Você está na página 1de 3

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Advocacia-Geral da União

Nova logomarca AGU.png


Organização
Missão Exercício da advocacia pública em âmbito federal
Chefia Jorge Messias, Advogado-Geral da União
Orçamento anual R$ 4,1 bilhões (2022) [1]
Localização
Sede SAS, Quadra 03, Lote 05/06, Edifício Sede I - Brasília, DF
Histórico
Criação 1993 (30 anos)
Sítio na internet
www.gov.br/agu/pt-br
Coat of arms of Brazil.svg
Parte da série sobre
Política do Brasil
Constituição[Expandir]
Executivo[Expandir]
Legislativo[Expandir]
Judiciário[Expandir]
Eleições[Expandir]
Divisões administrativas[Expandir]
Tópicos relacionados[Expandir]
Portal do Brasil
vde
Advocacia-Geral da União (AGU) é a instituição responsável pela representação,
fiscalização e controle jurídicos da União e da República Federativa do Brasil, bem
como pela proteção do patrimônio público contra terceiros ou contra os ocupantes do
Governo. Exerce, juntamente com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a
Procuradoria-Geral Federal e a Procuradoria-Geral do Banco Central, a Advocacia
Pública em âmbito federal, o que lhe atribui a representação de todos os poderes da
União na esfera judicial ou extrajudicial, cobrança da Dívida Ativa da União, bem
como o exercício de atividades de consultoria e assessoramento jurídico no âmbito
do Poder Executivo Federal. Além disso, também representa o Brasil perante a
justiça de outros países e organismos e jurisdições internacionais. É prevista
constitucionalmente como função essencial à justiça (art. 131), ao lado do
Ministério Público, da Defensoria Pública e da advocacia privada.

Era integrada, inicialmente, por três carreiras: os Advogados da União, os


Assistentes Jurídicos e os Procuradores da Fazenda Nacional. A lei, posteriormente,
incorporou a carreira de Assistente Jurídico à carreira de Advogado da União,
deixando a instituição com duas carreiras. Foram criados ainda órgãos vinculados: a
Procuradoria-Geral Federal, integrada pelos Procuradores Federais, e a
Procuradoria-Geral do Banco Central, integrada pelos Procuradores do Banco Central.
Os membros e seus órgãos vinculados ocupam cargos efetivos providos mediante
concurso público de provas e títulos.

A instituição é chefiada pelo Advogado-Geral da União, atualmente Jorge Messias . O


cargo é de livre nomeação pelo Presidente da República e goza do status de Ministro
de Estado, devendo ser ocupado por pessoa maior de 35 anos de idade.

Constituição de 1988
Até o advento da Constituição de 1988, o Brasil adotava um sistema similar àquele
de países como os Estados Unidos da América: a representação jurídica do Estado era
atribuída ao Ministério Público, que a acumulava com suas demais competências. A
União, portanto, era representada pelo Ministério Público Federal, enquanto os
Estados tinham sua representação jurídica pelo Ministério Público Estadual. Assim,
a advocacia lato sensu era dividida entre Advocacia Privada, Ministério Público e
Defensoria Pública.

A Procuradoria da Fazenda Nacional, nos moldes trazidos pelo Decreto-Lei nº


147/1967, exercia tão somente funções administrativas, no âmbito do Ministério da
Fazenda. Entretanto, o processo de redemocratização do Brasil passou a demandar
progressivamente mais do órgão, bem como reivindicava uma maior fiscalização do
Estado.

Assim, sob pressão de alguns setores da sociedade, a Constituição Federal de 1988


superou o modelo clássico de tripartição do Estado, instituindo as Funções
Essenciais à Justiça, em seus artigos 127 a 135. Tais funções devem ostentar
elevado grau de independência dos demais poderes, tendo como responsabilidade
precípua o livre trânsito e fiscalização de seu funcionamento, remetendo-se a
ramificações do clássico instituto do Ombudsman. Constituem subdivisões do que se
convencionou chamar de advocacia lato sensu.[2]

Criou-se, dentre estas funções, a Advocacia Pública (ou Procuratura Pública),


adotando-se o sistema italiano de procuraturas. Nesse sistema, a advocacia lato
sensu passou a se dividir em quatro:

Procuratura da sociedade: Ministério Público em sentido estrito (artigos 127 a 130-


A da Constituição);
Procuratura do Estado: Advocacia Pública (artigos 131 e 132 da Constituição);
Procuratura de interesses privados: Advocacia Privada (art. 133 da Constituição);
Procuratura dos hipossuficientes: Defensoria Pública (artigos 134 e 135 da
Constituição).[3]
Neste sentido, a Advocacia Pública ficou encarregada pelo controle jurídico do
Estado e zelo do patrimônio público, o que lhe atrai as mais inúmeras funções. É
enxergada, por alguns autores, como um marco divisório limitativo dos interesses
políticos dentro da Administração Pública,[4] ou, ainda, a função responsável por
impor os limites entre o Governo (temporário e movido por ideologias partidárias) e
o Estado (entidade permanente e regida pelo Direito). Assim é que cabe aos
procuradores públicos a proteção do Estado contra terceiros e contra o próprio
Governo, não permitindo que questões políticas tragam gravames ilícitos ao Estado.

Para desempenho das funções de Advocacia Pública na instância federal, foi criada a
Advocacia-Geral da União, à qual cabe a representação e controle jurídicos da União
em âmbito nacional e da República Federativa do Brasil em âmbito internacional, bem
como a defesa de todos os poderes da União na esfera judicial ou extrajudicial e a
consultoria dos órgãos do Poder Executivo Federal.

A Procuradoria da Fazenda Nacional, pois, abandonou a antiga qualidade de mero


órgão do Ministério da Fazenda, passando a integrar a Advocacia-Geral da União, ao
lado da Procuradoria-Geral da União, enquanto legítima e constitucional parcela da
Advocacia Pública, e ficando incumbida da representação e controle jurídicos da
União, na ordem interna, e da República Federativa do Brasil, na ordem
internacional, em matérias relativas à dívida pública e à Dívida Ativa da União
(DAU).

História
A Advocacia-Geral da União foi criada em 1993, através da lei complementar nº 73,
de 10 de fevereiro, tendo nascido da necessidade de distinguir as atribuições de
defesa do Estado daquelas de defesa da sociedade e de fiscalização da lei, antes
concentradas no Ministério Público. A partir da criação da AGU, o Ministério
Público deixou de fazer a representação da União, que costumava ser feita por um
órgão denominado Consultoria Geral da República.

O primeiro a ocupar a cadeira de ministro, em caráter permanente, foi Geraldo


Magela da Cruz Quintão, após o breve exercício da função por José de Castro
Ferreira, Alexandre de Paula Dupeyrat Martins e Tarcísio Carlos de Almeida Cunha.
Quintão permaneceu no cargo até 2000, quando o posto vago chegou a ser ocupado
interinamente por Walter do Carmo Barletta e por Anadyr de Mendonça Rodrigues, até
a nomeação de Gilmar Ferreira Mendes, que permaneceu até 2002, quando foi indicado
por Fernando Henrique Cardoso para ocupar a posição de Ministro do Supremo Tribunal
Federal.

Durante gestão de Gilmar Mendes à frente da AGU foi criada a Procuradoria-Geral


Federal (PGF), que passou a centralizar a representação judicial de centenas de
autarquias e fundações federais sob o comando da Advocacia-Geral. Foi neste período
também que se criou a carreira de Procurador Federal, congregando uma série de
quadros existentes em órgãos da administração indireta da União, como de
procuradores autárquicos, advogados autárquicos e assistentes jurídicos.

Primeira logomarca da AGU


Depois da saída de Gilmar Mendes, José Bonifácio Borges de Andrada[5] assumiu o
cargo por um curto período de seis meses, neste tempo coube-lhe instalar a então
criada Procuradoria-Geral Federal, providenciando a nomeação dos seus primeiros
dirigentes e instalando as suas primeiras regionais,[6] ainda na sua gestão
procedeu-se à fusão das carreiras de Assistentes Jurídicos e de Advogados da União
numa única carreira.[7][8]

Em janeiro de 2003, com o início do governo Lula, foi nomeado Álvaro Augusto
Ribeiro Costa, também oriundo do Ministério Público Federal, para assumir o cargo.
A maior contribuição da gestão de Álvaro Ribeiro Costa para as carreiras da AGU foi
a aprovação de lei que implantou a remuneração por subsídio, conforme previsto na
Constituição, o que significou a extinção dos vencimentos básicos atrelados de
gratificações e outras vantagens, para se instituir uma remuneração em parcela
única, a exemplo do que ocorre com os membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público. Também foi em sua gestão que se criou na AGU a Câmara de Conciliação e
Arbitragem, para solução administrativa de controvérsias entre órgãos e entidades
do Governo Federal, sem que tais assuntos fossem levados à justiça.

Já no segundo mandato de Lula, o Advogado-Geral da União foi José Antônio Dias


Toffoli, oriundo d

Você também pode gostar