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AULA Nº 04
A lei da velocidade é uma ferramenta que permite o cálculo da velocidade tanto de reações
elementares quanto de reações não elementares.
Uma reação química deve apresentar obrigatoriamente dois grupos de substâncias, que são
os reagentes (A e B) e os produtos (C e D), como na equação representada a seguir:
A velocidade de uma reação química qualquer pode ser calculada a partir de uma lei criada
em 1864 por dois químicos, Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage, ambos noruegueses,
que realizaram um importante estudo experimental sobre os fatores que seriam determinantes
na velocidade de uma reação.
Eles descobriram que, em uma reação química, a concentração dos reagentes, seus expoentes
estequiométricos (números utilizados para balancear a equação) e a temperatura são
fundamentais na determinação da velocidade de uma reação. A partir dessa constatação,
criaram uma expressão matemática que representa a chamada Lei da ação das massas de
Guldberg e Waage ou, simplesmente, Lei da velocidade:
Observação: A lei é enunciada com o termo ação das massas porque se refere à
concentração em mol/L.
A seguir temos a especificação de cada um dos componentes da expressão da lei da
velocidade:
v = velocidade da reação;
K = constante da velocidade, que depende exclusivamente da temperatura;
[A ou B] = concentração em mol/L de cada reagente;
a ou b = ordem de cada um dos reagentes (a ordem de um participante é a
influência que ele exerce na velocidade da reação).
Como a lei da velocidade ou da ação das massas é feita de forma absolutamente experimental,
quando vamos utilizá-la para determinar a velocidade de uma reação em um exercício, sempre
utilizamos o tipo de reação fornecido. Quanto a esse fato, podemos ter dois tipos de reações:
a) Reação elementar
É a reação química que se processa em uma única etapa. Assim sendo, a ordem de cada um
dos reagentes que serão utilizados no cálculo da velocidade da reação é o próprio coeficiente
estequiométrico presente na equação. Por exemplo:
Quando temos uma reação não elementar para realizar o cálculo da velocidade, a ordem de
cada um dos participantes será determinada por cálculos individuais, já que, nesses casos,
trata-se de um dado absolutamente experimental. Essa determinação das ordens dos
reagentes é feita por meio de uma tabela com valores fornecida pelos exercícios, já que são
dados experimentais.
A seguir temos um exemplo de tabela para a reação de síntese da amônia (reação global):
Para determinar a ordem de cada um dos reagentes, já que é uma reação não elementar e não
podemos utilizar os valores dos coeficientes da equação porque ela se processa em mais de
uma etapa, vamos fazer um cálculo simples verificando o efeito da concentração na velocidade
por meio das seguintes regras:
[]=V
2 = 22
Assim, temos que o que diferencia um do outro é o expoente 2 e, por isso, vamos considerar o
reagente N2 de 2a ordem.