RESUMO/REVISÃO - 2a PROVA CIVIL

Data: 04/11
Valor: 20 pontos
Matéria: AULA 6 A 10.

NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL

- FONTE PRIMÁRIA: É O CONTRATO.

- FONTE SUPLETIVA: A LEI -> SEMPRE QUE OS CONTRATANTES SE ESQUECEREM DE COLOCAR ALGO
IMPORTANTE NO CONTRATO. A LEI PODERÁ RESOLVER ISSO SUPLETIVAMENTE.

FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

- NOÇÕES GERAIS:
- IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR A FORMAÇÃO DOS CONTRATOS: É PRECISO SABER A PARTIR DE QUE
MOMENTO QUE O CONTRTO ESTARÁ CELEBRADO E O VÍNCULO PASSARÁ A EXISTIR ENTRE OS
CONTRATANTES, POIS APÓS ISSO NÃO É MAIS CABÍVEL A DESISTÊNCIA UNILATERAL.

- MANIFESTAÇÃO DE VONTADE:
- O CONTRATO SE INICIA PELA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE E SE BASEIA NA VONTADE.
- A VONTADE É EXTERIORIZADA PELA MANIFESTAÇÃO.
- MODALIDADES DE MANIFESTAÇÃO:
- EXPRESSA;
- TÁCITA;
- PRESUMIDA.
- NÃO SE ADMITE VONTADE QUE NÃO ESTEJA EM QUALQUER UMA DAS MODALIDADES.
- A VONTADE PASSA POR FASES QUE SÃO AS FASES DE FORMAÇÃO DO CONTRATO NO TEMPO.

- FORMAÇÃO DOS CONTRATOS NO TEMPO:

- O CONTRATO SE FORMA NO TEMPO PASSANDO POR 3 FASES.
- ESSAS 3 FASES NEM SEMPRE ESTARÃO DESTACADAS NOS CONTRATOS INFORMAIS E RÁPIDOS POIS
LÁ ESTARÃO PRATICAMENTE FUNDIDAS EM UM ÚNICO MOMENTO.
- IDENTIFICA-SE ESSAS 3 FASES DE MODO SEGMENTADO EM CONTRATOS MAIS COMPLEXOS CUJA
CELEBRAÇÃO SE PROLONGA POR MAIS MOMENTOS.

- PRIMEIRA FASE = NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES/TENTATIAS:

- SÃO AS SONDAGENS, OS ESTUDOS MÚTUOS, FASE DE CONVERSAS, DE PESQUISA DE
MERCADO.
 - Exemplo: TESTE DRIVE, PROVAR ROUPAS.
- SONDAGENS MÚTUAS EM QUE OS INTERESSADOS ESTUDARÃO UM AO OUTRO E IRÃO VER
AS CONDIÇÕES POSSÍVEIS DE UM CONTRATO.
- REGRA DA RESPONSABILIDADE: NÃO GERA RESPONSABILIDADE A NENHUMA DAS PARTES, É A
+ INFORMAL DE TODAS E NÃO GERA NENHUM TIPO DE COMPROMISSO.
- EXCEÇÃO DA RESPONSABILIDADE: UMA PARTE GERANDO EXPECTATIVA À OUTRA DE QUE
O CONTRATO SERÁ CELEBRADO -> Pode acontecer que durante uma fase de negociação
preliminar um dos interessados de interesse ao outro que celebrará o contrato com ele, SE
ESSA EXPECTATIVA FOR DADA, AQUELE QUE A GEROU PASSARÁ A TER RESPONSABILIDADE
CIVIL, ISTO É, SE UMA DAS PARTES SOFRE DESPESAS/PREJUÍZOS POR CONTA DA
EXPECTATIVA GERADA, A NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR PODERÁ GERAR CONSEQUÊNCIAS
JURÍDICAS COMO A RESPONSABILIDADE
- Exemplo: João diz que irá garantir o produto raro a Carlos até o dia X para que ele
faça uma pesquisa de preços e depois resolva onde irá comprar. Carlos encontra o
produto na internet mas o frete não compensaria, então Carlos contrata um
transporte para buscar o produto na loja de João e levar até sua casa, mas chega o
dia X e João diz ter vendido o produto enquanto Carlos sofreu despesas devido
àquela esperança dada por João. Nesse caso, embora ainda não houvesse contrato,
apenas negociações preliminares e nem mesmo proposta, SE UMA DAS PARTES
SOFRE DESPESAS/PREJUÍZOS POR CONTA DA EXPECTATIVA GERADA, A
NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR PODERÁ GERAR CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS COMO A
RESPONSABILIDADE.

- SEGUNDA FASE - PROPOSTA/OFERTA:

- É QUANDO HÁ AVANÇO DA FASE DE NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR, É EFEITO DE UMA FASE DE
NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR BEM SUCEDIDA.
- PERSONAGENS = PROPONENTE E ACEITANTE:
- PROPONENTE = QUEM APRESENTA/ELABORA A PROPOSTA;
- ACEITANTE = AQUELE QUE AINDA NÃO SABE SE SERÁ DE FATO O ACEITANTE POIS
NÃO ACEITOU MAS É APENAS UM DESTINATÁRIO DA PROPOSTA.

- DEFINIÇÃO: É UMA DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE QUE CONTÉM AS CLÁUSULAS

ESSENCIAIS DE UM CONTRATO MAS AINDA NÃO HÁ CONTRATO, É APENAS UMA
DECLARAÇÃO DO PROPONENTE DIRIGIDA AO ACEITANTE E QUE DEVERÁ CONTER AS
CONDIÇÕES PRINCIPAIS DO CONTRATO.
- POR SER DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE OBRIGA APENAS O PROPONENTE E NÃO O
ACEITANTE, PARA O ACEITANTE RESTA ACEITAR ENQUANTO VINCULA O PROPONENTE.
- PARA QUE HAJA VÍNCULO AO PROPONENTE, DEVE-SE HAVER AS CONDIÇÕES ESSENCIAIS
DO CONTRATO.
- NATUREZA JURÍDICA: DECLARAÇÃO RECEPTÍCIA DE VONTADE = SÓ PRODUZ EFEITOS
QUANDO RECEBIDA PELO ACEITANTE, ENQUANTO O ACEITANTE NÃO RECEBER, NÃO
COMEÇARÁ A PRODUZIR EFEITOS.
- SE O PROPONENTE DIZ QUE EMITIRÁ UMA PROPOSTA AO ACEITANTE QUE AINDA
NÃO CHEGA A RECEBÊ-LA POIS FOI BLOQUEADA OU INTERCEPTADA NÃO HAVERÁ
OBRIGAÇÃO AO PROPONENTE SENDO POSSÍVEL SER ALTERADA.
- PROPOSTA RECEBIDA PELO ACEITANTE -> PROPOSTA VINCULA O PROPONENTE E
NÃO PODE HAVER ALTERAÇÃO.
- GERA RESPONSABILIDADE AQUILIANA/EXTRACONTRATUAL (POIS O CONTRATO
AINDA NÃO FOI CELEBRADO ) PARA APENAS UMA DAS PARTES - O PROPONENTE.

- ELEMENTOS:
- SERIEDADE = PROPOSTA DEVE SER SÉRIA PARA PRODUZIR EFEITOS JURÍDICOS.
- CERTEZA = É O EXAME DA PROPOSTA QUANTO SUA EXISTÊNCIA, POIS SE ELA
REALMENTE EXISTE, ELA É PASSÍVEL DE SER EXECUTADA (proposta não dotada de
certeza: proposta ambígua).
- CONDIÇÕES DO NEGÓCIO = DEVE CONTER AS CLÁUSULAS IMPRESCINDÍVEIS DO
CONTRATO, AS CONDIÇÕES ESSENCIAIS.

- PROPOSTAS QUE NÃO OBRIGAM/DEIXAM DE SER OBRIGATÓRIAS: Situações em que certas

propostas são emitidas mas que não possuem o poder de obrigar o proponente (art. 427)
- NÃO RESULTAR DOS TERMOS DELA (CLÁUSULA DE RESSALVA) = POSSIBILIDADE
QUE SEJA EMITIDO UM TEXTO COMPATÍVEL COM A PROPOSTA TRAZENDO EM SEU
FINAL UMA RESSALVA (PROPOSTA OBRIGANDO A MENOS QUE ELA PRÓPRIA RETIRE
SUA OBRIGATORIEDADE) -> ACEITO PELO CÓDIGO DESDE QUE A RESSALVA ESTEJA
CLARA NO TEXTO DA PROPOSTA.
- DA NATUREZA DO NEGÓCIO (CONDIÇÕES DO NEGÓCIO) = A PROPOSTA NÃO
OBRIGA ALÉM DAS CONDIÇÕES DO NEGÓCIO, ELA OBRIGA ATÉ CERTO LIMITE QUE
ELA MESMA ESTABELECE (propostas limitadas a um período de tempo ou ao
estoque).
- DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO (ART. 128, INCISOS):
- I) PROPOSTA ENTRE PRESENTES SEM PRAZO = SÓ É VÁLIDA NAQUELE
MOMENTO, DEIXA DE SER OBRIGATÓRIA SE O ACEITANTE SE AFASTA E
DEPOIS RETORNA. O QUE A DEFINE É ESTAREM SE COMUNICANDO EM
TEMPO REAL (TELEFONE, MENSAGEM DESDE QUE SEJA COMUNICAÇÃO
IMEDIATA).
- II) PROPOSTA ENTRE AUSENTES SEM PRAZO = AUSENTES SÃO AQUELES
QUE NÃO SE COMUNICAM EM TEMPO REAL.
 - PROPOSTAS SEM PRAZO -> AUSÊNCIA DE CRITÉRIO OBJETIVO PARA
SE CONSIDERAR SUFICIENTE OU NÃO O TEMPO DE SUA ANÁLISE, É O
PRAZO MORAL, AQUELE PROPORCIONAL À COMPLEXIDADE DO
CONTRATO A SER CELEBRADO (GERA INSEGURANÇA).
- III) PROPOSTA ENTRE AUSENTES COM PRAZO = PROPONENTE FIXA UM
PRAZO E O ACEITANTE NÃO ENVIA A RESPOSTA A TEMPO.
- IV) RETRATAÇÃO DA RESPOSTA = QUANDO A RESPOSTA CONTÉM AS
CONDIÇÕES DO NEGÓCIO E NÃO POSSUI NENHUMA RESSALVA DESSAS
CONDIÇÕES, É EFETIVA E NÃO PODERÁ SER ALTERADA NEM CANCELADA
PELO PROPONENTE. MAS ADMITE-SE QUE O PROPONENTE SE RETRATE DA
PROPOSTA NA CONDIÇÃO QUE ELE ENVIE A RETRATAÇÃO AO MESMO
TEMPO QUE ENVIA A PROPOSTA OU QUE ELA CHEGUE ANTES MESMO DA
PROPOSTA (só pode acontecer isso através de meios de comunicações
diferentes).

- OFERTA AO PÚBLICO: IGUAL À PROPOSTA DESDE QUE TENHA OS REQUISITOS E AS

CONDIÇÕES DO CONTRATO, É AQUELA QUE ESTÁ NAS VITRINES E NOS SITES.

- OFERTA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO (CDC): A OFERTA DEVE SER SÉRIA, CLARA E
PRECISA, ALÉM DE DEFINITIVA (IGUAL NO CC), MAS NO CDC A OFERTA É MAIS AMPLA POIS
NORMALMENTE DIRIGE-SE A PESSOAS INDETERMINADAS, A DISTINÇÃO BÁSICA É A
DESTINAÇÃO DO CDC À CONTRATAÇÃO EM MASSA COMO REGRA GERAL.

- TERCEIRA FASE - ACEITAÇÃO:

- MOMENTO EM QUE O ACEITANTE SE TRANSFORMA EM CONTRATANTE.
- AQUI O CONTRATO É CELEBRADO.

- DEFINIÇÃO: É A CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DA PROPOSTA, É A MANIFESTAÇÃO DE

VONTADE IMPRESCINDÍVEL PARA QUE SE FAÇA CONCLUÍDO O CONTRATO.
- SÓ ASSIM QUE A OFERTA SE TRANSFORMA EM CONTRATO.
- É A FORMULAÇÃO DA VONTADE CONCORDANTE QUE O ACEITANTE FAZ DENTRO DO PRAZO
E ENVOLVENDO ADESÃO INTEGRAL À PROPOSTA RECEBIDA.
- PODE SER EXPRESSA OU TÁCITA.

- NATUREZA JURÍDICA: NATUREZA DE DECLARAÇÃO RECEPTIVA, SÓ PRODUZ EFEITOS

QUANDO RECEBIDO PELO DESTINATÁRIO.

- ACEITAÇÃO VÁLIDA: SÓ SERÁ VÁLIDA QUANDO O ACEITANTE ADERIR TOTALMENTE AO QUE

FOR PROPOSTO.
 - ACEITAÇÃO PARCIAL E CONTRAPROPOSTA: A ACEITAÇÃO PARCIAL FEITA DENTRO DO
PRAZO DA PROPOSTA É A CONTRAPROPOSTA.
- PARA PRODUZIR EFEITO DE APERFEIÇOAR O CONTRATO A ACEITAÇÃO DEVE SER
PURA E SIMPLES.
- SE APRESENTADA FORA DO PRAZO, COM ADIÇÕES, RESTRIÇÕES OU MODIFICAÇÕES,
IMPORTARÁ NOVA PROPOSTA (COMUMENTE DENOMINADA CONTRAPROPOSTA).
- TODA ACEITAÇÃO PARCIAL QUE MODIFICA O CONTEÚDO APRESENTADO DENTRO
DA PROPOSTA PRORROGA A SEGUNDA FASE (PROPOSTA).
- A PROPOSTA PERDE A FORÇA OBRIGATÓRIA DEPOIS DE ESGOTADO O PRAZO DADO
PELO PROPONENTE, ASSIM, A POSTERIOR SOLICITADA PELO ACEITANTE TAMBÉM
NÃO OBRIGA O PROPONENTE POIS NÃO SE TEM AQUI UMA ACEITAÇÃO, O MESMO
SE DIZ QUANDO O ACEITANTE NÃO ACEITA A OFERTA INTEGRALMENTE,
INTRODUZINDO-LHE RESTRIÇÕES OU MODIFICAÇÕES.

- ACEITAÇÃO TARIDE: É ALHEIA À VONTADE, O PROPONENTE DEVE INFORMAR AO ACEITANTE

SEMPRE QUE A ACEITAÇÃO CHEGAR TARDE.

- ACEITAÇÃO PRESUMIDA: É A ACEITAÇÃO MANIFESTADA TACITAMENTE, DECORRENDO DA

CONDUTA REVELADORA DO CONSENTIMENTO.

- RETRATAÇÃO DA ACEITAÇÃO: FAZ-SE INEXISTENTE A ACEITAÇÃO SE ANTES DELA OU COM

ELA CHEGAR AO PROPONENTE A RETRATAÇÃO DO ACEITANTE.

- MOMENTO DA CONCLUSÃO DO CONTRATO:

- PARA SE PODER ESTABELECER A OBRIGATORIEDADE DO ACORDO SERÁ PRECISO VERIFICAR
EM QUE INSTANTE O CONTRATO SE APERFEIÇOOU, UNINDO OS CONTRATANTES,
IMPOSSIBILITANTO A RETRATAÇÃO E COMPELINDO-OS A EXECUTAR O NEGÓCIO SOB PENA
DE RESPONDEREM POR PERDAS E DANOS.

- CONTRATO ENTRE PRESENTES - INTER PRAESENTES:

- SE CELEBRADO ENTRE PRESENTES, A PROPOSTA PODERÁ ESTIPULAR OU NÃO PRAZO PARA
A ACEITAÇÃO.
- SE O PROPONENTE NÃO ESTABELECER PRAZO, A ACEITAÇÃO DEVERÁ SER MANIFESTADA
IMEDIATAMENTE SOB PENA DE A OFERTA PERDER A FORÇA VINCULANTE.
- SE FOI ESTABELECIDO PRAZO, A ACEITAÇÃO DEVERÁ OPERAR DENTRO DELE, SOB PENA DE
DISVINCULAR-SE O PROPONENTE.
- SE ASSIM CELEBRADO, AS PARTES ESTARÃO VINCULADAS NA MESMA OCASIÃO EM QUE O
ACEITANTE CONCORDAR COM A PROPOSTA, NESTE MOMENTO CARACTERIZA-SE O
 ACORDO RECÍPROCO DE VONTADES E A PARTIR DELE O CONTRATO COMEÇA A PRODUZIR
EFEITOS JURÍDICOS.

- CONTRATO ENTRE AUSENTES - INTER ABSENTES:

- DIFICULDADE PARA ENCONTRAR PRECISÃO ACERCA DO MOMENTO EM QUE SE DEVE
CONSIDERAR FORMADO OCONTRATO.
- OS AUTORES DIVERGEM A RESPEITO DESSE MOMENTO DISCORRENDO SOBRE 4 TEORIAS:
- TEORIA DA INFORMAÇÃO/COGNIÇÃO: A CONCLUSÃO DO CONTRATO SE DÁ NO
MOMENTO DA CHEGADA DA RESPOSTA AO CONHECIMENTO DO PROPONENTE QUE
TOMA NOÇÃO DO SEU TEOR, O CONTRATO É CELEBRADO QUANDO O PROPONENTE
TOMA CIÊNCIA DA ACEITAÇÃO.
- TEORIA DA DECLARAÇÃO/AGNIÇÃO (PROPRIAMENTE DITA): O MOMENTO DA
CONCLUSÃO DO CONTRATO COINCIDE COM O DA REDAÇÃO DA CORRESPONDÊNCIA
EPISTOLAR -> ENTENDIMENTO NÃO ACEITO.
- TEORIA DA RECEPÇÃO: O CONTRATO SE DÁ COMO CELEBRADO A PARTIR DA DATA
QUE O PROPONENTE RECEBE A ACEITAÇÃO, TEORIA QUE EXIGE QUE ALÉM DE
ESCRITA E EXPEDIDA, A RESPOSTA DEVA TER SIDO ENTREGUE AO DESTINATÁRIO
PARA QUE O CONTRATO SEJA CONCLUÍDO.
- TEORIA DA EXPEDIÇÃO (ART. 434): O MOMENTO DA CONCLUSÃO DO CONTRATO É A
DATA DO ENVIO DA MENSAGEM DO ACEITANTE, AQUI NÃO BASTA A REDAÇÃO DA
RESPOSTA, É NECESSÁRIO QUE TENHA SIDO TAMBÉM EXPEDIDA, SAINDO DO
ALCANCE E CONTROLE DO ACEITANTE. A MELHOR TEORIA POIS EVITA O ARBÍTRIO
DOS CONTRATANETES E AFASTA DÚVIDAS DE NATUREZA PROBATÓRIA, É ADOTADA
PELO CÓDIGO.

- FORMAÇÃO DOS CONTRATOS NO TEMPO (art. 435): O CONTRATO SE FORMA E É CELEBRADO NO LUGAR EM
QUE FOI PROPOSTO.

VÍCIOS REDIBITÓRIOS

- É TODO DEFEITO OCULTO PRESENTE NA COISA/OBJETO DE CONTRATO COMUTATIVO QUE O TORNA

IMPRÓPRIO AO USO QUE SE DESTINA OU DIMINUA CONSIDERALMENTE O SEU VALOR.
- PRIMEIRA CONSEQUÊNCIA DA SUA PRESENÇA: PREJUÍZO À UTILIZAÇÃO NATURAL DA COISA/OBJETO
DAQUELE CONTRATO.
- VÍCIO = DEFEITO.
- PARTES:
- ALIENANTE/VENDEDOR = SOFRE AS SANÇÕES DADAS PELA GARANTIA.
- ADQUIRENTE/COMPRADOR = DESTINATÁRIO DA GARANTIA PELOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS (AÇÕES
EDILÍCIAS).
- FUNDAMENTO - PRINCÍPIO DA GARANTIA (GARANTIA PELOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS):
- PRINCÍPIO DA GARANTIA = FUNDAMENTO.
- FAZ COM QUE O VENDEDOR DEVA GARANTIR AO COMPRADOR A UTILIZAÇÃO NATURAL DA COISA
BEM COMO SUA POSSE.
- NÃO FAZ PARTE DOS CONTRATOS CELEBRADOS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO.
- ESSE PRINCÍPIO SE DÁ ATRAVÉS DAS AÇÕES EDILÍCIAS.
- REQUISITOS PARA A GARANTIA (NECESSÁRIO CONSTAR TODOS, FALTANDO UM, NÃO HÁ
GARANTIA):
- VÍCIO OCULTO: PARA A GARANTIA O DEFEITO NÃO DEVE SER APARENTE AOS OLHOS E AO
EXAME DO CONTRATANTE A PARTIR DO SEU GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE A COISA
ADQUIRIDA. ADOTA-SE AQUI O CRITÉRIO DO EXAME EM ABSTRATO.
- DESCONHECIMENTO DO VÍCIO PELO ADQUIRENTE: A GARANTIA PELOS VÍCIOS
REDIBITÓRIOS SÓ PODE SER INVOCADA SE OS DEFEITOS FOREM DESCONHECIDOS PELO
ADQUIRENTE, SE ELE SOUBER DE ANTEMÃO QUE A COISA É DEFEITUOSA E AINDA ASSIM
MANIFESTA SEU CONSENTIMENTO, O QUE SE TEM ALI É UMA PESSOA COMPRANDO A
COISA NO ESTADO EM QUE ELA SE ENCONTRA (CONTRATO DE RISCO) E O DEFEITO/VÍCIO
DEIXA DE SER OCULTO.
- VÍCIOS EXISTENTES AO TEMPO DA ALIENAÇÃO/CONTRATO: É PRECISO QUE OS VÍCIOS
EXISTAM ENTERIORMENTE OU PELO MENOS ATÉ O MOMENTO DA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO. -> HÁ CERTOS DEFEITOS QUE PODEM EXISTIR ANTERIORMENTE À ALIENAÇÃO
MAS QUE SÓ SE MANIFESTAM DEPOIS QUANDO A COISA JÁ ESTIVER EM USO E NESSE
CASO A GARANTIA PERSISTE (problema de vazamento em apartamento).
- COISA IMPRÓPRIA AO USO OU DIMINUIÇÃO DO VALOR: É O ALCANCE DO VÍCIO, É
NECESSÁRIO QUE O VÍCIO TORNE A COISA IMPRÓPRIA AO USO OU DIMINUA
CONSIDERAVELMENTE O SEU VALOR.
- CONTRATO COMUTATIVO: O CONTRATO DEVE SER COMUTATIVO.

- NÃO CABIMENTO DA GARANTIA:

- COISAS VENDIDAS CONJUNTAMENTE: SÓ A COISA DEFEITUOSA PODE SER RESTITUÍDA E O
SEU VALOR DEDUZIDO DO PREÇO, SALVO SE FORMAREM UM TODO INSEPARÁVEL (par de
sapatos), SE O DEFEITO DE UMA COMPROMETER A UNIVERSALIDADE DAS COISAS QUE
FORMEM UM TODO INSEPARÁVEL, PELA INTERDEPENDÊNCIA ENTRE ELAS, O ALIENANTE
RESPONDERÁ INTEGRALMENTE PELO VÍCIO.
- INADIMPLEMENTO CONTRATUAL: A ENTREGA DE COISA DIVERSA DA CONTRATADA NÃO
CONFIGURA VÍCIO REDIBITÓRIO MAS SIM INADIMPLEMENTO CONTRATUAL, RESPONDENDO
O DEVEDOR POR PERDAS E DANOS.
 - ERRO QUANTO ÀS QUALIDADES ESSENCIAIS DO OBJETO: VÍCIO REDIBITÓRIO É ERRO
OBJETIVO SOBRE A COISA QUE CONTÉM UM DEFEITO OCULTO, JÁ ESTE É ERRO
SUBJETIVO POIS RESIDE NA MANIFESTAÇÃO DA VONTADE E ACARRETA AJUIZAMENTO DE
AÇÃO ANULATÓRIA DO NEGÓCIO JURÍDICO.
- COISA VENDIDA EM HASTA PÚBLICA.

- RESPONSABILIDADE DO ALIENANTE:
- ALIENANTE SABE DO VÍCIO E NÃO INFORMA AO ADQUIRENTE: ALÉM DAS CONSEQUÊNCIAS DAS
AÇÕES EDILÍCIAS, PODERÁ TAMBÉM SE SUJEITAR À PERDAS E DANOS. -> CULPA CONTRATUAL.
- ALIENANTE NÃO SABE DO VÍCIO: SÓ IRÁ RESTITUIR A COISA E AS DESPESAS OU PROMOVER UM
ABATIMENTO DO PREÇO.

- PERDAS E DANOS: PROPORCIONAL À PRESENÇA DE CULPA CONTRATUAL.

- OPÇÕES DO ADQUIRENTE (AÇÕES EDILÍCIAS):

- AÇÃO REDIBITÓRIA - RESTITUIÇÃO DO PREÇO:
- REDIBIR O CONTRATO.
- USADA PARA O O ADQUIRENTE ENJEITAR A COISA E RECLAMAR A RESTITUIÇÃO DO PREÇO
MAIS EVENTUAL DESPESA DO CONTRATO (frete).
- AÇÃO QUANTI MINORIS/ESTIMATÓRIA - ABATIMENTO NO PREÇO:
- USADA QUANDO O ADQUIRENTE FICA COM A COISA QUE NÃO ESTÁ PLENAMENTE ÍNTEGRA
MAS POSTULA O ABATIMENTO DO PREÇO PROPORCIONAL AO DEFEITO.

- GARANTIA LEGAL (PRAZOS PARA O AJUIZAMENTO DAS AÇÕES EDILÍCIAS - ART. 445):
- SÃO DECADENCIAIS.
- PARA COISA MÓVEL: 30 DIAS CONTADOS DA TRADIÇÃO (CONCLUSÃO);
- PARA COISA IMÓVEL: 1 ANO CONTADO DA TRADIÇÃO. SE O ADQUIRENTE JÁ ESTAVA NA POSSE DO
BEM QUANDO DA ALIENAÇÃO, CONTA-SE O PRAZO DA VENDA REDUZIDO PELA METADE.

- PRAZOS PARA VÍCIOS DE DIFÍCIL CONSTATAÇÃO:

- PARA COISA MÓVEL: ATÉ 180 DIAS.
- PARA COISA IMÓVEL: ATÉ 1 ANO.

- GARANTIA CONVENCIONAL (INOVAÇÃO INSPIRADA NO CDC):

- É A CLÁUSULA DO ARTIGO 466 DENOMINADA CLÁUSULA DE GARANTIA.
- DIZ QUE OS PRAZOS ESTABELECIDOS NO 445 NÃO CORRERÃO SE HOUVER CLÁUSULA DE
GARANTIA.
- RELAÇÕES DE CONSUMO: É A GARANTIA DO FABRICANTE.
 - OS PRAZOS DO CÓDIGO CIVIL SÓ COMEÇAM A FLUIR AO FIM DA CLÁUSULA DE GARANTIA SE ELA
FOR DADA PELO ALIENANTE POIS ELA FUNCIONA COMO SE FOSSE UMA SUSPENSÃO
CONVENCIONAL DA DECADÊNCIA.

VÍCIOS NO CDC

- CDC x CC:
- CDC: REGULA O VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO.
- CC: SÓ SE REFERE AOS BENS E AS COISAS.

- VÍCIO PARA O CDC: TODO DEFEITO OCULTO OU APARENTE DE QUANTIDADE OU QUALIDADE OU

DECORRENTE DA DISPARIDADE DE INFORMAÇÕES QUE TORNE O PRODUTO OU SERVIÇO IMPRÓPRIO AO
CONSUMO OU QUE DIMINUA O VALOR.

- SISTEMA DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR NO CDC:

- O ALCANCE DA RESPONSABILIDADE NO CDC ABARCA DUAS CATEGORIAS:
- RESPONSABILIDADE PELOS VÍCIOS DO PRODUTO OU SERVIÇO (RESPONSABILIDADE
ALCANÇANDO VÍCIOS OCULTOS E APARENTES).
- RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO (PRODUTO OU SERVIÇO
CAUSANDO DANO MATERIAL OU MORAL AO CONSUMIDOR).

- RESPONSABILIDADE PELOS VÍCIOS DO PRODUTO:

- TIDOS DE VÍCIO:
- DE QUALIDADE (relativos à qualidade do produto) - PRODUTO SEM A QUALIDADE QUE FOI
ANUNCIADA.
- DE DISPARIDADE DE INFORMAÇÕES - DISCREPÂNCIA ENTRE O QUE FOI INFORMADO NO
MARKETING, NÃO SÓ DE QUALIDADE MAS DE FUNCIONALIDADES, E O QUE REALMENTE FOI
ENTREGUE.
- DE QUANTIDADE - SITUAÇÕES DE CONTEÚDO INFERIOR AO CONTEÚDO DECLARADO NA
PUBLICIDADE, NO PRODUTO OU EM SUA EMBALAGEM.

- OPÇÕES DO CONSUMIDOR EM CASOS DE VÍCIOS DE QUALIDADE E DE DISPARIDADE:

- SANEAMENTO DO VÍCIO (OPÇÃO IMPOSTA PELA LEI, OBRIGATÓRIA, EX LEGE) -> PRAZO DE
30 DAS, NÃO SANADO O VÍCIO O CONSUMIDOR PODE ESCOLHER ENTRE AS PRÓXIMAS
OPÇÕES.
- SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO POR OUTRO IGUAL (EM PERFEITAS CONDIÇÕES);
- RESTITUIÇÃO DO PREÇO (E DESPESAS) + PERDAS E DANOS (SE HOUVER);
- ABATIMENTO PROPORCIONAL DO PREÇO;
 - POSSIBILIDADE DE RECUSA AO SANEAMENTO COMO PRIMEIRA OPÇÃO.

- OPÇÕES DO CONSUMIDOR EM CASOS DE VÍCIO DE QUANTIDADE (CONSUMIDOR PODE ESCOLHER

QUALQUER UMA DESTAS, SEM IMPOSIÇÃO):
- ABATIMENTO PROPORCIONAL DO PREÇO;
- COMPLEMENTAÇÃO DO PESO OU MEDIDA;
- SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO POR OUTRO IGUAL;
- RESTITUIÇÃO DO PREÇO E DESPESAS.

- RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO:

- TIPOS DE VÍCIOS:
- DE QUALIDADE - SERVIÇO DE QUALIDADE INFERIOR AO MÍNIMO TOLERÁVEL E DESEJÁVEL
QUE MOSTRA ÀS VEZES UMA HABILITAÇÃO INSUFICIENTE DO PROFISSIONAL QUE O
OFERTA.
- DE DISPARIDADE DE INFORMAÇÕES - SERVIÇO NÃO PRESTADO SEGUNDO O QUE FOI
OFERECIDO.

- OPÇÕES DO CONSUMIDOR NESSES CASOS (POSSIBILIDADE DE ESCOLHER ENTRE ESTAS, SEM

IMPOSIÇÃO):
- REEXECUÇÃO DO SERVIÇO;
- RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA (E DESPESAS) + PERDAS E DANOS (SE HOUVER);
- ABATIMENTO PROPORCIONAL DO PREÇO.

- PRAZOS:
- PARA VÍCIOS (PRODUTO O SERVIÇO):
- APARENTES: INICIA-SE A CONTAGEM DO PRAZO DECADENCIAL A PARTIR DA ENTREGA
EFETIVA DO PRODUTO OU DO FIM DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS.
- SERVIÇO/PRODUTO NÃO DURÁVEIS = 30 DIAS;
- SERVIÇO/PRODUTO DURÁVEIS = 90 DIAS.
- OCULTOS: INICIA-SE A CONTAGEM DO PRAZO DECADENCIAL A PARTIR DO MOMENTO EM
QUE SE EVIDENCIA O DEFEITO.
- PRAZO: MESMO DOS APARENTES.

EVICÇÃO

- DEFINIÇÃO: É A PERDA DA COISA/OBJETO DE CONTRATO COMUTATIVO POR MOTIVO DE SENTENÇA

JUDICIAL, QUE A ATRIBUA A TERCEIRO POR DIREITO ANTERIOR ÀQUELE CONTRATO.
- É UMA SITUAÇÃO QUE PODE SURGIR DESFAVORÁVEL AO ADQUIRENTE E QUE VAI PERTURBAR A SUA
POSSE DA COISA ADQUIRIDA.
- É UMA CLÁUSULA DE GARANTIA QUE OPERA EM PLENO DIREITO, ASSIM, NÃO FAZ-SE NECESÁRIO
ESTIPULAÇÃO EXPRESSA -> É ÍNSITA NOS CONTRATOS COMUTATIVOS ONEROSOS (compra e venda,
permuta, parceria, pecuária, sociedade, transação…).
- É UMA GARANTIA EX LEGE E NÃO EX CONTRACTU -> É INVOCADA DIRETAMENTE DA LEI, NÃO PRECISA
ESTAR EXPRESSA NO CONTRATO PARA SER INVOCADA.

- SUJEITOS DA AÇÃO DE EVICÇÃO:

- EVICTOR: É O TERCEIRO QUEM CAUSA A PERDA, NÃO É O ALIENANTE. VAI DEPOIS SER
RECONHECIDO COMO PROPRIETÁRIO E A PRINCÍPIO NÃO TEM RELAÇÃO JURÍDICA COM O
VENDEDOR SE A COISA JÁ FOI VENDIDA, MAS SIM COM O ADQUIRENTE.
- EVICTO: É AQUELE QUE PERDE A COISA, QUE SOFRE A EVICÇÃO, É O ADQUIRENTE.

- FUNDAMENTO DA EVICÇÃO: PRINCÍPIO DA GARANTIA (MESMO DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS) -> IMPÕE AO
ALIENANTE O DEVER DE GARANTIR AO ADQUIRENTE A UTILIZAÇÃO NATURAL DA COISA VENDIDA (VÍCIOS
REDIBITÓRIOS) BEM COMO SUA POSSE PACÍFICA (EVICÇÃO).
- TODO ALIENANTE É OBRIGADO NÃO SÓ A ENTREGAR AO ADQUIRENTE A COISA ALIENADA COMO TAMBÉM
GARANTIR-LHE O USO E GOZO. DÁ-SE A EVICÇÃO QUANDO O ADQUIRENTE VEM A PERDER, TOTAL OU
PARCIALMENTE, A COISA POR SENTENÇA FUNDADA EM MOTIVO JURÍDICO ANTERIOR.

- SENTENÇA FORMALMENTE ÚNICA E MATERIALMENTE DÚPLICE:

- TEM-SE AQUI DUAS LÍDES: ENTRE O EVICTOR E O EVITO; ENTRE O EVICTO E O ALIENANTE.
- O ALIENANTE PODE FAZER PARTE DESSES AUTOS MEDIANTE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS POR
INICIATIVA DO EVICTO E O JUIZ EM UMA SÓ SENTNEÇA PROMOVE A RESOLUÇÃO DE DUAS LIDES.

- REQUISITOS PARA QUE A PERDA DA COISA CARACTERIZE EVICÇÃO:

- PERDA DA COISA - DEVE HAVER UMA PERDA DEFINITIVA E NÃO APENAS UMA APARÊNCIA DE
PERDA. SERÁ EVICÇÃO TANTO A PERDA TOTAL COMO A PARCIAL, É A SAÍDA DO BEM ADQUIRIDO
DO PATRIMÔNIO DO ADQUIRENTE E SUA TRANSFERÊNCIA PARA O ANTIGO PROPRIETÁRIO.
- SENTENÇA JUDICIAL (OU ATO ADMINISTRATIVO, POR EXTENSÃO - STJ) - A EVICÇÃO SE
CARACTERIZA POR SER UMA PERDA DECORRENTE DE UM PRONUNCIAMENTO JUDICIAL, NUMA
AÇÃO QUE O TERCEIRO PROPÕE CONTRA O ADQUIRENTE, TEM-SE AQUI UMA AÇÃO DE EVICÇÃO
NA QUAL A SENTENÇA RECONHECE A ANTERIORIDADE DO DIREITO DE TERCEIRO.
- ANTERIORIDADE DO DIREITO DE TERCEIRO - É A COMPROVAÇÃO DA ANTERIORDADE DO DIREITO DE
TERCEIRO.
- CONTRATO COMUTATIVO E ONEROSO - DEVE SER COMUTATIVO E ONEROSO EXCETO EM CASOS
DE DOAÇÃO PROPTER NUPTIAS E DOAÇÃO MODAL.
- EXEMPLOS DE PERDA QUE NÃO É EVICÇÃO: USO CAPIÃO, FURTO, ROUBO, FRAUDE, PENHORA…

- ALCANCE DA GARANTIA PELA EVICÇÃO (ART. 450):

- ALCANCE BÁSICO DA GARANTIA PELA EVICÇÃO = CAPUT DO ARTIGO (RESTITUIÇÃO INTEGRAL DO
PREÇO OU DAS QUANTIAS QUE PAGOU - GARANTIAS BASES) -> ESSA GARANTIA NÃO SENDO
ALTERADA PELO CONTRATO SERÁ A REGRA.
- PREVENDO ALGO DIVERSO, O EVICTO TERÁ DIREITO:
- À INDENIZAÇÃO PELA RESTITUIÇÃO DOS FRUTOS RENDIDOS PELA COISA ENQUANTO
ESTAVA SOB SUA POSSE .
- À INDENIZAÇÃO PELAS DESPESAS DOS CONTRATOS E PELOS PREJUÍZOS DECORRENTES DA
EVICÇÃO.

- REFORÇO E REDUÇÃO DA GARANTIA = A GARANTIA PELA EVICÇÃO PODE SER AUMENTADA DIMINUÍDA E
ATÉ EXCLUÍDA, O ARTIGO 450 (ALCANCE) É A BASE MAS PODE-SE ACRESCENTAR COISAS, EXCLUIR E
DIMINUIR, DEPENDENDO DA VONTADE DAS PARTES E EXIGE CLÁUSULA EXPRESSA:

- AUMENTO/REFORÇO: PODE-SE ACRESCENTAR POR CLÁUSULA EXPRESSA UMA MULTA, UMA

CLÁUSULA DE FIANÇA PARA REFORÇAR A GARANTIA PELA EVICÇÃO (FIADOR), ETC, ALÉM DAS
VERBAS DO 450.

- DIMINUIÇÃO: SE REDUZ A GARANTIA PELA EVICÇÃO ELIMINANDO QUALQUER UM DOS INCISOS DO

ARTIGO 450, DEVENDO PERMANECER APENAS O CAPUT.

- EXCLUSÃO DA GARANTIA - CLÁUSULA NON PRAESTANDA EVICCIONE:

- CLÁUSULA QUE PERMITE A EXCLUSÃO DA GARANTIA/RESPONSABILIDADE PELA EVICÇÃO.
- VÁLIDA POIS O QUE REGE O CONTRATO É A AUTONOMIA PRIVADA E NO DIREITO PATRIMONIAL SE
A PESSOA QUER TOMAR PREJUÍZO, ELA PODERÁ TOMAR.
- REQUISITOS:
- RENÚNCIA PELO ADQUIRENTE; ou
- CIÊNCIA DO RISCO, ASSUMINDO-O.

- IMPEDIMENTOS À GARANTIA PELA EVICÇÃO:

- CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR - SE A PERDA FOR MOTIVADA POR CASO FORTUITO OU FORÇA
MAIOR, EXISTIRÁ UMA PERDA MAS NÃO DEVIDO À EVICÇÃO. NÃO HAVERÁ GARANTIA.
- CIÊNCIA DE SER A COISA ALHEIA (ALHEIA = NÃO PERTENCE AO VENDEDOR/ALIENANTE) - SE O
ADQUIRENTE COMPRA A COISA SABENDO SER ELA ALHEIA ELE CELEBRA UM CONTRATO
SEMELHANTE AO CONTRATO DE RISCO, NÃO CONFIGURANDO POSSÍVEL A GARANTIA.
 - CIÊNCIA DE SER A COISA LITIGIOSA (É OBJETO DE UMA AÇÃO ONDE SE DISCUTE A SUA
PROPRIEDADE, COISA CUJA PROPRIEDADE AINDA É INCERTA ENQUANTO PERDURAR A AÇÃO
JUDICIAL).
- CIÊNCIA DO RISCO, ASSUMINDO-O - SE O ADQUIRENTE TIVER CIÊNCIA DO RISCO DE EVICÇÃO E
MESMO ASSIM ASSUMI-LO.

- BENFEITORIAS:
- OBRAS REALIZADAS NA COISA MÓVEL OU IMÓVEL COM A FINALIDADE DE CONSERVÁ-LA,
MELHORÁ-LA OU EMBELEZÁ-LA, SE AS OBRAS ALTERAREM A NATUREZA DA COISA, NÃO SERÃO
BENFEITORIAS.
- SITUAÇÕES QUE PODEM ACONTECER COM AS BENFEITORIAS CASO AO ADQUIRENTE AS REALIZE
NA COISA EVICTA - EM CASO DE BENFEITORIAS NECESSÁRIAS OU ÚTEIS:
- RESSARCIMENTO -> SE O ADQUIRENTE REALIZOU BENFEITORIAS E NÃO FOI INDENIZADO
PELO EVICTOR, SERÁ INDENIZADO PELO ALIENANTE.
- ABATIMENTO -> O PREJUÍZO AQUI NÃO FOI DO ADQUIRENTE MAS SIM DO ALIENANTE E NO
VALOR QUE ELE FOR DEVOLVER AO ADQUIRENTE PODERÁ DESCONTAR ESSAS
BENFEITORIAS.

- EVICÇÃO PARCIAL:
- QUANDO A PERDA NÃO ATINGE A COISA TODA, PODENDO ATINGIR UMA PARTE CONSIDERÁVEL OU
NÃO CONSIDERÁVEL.
- PARTE CONSIDERÁVEL EM UMA EVICÇÃO: É A + VALORIZADA.
- PARTE NÃO CONSIDERÁVEL EM UMA EVICÇÃO: É A - VALORIZADA.

- OPÇÕES DO ADQUIRENTE EM CASO DE EVICÇÃO PARCIAL:

- SE PARCIAL MAS CONSIDERÁVEL A PARTE EVICTA:
- RESOLUÇÃO DO CONTRATO; ou
- RESTITUIÇÃO PROPORCIONAL DO PREÇO (AÇÃO QUANTI MINORIS).
- SE PARCIAL MAS NÃO CONSIDERÁVEL A PARTE EVICTA:
- INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS.

EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

- CAUSAS GENÉRICAS DE EXTINÇÃO:

- CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES (VIA NORMAL);
- CAUSAS ANTERIORES (VIA ANORMAL);
- CAUSAS SUPERVENIENTES (VIA ANORMAL).
- CAUSAS GERAIS DE EXTINÇÃO (PODEM SE EXTINGUIR POR DUAS VIAS):

- VIA NORMAL:
- EXTINÇÃO SE DÁ PELA SOLUTIO (SOLVÊNCIA); PELO CUMRPIMENTO DAS PRESTAÇÕES.
- SE DÁ EM REGRA PELA EXECUÇÃO INSTANTÂNEA DIFERIDA OU CONTINUADA.

- VIA ANORMAL - SE DÁ POR:

- CAUSAS ATERIORES;
- CAUSAS SUPERVENIENTES.

- CAUSAS ANTERIORES - AQUELAS QUE ANTECEDEM A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO, JÁ EXISTIAM

ANTES DA CELEBRAÇÃO OU QUE SÃO CONTEMPORÂNEAS À FORMAÇÃO E COMPROMETEM A
FORMAÇÃO DO CONTRATO. AS CAUSAS ANTERIORES GERAM:
- INEXISTÊNCIA (APARÊNCIA DE CONTRATO) = causado por assinatura falsa, coação
física/vis absoluta…
- INVALIDADE (AUSÊNCIA DE UM DOS REQUISITOS DE VALIDADE) E GERA DUAS SANÇÕES:
- NULIDADE:
- O CONTRATO SE TORNA NULO.
- SANÇÃO LEGAL.
- EFEITO - EX TUNC: RETROAGE, DESFAZ TUDO O QUE FOI FEITO DESDE O
INÍCIO DAQUELE CONTRATO (a coisa vendida será devolvida e o dinheiro
será devolvido ao comprador).
- VÍCIOS QUE ACARRETAM NULIDADE: INCAPACIDADE ABSOLUTA; OBJETO
ILÍCITO OU IMPOSSÍVEL; VÍCIO DE FORMA E SIMULAÇÃO.
- ANULABILIDADE:
- O CONTRATO SE TORNA ANULÁVEL.
- SANÇÃO LEGAL.
- EFEITO - EX NUNC: PRODUZ EFEITOS SOMENTE PARA O QUE FOI
DECRETADO JUDICIALMENTE NA ANULAÇÃO DO CONTRATO EM DIANTE.
- VÍCIOS QUE ACARRETAM ANULABILIDADE: VÍCIO DE CONSENTIMENTO
(erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão); INCAPACIDADE RELATIVA E
VICIOS SOCIAIS (FRAUDE CONTRA CREDORES MAS NÃO SIMULAÇÃO).

- CAUSAS SUPERVENIENTES - ATINGEM O CONTRATO EM ANDAMENTO, NÃO ENVOLVERÁ

INEXISTÊNCIA NEM INVALIDADE POIS COMO ESTÃO EM ANDAMENTO JÁ EXISTEM E SÃO VÁLIDOS.
COMPROMETEM A EXECUÇÃO DO CONTRATO. VERIFICA-SE A DISSOLUÇÃO DO CONTRATO EM
FUNÇÃO DE CAUSAS POSTERIORES À SUA CRIAÇÃO POR:
- RESOLUÇÃO/RESOLUTIO = MODO DE EXTINÇÃO DE UM CONTRATO MOTIVADO POR CAUSA
SUPERVENIENTE, É GÊNERO QUE ENGLOBA DUAS ESPÉCIES:
- RESILIÇÃO (ACORDO DE VONTADES) - TODO MODO TERMINATIVO DE UM
CONTRATO QUE DECORRA DA MANIFESTAÇÃO DA VONTADE DE UMA OU AMBAS AS
PARTES.
- R. BILATERAL: DEPENDE DO CONSENTIMENTO MÚTUO, É O ACORDO MÚTUO
(exemplos: distrato; execução sucessiva - ex nunc -; execução imediata e a
termo - ex tunc).
- R. UNILATERAL: EXTINTO PELA VONTADE DE UM, SÓ PODE OCORRER
QUANDO HOUVER PREVISÃO LEGAL OU DO PRÓPRIO CONTRATO DESDE QUE
ESSA CLÁUSULA NÃO FIRA NORMAS DE ORDEM PÚBLICA (exemplos:
renúncia, revogação, jus poenitendi).
- RESCISÃO - MODO DE EXTINÇÃO CONTRATUAL QUE DECORRA DE INEXECUÇÃO
DAS PRESTAÇÕES:
- INEXECUÇÃO INVOLUNTÁRIA (CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR):
PRESTAÇÕES NÃO TÊM COMO SEREM CUMPRIDAS POR UM OU AMBOS SEM
QUE HAJA CULPA DELES. EFEITOS EX NUNC EM C. DE EXECUÇÃO
SUCESSIVA E EX TUNC EM C. ONEROSOS, DE EXECUÇÃO IMEDIATA E A
TERMO.
- INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA: CONTRATANTE PODE REALIZAR SUA
PRESTAÇÃO MAS NÃO FAZ ISSO E COMETE UM ILÍCITO CONTRATUAL:
- PRESSUPÕE CULPA CONTRATUAL -> AÇÃO DE RESCISÃO PODERÁ
SER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO PERDAS E DANOS.
- CESSAÇÃO (CONTRATOS PERSONALÍSSIMOS/INTUITU PERSONAE) - MORTE DO
CONTRATANTE, ACONTECE NOS CONTRATOS PERSONALÍSSIMOS (EX TUNC).
ALGUNS CONSIDERAM ISSO COMO INEXECUÇÃO INVOLUNTÁRIA.
- INEFICÁCIA - INEFICAZ QUANDO A DESPEITO DE SER EXISTENTE E VÁLIDO, NÃO
CONSEGUE PRODUZIR EFEITOS POR ESTAR ASSOCIADO A UMA CONDIÇÃO E SERÁ
EXTINDO QUANDO ESSA CONDIÇÃO NÃO FOR CUMPRIDA.

- INVALIDADE E INEFICÁCIA:
- TODO CONTRATO VÁLIDO SERÁ EM REGRA EFICAZ.
- O CONTRATO PODE SER:
- INVÁLIDO E INEFICAZ;
- VÁLIDO E INEFICAZ (doação sujeita à condição suspensiva);
- INVÁLIDO E EFICAZ.
- CAUSAS ESPECIAIS DE EXTINÇÃO:

- CLÁUSULA RESOLUTIVA:
- É A CLÁUSULA POR MEIO DA QUAL UM CONTRATANTE PODE PLEITEAR JUDICIALMENTE O
ROMPIMENTO DO VÍNCULO EM CASO DE INADIMPLEMENTO.
- INADIMPLEMENTO: NÃO LEVA À EXTINÇÃO DO CONTRATO, O VÍNCULO AINDA VAI
PERSISTIR INDEFINIDAMENTE JURIDICAMENTO E É PRECISO UM ATO QUE PONHA
FIM ÀQUELE CONTRATO.
- É UMA CLÁUSULA LEGAL QUE PODE SER INVOCADA DIRETAMENTE DA LEI COMO
FUNDAMENTO PARA UM PEDIDO DE EXTINÇÃO DE UM CONTRATO COM BASE EM
EXECUÇÃO.
- Assim, NA EXECÇÃO DO CONTRATO CADA PARTE TEM A FACULDADE (CLÁUSULA
RESOLUTIVA) DE PEDIR A RESOLUÇÃO SE O OUTRO NÃO CUMPRE AS OBRIGAÇÕES
ACORDADAS, ESSA FACULDADE PODE RESULTAR DE ESTIPULAÇÃO OU DE PRESUNÇÃO
LEGAL, ISTO É, A CLÁUSULA RESOLUTIVA PODE SER:
- EXPRESSA: SE DÁ QUANDO AS PARTES A INCLUEM NO TEXTO DO CONTRATO.
- VANTAGEM = HAVENDO A CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA O CONTRATO
É CONSTITUIDO EM MORA SOMENTE PELO FATO DE TER ULTRAPASSADO O
PRAZO FINAL POIS NA TÁCITA MUITAS VEZES NÃO HÁ ESTIPULAÇÃO DE
PRAZO NEM MESMO A CLÁUSULA EXPRESSA, O QUE DIFICULTA SABER SE O
DEVEDOR ESTÁ INADIMPLENTE.
- TÁCITA/IMPLÍCITA: NA AUSÊNCIA DE ESTIPULAÇÃO/CLÁUSULA RESOLUTIVA
EXPRESSA, ESTA É PRESUMIDA PELA LEI.
- DESVANTAGEM = PARA O CONTRATO CONSTITUIR EM MORA É NECESSÁRIO
UM ATO EXTRA, ISTO É, É PRECISO QUE FIXEM O PRAZO PARA O CREDOR
CUMPRÍ-LO.
- MAS PARA SE PROPOR UMA AÇÃO DE RESCISÃO OU RESOLUÇÃO É PRECISO UM ATO
PREPARATÓRIO QUE DISTINGUIRÁ A IMPONTUALIDADE DO INADIMPLEMENTO:
CONSTITUIÇÃO EM MORA.

- EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO/EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS:

- EXCEÇÃO = DEFESA.
- NOS CONTRATOS BILATERAIS NENHUM DOS CONTRATANTES ANTES DE CUMRPIR SUA
OBRIGAÇÃO PODE EXIGIR QUE O OUTRO CUMPRA PRIMEIRO, POIS SE ASSIM FIZER, ELE
TERÁ COMO DEFESA A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO.
- HÁ DUAS MANEIRAS DE SE ESTABELECER O CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES EM UM
CONTRATO:
 - A REGRA DA SIMULTANEIDADE - É A REGRA GERAL, AMBOS CUMPREM AO MESMO
TEMPO (no silêncio do contrato presume-se a simultaneidade).
- A REGRA DA SUCESSIVIDADE - DEVE ESTAR EXPRESSA, AQUELA EM QUE O
CONTRATO DIZ QUE “A” DEVERÁ CUMRPIR PRIMEIRO A SUA PARTE PARA SÓ DEPOIS
“B” CUMPRIR A SUA.

- ART. 477 - VARIAÇÃO DESSA EXCEÇÃO:

- SE DEPOIS QUE O CONTRATO É CELEBRADO ACONTECE DE FORMA INESPERADA
UMA DIMINUIÇÃO PATRIMONIAL EM QUE DEIXARA UM DOS CONTRATANTES EM
SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA, A LEI PERMITE QUE ELE EXIJA DO OUTRO UMA
GARANTIA QUE IRÁ CUMPRIR OU PARA QUE O DE SEGURANÇA DE FAZER O
INVESTIMENTO.

- EXCEÇÃO DO CONTRATO MAL CUMPRIDO/EXCEPTIO NON RITE ADIMPLETI CONTRACTUS:

- É CABÍVEL QUANDO UM DOS CONTRATANTES CUMPRE APENAS EM PARTE OU
DEFEITUOSAMENTE SUA OBRIGAÇÃO QUANDO SE COMPREMEU A CUMPRI-LA INTEGRAL E
CORRETAMENTE. ASSIM, O OUTRO PODE PLEITEAR A EXCEÇÃO DO CONTRATO MAL
CUMPRIDO.
- PRESSUPÕE COMPLETA E ABSOLUTA INEXECUÇÃO DO CONTRATO.
- CUIDADO:
- ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL: TEORIA QUE PROPÕE QUE NA EXCEÇÃO DO
CONTRATO MAL CUMRPIDO, QUANDO A PARTE QUE FALTOU CUMPRIR NÃO FOR
RELEVANTE, ELA NÃO JUSTIFICA A EXCEPTIO.

- RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA - CLÁUSULA REBUS SIC STANDIBUS E A TEORIA DA

IMPREVISÃO:
- TEORIA DA IMPREVISÃO = RECONFIGURAÇÃO DA IDADE MODERNA DA CLÁUSULA REBUS SIC
STANDIBUS DO DIREITO CANÔNICO.
- CLÁUSULA REBUS SIC STANDIBUS = PERMITIU QUE OS CONTRATOS FOSSEM REVISTOS.
- PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS/DA ONEROSIDADE EXCESSIVA = PERMITE AOS
CONTRATANTES RECORREREM AO JUDICIÁRIO PARA OBTEREM A ALTERAÇÃO DO
CONTRATO E CONDIÇÕES MAIS HUMANAS.
- ESSA CLÁUSULA CONSISTE EM PRESUMIR NOS CONTRATOS COMUTATIVOS, DE TRATO
SUCESSIVO E DE EXECUÇÃO DIFERIDA, A EXISTÊNICA IMPLÍCITA (NÃO EXPRESSA) DE UMA
CLÁUSULA, PELA QUAL A OBRIGATORIEDADE DE SEU CUMRPIMENTO PRESSUPÕE A
INALTERAMIBILIDADE DA SITUAÇÃO DE FATO.
- OBJETIVO DA TEORIA DA IMPREVISÃO: SALVAR O CONTRATO DE EXECUÇÃO SUCESSIVA
OU A TERMO DE UM DESEQUILÍBRIO SUPERVENIENTE NÃO CAUSADO PELOS
 CONTRATANTES, OU SEJA, RECUPERAR O CONTRATO (REVISÁ-LO), SE AINDA ASSIM NÃO
FOR POSSÍVEL RECUPERÁ-LO, DEVERÁ SER EXTINTO.
- REQUISITOS PARA A CLÁUSULA REBUS SIC STANDIBUS:
- CONTRATO COMUTATIVO;
- CONTRATO DE EXECUÇÃO SUCESSIVA OU DIFERIDA;
- SUPERVENIÊNCIA DE FATO EXTRAORDINÁRIO E IMPREIVISÍVEL
(EXCEPCIONALIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS);
- EXCESSIVA ONEROSIDADE x VANTAGEM IMODERADA.
- OPÇÕES DO DEVEDOR:
- REVISÃO DO CONTRATO;
- RESOLUÇÃO DO CONTRATO.

CONTRATOS EM ESPÉCIE - COMPRA E VENDA

- ORIGEM HISTÓRICA:
- EMPTIO ET VENDITO = COMO SE CHAMAVA A COMPRA E VENDA NO DIREITO ROMANO.
- LIGADA À TROCA DE OBJETOS.
- SISTEMA DE TROCA DUROU VÁRIOS SÉCULOS COMO PRÁTICA DE NEGÓCIO ATÉ CERTAS
MERCADORIAS PASSAREM A SER USADAS COMO PADRÃO PARA FACILITAR O INTERCÂMBIO E O
COMÉRCIO DE BENS ÚTEIS AOS HOMENS = PRIMEIRO AS CABEÇAS DE GADO, DEPOIS METAIS
PRECIOSOS.
- METAIS PRECIOSOS = COMEÇARAM A SER CUNHADOS COM O SEU PESO, TENDO VALOR
DETERMINADO, ASSIM SURGIU A MOEDA E COM ELA A COMPRA E VENDA.
- ENTÃO:
- COMPRA E VENDA SURGE COM A TROCA E COM A MOEDA.
- ROMA:
- DESDE SUAS ORIGENS JÁ SE PRATICAVA A COMPRA E VENDA E JÁ SABIAM DISTINGUIR A
EMPTIO VENDITIO DA PERMUTA EM ESPÉCIE.
- DIREITO ROMANO = DEU NOME, AÇÃO E MODELO LEGAL = EMPTIO ET VENDITO.
- DISTINGUIU A PERMUTA -> VENDA CARACTERIZADA POR SER UM CONTRATO TRANSLATIVO
IMEDIATO DE PROPRIEDADE POR OPERAÇÃO INSTANTÂNEA E O CONTRATO ERA
MERAMENTE OBRIGATÓRIO E NÃO OPERAVA A TRANSMISSÃO DO DOMÍNIO, APENAS A
TRANSFERÊNCIA DA POSSE (VACUAM POSSESSIONEM TRADERE).
- AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE NÃO NASCIA DO CONTRATO, MAS DE UM DELES ERA
POSSÍVEL GERÁ-LA (TRADITIO E MANCIPATIO).
- A COMPRA E VENDA SE DESPRENDE DA TROCA NO MOMENTO EM QUE SURGE O DINHEIRO E A IDEIA
DE PREÇO.
- COMPRA E VENDA CIVIL E EMPRESARIAL/MERCANTIL:
- COMPRA E VENDA MERCANTIL = UTILIZADA ENTRE EMPRESÁRIOS EM QUE O COMPRADOR NÃO É O
DESTINATÁRIO FINAL DA VENDA.
- COMPRA E VENDA EMPRESARIAL = AQUELA ENTRE DOIS EMPRESÁRIOS (INDIVIDUAL OU
SOCIEDADE EMPRESÁRIA), SÃO COMPRAS VENDAS REALIZADAS NA PARTE DA INTERMEDIAÇÃO DE
INSUMOS EM QUE UM EMPRESÁRIO FORNECE A OUTRO MATÉRIA PRIMA PARA ELE APLICAR EM SUA
PRODUÇÃO. NÃO HÁ EM NENHUM DOS LADOS UMA PESSOA NATURAL OU CONSUMIDOR MAS SIM
COMPRAS E VENDAS REALIZADAS NUM PONTO INTERMEDIÁRIO DE UMA CADEIA DE PRODUÇÃO.
- COMPRA E VENDA CIVIL = REGIDA PELO CÓDIGO CIVIL E PRATICADA POR PESSOAS NATURAIS NÃO
SE CONFUNDE COM COMPRA E VENDA AO CONSUMIDOR.
- COMPRA E VENDA AO CONSUMIDOR:
- REGIDA PELO CDC.
- SE DEFINE POR TER EM UM DOS PÓLOS UM FORNECEDOR E NO OUTRO O
CONSUMIDOR COMO DESTINATÁRIO FINAL DE UMA CADEIA DE PRODUÇÃO.[
- EMPRESÁRIO/PESSOA JURÍDICA DE UM LADO CELEBRADO UM CONTRATO DE
FORNECIMENTO DE PRODUTOS OU SEVIÇOS PARA UM CONSUMIDOR FINAL.
- CONSUMIDOR FINAL = PODE SER PESSOA NATURAL OU JURÍDICA DESDE QUE
ESTEJA NA POSIÇÃO DE CONSUMIDOR COMO DESTINATÁRIO FINAL DE UM
PRODUTO/SERVIÇO EM UMA CADEIA DE PRODUÇÃO.
- CÓDIGO 2002 = ELIMINOU DISTINÇÕES LEGAIS ENTRE OS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA CIVIL
E EMPRESARIAL/MERCANTIL -> UNIFICOU AS OBRIGAÇÕES CIVIS E MERCANTIS -> UNIFICAÇÃO
PARCIAL DO DIREITO PRIVADO.
- CONTRATO DE COMPRA E VENDA CIVIL x CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL:
- FINALIDADES DISTINTAS:
- CIVIL = DESTINAM-SE AO CONSUMO FINAL DOS PARTICULARES;
- MERCANTIL = DESTINAM-SE À REVENDA.
- MAS ONTOLOGICAMENTE IGUAIS.
- ASSIM COMO O CIVIL, O CONTRATO DE COMPRA E VENDA EMPRESARIAL/MERCANTIL FICA SUJEITO
À INCIDÊNCIA DA LEGISLAÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
- UNIFICAÇÃO = RESSALTA A MUDANÇA DO PARADIGMA LIBERAL PARA O SOCIAL, SENDO AGORA O
COMPRADOR O MAIS FAVORECIDO.

- CONTRATO DE COMPRA E VENDA - DEFINIÇÃO:

- É O CONTRATO BILATERAL PELO QUAL UMA DAS PARTES (VENDEDOR) SE OBRIGA A TRANSFERIR O
DOMÍNIO DE UMA COISA À OUTRA PARTE (COMPRADOR) MEDIANTE A CONTRAPRESTAÇÃO DE
CERTO PREÇO EM DINHEIRO.
- OBJETO DA COMPRA E VENDA:
- Pode ter por objeto BENS DE TODA NATUREZA: CORPÓREOS (MÓVEIS E IMÓVEIS - COISA) BEM
COMO INCORPÓREOS - DIREITO.
- OBS: PARA A ALIENAÇÃO DOS INCORPÓREOS TEM-SE COMO MAIS ADEQUADA E CORRETA A
EXPRESSÃO CESSÃO (CESSÃO DE CRÉDITOS).

- PARTES:
- COMPRADOR/ADQUIRENTE;
- VENDEDOR/ALIENANTE.

- CARÁTER:
- CARÁTER OBRIGACIONAL -> POR ELE OS CONTRATANTES OBRIGAM-SE RECIPROCAMENTE.
- TRANSFERÊNCIA DO DOMÍNIO DEPENDE DE OUTRO ATO: TRADIÇÃO (PARA OS BENS MÓVEIS) E
REGISTO (PARA OS BENS IMÓVEIS).
- O QUE O CONTRATO FAZ É PREVER A OBRIGAÇÃO DE TRANSFERIR A COISA MAS ESSA OBRIGAÇÃO
SÓ É REALIZADA ATRAVEZ DO ATO SUBSEQUENTE (TRADIÇÃO OU REGISTRO).
- TRADIÇÃO E REGISTRO = É A TRANSFERÊNCIA DO DOMÍNIO DA COISA.

- NATUREZA JURÍDICA/CLASSIFICAÇÃO DA COMPRA E VENDA:

- BILATERAL/SINALAGMÁTICO = GERA OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS, VENDEDOR E COMPRADOR SÃO
RECIPROVAMENTE CREDOR E DEVEDOR UM DO OUTRO.
- CONSENSUAL = CONSENSUAL EM REGRA POIS SE APERFEIÇÕA COM O ACORDO DE VONTADES
INDEPENDENTE DA ENTREGA DA COISA, FORMAL POR EXCEÇÃO QUANDO A COISA É IMÓVEL.
- ONEROSO = AMBOS OS CONTRATANTES OBTÊM PROVEITO/VANTAGEM.
- COMUTATIVO = COMUTATIVO EM REGRA POIS DE IMEDIATO SE APRESENTA CERTO O CONTEÚDO
DAS PRESTAÇÕES RECÍPROCAS, EXIGE A CERTEZA DO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES,
ALEATÓRIO POR EXCEÇÃO QUANDO TEM POR OBJETO COISAS FUTURAS OU EXISTENTES MAS
SUJEITAS A RISCO.
- DE EXECUÇÃO IMEDIATA OU DIFERIDA.

- ELEMENTOS ESSENCIAIS/FUNDAMENTAIS - SERVEM PARA IDENTIFICAR A MODALIDADE CONTRATUAL, NA

FALTA DE UM DESTES, O CONTRATO DEIXA DE SER DE COMPRA E VENDA:
- COISA (RES);
- PREÇO (PRETIUM);
- CONSENTIMENTO (CONSENSUS).

- COISA (RES):
- 3 CARACTERÍSTICAS:
- CERTEZA = A COISA TEM QUE SER CERTA, A CERTEZA É O EXAME QUANTO À
EXISTÊNCIA DA COISA, AINDA QUE ELA NÃO EXISTA NO MOMENTO DA
CELEBRAÇÃO, JÁ DEVE SER POSSÍVEL E EXISTENTE NO MOMENTO DA TRADIÇÃO.
- INCERTEZA = ADMITE-SE VENDA DA COISA INCERTA; A INCERTEZA NÃO
PODE PERDURAR ATÉ O FINAL, DEVE HAVER UMA IDENTIFICAÇÃO DA COISA
ATÉ O MOMENTO DA TRADIÇÃO.
- PODE-SE CELEBRAR UM CONTRATO COM COISA INCERTA NA CELEBRAÇÃO
DESDE QUE ELA POSSA SER OBJETO DE ALGUMA ESPECIFICAÇÃO NA
TRADIÇÃO, SE NÃO ESSE ATO NÃO SE OPERA.

- ATUALIDADE = A COISA TEM QUE SER ATUAL.

- COISA FUTURA = ESSE CONCEITO NÃO REJEITA A FUTURIDADE, É PRECISO
QUE A COISA FUTURA SE TORNE ATUAL ATÉ O MOMENTO DA TRADIÇÃO.

- DETERMINAÇÃO = A COISA TEM QUE SER DETERMINADA OU DETERMINÁVEL ATÉ

MOMENTO DA TRADIÇÃO.
- TRADIÇÃO = DEPENDE DA DETERMINAÇÃO.
- É A ESPECIFICAÇÃO DA COISA, SIGNIFICA DIZER QUE A COISA PODE SER
MENCIONADA NO CONTRATO EM GÊNERO.

- BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS:

- BENS = OBJETO DO CONTRATO.
- CORPÓREOS = É A COISA -> COMPRA E VENDA.
- INCORPÓREO = É O DIREITO -> CESSÃO.
- BENS INCORPÓREOS SÃO PASSÍVEIS DE SEREM VENDIDOS MAS
AQUI SE USA O TERMO CESSÃO POIS SE REFERE À DIREITOS.
- CESSÃO ONEROSA = QUANDO HÁ VENDA DE DIREITOS (VENDA DE
DIREITO HEREDITÁRIO POR EXEMPLO).
- CESSÃO GRATUITA = QUANDO HÁ DOAÇÃO DE
DIREITOS/TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS SEM CONTRAPRESTAÇÃO.

- AS COISAS:
- COISA CERTA = EXISTE E É DEFINIDA DESDE ANTES DA TRADIÇÃO.
- COISA INCERTA = ACEITA PELA LEI DESDE QUE SEJA DENIFIDA ATÉ A
TRADIÇÃO.
- COISA INEXISTENTE = COMPROMETE O CONTRATO, FAZ O CONTRATO SE
TORNAR INEFICAZ.
- COISA FUTURA = HÁ EXISTÊNCIA POTENCIAL DA COISA.
 - COISA GENÉRICA = QUANDO É FEITA ALUSÃO AO GÊNERO DAS COISAS À
SUA QUANTIDADE, SEM ESPECIFICÁ-LAS.
- COISA ESPECÍFICA = QUANDO O OBJETO QUE SE VENDE É PRECISAMENTE
DETERMINADO.

- VENDA DA COISA ALHEIA/VENDA A NON DOMINO:

- LÍCITA DESDE QUE A COISA SEJA DO DEVEDOR NA DATA DA TRADIÇÃO.

- AMOSTRA, PROTÓTIPO OU MODELO - DETERMINAÇÃO:

- ADMITE-SE DETERMINAÇÃO ATRAVÉS DE COMPARAÇÃO COM A AMOSTRA,
PROTÓTIPO OU MODELO EXIBIDO, DESDE QUE O VENDEDOR ASSEGURE TER
A COISA AS QUALIDADES QUE A ELAS CORRESPONDEM.
- DEVE HAVER CORRELAÇÃO ENTRE O ITEM MOSTRADO E A COISA QUE SERÁ
ENTREGUE.
- QUANDO A INFERIORIDADE DA AMOSTRA NÃO É EXPLÍCITA ELA DEVE SER
DECLARADA. Exemplo: tira de papel de perfume que é inferior ao perfume
em si.
- PROTÓTIPO = REPRESENTAÇÃO ANTECIPADA DE ALGO QUE AINDA SERÁ
FABRICADO, É EXPERIMENTAL E PODE SOFRER ALTERAÇÕES PARA MELHOR.
- MODELO = REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA DO PRODUTO FINAL EM ESCALA
MENOR.

- DISPONIBILIDADE:
- A COISA DEVE ENCONTRAR-SE DISPONÍVEL, DEVE ESTAR DENTRO DO
COMÉRCIO.
- RES IN COMMERCIUM = COISAS QUE PODEM SER VENDIDAS.
- RES EXTRA COMMERCIUM = BENS PÚBLICOS, NÃO PODEM SER VENDIDOS.
- BENS PÚBLICOS DESAFETADOS (desafetar é retirar a qualidade de
bem público) PODEM SER COMERCIALIZADOS.
- COISA LITIGIOSA = É POSSÍVEL VENDER COISA LITIGIOSA MAS O
ADQUIRENTE A ADQUIRE SOBRE CONDIÇÃO RESOLÚVEL -> CONTRATO DE
RISCO.

- PREÇO (PRETIUM):
- O PREÇO SERÁ AQUILO CONVENCIONADO APÓS A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO.
- SINE PRETTIO NULLA VENDITIO = SEM A FIXAÇÃO DO PREÇO A VENDA É NULA.
- PREÇO CONVENCIONAL = QUANDO O PREÇO É DETERMINADO PELO LIVRE DEBATE ENTRE
OS CONTRATANTES CONFORME AS LEIS DO MERCADO.
- O PREÇO DEVE SER DETERMINADO OU AO MENOS DETERMINÁVEL.
- ELEMENTOS - O PREÇO É:
- SÉRIO;
- REAL;
- EXISTENTE;
- PAGAMENTO.
- FIXAÇÃO DO PREÇO:
- PREÇO CERTO = FIXAÇÃO DO PREÇO À TAXA DE MERCADO OU DE BOLSA, EM
CERTO E DETERMINADO DIA E LUGAR.
- PREÇO ARBITRADO = FIXAÇÃO DO PREXO DEIXADA AO ARBÍTRIO DE TERCEIRO.
- PREÇO NÃO FIXADO = Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios
para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as
partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. Na falta
de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
- PREÇO NULO = TORNA-SE NULO O CONTRATO DE COMPRA E VENDA QUANDO
DEIXA AO ARBÍTRIO EXCLUSIVO DA UMA DAS PARTES A FIXAÇÃO DO PREÇO.
- NÃO CONFUNDIR COM PROPOSTA DE OFERTA AO PÚBLICO, NELA O PREÇO ESTÁ
FIXADO EXCLUSIVAMENTE POR UMA DAS PARTES, MAS A DIFERENÇA É QUE ISSO
SE TRATA DE UMA PROPOSTA E NÃO DE UM CONTRATO. O PREÇO SERÁ AQUILO
CONVENCIONADO APÓS A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO.
- PREÇO CIF (COST. INSURANCE AND FREIGHT) = CUSTO DO FRETE E DO SEGURO
ESTÁ INCLUÍDO NO PREÇO -> QUALQUER DANO NO TRANSPORTE, A
RESPONSABILIDADE SERÁ DO VENDEDOR E A RESPONSABILIDADE DO COMPRADOR
VEM NA TRADIÇÃO.
- PREÇO FOB (FREE ON BOARD) = O CUSTO DO FRETE E DO SEGRO NÃO ESTÁ
INCLUÍDO NO PREÇO -> O COMPRADOR ASSUME OS RISCOS DESDE A EXPEDIÇÃO,
EM REGRA, É ADOTADO NO BRASIL.