidade
para além da compreensão sobre genitália e procriação.
• 2ª METADE DO SÉC. 18/ INÍCIO DO SÉC. 19:
# loucura vista como algo que ocorria no interior dos indivíduos; cria-
se o asilo (instituição exclusiva para reclusão dos loucos).
# Métodos usados: “religião, medo, culpa, trabalho, vigilância, julgamento”.
Médico c/o autoridade máxima. (BOCK,1999,p.350).
# Inicia-se a medicalização : surgimento da psiquiatria.

#Psiquiatria clássica: sintomas como sinal de um distúrbio orgânico

leva distúrbios de comportamento, da afetividade,.


T. Meynert: representante da psiquiatria “organiscista”.

• Psicanálise possibilitou uma nova atitude em relação a doença


mental

dimensão psíquica
• A psicanálise foi construída sobre outras bases que não a racionalidade
(ideia defendida no séc. XVIII) e a consciência e sim sobre a primazia do
inconsciente e as pulsões.
Freud causou a 3ª grande ferida
narcísica na história da
humanidade.

1ª - Copérnico
• Surgiu da prática clínica com objetivo de tratar distúrbios mentais.

PSICANÁLISE:
2ª - Darwin

psicoterapia de base
analítica-interpretativa.

3ª - Freud: causou a descentração


da RAZÃO.
Ênfase no inconsciente
INFLUÊNCIAS:

# CHARCOT: usou a hipnose com fins científicos; “privilegiou a centralidade dos fatores psíquicos
na causação das patologias mentais” (JACÓ-VILELA; FERREIRA ; PORTUGAL, 2007, p.375).

# BREUER: método catártico ou ab-reação com a paciente Berta Papenheim (Ana O)

talking cure descarga de afetos


• Inicialmente: empregou o método da hipnose com suas
pacientes histéricas;

... Neurose provinha de traumas sexuais acontecidos na infância por


sedução de homens mais velhos, principalmente os próprios pais.
(ZIMERMAN,1999, p22)

• Freud considerou a “hipnose um meio artificial de neutralizar a resistência”


(JACÓ-VILELA; FERREIRA; PORTUGAL, 2007, p. 377).

• Freud abandona a hipnose e o método catártico (sob hipnose


recorda-se e revive-se a situação do trauma com– ab-reação) e
passou a adotar a partir de 1896 como método e regra fundamental
do tratamento psicanalítico a LIVRE ASSOCIAÇÃO
de ideias.
# Pontos de partida de seus estudos: histeria e sexualidade.

destacou a importância da sexualidade na origem das neuroses.

# Psicanálise propiciou uma nova atitude frente a doença mental.

“Todo ato e todo conteúdo psíquico são determinados,


em grande parte, por motivos e desejos inconscientes”.
• Repressão: “mecanismo pelo qual um conteúdo
psíquico é excluído da consciência, enviado pelo para
o sistema inconsciente e lá mantido” (JACÓ-VILELA,
FERREIRA e PORTUGAL, 2007,p.377).

# A repressão não destrói a representação (ideia, fantasia,


lembrança) dolorosa; ela permanece ativa de forma
inconsciente, tentando retornar a consciência.

• Se cada um fizesse o que quer/deseja, não conseguiríamos viver em comunidade/sociedade.

• O material reprimido tende a ser, sobretudo, de natureza sexual. Desejos reprimidos se


apresentam de forma disfarçada (ex: nos sonhos).

• Determinismo psíquico ou da causalidade psíquica : no psiquismo tudo


possui ou remete a um sentido latente.
• Freud estudou as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do
homem e entendeu-os como problemas científicos. Assim, ao investigar
sistematicamente esses problemas, criou a Psicanálise.
• Termo psicanálise refere-se a :

1)TEORIA: conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.


Freud formulou leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana.

2) MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO: caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o


significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções
imaginárias (sonhos, delírios, associações livres, atos falhos).

3) PRÁTICA PROFISSIONAL: forma de tratamento (Análise) que busca o autoconhecimento ou a


“cura”.

OBS: O exercício da Psicanálise ocorre de outras formas. É usada como base para psicoterapias,
aconselhamento, orientação; no trabalho com grupos, instituições. É um instrumento para a
análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes (ex: a exacerbação da violência,...)
Segundo Zimerman (1999) a evolução histórica da Psicanálise pode ser
dividida em 5 fases:

1ª) Teoria do Trauma:


- O conflito psíquico resulta de repressões impostas pelos traumas
de sedução sexual que realmente teriam acontecido no passado e que
retornariam sob a forma de sintomas.
- Acreditava-se que relembrar o que estava esquecido objetivava apenas
uma ab-reação, uma catarse pela verbalização dos fatos traumáticos.

Hoje vai-se além, considerando-se a re-significação dos significados


atribuídos aos traumas.

• Como consequência: as resistências inconscientes e a interpretação do


psicanalista. Teoria perdurou até 1897.
2ª) Teoria Topográfica:
Percebeu que os relatos traziam fantasias

inconscientes provenientes de desejos proibidos e


ocultos.
# Propôs a 1ª topografia ( 1ª tópica ) do aparelho

psíquico – dois grandes sistemas:


inconsciente e pré-consciente/consciente.
Segundo Bock (1999):

Consciente: sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as


informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência: o
fenômeno da percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
Pré-consciente: sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à
consciência. Aquilo que não está na consciência, neste momento, e depois
pode estar consciente.
Inconsciente é constituído por conteúdos reprimidos, pelas censuras internas. É
um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. É
atemporal, não existem as noções de passado e presente. As formações do
inconsciente requerem interpretação, pois são produções que encobrem
outros sentidos.

OBS: Sintomas, sonhos, atos falhos (lapsos), chistes: são frutos de uma
“negociação entre os sistemas” (JACÓ-VILELA, FERREIRA e PORTUGAL, 2007, p.378).

❑ O conteúdo dos sonhos “manifestos” é uma forma


disfarçada e “censurada” da satisfação de proibidos
desejos inconscientes.
3ª) Teoria Estrutural: descreveu uma estrutura tripartide (1920), composta; de
ID: com as respectivas pulsões, regido pelo princípio do prazer;

EGO : sede de quase todas as funções mentais; regido pelo princípio de


realidade; mecanismos de defesa (ex: negação, regressão,...);

SUPEREGO: introjeção dos valores morais, as ameaças, castigos,...


4ª) Conceituações sobre o Narcisismo –

“Narcisismo primário” era uma etapa normal do desenvolvimento em que a


criança pensa somente (e com satisfação) em si mesma (HOLMES,2005, p.7).

• No texto de 1914, Freud destacou a posição dos pais na constituição do


narcisismo primário dos filhos. Freud fala que o amor dos pais aos filhos é o
narcisismo dos pais renascido e transformado em amor objetal. O Narcisismo
primário representaria de certa forma, uma espécie de onipotência que se cria
no encontro entre o narcisismo nascente do bebê e o narcisismo renascente dos
pais.(http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/introducao-ao-
conceito-de-narcisismo).

5. Dissociação do Ego - Fala de uma “cisão intersistêmica da qual resultam


núcleos psíquicos independentes.
# SEXUALIDADE:

Antes: relação sexual = reprodução = adolescência/ adulta;


FREUD: sexualidade = identificada com prazer; se manifesta desde o nascimento; diferença
entre sexual e genital.

# Estágios de Desenvolvimento Psicossexual:


oral, anal, fálica, latência e genital.

Complexo de Édipo

papel estruturante; complexo de fantasias e sentimentos de


caráter universal. A resolução: renúncia da criança ao seu
objeto de amor e a consequente identificação com os valores
da cultura representada pelos pais.

# Os sintomas se formam por conta do recalque (negar ou manter o que foi negado afastado da
consciência).
• Pulsão (triebe): representação psicológica de uma fonte somática
de excitação.
região do corpo
necessidade desejo

LIBIDO (latim: desejo) – energia a serviço dessas pulsões sexuais.

Método: associação livre.

unida à interpretação dos sonhos

• Transferência: deslocamento de afetos e fantasias de objetos para o


analista, sendo este investido, carregado de emoções de ódio ou amor,
radicadas a objetos do passado.
• REFERÊNCIAS:
GHISI, Valeria. O conhecimento trágico da psicanálise. IN;:Revista
AdVerbum 3 (1) Jan a Jul de 2008: pp. 38-49.
http://www.psicanaliseefilosofia.com.br/adverbum/Vol3_1/o_conheciment
o_tragico.pdf
HOLMES, Jeremy. Narcisismo. São Paulo: Segmento Duetto, 2005.
JACÓ-VILELA,Ana Mª; FERREIRA, Arthur A.L.; PORTUGAL, Francisco T.
História da Psicologia:rumos e percursos. Rio de Janeiro: NAU,2007
OSBORNE, Richard. Freud para principiantes. Rio de Janeiro: Objetivo,
2001.
SCHULTZ, Duane P. e SCHULTZ, Sydney E. História da Psicologia
Moderna. São Paulo: Pioneira, 2005.
ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.
TEORIA DA GESTALT
Influências:
• Antes o estudo da experiência perceptiva estava centrada na noção de
sensação (visão reducionista):

Mudanças:
• Brentano: fez a distinção entre conteúdo e ato mental, afirmando ser este último
o objeto de estudo da psicologia.

• Von Ehrenfels: mostrou existir algo não redutível ao campo das sensações
consideradas isoladamente.

[...]Tendemos a perceber as relações entre os elementos (qualidade estrutural) e


não os elementos isoladamente. (JACÓ-VILELA,; FERREIRA; PORTUGAL, 2007, 303).
GESTALT (ESCOLA DE BERLIM)
• OBJETO DE ESTUDO: a experiência psicológica tal como aparece
para o sujeito.
• TAREFA DE PSICOLOGIA: dar conta da percepção tal como é
vivenciada por cada um de nós. Nossa experiência perceptiva é
marcada por relações de sentido e de valor e não apenas por um
acúmulo de sensações
(JACÓ-VILELA,; FERREIRA; PORTUGAL, 2007, 306).

Afirmavam que a percepção vai muito além dos elementos sensoriais,


dos dados físicos básicos proporcionados aos órgãos dos sentidos.
(SCHULTZ e SCHULTZ, 2005,
319)

• Os gestaltistas admitiam o valor da consciência.


• Fundadores: Wertheimer, Kohler e Koffka
(a partir de 1912 : pesquisas c/ animais e seres humanos).
• Características:
✓ movimento centrado na noção de ESTRUTURA / procura superar o
elementarismo associacionista.

• disposição objetiva em que as partes se complementam e a


mudança em uma das partes alteram o TODO.

✓ objetiva alcançar um nível de integração entre as diversas posições assumidas


da psicologia.
✓ 1912– Estudos sobre o Movimento Aparente (fenômeno phi)
fenômeno estruturado

Wertheimer já prioriza a ideia de


percepção como um conjunto.
✓ 1912 – 1º livro que fala da percepção e que vem se contrapor ao
elementarismo do Estruturalismo.

✓ Estudos voltados para o processo perceptivo (estatuto privilegiado), para


a aprendizagem e para solução de problemas.

✓ A Psicologia da Gestalt foi um campo estritamente experimental, que se


ocupou em trazer questionamentos que foram contrários à visão
mecanicista ( causa-efeito) e à visão atomística ( que visa o átomo: a
menor parte ou elemento constitutivo das coisas (HIRAN PINEL).

✓ GESTALT : A palavra Gestalt (plural Gestalten) é um termo intraduzível do


idioma alemão para o português significa um processo de dar
forma ou configuração; "estrutura organizada".

a experiência é imediatamente organizada; percebemos relações.


✓ Psicologia da Gestalt e Gestalt-terapia (Frederic S. Perls)
são campos de atuação e preocupações diferentes.

✓ Base filosófica: FENOMENOLOGIA

* fenômeno (aquilo que aparece, se manifesta à consciência);

objeto de estudo

* intencionalidade da consciência – significação única do próprio sujeito;

* Não acredita-se na existência do objeto em si o objeto é sempre para um


sujeito que lhe dá significado.
• “O método fenomenológico-descritivo é a via pela qual o gestaltismo incorpora
o percebido enquanto tal à ciência psicológica” (JACÓ-VILELA,; FERREIRA;
PORTUGAL, 2007, 309).
• 1º passo descrição do fenômeno psicológico tal como aparece ao sujeito.
✓ Premissa básica: a organização de fatos, percepções, comportamentos ou
fenômenos é que lhes dão significado específico e particular.

dado primeiro e se dá numa configuração figura-fundo.


No plano perceptivo, uma estrutura será sempre vista em função do
modo que melhor permita sua apreensão regularizada e equilibrada.

✓ A percepção depende tanto de fatores objetivos como subjetivos.

✓ Wertheimer enunciou leis que regem a percepção de estruturas, sendo que


estas estão subordinadas a um princípio geral – boa forma ou pregância.

sempre predominará aquela configuração (gestalt)


que tiver uma organização estável, ordenada, harmoniosa,
livre de fatores arbitrários.
✓ Princípios de Organização da Percepção: a organização
perceptual é espontânea e inevitável. Estes princípios estão
presentes nos próprios estímulos (fatores periféricos).

• Similaridade:

• Proximidade:

• Fechamento:
Conceitos: todo-parte; lei da “boa forma”; gestalt; insight;
figura-fundo (1912 – Rubin usa essa expressão)
FIGURA-FUNDO O ato perceptivo cumprir-se-á sempre e
invariavelmente como captação de uma figura a se discriminar em um
contexto amorfo (fundo) (PENNA, 1999).
❑ Pressuposto básico: “ O todo é maior que a soma das partes.”

❑ Princípio de Contemporaneidade: AQUI E AGORA

❑ Os gestaltistas não negam que a experiência passada


tenham alguma influência na percepção e no comportamento, mas diminuem sua
importância.

✓ Aprendizagem e solução de problemas: INSIGHT

compreensão imediata das relações

está relacionada com a reestruturação do campo perceptual


REFERÊNCIAS:
• JACÓ-VILELA, Ana Mª; FERREIRA, Arthur L.;
PORTUGAL, Francisco T. História da Psicologia:
Rumos e percursos.Rio de Janeiro: Nau, 2007.

• SCHULTZ, D. e SCHULTZ, S. História da Psicologia


Moderna. São Paulo: Pioneira,2005.

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