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Advocacia-Geral da União
Constituição de 1988
Até o advento da Constituição de 1988, o Brasil adotava um sistema similar àquele
de países como os Estados Unidos da América: a representação jurídica do Estado era
atribuída ao Ministério Público, que a acumulava com suas demais competências. A
União, portanto, era representada pelo Ministério Público Federal, enquanto os
Estados tinham sua representação jurídica pelo Ministério Público Estadual. Assim,
a advocacia lato sensu era dividida entre Advocacia Privada, Ministério Público e
Defensoria Pública.
Para desempenho das funções de Advocacia Pública na instância federal, foi criada a
Advocacia-Geral da União, à qual cabe a representação e controle jurídicos da União
em âmbito nacional e da República Federativa do Brasil em âmbito internacional, bem
como a defesa de todos os poderes da União na esfera judicial ou extrajudicial e a
consultoria dos órgãos do Poder Executivo Federal.
História
A Advocacia-Geral da União foi criada em 1993, através da lei complementar nº 73,
de 10 de fevereiro, tendo nascido da necessidade de distinguir as atribuições de
defesa do Estado daquelas de defesa da sociedade e de fiscalização da lei, antes
concentradas no Ministério Público. A partir da criação da AGU, o Ministério
Público deixou de fazer a representação da União, que costumava ser feita por um
órgão denominado Consultoria Geral da República.
Em janeiro de 2003, com o início do governo Lula, foi nomeado Álvaro Augusto
Ribeiro Costa, também oriundo do Ministério Público Federal, para assumir o cargo.
A maior contribuição da gestão de Álvaro Ribeiro Costa para as carreiras da AGU foi
a aprovação de lei que implantou a remuneração por subsídio, conforme previsto na
Constituição, o que significou a extinção dos vencimentos básicos atrelados de
gratificações e outras vantagens, para se instituir uma remuneração em parcela
única, a exemplo do que ocorre com os membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público. Também foi em sua gestão que se criou na AGU a Câmara de Conciliação e
Arbitragem, para solução administrativa de controvérsias entre órgãos e entidades
do Governo Federal, sem que tais assuntos fossem levados à justiça.