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3ºDM
Ane Keli
Érica Alves
Íris Azevedo
Kelly Alves
Louise Gabrielle
Ramon Barbosa
BIOLOGIA
2023
COLÉGIO POLIVALENTE MONSENHOR LUÍS FERREIRA DE BRITO
Ane Keli
Érica Alves
Íris Azevedo
Kelly Alves Louise Gabrielle
Ramon Barbosa
BIOLOGIA
2023
SUMÁRIO
1. Síndrome de Marfan........................................................................................................4
2.1. Tratamento......................................................................................................................12
REFERÊNCIAS......................................................................................................................15
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1. Síndrome de Marfan
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mostraram que a fibrilina-1 também tem outras funções, incluindo a ligação do fator
de crescimento TGF-β (fator de crescimento transformador beta) na matriz
extracelular. A falta de fibrilina-1, funcionando normalmente, leva a uma liberação
descontrolada de TGF-β e quando se liga aos receptores de TGF-β, a via de
sinalização de TGF-β é ativada para que o crescimento aumente. A fibrilina-1 está
distribuída tanto no tecido conjuntivo elástico quanto no inelástico, ao longo de todo
o corpo, exceto no vítreo47 e na retina. Alterações no gene da fibrilina-1 levam à
Síndrome de Marfan. Essa patologia é extremamente agressiva, nos órgãos que são
afetados pela mutação14, suas características cardinais são recorrentes em 3
sistemas - esquelético, ocular e cardiovascular.
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A camptodactilia é frequentemente observada, especialmente nas crianças
com grave e rápida progressão da doença. Várias características faciais estão
tipicamente presentes: dolicocefalia, palato ogival, apinhamento dentário,
retrognatismo ou micrognatia, osso malar achatado e fissuras palpebrais inclinadas
para baixo.
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desenvolvimento de dificuldades para a visualização de objetos que estão a longa
distância, além de deslocamento (luxação) do cristalino do centro da pupila.
Indivíduos com Síndrome de Marfan também apresentam risco aumentado de
descolamento de retina, glaucoma, formação precoce de catarata6, córnea achatada
e hipoplasia da íris. No caso de deficiência visual permanente, o contato com uma
unidade de visão pode ser necessário para testar os recursos visuais. Além disso,
um estudo revelou que de 573 pacientes com Síndrome de Marfan , foi descoberto
que 110 (19,2%) tinham estrabismo47; a exotropia ocorreu em 67 indivíduos
(11,7%), a esotropia em 12 (2,1%), os desvios verticais em 8 pacientes (1,4%) e a
hiperatividade do músculo oblíquo inferior primário, em 3 portadores de Marfan
(0,5%).21
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embora o ecocardiograma seja o mais utilizado, é também o menos preciso e deve
ter-se em conta que medições oblíquas subestimam o diâmetro aórtico.
Após uma avaliação imagiológica basal, esta deve ser repetida aos 6 meses,
para quantificar a taxa de progressão da dilatação, e se estável, a avaliação deverá
passar a ser realizada anualmente. As alterações identificadas nas paredes
aneurismáticas da aorta de doentes com SM, incluem: fragmentação das fibras
elásticas (elastólise) com desorganização da lâmina elástica; degenerescência
cística da média, com acumulação de glicosaminoglicanos; apoptose das células de
músculo liso vascular (CMLV); aumento da expressão de metaloproteinases da
matriz extracelular; ausência de infiltrado inflamatório. Ocorre uma diminuição das
ligações entre a lâmina elástica e as CMLV e em condições de sobrecarga
hemodinâmica pode exacerbar-se esta anomalia, registrando-se um aumento da
produção de elementos da MEC.7
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Figura 4 - Dissecção da aorta 1
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Quadro 1 - Nosologia de Ghent 1
Cada gene que ocupa o mesmo lugar é chamado de alelo, quando ocorre
uma mutação em apenas um dos alelos47, surgem os sintomas de uma doença
autossômica dominante, como a Síndrome de Marfan.35 O gene FBN1 (Figura 5),
localizado no cromossomo 15q21.1 (braço longo do cromossomo), é composto de
65 exons, codifica uma glicoproteína, a profibrilina-1, com cerca de 350KDa e que
após processamento, se designa por fibrilina-1. A região promotora é grande e mal
caracterizada. A alta conservação evolutiva da sequência intrônica na extremidade 5'
do gene sugere a presença de elementos reguladores intrônicos. Três exons47 na
extremidade 5' extrema do gene são alternativamente utilizados e não parecem
contribuir para a sequência de codificação.32 A FBN1 está presente na pele,
pulmões, rins, vasos sanguíneos, cartilagem, tendões, músculos, córnea e zônula
ciliar. É constituída pela repetição de 47 domínios homólogos ao fator de
crescimento epidérmico, 43 dos quais são domínios do fator de crescimento
epidérmico ligado ao cálcio (cbEGF). Cada domínio contém seis (varia de seis a oito
entre os estudos)32 resíduos de cisteína que formam três pontes de sulfeto, entre
C1 e C3, C2 e C4, e C5 e C6, conferindo estabilidade à sua conformação
tridimensional. Os domínios cbEGF têm um papel relevante na proteção contra a
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proteólise da FBN1, na promoção da interação entre os monômeros de FBN1 e os
outros componentes das microfibrilas e na estabilização da estrutura das
microfibrilas. A FBN1 contém também sete domínios homólogos47 aos encontrados
nas proteínas latentes de ligação ao fator de crescimento beta‐1 (LTBPs) e ainda um
módulo híbrido com características dos domínios cbEGF e LTBPs.1
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Figura 6 - Mutação de novo 1
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2.1. Tratamento
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A avaliação postural de pacientes com SM pode identificar precocemente o
surgimento dessa deformidade antes que os sintomas apareçam. Nos casos mais
severos de pacientes com escoliose de moderada a severa, podem-se observar
complicações cardiorrespiratórias pela limitação da expansibilidade da caixa torácica
devido ao desvio da coluna vertebral. O ângulo de Cobb é determinante para
indicação do tratamento. Os pacientes com SM com escoliose não-estruturada
apresentam boa evolução com o tratamento conservador, incluindo fisioterapia com
ou sem associação de colete, que pode ser usado para estabilizar a coluna,
especialmente durante os anos de formação. Se o tratamento não for eficaz e o
desvio da coluna se tornar muito grande, a cirurgia pode ser necessária. Para aliviar
os sintomas que se seguem aos pés chatos, é necessário um tratamento precoce na
forma de palmilhas e sapatos adaptados individualmente.22
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prescrever e orientar o tipo de atividade a ser realizada, identificando características
passíveis de prevenção e tratando as já instaladas.
REFERÊNCIAS
Coelho SG, Almeida AG. Marfan syndrome revisited: From genetics to the clinic. Rev
Port Cardiol. 2020 Apr;39(4):215-226. English, Portuguese. doi:
10.1016/j.repc.2019.09.008. Epub 2020 May 18. PMID: 32439107. Acesso em: 25
nov. 2020.
2. ORPHA NET. Síndrome de Marfan. Disponível
em: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?lng=pt&Expert=558. Acesso
15
em: 27 out. 2020.
3. Judge DP, Dietz HC. Marfan's syndrome. Lancet. 2005 Dec 3;366(9501):1965-76.
doi: 10.1016/S0140-6736(05)67789-6. PMID: 16325700; PMCID: PMC1513064.
Acesso em: 25 set. 2020.
4. Salik I, Rawla P. Marfan Syndrome. 2020 Jun 24. In: StatPearls [Internet].
Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2020 Jan–. PMID: 30726024. Acesso
em: 25 set. 2020
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