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Síndrome

de
MARFAN
Eletiva: Genética Humana e Médica
• É uma doença multissistêmica do sistema conjuntivo;

• A incidência é de 1 em 3.000-5.000 pessoas;

• Autossômica dominante;

• Expressão altamente variável;

• A maioria dos indivíduos tem mutação relativa,


mas 25% de novo.

Causa fraqueza sistêmica do tecido conjuntivo


<10% apresentam mutação no receptor TGF-beta 1 ou 2 (TGFBR1 Causa fraqueza sistêmica do tecido conjuntivo
<10% apresentam mutação no receptor TGF-beta 1 ou 2 (TGFBR1
• >90% apresentam mutações no gene FBN1
Codifica a proteína do tecido
conjuntivo, fibrilina-1
Gene grande (65 exons) localizado no
cromossomo 15q-21.1

• Causa fraqueza sistêmica do tecido


conjuntivo
<10% apresentam mutação no receptor
TGF-beta 1 ou 2 (TGFBR1 ou TGFBR2)

Causa fraqueza sistêmica do tecido conjuntivo


<10% apresentam mutação no receptor TGF-beta 1 ou 2 (TGFBR1 Causa fraqueza sistêmica do tecido conjuntivo
<10% apresentam mutação no receptor TGF-beta 1 ou 2 (TGFBR1
Características fenotípicas e manifestações clínicas
Múltiplos sistemas orgânicos são afetados pela MFS. A
apresentação varia amplamente, desde uma forma neonatal fatal
rapidamente progressiva até o envolvimento isolado de órgãos.

Figura 1. Síndrome de Marfan neonatal. Caso 1 Figura 2. Síndrome de Marfan neonatal. Caso 2
MUSCULO ESQUELÉTICO

✓ Estatura alta

✓ Proporções corporais anormais: redução da relação entre o


segmento superior e o segmento inferior e aumento da relação
envergadura/estatura

✓ Extremidades longas e finas em comparação com o tamanho do


tronco (dolichostenomelia)

✓ Dedos longos (aracnodactilia): procure por "sinal do


polegar" e "sinal do pulso")

✓ Hipermobilidade articular (OU mobilidade articular


reduzida)

✓ Pectus carinatum (mais específico) ou pectus excavatum

✓ Escoliose/cifose

✓ Torcicolo

✓ Pés planos (pés planos)

✓ Protrusão acetabular

✓ Rosto longo
OLHOS

✓ Luxação do cristalino (ectopia lentis)


✓ Iridodonese (contração rápida e dilatação da íris)
✓ Miopia (alongamento do globo)

CARDÍACO

✓ Dissecção de aorta
✓ Dilatação da raiz da aorta levando à
regurgitação aórtica
✓ Prolapso da valva mitral

Fonte: Saiba mais sobre a dissecção aórtica e como ela pode ser tratada. (vascular.pro)
OLHOS

✓ Luxação do cristalino (ectopia lentis)


✓ Iridodonese (contração rápida e dilatação da íris)
✓ Miopia (alongamento do globo)

CARDÍACO

✓ Dissecção de aorta
✓ Dilatação da raiz da aorta levando à
regurgitação aórtica
✓ Prolapso da valva mitral
OLHOS

✓ Luxação do cristalino (ectopia lentis)


✓ Iridodonese (contração rápida e dilatação da íris)
✓ Miopia (alongamento do globo)

CARDÍACO

✓ Dissecção de aorta
✓ Dilatação da raiz da aorta levando à
regurgitação aórtica
✓ Prolapso da valva mitral
Genética
Pensou-se inicialmente que na origem da SM estaria em causar uma perda da
integridade do tecido conjuntivo secundária a mutações do gene FBN1,
causadoras de perturbações na estrutura e função das microfibrilas que
compõem a matriz extracelular.
Mutações no gene fibrilina-1 (FBN1) são responsáveis por
mais de 90% dos casos de SM clássico.
O tipo de mutação do gene FBN1 mais frequentemente encontrado é a
mutação pontual, registando-se 60% de mutações missense e 10% de
mutações nonsense.
MECANISMO GENÉTICO

Figura 5. Cariótipo de
paciente com Síndrome de
Marfan
MECANISMO GENÉTICO
Alteração do gene FBN1 que se localiza
no cromossomo 15q21.1

Esse gene é responsável pela


sintetização de uma glicoproteína muito
importante e abundante nas fibrilas das
fibras elásticas, a fibrilina 1.

Essa glicoproteína, por sua vez, é


responsável pelo fornecimento de
suporte estrutural para a aplicação de
força sobre a fibra elástica.

Figura 6. Ilustração do cromossomo 15 e organização gênica de FBN1.


A falta de fibrilina-1, funcionando normalmente, leva a uma liberação descontrolada de TGF-β e quando se liga
aos receptores de TGF-β, a via de sinalização de TGF-β é ativada para que o crescimento aumente. A fibrilina-1
está distribuída tanto no tecido conjuntivo elástico quanto no inelástico, ao longo de todo o corpo, exceto no
vítreo e na retina.
Esquema mostrando fibrilina mutante no corpo. Fonte: http://waclawikgen677s10.weebly.com/fibrillin-pathway.html
TRANSMISSÃO
HEREDITÁRIA

Figura 10. Heredograma da Síndrome de Marfan.

Figura 9. Transmissão hereditária da síndrome de Marfan. Autossômica Dominante.


DIAGNÓSTICO CLÍNICO
- Detecção dos sinais maiores: ectopia do cristalino,
dilatação da aorta ascendente, dissecção da aorta e
ectasia dural.
- Manifestações ditas idade-dependente e de difícil
investigação;

- Diagnóstico do primeiro afetado na família:


1. Se a história familial/ genética não contribui;
2. Se uma mutação conhecida com causadora da SM
for detectada;
3. Um parente de um caso índice;
Diagnóstico Molecular
- Nenhum teste sozinho pode estabelecer ou excluir o diagnóstico dessa síndrome.
- Muitos testes clínicos propostos, mas nenhum com sensibilidade e especificidade boa para
essa síndrome em específico;
- Não é usado nenhum teste molecular? Análise de ligação e análise mutacional.

Diagnóstico Diferencial
- Síndrome de Weill- Marchesani;
- Homocistinúria.
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Como 75% dos indivíduos diagnosticados com essa patologia têm um dos pais
afetados, é extremamente necessário auxiliar famílias com histórico de SMF em
suas decisões pessoais e médicas.

Além disso, quando os afetados são do sexo feminino, elas devem ser alertadas
sobre a possibilidade de desenvolver determinados problemas cardiovasculares
durante a gestação.

TRATAMENTO
- Diagnóstico precoce;
- Acompanhamento periódico e intervenção médica de acordo com a progressão dos ditos
sintomas maiores;
REFERÊNCIAS
COELHO, Sónia Gomes; ALMEIDA, Ana G. Síndrome de Marfan revisitada–da
genética à clínica. Revista Portuguesa de Cardiologia, v. 39, n. 4, p. 215-226, 2020.

CRUZ-OSSA, Natalia; ROMERO-PARRA, Laura Natalia; MORENO-GOMEZ, Freddy.


Complicaciones cardiovasculares de un paciente con Síndrome de Marfan y prolapso de
válvula mitral. Revisión de la literatura. Salutem Scientia Spiritus, v. 8, n. 3, p. 65-77,
2022.

CANTARINO, Camilla Worthon Leal et al. Síndrome de Marfan. ACTA MSM-Periódico


da EMSM, v. 8, n. 3, p. 145-145, 2021.
Síndrome de Marfan — Genética na Prática (ufscar.br)

Links adicionais:
http://waclawikgen677s10.weebly.com/fibrillin-pathway.html

http://waclawikgen677s10.weebly.com/fibrillin-pathway.html

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