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1. Introdução......................................................................................................................2
2. Objectivos:.....................................................................................................................3
3. Metodologia...................................................................................................................4
4. Revisão da Literatura.....................................................................................................4
4.1. Contextualização.....................................................................................................4
4.3.1. A Virtude..........................................................................................................7
4.3.2. A Maiêutica......................................................................................................8
4.3.3. Política..............................................................................................................8
4.3.4. Religião............................................................................................................9
5. Conclusão....................................................................................................................10
6. Referências Bibliográfica............................................................................................11
1. Introdução
Quando se estuda ética deontologia e legislação farmacêutica nas faculdades, e muitas
vezes em outros cursos ou até mesmo fora dos ambientes universitários, muito se ouve
falar sobre Sócrates. Seus diálogos são constantemente citados, não raro como lições de
moral.
Entretanto, corre-se um sério risco de fazer de sua filosofia cópias ou imitações. Por
isso, ao longo deste trabalho percorremos um caminho de análise do método de
Sócrates. Procuraremos, então, perceber suas intenções ao seguir determinado caminho
em detrimento de outros.
Assim, observando-o com um olhar mais acurado, poderemos haurir de sua obra, algo
mais que meros diálogos com fundo moral, aproximando-nos um pouco mais do
Sócrates histórico e do que ele quis fazer em seu tempo.
2. Objectivos:
2.1. Objectivo Geral
Apresentar o pensamento ético de Sócrates o bem como fundo do conhecimento
4. Revisão da Literatura
4.1. Contextualização
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e
inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o
conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e
sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento
sobre as coisas do mundo e do ser humano. Ele também fazia diversas perguntas
seguidas as pessoas, ajudando-as a encontrarem por si mesmas as respostas às suas
dúvidas.
Sócrates nada de escrito deixou para que a posteridade pudesse conhecer seu
pensamento. O que se sabe a respeito dele vem de discípulos e admiradores, que o
exaltam (principalmente Platão e Xenofonte) ou de adversários, que o satirizam
(principalmente Aristófanes). Quem mais nos fala sobre ele é mesmo Platão, seu
discípulo, que narra os diálogos de seu mestre pelas ruas e praças de Atenas. É até difícil
distinguir o que é pensamento de Sócrates do que é teoria de Platão na boca de Sócrates.
Para ter mais segurança, é sempre bom comparar as diversas fontes para se chegar pelo
menos mais próximo do Sócrates histórico.
A filosofia é, pois, mais que uma doutrina. É um guia e caminha certo para se sair da
ignorância e do erro. É a luz para mostrar as coisas como o são, para abrir os olhos do
“sábio” ao Bem, ao Belo, à Verdade. Considerando, assim, a ignorância como vício e o
conhecimento como virtude, pode-se acusar de intelectualista a ética socrática.
Entretanto, deve-se ter em mente que Sócrates amava sua cidade e queria era preparar
seus discípulos para a vida da Pólis na política. Não queria formar homens sábios
segundo o conceito sofista, mas filósofos que realmente fosse capaz de bem conduzir a
própria vida e a vida da polis.
Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o
conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, a filosofia
de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do coletivo sobre a ética do
individual. Neste sentido, para esse pensador, a obediência à lei era o limite entre a civilização e
a barbárie. Segundo ele, onde residem as ideias de ordem e coesão, pode-se dizer garantida a
existência e manutenção do corpo social. Trata-se da ética do respeito às leis, e, portanto, à
coletividade.
A abnegação pela causa da educação dos homens e pelo bem da coletividade, levou Sócrates a
se curvar ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. Acusado de estar corrompendo a
juventude e de cultuar outros deuses, foi condenado a beber cicuta pelo tribunal ateniense.
Sócrates resignou-se à injustiça de seus acusadores, em respeito à lei a que todos regia em
Atenas.
Para esse proeminente filósofo grego, o homem enquanto integrado ao modo político de vida
deve zelar pelo respeito absoluto às leis comuns a todos, mesmo em detrimento da própria vida.
O ato de descumprimento da sentença imposta pela cidade representava para Sócrates a
derrogação de um princípio básico do governo das leis, qual seja, a eficácia. Segundo Sócrates,
com a eficácia das leis comprometida, a desordem social reinaria como princípio.
Assim, são muitas as lições trazidas pela ética socrática: o conhecimento como virtude; a
educação como forma de conhecer a si mesmo e, por consequência, conhecer melhor o mundo
para alcançar a felicidade; a primazia do coletivo sobre o individual e, a obediência às leis para
garantir a ordem e a vida em sociedade. Sábias ideias. Se os agentes políticos e a sociedade em
geral pensassem assim, teríamos, com certeza, um país mais justo e solidário.
Ele acreditava na imortalidade da alma e que ele próprio recebeu em sua vida uma
missão do deus Apolo para que ele defendesse o Conhece-te a Ti Mesmo. Dessa forma a
filosofia torna-se um incessante exame de si e dos outros colocando o homem e os seus
problemas como centro dos interesses da filosofia. A sabedoria passa a ter como objeto
de pesquisa o homem. A Sabedoria Humana é o quanto o homem pode saber sobre o
próprio homem. Sócrates busca responder a questão de qual é o ser, a natureza última, a
essência do homem. A essa pergunta Sócrates responde que o homem é a sua alma, e a
alma do homem é a sua razão. A alma do homem é a sua consciência. A alma é o que dá
ao homem a sua personalidade intelectual e moral. Cuidar de si mesmo é cuidar da
própria alma mais do que do corpo. O educador tem assim por tarefa ensinar os homens
a cuidar da própria alma. Sócrates considerava-se um educador e como tal tinha por
tarefa ensinar as pessoas a cuidar da alma mais do que do corpo e das riquezas. Ele
buscava a virtude e a virtude não nasce da riqueza nem do culto ao corpo, tão próprio
dos atenienses da época. O corpo tem que ser um instrumento da alma, da sabedoria.
Conhecer a si mesmo é conhecer a própria alma.
4.3.1. A Virtude
Para Sócrates as pessoas deveriam concentrar os seus esforços em serem virtuosos, para
si mesmos, para seus amigos e para a comunidade a que pertencem, pois, a virtude deve
ser conquistada também pelo grupo humano. Esse é um dos motivos pelo qual não fugiu
da sua sentença de morte, acreditava que fugir da sua comunidade e da sentença que ela
lhe impôs era deixar de ser virtuoso e isso era ir contra todos os seus princípios.
Para os gregos a virtude era a qualidade essencial que faz do ser o que ele é, assim é
virtuoso o homem que tenta ser bom e perfeito utilizando a razão e o conhecimento para
atingir esse objetivo porque essas qualidades são próprias do homem. O contrário da
virtude é o vício que é caracterizado basicamente pela ignorância que é a ausência da
razão e do conhecimento.
O homem para ser virtuoso não precisa renunciar aos prazeres, a virtude deve levar o
homem a uma vida perfeita não a negação dessa vida.
4.3.2. A Maiêutica
É a forma encontrada por Sócrates para fazer com que as pessoas através da
interrogação feita de forma organizada e direcionada cheguem ao conhecimento. A
Maiêutica é um estímulo para a pesquisa, através dela ele buscava fazer "parir" nas
pessoas as ideias, os conhecimentos. Ele próprio se declarava sem sabedoria e não criou
nenhuma organização metodológica e doutrinal. Era o parteiro das ideias nos outros e
não podia parir conhecimentos em si mesmo.
Sócrates era contrário a aristocracia democrática, defendia que a república deveria ser
governada por filósofos. Pensava também que em algumas situações os tiranos podem
até ser mais legítimos que a democracia. Os filósofos seriam os perfeitos governadores
do estado pois somente ele tem a capacidade de entender os mais profundos
conhecimentos.
4.3.4. Religião
Ele não era ateu, mas afirmava que acreditava em uma divindade particular, filha dos
deuses tradicionais que ele chamava demónio que era um ser inferior aos deuses, mas
superior aos homens. Mesmo assim ele era contra os deuses nos quais a cidade
acreditava.
5. Conclusão
Ao se analisar mais de perto e com um olhar mais acurado a obra de Sócrates – se é que
se pode chamá-la obra – pode-se perceber que o que Sócrates queria para si e para seus
discípulos e interlocutores diversos era a descoberta da Verdade. Não possuí-la e agir
como se a possuísse, pretendendo saber o que não se sabe era ignorância. A filosofia
vinha, então, para reparar o vício da ignorância e, assim, restabelecer à alma da pessoa a
virtude que contemplava antes, recordando-lhe a ciência, que é justamente o
conhecimento da Verdade, saindo das trevas da caverna do erro e da presunção.
Isso não deixou se incomodar muita gente. Pois, ensinando isso aos jovens, Sócrates foi
acusado de corromper a juventude, pois contrariava a ordem vigente. Ele era, aliás, uma
contradição para a sociedade de sua época, a começar por sua aparência física que ia
bem de encontro ao ideal de beleza apolínica. Entretanto, mesmo condenado
injustamente, ele manteve-se coerente e fiel: a si, as suas ideias, a seus discípulos e
mesmo à sua cidade, que tanto amava.
6. Referências Bibliográfica
COTRIM, Gilberto. Fundamento da Filosofia: ser, saber e fazer. 14a. ed. São Paulo:
Saraiva, 1999.
ABAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia filosófica.
LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprender a pensar – vol II. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.