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!

ADAM SMITH, ALEXANDER HAJ\IILTON,


FRJEDRICH LIST
f UNDA1\1ENTOS EcoNÓ.\1JCOS DO P ODER 11WTAR

Ed1vard Mead Earle *

o men te nas sociedades mais primitivas, se é c1ue isso acontece, é


S p ossível separar o poder econômico do poder político. Nos tempos
modernos - com a ascensão do estado naci o nal, a expan são da civi li-
zação européia p or todo o mundo, a revo lução industrial e o co ntinu-
ado progresso da tecnologia militar-, temo s s ido co n stan temente con-
fro ntados com a in ter-re lação entre os po deres come rcial, financeiro e
económico, de um lado , e os militar e pol ítico, do o utro. Tal inter-
relacio name nto é um d os mais críticos e absorventes problemas en-
frentad os pelo estadista. Ele envolve a segurança da nação e, cm
grande medida, determina a d imensão co m que o indivíduo pode
desfrutar da vida, da liberdade, da propriedade e da fe li cidade.
Quand o o princíp io-guia ci o estadism o é o mercantilismo ou o
tota litarismo, o pndcr d o estad o se to rna um fim cm si mesmo, e
todas as considerações sobre a econo mia nacional e o bem - estar
individual ficam Sltbo rdinadas ao ob jetivo único de de senvo lver as
potenc ialidades da nação c1uanto à preparação para a guerra e à
conduçã o da luta - aqui lo c.1ue os alemães chamam de

• EllwnrtJ Mu,ul Eurlu, uct,tor do MnktJrs oi Mod_tJm Slmf"NYº "l!inal. l<>i prCJfos~or do lnr.tlluto dl! Estudos
Av.uu.;adm, riu Umvorsldndu dd Pru,~ulon. Entre ~uuj ou tros tr11lJulhos, t1stao A11n111s/ Th,s forro1tlt1
Mcxft1111 Fmm:r1.
I •" SMITH ALWNDER HAMILTON. FRIEDRICH LIST- f UNO
AD""' ' · MvlENTOS ECONôMICOS DO PODER MILIT~R

cQHSTRUTORES DA ESTRAT(GIA MODERNA JJ-, ~ 2


opu l ência" . Friedrich Li st, que di sco rd ava de S . h
/ ~ ~ ~·1baf/e
,,,-,V/, / ~K . v 'rtscbri't. Há quase trezentos anos C 1
r1egw1 'J' , Obe
lle a
q . dos as
suncos, alinhou-se totalmente c
. o m e1e ness
mit na mai-
·
1 ~11 we11rwir .sc 'J' , . d monarquia ascendente de Luís XIV a d . tt 0:1 é rnais importante d o que a rique ( ) e particular:
d u a po 1t1ca a . ' o 0 der za ... porque 0
con enso , .1 , fonte das finanças, e as finanças são o
/ l 12:
1 er ••O P0 _ ou seja, a fr aqueza - re sulta na 1 _ oposto
ue "o comercio e a . . 1. nervo oder - . co ocaçao de tud O 0
/ q ,, E nossos dias, Goenng sina 1zo u que a eco . dO P írn os, nao ape n as a rtqueza adquir id
1,
1 vital da guerra . m . d' . norn,a e possu - . . . - a, mas todo o nosso
•[· do estado nazista estava irec10nada para qo der d e produçao, n ossa c1 v tl1zaçao, nossa lib
1 , • r
ohtica do iortJ ica . ,, a Pro. • . • _ • er d a d e e mesmo
p - d " mas e .não de manteig a. E 'Uma peça favorita d pº . dependencia nac10nal nas maos daquele
duçao e ar ,. 1 os s sll 1n d f ,, 3 s 9ue nos sobre -
., . apreparaçãoparaaguerratota eraos/oganqueafir 11 0 terrnos e o rça ...
sov1et1cos n . . rna.
socialismo sem leite do que o leite se m socialis poja!Jl erP
por ....,ais
,,. de d o is . secu
_
, 1o s antes que Adam Smith
pu bl 1casse
'
va ser me lhor O _ rno.
Os povos democráticos, po r outro lado, nao gos tam dos co ndiciona. A RiqJ1ezt1 das Naçoes, a Eu~opa Ocidental era governada pelas
mentas inerentes a uma economia baseada na guerra e em sua e práticas que, em coniunto, c aracterizam O que cha
crenÇ as . .. mamos
preparação: 0 Webrwirtscbajt é algo est~anho p a ra seu estilo de vida de me rc ancilismo . O s istema , . mercantilista baseava-se no pode r po 11- .
e ultrapassa os ]imites daquilo que consideram necess ário para suas . ,.,1 s assuntos d omes t1cos , ele procurou aumentar O pode d
uco. 1" 0 . . r o
segurança e prosperidade. Eles preferem um sistema econômico gue estado vis-à-visos part1culartsmos que sobreviveram à Era Medieval.
se fundamente no bem-estar individual e não na vanglória do poder Nas guestões externas, bu scou fo rtalece r o poder da naç ão em rela-
do estado. E alimentam profunda suspeita do poder econômico- ão às outras. Em síntese, as finalidades do mercanti lismo eram a
militar coordenado, por eles considerado uma ameaça po tencial ~nificação de estado n aciona l e o desenvolvimento de seus recursos
para suas liberdades há muito conquistadas. industriais, comerciais, militares e navais. Para concretizar tais objeti-
Porém, sejam quais forem as filosofias políticas e econômicas vos, o estado interveio na economia, de forma que as atividades dos
que motivam uma nação, só corrend o risco terrível ela pode igno- cidadãos ou dos súditos pudessem ser efetivamente direcionadas
rar os requisitos do poder militar e da segurança naci o nal, que são para canais que intensificassem os poderes militar e político. O esta-
fundamentais para todos os outros problemas do governo. Alexan-
do mercantilista - como o estado totalitário de nossos tempos - era
der Hamilton estava enunciando o princípio básico para a condu-
protecionista, autárquico, expansionista e militarista.
ção de um estado quando disse que a salvaguarda contra o perigo
Na moderna terminologia, poderíamos dizer que o propósito pre-
externo "é a mais poderosa direção para a conduta nacional"; até
dominante nas regulamentações merca ntilistas era o de dese nvo lver
mesmo a liberdade, se necessário, deve ceder aos ditames da se-
0 potencial militar, ou o potencial para a guerra. Para tanto, as ex-
gurança porque, para conquistarem segurança, os homens devem
portações e as importações eram rigidamente controladas; os eS to -
se dispor "a correr o risco de ser menos livres".' Adam Smith, que
ques de metais preciosos eram desenvolvidos e m antidos; os supri-
acreditava ser a prosperidade material da nação baseada na míni-
mento 5 mi·1·ttares e navais eram produzidos ou importados . po r meio.
ma ínterferéncia estatal sobre as liberdades individuais, admitia
·~um· , ststema de premiações e subvenções; a construçao - nava1eª
que esse ~rincípio geral deveria guardar compromisso com a segu·
tndustr·1 · d d · -
rança naci onal, já que "a defesa tem importância muito maior do vai; as ª ~es.que1ra eram desenvolvidas co~o fonte e Pº erto ~a_
t
rn colonias eram estabelecidas e protegidas (bem como eS rtta
ente e ·. auto
a
The Federa/is!( 1787) n• (N ~ . E M Earle), ontroladas) como c o mplementos para a rique za e ª ·
42. Toda~ as referências de ;;~ ork, edição Modem Library, 1937, com introdução de, · ~s v. J J
e l 2 da col1:ção Works de H P gltnas serão para essa edição. O texto completo está tamberTl n
2 Adam Smith, An lr,qu, mio ~m1 on, citada na nota n. 30. ado ern
~
8
nch Llst 1841) em Schriften, Reden,
10 vol~ Oas nationale Syslem der polítischen 0konomie(Stuttga(~· ) 99 . lOO. Esta é melhor
, flete. II
l 776. Por convP.m~riZa us:e Na~ure ªnd Causes oflht1 Wealth oiNations. Originalmente public é urna 30
reimprei.s,fo da ed,ção d~ Ed~,~ ~ ,ção da Modem library (,ntroduçê'\o de Max Lerner), Jueno Livro
t d,çao dos tra:es (Berlim, 1927-35), V. 6 (ed. Artur Somrner, Berlim, h Ak;demie A citação ve111 da
;;~~ao Para alho.s de List, publicada em coopi,raçao com a De~~~1te1ca/ Econo,;y(Londres. 1885).
4, Cap. 2, p. 431. annan (Londres, 1904). A frase citada pode ser encontra ª O O
'->o. Daqui O ingles de Sampson S. Uoyd, The Nat,onal System O1n8lés
Por diante citado como Natíonal Syslemda tradução para ·

296
A,O~tl- SMITH. fü'1.,VlOfR H~li'lllON. fRlEDRICH US1 f\JNO
· AME'IIOS l(ONõ/,IKQS DO i'OOE!i Mllil.U
(o,/STlllfTORfS DA ESTRAT(GíA MOOfRNA

, as d 'a 11 ,1çãn e Jo e~tadn. cc,m ra nide


t z. co ragem e ob· . l
.• •a da pátria-m~e· o crescimento populacir ,nal era en 111• co n1 i,,<,. c nn1..1u1,tnu a llderanr 1' 1euvo e a-
su fi cienc1
. · do
' , .
aumento d os efetivos m ilita res. t·.,"ª"
co r~
Ja. ,. e.
rl'.l .
"ª na uta pela he gemunia
ti e p nlittc,1. . P ll r v0l u de l " 63 a l I
do o b 1ct1van O . - . e outra
.d tinham O impo rtante pro pos ltn, c:cn :io o un ic n de
me d i a5 . d _ ' contri
~ , orne rct, . - . ' ng ate rra Já tinha posto
r .i as a<:rir,1çnc, cPmcrct ,11'-. co\(,n 1a 15 e na . 1•. d E. '
r cc r ' ' ª ' a · spanha da
buir para a unidade e o fo rt:ilecimentn . a n aç:10. . rHo
0
l.1n '
J I e d.i I r ,1nç.i. ,\ re,, u r1.1;cnte hanç 'l da Re, o 1uçao - > '.
e ele ~a-
A guerra era in e re nte ao s1~ tema m e- rcant il,., ta . corno O e• cm . lt'' ,lc n,n<' , ub1u~.1J.1 cm \X.itc rluo r 111 181 -
polO . . _ · · ) , mal)?.rado a
qualquer sistema c m que o pode r e um t 1m cm s, m,; c: mn e crn col,,n1 ,1<: ,1mcr1can .1 . a (, r,1-8retanh 1 1..,a . h
pefl1.1 l 11• , • , • , rec1,1 ter c egado
a vida econômica é m o bili zada prirno rd1.ilmen
. t e c<,m prr 'í'')"Jto,
. que der m und i.il num ~ rau e de um ,1 maneir a ,1uc t·izt· 1 b
políticos. Os re present a ntes d e uma p nli11c:1 de P"d e r :ic rcd it ªº r"
c s n,pcr1•"' d ,1 .1n111.;u1,l.1dc . .. l.m toda,ª" eras
' a em ra r os
e . •I
~ f.lC\ l l - 1 ' ' • X\Stlram C \~ a•
que seus o bjetivos p ode m ser alcan ç~do " t ilo bem. ou rnclh:: de ou p ,11,cs ~1uc ~e d e-.tac .ir ,1m cm rel.1çào ao outros e m te rmos
pelo enfraqueci ment o d o p ode r ec<>n n m1co _de nut rn , p .11 , c,. c~ de ,ndú st ri ,1, c,1mé rc10 e OJ\ cgaçJo, ma uma <; upremacta c0mo
vez de o ser ,,elo fo nalcc1men t0 do pró pri o . S e :i ri<1u c, ·1 fo r con, 1• css:1 !d,1 l ngl,1te rr .1I ~1 ut: octHrc nn, d 1,1<: de h1 ,1c 1am ,11s fo i tcstemu-
d e rada uma m e ta, estarem os d ia nt e de g rnnde :ih,urdn. ,e hem oh,id.i n o p l.1n e t ,1. l ·. m tod ,1 J epoc ,1 . a naçôe<; e as poténcia se
<1ue, do p o nto de v is ta d o p o d e r p 0 lí11co, sc1:1 h.Ht an t c l,'i_1.;ico (...). esforça ram p t·lo d11m1n10 do m un.Jn. porem, até en tàu, ne nhuma
Qualquer tentativa de avanço econ ó mico ele d e t e rm 1n ,1dn 1, "~1·,• . r o r dela erig ir ,1 '-Cll p,,dc r <; c,bre um ,1 fu ndação tão ampla. Qu ão iúteis
esforço endó geno, po de parecer se m H' n11J n. a m c n, >s tiu c prive parecem a n <,s o, esto rç o d ,n1uc lcs 1..1ue batalh.Ham pelo domínio
outros p aíses de p a rte de s u as p oss es . D1(1 c ilmcnt e qu.1l~1uer nu tro universal com b ,1<:c n o p• H.k r m1 lit.ir. 9u ,1ndo cum par,Hlo co m a
elemento da fil oso fia mercantili s ta contribuiu rn.11s p .1ra J:ir fo rma tcnrnuva d a l n gl.11 e r ra 1..lc promove r coJ,> o ,;eu te rrno rin a uma imensa
à po lítica econômica, e até me sm o à p o lítica extern a c o rn o um Cll!Jl k manui.lcurc1 r a, c o merct,11 e m ,1r1uma, d e modo a tr,1nsformâ-
todo ". s Est:1 ló ~ica fo , empregada imp iedosamen te pe los mcrca nt1 • la, para coJos os pa í,e e rc: 1n\)s da te rra, n,11..1t11lo l JU C uma irande
listas e, cm grande mcd1Ja, fo i res p o n sán·l pcl:t qua s e 1n1ntc rru pt3 odade é para as te rra circunv1l1nha ; para ence rra r, de nt ro d e si
guerra - abe rta o u dissimul ada - que g r asso u n a Euro p a de mca•
mesm a, tod as a 1ndú tnas , a arte e a c1 e nc1as; todo o i rande
d os do século XVII até o início do sécul o .XIX . O S 1 1cma Conuncn•
co mé rcio e a r11..1uc~a ; t o 1..l a a n ,1Vt)l:açào e pode r naval - uma m e tró -
tal de Napo leão e as retaható rias Orden s do C o n se lh o Brit â nico
pole mundial..." r\ s1rn e c re v eu um nac10n ,1li · ca alc mà0 em 1841,
foram, tão-somente, os p o ntos culminantes de unrn lo n~a sé rie de
extravasa ndo 1n ve1a e adrntração.'
medidas semelhantes . ·
Foi te n do c o rno p ,\nO de fund o 0 mercan11lis mo e uma vito riosa
Das guerras mercantili sta s, apenas a Ingla terra re s ul tou triunfante. 5t 0
lngla1erra , que Smith , o bn t ,,n1c o , H ,1m1lton, o a m e nca no , e Li ,
Ao :h-cgar à unificação nacio nal bem antes d o que qualquer o utra
germà n ico, delineara m as d 1re tn l eS p o\i11cas e eco nômicas para seus
Po tencia
. · · e uestrutando
~ur~peia i • d a segura nça pro p o rcio nada po r
respectivos paí ses. O que ek unham a dize r em relação às fund a-
:,ua s1tuaçao insular, ela s e v iu em m e lho r es c o ndições p a r a co lo car
ções eco n õ m1cas d p o 1..k r mili ta r só pode ser e ntendido dent~o da
º _.pode r de suas armadas e de seu almirantado, a a p a relh age m das m ld r -
o ura d aqueles temp us , e: do e pinto e cone iço es esp
ecia1s de
alfandega ·s e das 1cts
· d e nave~açao
- a s erviço d os interesses econ Ô·
seus p aíses .

4
para pasto em favor da e OP ~ a1amento do aumento da po pul~çào lo, a pro1b1çao de áreas e1548 r a
Uma medida Jipica para enc r .

·
O
lnilalerra por exemplo x alnbs de terras para o cultivo ele diirnentos Um.t µ , cx;l,Hn.•ç ao de
. es a elec ,a que · a 5
com a força dos homens e com e
com rnanadHS de equmos • C O
egura nça . d o '.e,no eleve ser gar., nt,da cu
ercadiiS

11tra o'"" •
on1unto dos verdadeiros su<Jitos. e nao com rnbJnho~ d e o 0 2 ,.
~'ºº
. ,ei~a> ou
--
6 Trdta-~- - - -- -
k,, ~ ó l! urn4 PMafru..,e
t,ita1º " Cd / S1t1fl1f1C. IIICrJ
ern Da M '
não de uma c,taçoo. de Gu5tav Schrno
Iler em The Merc.io1,1eSystem and lts
k IS%) 72 o tc•IIJ ern Jl~rdo
tr ~ÚUltdO por W J A5hley (Londres C Nova~~ :.,....i pn~"ª \/llZ ~lll SchmvlldfS
Janrb _ > era,1ntd,ystt1m ,n ,,emer h1stor1schen cvw
B-.,,~•tunº pubhcouo,.,..,
•·
(Londre,. 1935). 2 . ' rtae1o por Eli Hec ~sche, em Mercantd,sm. tr adu',,ao de M Sh<1P'' ' 7 L Ucfop,1rd 1884
44
5 lb1d.. 2:21. 24. •it• IV.it•Ona/ Sysl dm, 293.
(OIC1,1kU10llf'1 OA f~1k.\1f<,1A MOOfllNA I f..D~ )MIIH. f..l [
À,/, IO[R HAtJll10t( fRl[ORl<Hll\1 ílJIIDA~ENlQS ((OIIÔMl(O\ 00 POO{~ li t'AR

J , ., c.iu:it<; nàn c;à11, nem <levcnam -,er, n'i g0vernan-


t, icanr ec:, J b
e do~ fª r · 1 1c ( ... ) . prcc 1<;ava m c;e r 1mpc.:c\1,I,),; de pntur ar o
hutn:inll a< 1 1 " ló/
Pu ando /1 i{irJJte"'rJ foi puhl íc.:idn c:m 177(1 •
dr11 NapÕe! tcS d:i ucm \.iuc r q t1C 'ic) a, exceto n e e es . .
< , " . _ . , •1 1 1ca, ,;i,) 0
5 sc~ de
9
c!ltava madura na Jnglarerra para uma revr,111, c r111ca <J,, , te
0
s . , a'i mar c; c() r t'•ntc<;
R
de.:
,
~m 1th a< ) mncanuli~m<J fo

ram d1rec1- •

, '\ ''na" . As cri ttcra a,; te()rt as m, >nctán 'a,; ' ,nclu,1vc contra a noçao de 4uc
Práticu d" mercantilismo. A rcvr,lta da., c,,1/,nra, arne n can •t• hc
, , , t1n a 0 0 adas Pª <>randc ,; rc ,;erva5 de ,,u rt>como fu nd<> de.
l:ir ,.,
le vad,, o f,,o , da., atcnç 1ic11 para tr,d,, o 1,isterna de regu lamen r . d 0 <lcve rt a acumu
. . o ,ntempla d0 na p11111ca
o,mcrc1:11s J' . e,,11>n1:1
. 11) ntan1
, .ca. l favh in•ataçr,cs f
0 esta
Fie adm1t1a que• 'a I nvlatcrra ,-.. deveria estar preparada
- pa.ra tr ,a
l ~ ,t ... 1
"'I , uucrra. · .. a ã,, indu<;trto,;a e, em razao disso , rica, e,
çã1J generalizada yuanto às guerras <1ue vinham tcn c:.li> luga r p,,r cerca ,., o rque uma n ç d ., T
1 ouerra, P r prvbabtlidadc.: de ~er ataca a. . am-
de um séc ul1J e quant0 aos vult0s0s débitos de guerra. Al ém c1 ·,, . ,., d a que tem a ma 10 1
' 1 entre .to1 as,. é, nc1a d e que 0<, vasto'i compr0 m1<.sos comc rc1ats - eco o-
,,S()
dq,oí s dn triunfo bmánico sobre a Fra nça na Gue rra d1)s Se te Ano~
(17 5(,. (i3), não restara rival séri0 para a Inglaterra, tanto 0 1) poder bém un , a c1 h o ultrama r cx1~1am a manutcn çao de um
d (' • -1:3rc tan a n ' • • · d
nia1s a . ,ra·n to militar e nava I co nsiderável. l odavta, cli cor, ava .
co mercial, c1,m0 no naval. Em conseyüéncia , ha via um crescente pes-
estabclectme d ere m esse nciais, o u mesmo ute1s,
simismo quanto à fil osofia eco nó mica e política, scguncl0 a qual "as d f nd os e ~ue rra . •
naçf1es aprendi am que seus interesses estavam na tran sformaç ão cm do fato e os u rq uc " armadas e exércitos sao
para a defesa efeti va da n ação, isso po s com be,ns de consumo . A
mendigos de todos os seus vizinhos". Começo u a se espalhar o senti- . • m o uro e prata, ma .
mento de que, ago ra que estava assegurada a posição da Inglaterra mantid os nao co Id a ·, nc.lústrta do méstica, das recet-
d d çào a nu a e su
co m0 pnténcia mundial, deveria ser iniciada uma po lítica mais li beral nação que, a pro u d seu trabalho do seu estoque
. f · d de suas terras, e •
tas anuais au en as . • d d 1r·1r esses bens ele consumo
e de que "a riyueza de uma nação vizinha, con9uanto perigosa na • · ncl1çoes e a qu
de co n s um1ve1s, tem co . s externas". l sso fic o u
guerra e na política, é certamente vantajosa para o co mércio ."~ Havia . . de la m an ter guerra ,,
em pa1ses di stantes, po . . . d b r "a enorme d espesa
também a progressiva convicção de que tinham acontecido abusos . . . bntamca e anca
no sistema prevalece nte que permitiram a privilegiad os se beneficia- provado com a expen enc1a I de suas manufaturas em
S A s com os ucros .
rem co m a associação, real ou pretensa, aos interesses da nação . Foi da Guerra dos ete no . co mércio exterior. 11 Em
t m ente vigoroso
para co mbater tais abusos que Smith atacou a classe mercante em expansão e co m o cresce n e . ro ele uma nação para
. h d tava que o prepa
geral e ~s . companhias detentoras de cartas patentes, cm particular outras palavras , Smit acre I d ermos de capacidade
Ih me nsura o em t ..
pelas praticas mo n opolistas, pela usurpação da autoridade overna- travar a g ue rra era me or d. .d com muita efet1v1dacle
. · tarde 1scut1 o
9
mental e pelo fomento da gucrra. "As ambições caprichosasgde reis e produtiva, o que sena, mais ' , . . b' eção aos fundos ele guer-
. . . AI . disso ele tazia o 1 . . .
ministros não foram, durante o século passado e O atu I" d ' te por Fnednch L1st. em ' como princ1pa1s meios
.. a , 1sse e , , • os para a guerra,
"mais fatais para a tranqüilidade da Europa do que · • • · ra, b_em co mo aos em _ preSt1m A as que fossem pagas co m
. \ a 1nve1a imperti- l . macio s guerr .
nente d os mercadores e fabricantes . A violênci· a e · • • d de financiar o co nt ito ar ' · d I menos temeranamen-
. - velhas práticas end a tnJustJça " . m de um mo o gera , "
governantes da humanidade sao . h. d os recursos co rrentes se n a ' .das" pelos governos , e os
. . h , . emo01n11a . idamente cone1u1 .
Mas a ganância mesqu1n a, o espmto monopolista d d as ... te co meçadas e mais rap . .am que o povo leviana-
os merca ores . . , . . s da g uerra evttart , .d
pesados e 1nev1tave1s o nu - h esse interesse real ou solt o
8 Smith Wea//h oi Nat,ons, 460,61 . Mesmo antes da Guerra dos Sete Anos mente a co nclamasse, q uando nao ,, o uv
12
Jealo~sy oi Trade. t inha se contraposto a todas as 1dé1as mercantil,sta · 0 aviei Hume, num ensaio no
homem mas como súdito britânico, rezo pelo florescimento do comérciidªºAdizer, ·nao apenas como
pelo qual va1esse a Pena lutar.
e até m'esmo da França," pela convicção de que todas as nações progr•dª lemanha, Espanha llália
'
om as outras' fossem " ampliad as e benevoIentes. " (Dav1'd Hume, Essays Mo
· iriam
I Pose S"" ªs políticas' para . . 4 cialmente nas p . 398,415 . As
~H. Green e T. H. Grose (Londres. 1898], 1:348). . 'ª · ltt1ca/andL,terary.ed.
10 lbid., 460. t ndos de guerra está em 1b1d., Livro , espe

9 S b as companhias detentoras de cartas patentes. vide Smith, Weatth of •• 11 A d iscussão reterent~ a ~ão d as p . 399, 409. 679. . à de que os governos e Opovo calculavam
o re ""11ons, 595, _ c itações aqui mostra as história dif1c1lmente dão apoio I ese
606 12 /b1d 878 79. Os fa tos da erra antes das hostilidades.
cuid~dosamente os custos da gu

300
301
I ADAM SM11H. AlEAANDER HAMlllON. fRIEDRICH l\Sl fUNOAMENlOS ECONÔMICOS 00 PODER MllllAR
CONSl!WlOll[S DA ESlRAl(GIA MODERNA

ão, mas no final do século XVll, a Inglaterra estava tão avan-


A despeito de A Riq11eza das Nações ter se ~ . d ustna1s
o~ern termos 1n
çada . . que o protec1o
. n1smo
.. tinha muito menos
b 'bl" . tran sf
1 1
ª - e Adam Smith o progenitor - da escola do / . ormado eni
. o rtância p ara ela do que para os estados francês e alemão. Os
economistas britânicos teóricos do século XIX , a ver dazssez-Jaire do s unP
S . ade é . leses po d e n.am, se n ecessa, n.o, presc1nc
. 11r
. das taxas pagas pela
mit_h_ não repudiou, de fato, certos fundamentos da dou q~e Adani
maioria d os f a b ncantes,
,og . p ~ rque e1es _nao
- tm
. h am competidores séri-
cantihsta. Ele rejeitou alguns de seus meios , mas ace1. tou trina1O mer- s seja nos m ercados domesncos, seia nos ultramarinos. Na realtda-
nos, uma de suas finalidades - a necessidad d . ' pe me-
est d e ª lnte rven - ~e•, a Grã-Bre tanha iria, mais tarde, em seu próprio interesse , aban-
Ta o nos assuntos econômicos , desde que essencial par çao do
. donar t o das as políticas restritivas anterio res porque tinha aprendi-
mi ltar da nação. Seus seguidores foram mais 1· a o poder do, como disse Bismarck, que "o livre mercado era a arma cios mais
t · · · d ivre mercadi
nnanos
d o que o próprio Smith e , com t o a certeza p · f stas dou-
d fortes" . Mas, o p o der n aval era uma out ra questão, e qualquer coisa
ar orosos. " O primeiro dever do soberano " , ac1 istas mais
~
de . , escreveu ele " a ele relacionada tinha que ser julgada p or critério diferente. A segu-
pro
. d teger
d . a sociedade contra a violénc ia · e a tn . vasao - d, aquele rança da p átria e d o império exigia que a Inglaterra tivesse indispu-
soc1e a es mdependentes ' só pod e ser concret1zad . e outras
. tado contro le sobre as rotas oceánicas; qualquer potência que pen-
uma força militar." Porém , os me' t o d os para a prepara o- p od r m eio de
sasse de m odo diferente seria alvo de implacável ho snl idade. Além
em tempo de paz e para seu e mprego em tempo de çao essa. força
disso, t oda a estrutu ra da indústria, das finanças e do co mércio britâ-
e aco rdo com os diferente s estad os d a sociedade . gu_ Aerra variariam
.
d nicos se baseava nos mercados e nas fontes de suprimento ultrama-
tornando mais complicada e mais . cara a. pro p o rção. guerra fo i se
rinos. P o rtanto, a marinha mercante era tanto um ativo econômico
es avançaram nas ciências mecanicas·, . logo O que
d as socieda-
d , como elemento absolutamente indispensável da segurança militar,
militar e os méto dos de Ih d , • carater o estamento
e ar suporte seriam d 1. f especialmente numa época em que os navios mercan tes podiam se r
o co mercial e industrial do d . erentes num esta-
d s e uma sociedad · · facilmente co nve rtid os em corsários e vasos de guerra. "Nossa arma-
o utras palavras como Marx e E I e mais primitiva.u Em
• nge s realçaram . d da e nosso comércio" , declarou Lord Haversham na Câmara do s
a organização econô mica d . mats tar e, as fo rmas
d - eterm1nam em d . . Lordes, " têm uma relação tão íntima e uma tal influência mútua que
everao ser os instrumento d _ • gran e medida, quais
d -. , s a guerra e O • d não podem ser separados: n osso comércio é a mãe e a ama-seca de
militares. E, portanto inevitá I carater as operações
• ve que o pode ·1· nossos marinheiros; eles são a alma de nossa armada; e nossa arma-
bre fundaçõ es econó micas. r mi itar seja erigido so-
da é a segurança e a proteção de nosso comércio; e os do is,14junto s,
. No que concerne à Grã-Bretanh a, o coraçao _ dO .
são a riqueza, a força, a segurança e a glória da lnglat~rra" . _
1sta - a . arca bíblica co m 05 D ez rMandame sistema
f . mercanti-
. ,
1 Por tais razões verdadeiro teste do po nto de vista de Smith
z., pe as Leis da Navegação, o merca .1. ntos - 01 const1tu1do O
l . nt1 ismo em sobre mercant ilismo e a política do p oder foi sua defesa das Leis
pode ter sido essencial num períod ' . seus outros aspectos, O
o antenor do desenvolvimento da Navegação e da atividade de pesca. "A defesa da Grã-Br~ta-
" d. 1 "d nde demais do número de seus mannhe1ros
13 tb,d. Lavro 5, Cap. 1, PP- 653-69. Citação na P 65 3
completo a exttnsão da ace,tação de Smith de ~1 · Heckscher, no Me .. nh a , 1sse· e e,A l epe ..
· d navegação portanto, d1ltgenc1a . c o m muita
.
admirador de Sm,U,, Wolham Cunníngham em seu guns dos princípios b' rcanttl1sm, entendeu por
,n Modem T,mes , 2 volume5 (Cambridge. ·1882 ), P=~ntal Growthof f::~;cos do mercantilismo. O e seus· navios.
d d e1
d r aaos marinheiros
' e à atividade naval da Grã-
sm,tri tratou ·a r,queza sem referéncia da reta ao Pode/º ter percebido t~ sh lndustry
rd and Commerce ropne a e para a , . d , . , ,,
dado com a afirmação óe Cunnangham de que ·as nval"d· · com toda acerte ªªve ade quando diz que PBretanha m o nopólio sobre O co mercio e nosso propno pais.
contas, coi~as desprezíveis· e que o estudo óa riqu~ ades nacionais e O ~ Smith não teria concor-
menores· ( l .xxcx. 593-94. especialmente na nota 2 z.a tinha que ser diss er nacional são, afinal de O
594
Guerra (los Sete Anos e nas vésperas das revoluç~s~- )- Smith es oc,ado desses "objetivos Prosseguiu Smith:
consciente da política do poder; Cunningham, t:'-Creven~ancesa e arn'ericcrevendo pouco depois da ----------- p wer andBritishNorthAmerica(Cambridge. Mass., 1941), 15. Esta obra
guerra parecia remota, viu a s1\uação de forma diferente. Lo ~a0metade deuana, estava perfeitamente
quanto à verdade de forma ainda ma,s lastimável do q~ cu:.~,· ~SPero ºPOn:n~~culo de_paz, quando a
sea
14 Citado em G. S. Graharn, Oexcelente apreciação do lugar dos Atos de Navegação no estadismo

seguidores de Smith com os do próprio Smith, como serâ ~ am, ao confund,r


trado. . de
os Smith,
POntos enganou-se
de vista dos deve ser consultada para u~ap 7.15.
britânico. Vide especaairnen e ·
-
(()IISTRU10RES DA ESTRATlGIA MODERNA
ADAM SMITH, ALEAANDER HAMIUON,fRIEDRICH
. •
ernais, Smith nao era avesso às
llST: fUNDMllllTOS
ECONóM1ms 00 PODER MIUTAA
·.,. \

. çào foi preparada, se hem que 111 Ad . - d taxas pro


Q11an do a
/ti da na vega
d . eJtiveJset11 em guerra, provocou a
a _
. ,essa' rias as razoes e segurança nacional . "Stetoras
. semp re que ,t
a Holan a nao - '"ais ne ·oso coloca r algumas d ificuldade · era, de modo ge 1
glaterra e . .d d entre aJ duaJ na çoe s. E la começo ,, d "ªºcaf).,.,, de encorajar a doméstica" el sdpara a indústria estrangra_ ,
a lu• e ISSC " e1-
~
. I e,1 Ia an1111011d a "har/at!lt!IIO
1110 e
longo ", que, pe I a prrmeira
. v //-
. , .
mandato O r . ez, ra, sa indústria for necessária para a d f ' em particular quan-
ran Ie O • . peu pouco depou 11a1 vierras hola 11 d do es d .d . . d , e esa do P . ,, T
b a /ti e ,rro111 esas i conce 1 a a 1n ustria naval pela L . ais. al prote-
es oç011 ' do Protrtor e de Car/01 II. Não é imposs· ' áO f O . s eis da N _
d nle 01 governo J _ tve/, ç d srnith se m ostrou desq oso em p avegaçao. Con-
"ra . que algumas das regulamentaçoes dessa fam tU o, . d . . agar subvençõ .
or co11ug11111 e, 1 . 'd d . ·f s no interesse e o utras industrias . es ou impor
e r origem na an1mos1 a e nacional. E las sã
O- tafl a " -. . que tivessem O
P . d . •to público: E impo rtante que O reino d mesmo pro-
sa lei pu essem e . d . . o, posl ependa O · ·
. d 'ciosas co mo se uvessem to as sido ditadas pel . de vizinhos, em termos de fabricant . minimo pos-
no encanto, JU 1 ' . . . a 51\fe1 _ es necessanos
. d .b da sabedoria. An1mos1dade nacional que, naquel fesa· e se eles nao puderem ser mantidos para sua
mais e1I era . . a e ' . . . em nosso território ·
.• rci·cular foi dirigida contra o mesmo o bJc tlvo que a d
ocasiao pa , . . . . _ oável que outros ramos da industria sejam t d ,e
sabedoria deliberada teria recomendado, a d1m1nu1çao do po- raz ' " e 1 • ' axa os para o apoio
der naval da Holanda, a ú11ica potência na val que poderia colo- a tais fabricantes.. , o. m a guma relutancia ' ele f 01· tam bem ' favorá-
"el às taxas retaltato " 1s nas e, p o rtanto , ao que veio h
ª ser c amado de
car en, perigo a seg11 ra 11 ça da 1nglaterra. , _ .
"tarifas d e guerra .
A lei da navegação não favorece o co mercio exterior ou 0
Adam Smith era, . sinceramente convicto ' um ade pto d o 11vre . mer-
crescimento da opulência que pode resultar dele ( ...) . Como a
cado. Ele demoliu .completame . nte
, . algumas das teorias q e d avam
u
defesa, entretanto, é muito mais impo rtante que a opulência; a
suporte ao mercanu1ismo; e as praticas mercantilistas , co mo ex1st1am · ·
Jei da navegação é, talvez, a mais inteligente das reg ulamenta-
no Império_ Bri_tânico de seu tempo, eram-lhe intragáveis. Suspeitava
. . d a I ng1aterra. 15
ções comerc1a1s da interferenc1a d o estado so bre a iniciativa privada e não era um
admirador do p o der do estado por si só. Todavia, a questão crítica
Quanto à atividade pesqueira, ele foi, essencialmente, da mes-
para determinar sua relação co m a escola mercantilista não era a de
ma opinião: "Embora as subvenções pagas pelas tonelagens dessa
saber se suas teorias fiscais e comerciais faziam sentido ou não e
atividade pesqueira não contribuam para a opulência da nação,
sim se o poder econômico da nação, quando necessário, deveria ~er
talvez se possa pensar que elas cooperam com a defesa, pelo au-
16 cultivado e usado como instrumento do estadismo. A resposta de
mento no número de marinheiros e de navios." Smith, da mesma
Adam Smith a essa pergunta seria um claro "Sim" - que o poder
forma, aprovou as leis que autorizavam o pagamento de um auxí-
econômico deveria ser utilizado.
lio para a produção de equipamento naval nas colônias america-
l~so não foi entendido por completo. Os seguidores de Smith,
nas e proibiam sua exportação da América para qualquer outro
pamcularmente na Inglaterra do século XlX, foram responsáveis por
país que não a Inglaterra. Essa regulamentação mercantilista típica
sua apresentação como um livre-mercadista descomprometido. Al-
era justificada, segundo Smith, porque tornaria a Inglaterra inde-
gu_n_s de seus críticos, em especial os alemães Schmoller e LiSt , per-
pendente da Suécia e de outros países escandinavos em termos de
mitiram que os brados de "livre mercado" abafassem O reS tante dos
suprimentos de necessidades militares e, assim, contribuiria paraª
auto-suficiência do império.11 ensinamentos de Smith que teriam soado como música para seus
ouvid . hi · ' t por
os. Por causa disso, Smith foi considerado um pocn ª , .
alguns _ . . • . . , d cartar a estrategta
um patnota bntamco que vtra seu pais es
15 Smith. Wealth oi Nat,ons Livro 4 C 2
16 lb1d, Livro 4, Cap. , P
5 484 _
85
• ap. • p. 430-31 (grifo nosso). ;---
17 lbid., 545-46, 609-10. 484, n. 39. 8 lbl<J 429
·• • 434 , 484-89 (esp. n. 39).

304
~- ,
ADAM SMITH, ALE'AANDER HAMlllON, FRIEDRICH llSl: F\JNDAME
NlOS ECONÔMICOS 00 PODEI\ MllllltR

(()HSfRUTORfS DA ESTRATÉGIA MODERNA er forrn a, ele acreditava que "A


vaJqll . segurança d
.. as quais chegara a inigualável p d q e depende se mpre_, mais o u menos, does í . e qualquer socie-

l]!ll
1
1
·
e cá ricas mercan
agora recome
.
abrissem mao
uhstas com
ndava que ou
f
Q Smith era um patnota, não podia
- delas. ue . , .
d mas um hipócnta e que ele def1nitivam e
o er
eras nações menos a ortu nadas ta b. e
. m em
ser d
dad de sua populaçao ( ...). O espírito

P
rte
orte
, •
P_ nto marcial da maior
marcial s · h
de urn exercito permane nte bem d' . . oz1n o, sem o su-
ficieote p a ra a segurança e a def
isc1phnad
d
.
o, nao seria, tal-
reZ, su · - esa e uma s ·
forma aJguma •nega 0 , a seguinte acusaçao - d esmoralizadora ente
f . ' ernpre que cada ctdadao estiver i b 'd ociedade. Con-
vdo, s , m u1 o do e , .
- Ele nao merece d . eita t d do meno r sera, seguramente O exé . spinto de um
nao era. . familiarizado com o que enom1nava d " ol a ' . . . , rc1to perman
. que era mais , . e a 5io- ,, e srnith fot mais adiante ainda em s ente necessá-
por List, .d de Smith do que com o propno Smith· P . , ua crença de q " b
escola" dos segui ores . r íritO marcial do povo não seja sufici ue em ora
o esp . ente para a defes d
, tagema muito comum dos que atingiram O ápice d socie. dade, para evitar que . aquela. . espécie de muu.1açao • mentalª da
es ra . . h a
E 1 hutar a escada que pervntiu a c egada ao po eforrnidade e de mesquinhana,
_ rnerentes à covardia, se al astre pela, e
gran deza, C . • . 11/o d..,aior parte da p o pu 1açao, o governo deve dedicar a el
. para evitar q11e outros a uttlizem para subir lambe· "' • · · 1, - e uma aten-
mau a11 o . m.
Nisso está segredo da do11trina cosmopolita de Adam Smith e 0 ça-0 muito sena; 1gua a atençao que dispensaria p ara evitar . que a
O
das tendências cosmopolitas de sell grande contemporáneo epra ' ou qualquer outra. doença repugnante
. e agressiv a, conquanto
l - mortal ou perigosa, contagiasse as pessoas " s
Williani Pitt, como tambén1 o de todos os seus sucessores nas , . .. ,, . · · • omente pe1a
na 0
adn,inistrações dos governos britânicos. "prática dos e~erc1c1os ~thtares , apoiados pelo governo, 0 espírito
21
Uma nação que, por meio de tarifas protetoras e de restrições marcial poderta ser efeuvamente mantido. Durante O século XlX
à navegação, consegui11 q11e se11 poder manufatureiro e sua na- muitos dos . seguidore_s de Smith, notavelmente Cobden e Brigh;,
vegação atingissem um grau de desenvolvimento tal que impede foram pac1f1stas entusiastas e ardorosos livre-mercadistas, e não teri-
qsu q11alq11er 011tra nação possa sustentar uma competição com am endossado um doutrina como essa.
ela, não tem nada mais inteligente a fazer do que chutar as Existe um duradouro e profundamente enraizado preconceito
escadas que permitiram s11a escalada ao topo, louvar os benefí· anglo-americano contra os "exércitos permanentes". A posição insu-
cios do livre comércio para as outras nações e declarar, em tons lar da Grã-Bretanha permitiu que o Parlamento "alcançasse seus
penitentes, que, até então, vinha trilhando os caminhos do 19erro objetivos sem muito empenho" nas questões de defesa nacional, e a
e q11e agora, pela primeira vez, havia descoberto a verdade. longa disputa entre o Parlamento e a Coroa (na qual o exército era
um instrumento dos Stuarts) alimentou a crença de que um exército
II profissional era perigoso para as liberdades civis. Na Europa Conti-
nental, os rivais da Inglaterra contavam com exércitos permanentes
Há mais de trezentos anos, Francis Bacon indicou que a capaci- co mo b aluartes de seu poderio e, com os soldados pro fi1ss10 · na1s,
.
\, d_ade de uma nação se defender dependia menos das posses materi- fizeram grandes progressos na organização militar e na arte da guer-
ais do que do esp'
. mto · d e seu povo, menos das reservas de ouro do
1i ra.22 Apesar disso o Parlamento continuou, durante o tempo de paz,
que _da determinação férrea de seu corpo político.20 Como professor tnantend , ' . . . ·· nte persistiu no
1 · 0 o exercito com um efeuvo 1nconseque •
· devia conhecer a obra de Bacon. De
d e filosofia moral ' Ad am S m1th ineficiente e desmoralizante sistema de conscrição da tropa entre os

~
19 L,st. N,1/Jona/System.
Merc,1nt,te System 79-80 . elTl
295-96v· Vide um comentário semelhante de Schmollei mas menos v,ngatr,•o,
. rna 10
conexão: P. F. Schroder "W~h,!-1~ a ~ena consultar também uma recente ~rítica nazistandde ,;;mo· 2 Vide en/lth of Nattons, Livro 5, Cap. l, p. 738-40.
2
ª'º
.
s convicções de Smith quanto
3.
ll~rsJahrbucl>, 63, n. 1. 1 se af th ches in Adam Smiths Werk über den Volkwohlsta
," exército
O de Henry Guerlac. Para material suplementar so~e ~do rofessor Charles J. BullOC~. dt
16 Ha"'ard ~manente, vide um artigo particularmente vahoSO do ta ec !a
[cO(IOITlisl 1(1917), 249-57.
20 Francis Bacon. •Of the True G~atne
1s .
llt>rks of Franc,s Bi1con. ed. James of Kingdoms and Estales,. n" 19 de Essays Civ11 and Moral, em
1118 5
' dam Smith's Views upon National Defense." M1/ltarrHi fonil()
pedding (Boston, 1840), 7:176 ff.

306
• 1
ADAM SMl1H, AlffiNDER HAMI\.TON, fRIEDRICH U .
S1.f1JNDÀMEN10S
RES DA ESTRAT(GIA MODERNA ECONôMICOS 00 PODER MIU1A~
(OIISTR!ITO . •0 de tal serviço" .25 A Smith •
a milícia, que Deyden havia d estaça . , , isso parecia u
em con fjiar n h. . esmo pr ·rnprancavel, e ele tomou posiç• f, m programa total-
.d d"os e teimou Cymon and lp 1gen1a: - ente I ao irme em d f
c1 a a . efetivamente em 111 rn1anen te. e esa do exérci-
ralizado tao
co pe . h admitia que o exército perma
d with /oud alarms, 5rn1t .. nente poder"
ings aroH 11 . Jjberdade - atinai de contas, Cromwell tinh « ia ser uma amea-
The co11nl,Y ~ h ude n1ilítia swarm s;
. 1,elds t e r ça a longo' porta afora". Mas acredit a colocado o ' parla-
And raw 111 J' h d n,ailllai11ed ai vast expense, en.to • ava que com d .
·1ho11I an s, 111 _ 5 0 e:xérci to poderia dar suporte , ' . as ev1das pre-
Mo11I hs w1 . war a 111eak dejence. uçoe ' a autondad d C
1 Pe
11 ace a charge, tfl I . b d ca rn vez de min á-la. D e qualquer form e a onstitui-
/, they ,,,arch, a b ustenng an , ão e a, a seguranç d
51011I once a mon/1 , d* ç ' a força armada treinada e disciplinad . . ª emanda-
·n time of need, ai"ª" . va um a, so com ela a na ã0
Ande.ver, b11 I 1 ia entregar sua sorte ao deus das batalh M. . . ' ç
Pº d er . . . as. l 1ic1a alguma
, lo XVII , Macaulay escreveu, "muito poucos f o- . ·ostruída e d1sc1phnada, poderia substitu· l 'por
No fina 1 do secu . _ n,a1s 1 . .- ir osso dados profissi-
. 5 especialmente numa ocas1ao em que d .
úblicos notáveis que nao confessaram, com fr _ 0 na1 , . . O esenvo 1vimento das
ram os h omens p , . , . e s de fogo valorizava bem mais a organizaç· d
. . onvicção de que nossa pol1t1ca e um exercito perma arrn a , . . . . ao e a o r em do que
qüenc1a, sua c . . . • . , . - biiidade, bravura e per1c1a 1nd1viduais Os . . .
- podi·am coexistir. Os Wh,gs vem
nente nao , repetindo,
. . .a guisa de a ha _ .. . . · requisitos mais ele-
ntares da precauçao m ilitar ex1g1am portanto fi
hábito, que os exércitos perm~nen.tes ~estru1ram as 1n_st1tu1ções livres rne ., . . . . ' , que a con 1ança
das nações vizinhas. Os Tones vem igualmente repisando que, em histórica na m1hc1a e a su~pe1t~ trad1c1onal no exército profissional
nossa ilha, um exército permanente [sob o comando de Cromwell] fossem postas de lado. Alem ~isso, o sábio princípio econômico da
subverteu a Igreja, oprimiu a pequena nobreza e assassinou o rei. divisão do trabalho presc~ev1a que houvesse vocação para os que kt/
Nenhum líder de qualquer dos partidos, sob pena de ficar exposto à travassem a guerra, e ela nao fosse considerada uma tarefa secundá-
acusação de grande inconsistência, propôs que daquela data em ria. Smith escreveu:
diante um tal exército permanente fosse uma das instituições está-
veis do reino".23 A arte da guerra, por ser a mais nob re delas, no processo de
Era essa ainda a situação enquanto Smith desempenhava a fun- aperfeiçoamento se transforma, necessariamente, numa das
ção de professor de filosofia moral em Glasgow, 17 52-63, e proferia mais complicadas. O estágio da mecânica, como de resto de to-
suas famosas palestras sobre justiça, polícia, rendimentos e armas.24 das as outras ciências com as quais a gue rra está conectada,
Nessas palestras, Smith rompeu com o famoso Professor Francis Hu- determina o gra11 de perfeição ao qual ela pode ser levada numa
tcheson, que se opunha ao exército permanente por achar que "as determinada ocasião. Contudo, para Jaz..e r com que chegue a
artes e virtudes militares eram talentos e dons muito próprios a todos alto gra11 d e perfeição é preciso q1u ela seja a principal ocupa-
os_c_idadãos honrados", e que "a g uerra, portanto, não deveria ser ção de lima classe partic,dar de cidadãos, tirando-se proveito
l ,
at1VJdade duradoura dos homens; mas todos deveriam se reve zar na
1 da divisão do trabalho, como em qualquer outra ciência. N a
,·. maioria dessas ciências, a divisão do trabalho surge nat11ral-
• O país faz soar estridentes alarmes
; ~m l1/e1ras desalinhadas a rude milícia se amontoa· mente da pr11dência dos indivíduos, que acham que se11s i11te-
Na astrona mas inerte, mantida a custo elevado '
a paz, uma despesa, na guerra, fraca delesa , resses particulares serão mais bem atendidos se eles se dedica-
Uma vez ao mês ma h ·
Sempre pronta ~as~~,!: garbosda, turma ~resunçosa,
23 Thomas Macaulay H' ª quan o necessano.
rem a 11111 a só profissão, em vez de exercitarem um gralfdt "*·
24 Adam Smith, Lect~re;soirr~::/c;:,td,
1
Ed. Riverside (Boston, s/d), 4: 186-87.
mero delas. Todavia, só a sabedoria do estado poderá estab,J,-

~
York, 1956), das anotações de.um,c ee,tReiednue andArms, ed. Edwin Cannan (Oxford, 1896. reimpr. Ncwa
5 u ante em 1763,
s uteh A Short tntroduction to Moral Phi/osophy, 2
eson, volumes(Glasp. 1764)2·348--49
' · ·
,,
\,
ADAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON. FRIEORICH USl·
"'"S DA fSTRATlGIA MODERNA . F\JNDAMENTOS ECONO
(ONSTRIIT= MICOS 00 PODEI\ Mft.lTM
27
. 'd d ,flarada e particular para os soldados d · França. Colocado em termos d b
at1v1 a e ser ' is cofll ª . e alanço .
ar 11ma t s Uni cidadão que, em tempo de Paz · ra Inglaterra esta n a em melhores c d' _ comercial e finan-
. t de todas as ou ra . lota/ .ro ª ' •- on 1Çoes s
hn ª raia,vento particular do povo, gasta a . cel ' era uma v1sao pa roquial do im . .
essa . peno evoc .
em as colônias.
se111 q11alq1ter enco 'J . ·1· d "'az. erlain. No e nta n to, Smith não pro .' ativa de Neville
e ,,, em e:x:ercícros nn ,tares, eve, s em drí . b
orparte de se11 1efllr 0 . Vtda Chafll os pleitos amencanos . pos que a I l
. b lante na atividade, bem co1110 divertir-se .' por independ' . . ng aterra ce-
ahr1morar-se as
r .
. I _ _
interesses partzc11 ares nao estarao sendo s 1 .
"'1 1,. desse a
dida qu e n u nca fora e jamais seri·
enc1a; isso s . "
d ena propor
to· porem, se11s b d . j. a IJ. rna rn e ª a otada p
'. e b ertado u - do mund o. t ação algu ma abriria mão I or qualquer
fotos. a e o , , pelo IISO da sa e ona, azer COIII que se;a .
naçao , . . , vo untanamente do
'nio de qual que r pro v1nc1a, por mais probl , . •
do interesse do cidadão o desempenho dessa ocupação r"ecr;Irar;
J' . ·
doflll ematico que fosse
e os estados nem se,11pre defllons~ram essa sab edoria, lltesn,o rná-la e por m e n o r que fossem os rendimento .
gove - s que proporc10-
e ern com p a r açao com as despesas que causasse T 1 .f.
q11an do as circJ1nstáncias são . tazs
. que
26
a ma!lule!lçào de sua na ss • • a sacn 1-
existência exige q,u eles asun1 a;afll. .
cio, conquanto pudesse
.. ter algum aspecto agradável• a soc1e ad e
. d
era Se mpre m o rtitlcante para o o rgulho de uma naça·o , e taIvez d,e
É uma coincidência, de grande significado, no entanto, para os maiores conseqüências ainda, era sempre contrária aos interesses
'' da parte governante, que se veria privada de muitas oportunidades
povos de língua inglesa, que 1776 seja o ano t~nto da publicação
., do A Riq 11 eza das Nações como o d a Declaraçao da Independên- de influência e lucro e de muitas possibilidades de alcançar rique-
cia. Smith ap reciou em profundidade as relações d a Grã-Bretanha za e prestígio; possibilidades e oportunidades que mesmo a mais
com as colônias americanas, e o que di sse a respeito é de impor- turbulenta e a menos lucrativa das províncias raramente deixava
tância para qualquer estudioso da história inglesa e americana. de o f erecer" .28
Para nosso interesse imediato, contudo, é neces sário considerar Smith, com muita perspicácia, anteviu que a Guerra Americana
apenas a atitude de Smith para com o imperialismo. Ele claramente pela independência seria long a e cara. Chegou mesmo a visualizar
acreditava que uma política colonialista não "se pagava" n o senti- uma possível vitória dos combativos habitantes da colônia que, de
do mercantilista. E conquanto achasse que os americanos não ti- "donos de lojas, mercadores e advogados, estavam se transforman-
nham sofrido, de fato, restrições impostas pela pátria-mãe, tais res- do em estadistas e legisladores e sendo empregados no plane jamen-
trições eram, apesar disso, "uma manifesta violação dos mais sa- to de uma nova forma de gove rno para um vasto império, que,
grados direitos da humanidade", bem como "emblemas imperti- orgulhavam-se eles, seria - e as probabilidades eram muito grandes
nentes da escravidão" impostos à América pelas classes oficial e para que fosse - um dos maiores e mais formidáveis jamais viS t os
mercantil da Inglaterra. O valor das colônias num sistema imperial pelo mundo".29 Smith estav a certo, e entre os advogados que se
deveria ~er medido, em seu julgamento, pelas forças militares que tornanam · .
estadistas estava Alexand er H amt·1ton, u m ~aigante naquela . .
prop~rctonassem para a defesa e pela renda que fornecessem p~ra extraordinária galáxia de verdadeiros grandes homens que tanam
0
ap~to geral do império. Julgadas por esses critérios, as colônias surgir os Estados Unidos da América.
·t. am~nc_anas era_m ~m passivo, e não um ativo, para a Grã-Br~t~-
i nha, na~ contrtbuiam com coisa alguma para a defesa d o irnperJO ::-:--_
27 Smith
~~A~•t,-mcomoo
• da Guerra dos .,.,,e ·
estava claramente errado ao dizer que ·toda a despesa d às colônias. A d1scus$i0 ~ • "
e este ainda tinha q d · d mais ' eust o da r ,mputa os
. ue estacar forças para a América; aio ª s guerras que a precederam. deveriam se
elas unham rec . er· 28,~~~õ~as está em Wealth of Nations, Livro 4, Cap. 7 e S. . h om as de Jeremy Belltham. um clOS ' " :
entemente envolvido a pátria-mãe numa custosa gu fiéi; 81 ·82. É interessante comparar as opiniões de Smitd cfesa das colônias era muito cu5l o~ ~ , ,.
maisse~uidores de Smith. Bentham concordava em que ªa t~as as colônias existentes•ª d~~
de qu::em, ao advogar a renúncia por parte da _lnglaterr~ /nternatio~I Ll'N, em ~ td. jt;J:ttt
26 Smith~ Wr,1/fh oi Nat,ons, Livro 5 . . . rte 4, •OI (Edirr, Quer tentativa para conquistar novas. Prmc,ples 0
Arms, d• Qual a citação ,cima . ' Cap. l , p. 658-659. Ad1c1onalmente, vide Lectures. pa
e uma elaboração. 29 Smith burgo, 1843), V. 2, ensaio 4, esp. p. 548-S0.
' Wea/th ofNaftons, 587-88.
- ,, t

m
º'5 DA ESTRATlGIA 1,10DfRNA
(Of/STRIJTO,..,

Com exceçao os
- d dois anos e
dam Srnit
. m que viajou pelo continente ( I 76

f
d d. d ,
. h foi totalmente e ica a as attvidad
d 1 .
. 4-
es
bfe
desta
1
5iJt C .
e
leS,
que
_ 1·ente
foi o
A autoria de mais da metad d

entre seus impo rtantes docum
,
para coloca-lo em evidência e
e o The F d
entos sob O
ntre os es ·
rnais influente m e mbro do m ini . .
f:[e _ bem distantes de suas próprias f
rsoes
_

e era/1st merece
re estado e seria
cntores políticos.
s teno de W h.
unçoes corno
as ington e fez
. .
r ) a vida de A Glasgow e Ox or , ecionou em Edi 11 ourante os anos de 1789 e 179? secretario do
1
66 ' l tudou ern , . d f·1 rn. jnC
ro- , provavelme t f .
adêmicas. E e es rofessor de logica e e J osofía rno 'feS0 11 ualquer outra pessoa para a formul _ d n e, ez mais
I ac . sivamente, p d d. , ral
burgo e foi, suces . rno da Europa, e Jcou-se a sua grand 11 e q açao as pol'f .
D ois do reto e do q . .eia is dos Estados Unidos, algumas d . i_icas nac1-
em Glasgow. ep • publicada 14 anos antes de sua rno 1s 101 as quais viera
0 11 ª . do unificador papel da tradição_J1 Suam
I .
obra, A R,q,uza .
das t..açoes,
7

Hamilton, ao
.
contrário sempre foi um homem de aç·
' . , .
rte.
ao.
evestlr .
r an do ci· nha apenas 4 7 anos, fo1 um desastre nac1ona .
. .
one trag1ca em 1804
m a se
,
Alcxan erd de alarde na minuscula ilha de Nevis 1.
. ou sem gran , nas 911 ' estud ioso de assuntos mi litares Hamilt .
Sua vida comcç . . era pobre, e depois da morte da mãe e para 0 . . . . ' on e o elo entre
· d. o ·dentais 0 Pª1 , rn Smith e Fr1edr1ch L1s t. Hamilton conheci A R ·
ln ias c1 . h. 11 anos de idade, Hamil ton teve que começar Adarn . . ª zqueza das
1768 quando tlfl a , a
Naçoe • se estava com o livro diante de si quando , com a ass1stenc1a . • .
' .d T balhou com vendedor n um armazem, mas logo
lutar pela VI a. ra .. K. ) e de Tench Coxe, escreveu seu f~moso Relatório sobre as Manufatu -
. r . Nova York onde frequentou o 1ng s ollege (ho·ie
depois 101 para '. ., 32 E le co nco rdava com Smith a re speito da convenie
' nc·i aene-
raJ. , . . .
· Decorrido apenas um ano, ele Jª_ estava envolvi-
.) l773
Colum b1a , em cessidade de_~m exerci:º ~rof1ss1o~al, como também de certas ques-
fletos que antecedeu a Revoluçao Americana e,
d0 na guerra de Pan . . . tões de polrnca econ om1ca relacio nadas com defesa nacional. A
ainda rapaz, adquiriu a reputação de um dos escritores mais vigorosos
de sua geração. Entrou para o exército_no início de 1776, recebeu influência de Hamilton sobre Friedrich List está clara em muitos
uma comissão e lutou ao lado de Washington e m Long Island e em dos escritos deste último. E, em vista da associação de List com os
White Plains, Trenton e Princeton. Em março de 1 777, com apenas grupos protecionistas dos Estados Unidos, inclusive com O econo-
vinte anos de idade, tornou-se secretário m ilitar do comandante-em- mista Mathew Carey, não resta dúvida de que List considero u 0
cbefe, no posto de tenente-coronel; função em que não só foi o Relatório sobre as Manufaturas como livro de texto de economia
confidente e assessor de Washingto n, como também o autor de uma política. Na realidade, ele invocou o apoio de Hamilton de tempos
série de brilhantes relatórios sobre a organização e a administração em tempos, e há forte evidência, ao lo ngo dos trabalhos escritos,
do exército.30 Mais tarde, comando u um regimento de infantaria do que as idéias de Hamilton ocuparam lugar proeminente em seu
Corpo de Lafayette e se distinguiu por bravura notável em Yorktown. "sistema nacional". 33
Deu continuidade à sua carreira m ilitar até bem depois da Revol u- William Graham Sumner, apaixonado livre-mercadista e, conse-
~ão e, em 1798, foi comissionado general-de-divisão e designado qüentemente, crítico impiedoso, disse que o conceito de Hamilton
Inspetor geral do exército e subcomandante de Washington para ª para a política nacional "era o velho sistema do mercantilismo da
Preparação d e uma 1nt1m1· · ·d ante guerra contra a França.
O _rapei desempenhado por H amilton na concretização das con- 31 Videoart'1 0 d
32 Es
. .
~ e Allan Nevins sobre Hamilton no Dictionaryof Nahonal 81ography.
vcnçoes de Ann 1· d . , . setªto e eSlabelecido no ensaio admirável de W. S. Culbertson AlexanderHam,tton(Nf!:H Ha"._lln, 1911),
trabalho cxccutad 0
.
apo is e a F1ladelfia e acima de tudo o brt!h ante
. '
para garantir a ratificação da Constituição sao
' . • ~~;,º• l07 -l 08, 127-29. Vide também Henry Cabot Lodge em Works, 3:417, e O ar_tigo Alexander
44. ~~~~~ nd Adam Smith," de Edward G. Boume, QuarterlyJournalofEconom1Cs,8 (abnl de
1894), 328·
por d cma1s conhecido 5 , . ªº.
O
para que façamos exten sos c omentar10s so- 33 William papel_ de Tench Coxe, vide nota 61. . . . 6 240.65. o Dr.
Notz f . Notz, Fnednch List in Ame rica • American Econom,c Rev,ew, 16 (!unho de 192 ) t. 1ensaio
3
t
introd~\~rn dos editores da edição aci,;,a citada dos trabalhos de Li5l (vide not~ ;t~an~~~~ica e de
30 ~ documentos militares de Hamilt seu sign~~~o para o V. 2 (Berlim, 1931), pp. 3-61, é O melhonelato dos a~~~ê:ci~ de Hamilton sobrt
Cabot lodee, Federal Ed,tion 12 o(~ são encontrados nos Vol. 6 e 7 da sua coleção Works, ed. Henry list, Vide o ado para a carreira de List como um todo. Para _est1mat1vas d1;aatswissenschaft,n, (1923),
, v. ova York e Londres, 1904). 4:21, e M artigo de C. Meizel sobre Hamilton em Handworterbuch der
· E. Hirst, Life oi Friedrich List(Londres, 1909), 11 2· 18·

311
313
f'
AD AM SMITH, ALW.NDER HAMILlON, FRIEDRICH LISl·· FUNDM.IENTOS ECO ô ;
ESTRATtGIA MODERNA
N MICOS DO POOEI\ MIUTAR l•
cOHSTRUTOIIES DA , ~eria s ido então p oss ível o estabel .
do à situação dos Es tad o s U nido ,, 3 , . , • J. , eciment d . .
. f
la inglesa d1s arça
do e adapta -
d la ração mas nao no sentid o de
s .• tfarl0
rnac1
•o o al genu1na d o trabalho para O b
. enef1cio d d
º
. . e uma d1v1são
esco , ·to nessa ec , que iflce aleceu a libe rda d e de comércio d • e to os . Mas,
Existe algum men . dor ou seguidor cego das do utrinas rn _ prev e e cambio· n d d
m admira .. er. oa 0 exata m ente o oposto, e as nações da E ' a ver a e,
Hamilton fosse u . . nado os mercant111s tas europeus e orreu . . uropa em e . l
·á foi mencJO , Sta.. oc . h m d esc n volv1do manufaturas "sa .fi ' spec1a as
cancilistas. Como l d oisas distintas mas ce rradamente rela . un a , cn 1caram os ·
dos com uas c . . c1. que ·ocer-relacio n a m e nto m utuamente benéfi interesses
vam preocupa _ . 1 em oposição aos part1culan s mos· e d de utTl I d d - coem prol do pro·1e-
•fi çao nac10na , . , e- . érico de ven er tu o e nao comprar nad ,, E .. .
onadas: uni ica s da nação co m especial referê ncia a s o quttTl .d - a . m consequen
. nto dos recurso ' . eu e " Estados U ni os e s tao , até certa medida . _ -
senvo1vime _. l' H ·1ton era seguramente, um n acion alista e co"" eia, os , . . ,, , na situaçao de um
· 1m1lttat ' ami ' · ' "' , m acesso ao c o mercio ex teno r e sem cond· ~ d .
potencia .f eia o uso da política econô mica c omo instru. ais se .. . . içoes e comerc1-
toda a certeza, avore d . Pl. r co m a Eur o p a em termos equitativos. Tal constatação d f
nificação como para o po cr n acio nal. Quase a 1za . " _ , f . e atos,
mento tanto para a u 1 . 1
.
tudo o que d isse e e
m que acreditava pode ser re acio nado , de algu-
. . contl·ouo u H amt t_o n , nao e e1ta . e m termos
. queixosos . Ela tem por

ma forma, a esse te ma central. Sua advocacia de uma economia naci-


. , avo1 aquelas naço . , es . que exercita m tais regulamentações para que
julguem por s1 ~ropnas se , p o r pr_etenderem objetivos muito ambici-
ona1ab rangen te e balanceada que 10clu1sse . as. manufaturas, suas re-
- s quanto ao déficit público (particularmen osos, não estanam pe rde ndo mais do que ganhando. Serve também
comen daçoe . te a assunção
das dívidas dos estados), sua crença num banco nacional, seus co n- para que os Estados U nidos examinem os meios pelos quais podeti-
ceitos de política e segurança externas, sua doutrina d os "poderes am se tornar m e nos dependentes das combinações, certas ou erra-
subtendidos" do governo federal , sua convicção de que os fabricantes das, da política externa" de o utros e stados.37
de material bélico deveriam ser encorajados e, se necessário, controla- O prog ra ma sugerido em seu Relatório sobre as Man11fat,uas ro-
dos pela nação, seus relatórios sobre políti ca militar, sua ardorosa tula Hamilto n como um n acio nalista econô mico. Sua meta, disse
adesão à marinha, e mesmo sua atitude para com o governo demo- ele, era a promo ção de tai s manufaturas "para que elas tendessem a
crático - tudo isso pode ser mais bem entendido em relação, primeiro, tornar os Estados Unidos independentes das nações estrangeiras quan-
à sua paixão pela unidade nacional e, segundo, pela sua zelosa preo- to aos suprimentos militares e outros de natureza essencial".38 Ele
cupação com os poderes político e econômico da nação. acreditava que
Por outro lado, é lícito que se duvide se até mesmo Adam Smith
pudesse ter escrito um sumário mais eqüitativo e eloqüente sobre o ... não apenas a rique za, mas a independência e a seg11rança
livre mercado do que o que aparece no Relatório sobre as Manufa- de 11111 país estavam materialmente co nectadas à prosperidade
1"'ª136de Hamilton, submetido ao Congresso em 5 de dezembro de das manufaturas. Qualq11er nação, com vistas a esses grandes
179 1. Ademais, se um sistema de liberdade industrial e co mercial
objetivos, tem que se esforçar para encontrar dentro de si mesma
"tivesse governado a conduta das nações mais generalizadamente
tudo o que for essencial ao s11primento nacional. E isso abana
do que aconteceu, tudo leva a crer que elas teriam chegado· mais
rapidamente à prosp 'd d , · · I os meios de subsistência, habitação, vestuário e defesa.
en ª e e a puiança do que os níveis que a can-
A posse de tais meios i necessária para o aperfeiço amento ~o
çaram por seguirem máximas que preconizavam exatamente O con-
corpo Político, para a seg urança e também o bem-estar da so ctt-

i 34 W. G. Sumner, Alexander Ham


t'
35 'lide a seção introdutória de 1ton(Nova York, 1890), l 75.

~:~: ,~h.
36 Ham,1ton, ·Relatór,o sobre a: ~~~sa,o.
~ tá também incluído num volume
, .
em Worlrs, 4:70-198, esp. p. 7 l -73, 100-101. O relator;~
~
3 .. ,, on "R l t
8 lbid., 70 'e eport on Manufacturers", 73, 100-102.
que dizi~ om~are com a dec laração na primeira mensag_
shington ao Congresso. em 1790,
e m de Wa sitam que tais indústrias se1bffl
red,t, ~ ~ e. 11nd Fmance byAlexancfeosamente editado por Samuel McKee, Jr., Papers on Pub Prern0 • que a segurança e o Inter esse [de um povo 1,vre] neces t -·-•"'S e $ 1 ) e t ~
'Ham,Jton(Nova York, 1934). t e tl1ihtVidas' de n, odo a torná-lo independente de out ros quanto a supnmen os~•~ ·
ares•.

31◄
AM SMilH, ALEXANDERHAMILTON, FRIEDRICH UST: FUNDA.ME
AD NTOS ECONÔMKOS DO POOUI MtlJlAA

0A ESJRAlÊGIA MODERNA .,,,as de fo,~o e ou t ros materiais béli co d .


(OIISl !lllDRE> d / ·r · , -1 1 . .. d . / s evem, acredita-se
I ,ur '""ª e as r J ator ""po rta 1J 1 /asSl/i o 1 O J. se m qua q uer contestacà 0 . '
.dOde' de q11a q . .d d e st r r - •· . . · , e,rt,e os artigos ta-
da dr.
AJ nraJJt
.
· • .
vonas
rrisrs inerent e a v, a e ,,,,, est
a-
e!II J 5 0 o. Ex1Stem mu tlo s f ahricant d . .e
•,:a dos . . es e falS a rt1gos 110s
·Ja pofít1ra; e 1105 .. , -01 urào sr vera111 e11te se nti dos O ·estados l nido s que so 11 ecesS1ta m de estímulo
da ,,, taiJ dej 1runo . . • /.., e 11ma certa de-
do, 05 eftifoJ de 0 exptrime . ntado pelos Estados U 111dos, dflra,,.
. . ,,,a,r da pa ra s u. pri. rem adeq uada . mente O pa i s.
or"'e embora{ pe I a ,nca . paridade de se Sfl/)nrem, aurda e.
r 5 eria ta111 /Je m 1111p ortante a;uda.
mate rial p r .
a a esses tipos de
lt" a ,;/timo g,arr '. . I mhranças; uma g u erra f utura ex em.
O

. d 5 grada 11e11 t . . Ja b,,.,,. ·,uites ' /;e m co.1110 ""' n1e10 de seguran· •ra p•;" b1·1Ca, se f ossem
,,, 0 11vo de e a d rfoJ e perig os de 111110 s1t11arão e11.
. . . d novo oJ esace . i folll a das p rovidé11
. _ C1as pa . ra a aqflisiçào anu al de· arm as 1111.1zta- .
plif1cara e
·
q11t f1qllt
patente a mtJnl
. , .
O
incapaodade, a me11 os qu e se:;·am
)
port,nias e vigorosas. 1 ara ~(e l11ar la/
rts , de J ab n rarao : n d og ena, e:"q11 antidades s11J icientes para
d 5 prov1dr11c1a1 o {ga rantir] a fo rm arao de ars en ai s; e p ara a s11 bstil Niçào, de tem-
toma ª .d de qllt a pr11déncia reco111 e11da, 11ossos
111 11danca com a ve 1OCI a I pos 011 t e111pos, daq 11 elas qu e foss r11~ desgastadas pe lo Nso, de
' 'bt · t' q e se mostrar ate11fos e ze osos: trata-se
,onulhos p11 ,coJ en1 11 . 111 0 do a se l er em estoqu e 11 "'ª q ua 11 t idade de cada tipo de arm a
. . nde miJJào a ser Cllfflpnda.
da prox1111a gra . .
rinha para proteger 11osso co111erc10 exterr-
. 11 e fo ss e co n si d erada 11m s11pri111 e11to conveniente .
A Ja Ita de 111110 ma . . q Contudo, d eve ser t a 111 bé111, daq11i para a frente, merecedor
. r z com q11e ele se nnla part1c11/ar111e11te in-
0 r, enq11anlo a/ 1v 0 , J'0 . . . de consideração leg islativti se a f a bricarão de todas as arma s
ug11ro no 111Prl "' · ..unto dt artigos essenCtats, e reforça substan c1-
39 necessárias p oderá 011 nã o f i ca r a cargo do governo. Tais esta-
almrnle O arg 11 mento rm prol das n1an11faluras.
bdeci111e11tos parece m ser prática 11s11al das nações, prática essa
justificada com arg um enta ção s11fic iente.
Hamilton acreditava que um país como os Estados Unido s não
podia competir com outros, como a Grã-Bretanha, que tinham esta- T11do indica ser uma impre vidência dei:,:ar q11e esses imple-
belecido indústrias havia muito tempo. "Manter uma competição em nrentos essenciais à defe sa na cional J iq1um s11jeitos à espu11la-
termos justos entre os estabelecimentos recentes de um país e os çào das empreitadas indi viduais - rec11rso cada vez mais in-
amadurecidos de uma outra nação (...) é, na maioria dos casos, confiável nesse caso do que na maioria dos 011tros, já q11e os
impraticável." Portanto, as indústrias do país mais novo devem gozar artigos em questão não são objetos do conumo 011 11so privado
de "extraordinárias ajuda e proteção do governo".4º Tais auxílio e indispensável. Como regra geral, fábricas sob s11pervisào direta
cobertura podem assumir o formato de alíquotas de importação (até do governo de vem ser evitadas, porén,, essa parece ser 11ma das
ª proibição, em alguns casos), de restrições à exportação de matéri- poucas exceções que a regra admite, dependendo de razões muito
~s-primas, de subvenções e incentivos pecuniários, de isenções de especiais."41
•mpost0s de importação para certas matérias-primas essenciais, e outras
m:didas. Trata-se do argumento das "indústrias infantes", mas é tarn- . RI
O e atório sobre Manufat11ras também enfatiza a I·d·eia · - que
bem o caso caracterí st.ico da autarquia. no mercantilismo.
. seria
aí des envo lvida
· · h Li. st - d e q~e um
· d r1c
em grande medida por Frte ,
Na determinação da 5 d . , d e
d0 1 merca onas cuja importação sera taxa ª 5
~r· com uma economia diversificada, incluindo agncultura, mdus-
va or de tal taxaçã0 . . , . . _
tamcs _ . • para encora1ar a indústria domestica, unpor · f or t e nas suas
e ta1vez pnmord·1 1.5 . " o rei1ª e_com·ercio,
· seria mais unido internamente e mais
grande !fator} d d f ª . - considerações devem ser dadas ª • Hami·1 ton fez a melhor de
açoes c om outras potências. Todavia,
a e esa nacional" . A ss1m:.
39 Ham.iton "Repo,t
~
Cl., 167.68 E itodematet"lal béhco.Como
40 /bl<J. , 105-106. °"Minufacturers: 135-36. :ª"mande ·u ssa não !oi a primeira vez que Hamilton fez sugestoo;/ '~e,ena ser um !.éno oei• tivO
P()litica qu m comite especial do Congresso, ele propôs em 17 queneces~ ~ auerra· e Qúe,
Para tanto d e Pudéssemos nos suprir com todos os artigos de primeira . ões ( t;,d 467 475).
' evenam ser constr uidas fábricas públicas de armas e muniç ' ., '
t

ADAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON,FRJEDRJ(H


(OH5fRU10AfS DA ESfRAl/GIA MODERNA LIST: FUNOAMfNlOS EC
ONóMl{()S 00 PODER MIUTAA
tese no prime iro rascunho p reparad espírit0 empreendedor (...) que, po . . .
- s sobre essa o do ,,e1 . . I" .. r s1 so, e um . .
suas declaraçoe ·J d Was hi ngt0 n, que ele esc reveu du r da nqueza nac1ona - Ja levantaram « · a mina inextinguí-
. d Dnped1 a e - ante o veI 1nqui
D1sr11rJO e . vi·sualizou uma naçao em qu e as e co n _ - es ·• entre os eu ropeus, que " p etantes e excitada
_ 796 ·,2 Hami1tontos da sociedade seria . 0 reaǺ . . arecem apree . s
verao de 1 m e ntrelaçadas .
10 rer
ferênc 1a d emasiadamente grande .. ns1vos com nossa
nos negocios
• d O s diversos segmen . . nullla •s são a base de suas n avegações e O f d que efetuam, os
mias . • interesse nacio nal. O Sul agricultável _
. economia e num so . - . . n ao qual s un amemos d
1'
1 so . . . m seu quinhao para a rtqu eza nacio n al . navais". Alg uns estados europeus d' e seus pode-
a enas contnbuwa co . . . , lllas r1os . , me 1ante te i I -
P . .1h - dos benefícios da pu1ança industria l do Non O ,arn determrnados "a cortar as asas co . g s açao restritiva,
tambem parti ana . e. esra1 mas quais pre d
. s alros". Contudo, com uma união fi ten emos dar
.
Oeste, especia1men
te depois do desenvolvimento d os tran spo
. , . rtes "ºº •-
rescenre, c o m uma atividade pesqueira
rme, uma marinh
. a mercante
ria um mercado para as indu s trias e para 0 ílo . prosp era (como 1 ·
adequad os, o fere Ce co.
. ·o exterior efetuado pelo Leste, o qual, por sua vez, se benefici- marinheiros) , apropriadas e retaliatórias Leis d N ~e e1ro de
merci •· d E . " d d e r avegaçao e c
. d o ..pe so, influência e recursos marmmos os stados Atlânt,·- uma Mannha, p o e remos esafiar os pequenos om
ana esquemas dos políti
cos". Além disso, "ao mesmo tempo em que todas as partes manifes- cos pequen os que tentam controlar o u alterar O i . . . ·
" A . rres1st1vel e imutável
tariam um interesse particular pela União, todas gozariam d e grande curso da natu reza . Marinha dos Estados Unid d _ "
. . os po e nao se com-
independência em relação à Nação p o r causa [isto é, em razão] da parar com as" de out ras grandes . ,
potencias marítim " .
as , mas tera que ter
enorme abundância e va riedade da produção resultante da diversi- Pelo menos .
peso respettavel, se colocad a num dos
. ,, .
d b
pratos a alança
dade de solos e climas". O fortalecimento agregado de uma nação, entre dois p artidos e m contenda pamcularmente na 1· d" .d
. _ ' s n ias 0 c1 en-
assim unificada por um interesse eco nômico comum, aumentaria tais. Nossa p osiçao, mesmo com uns po ucos navios disponív · ",
· d ,, eis, e
em qualquer aspecto essencial. Os Estados Unidos, por desenvolve- do ma10r coman ame n to. ., ,o .que nos permitiri·a "bargan h ar com
rem uma economia diversificada, usufruiriam "de segurança contra grande vantagem pelos privileg1os co merciais" · Ademai·s , " nossa neu-
as ameaças externas, de menos freqüentes interrupções de sua paz tralidade ou nossa amizade teriam um preço", na eventualidade de
com as nações estrangeiras e, o que é mais valioso, da ausência de uma guerra entre potências estrangeiras. Então, "por uma constante
contendas e guerras entre as [diversas] partes, caso des unidas, em adesão à U nião, p o demos n os transformar - e isso com bastante
função das rivalidades características, fomentadas pela intriga inter- antecedência - no árbitro da Europa na América e nos capacitarmos
nacional (...) que seriam inevitavelmente produzidas". Por conse- ª.inclinar a balança do poder, nesta parte do mundo, para onde
guinte, a nação lucraria com "a desnecessidade de estamentos mili- ditar:m nossos inte resses''.~3 Isso é, na verdade, Realpolitik de alto
tares em grande escala que trazem ameaças à liberdade n os países esc~l_a o e demonstra que uma estratégia para a América no mundo
que os possuem". Era assim que Hamilton ligava o sistema econômi- pol~ti_co evoluiu a partir dos pais da república.
co à segurança nacional. E imperativo, clamou Hamilton, que os Estados Unidos tenham
A argumentação de Hamilton por uma armada e uma marinha um~ eco nomia nacional integrada. Para este grande objetivo, uma
mer~antc americanas era um amálgama semelhante de política e eco- mannha contribuiria tanto quanto a união política e econômica coo-
nomia. _Ele estava convencido de que os Estados Unidos estavam perariam para o cresc imento
. d essa mann
. h a:
p~edest1nados a ser um grande potência marítima. As aventureiras
viagens do 5 · · J'
americanos a todos os rincões do mundo - "este inigua a- Uma marinha para os E1tados Unidos, ao abarcar os ru 11 rsos
.. '
' de lodos, é 11m objetivo bem menos remoto do q11e 11"'ª mariflha
42 Para o !eito completo e outro d
' · extensão c
.
Yorl<. 1935) esp p 184 85 As •talhes, vide Vic!l:Sr H. Palts1ts Washin"'on
W . ' 5 '
(Nova
's Farewell Address se
·Iton a es
;;;:--_
Odas as c't 1 n.. rect I si n 11 Deve-se
~peito foca clara na compara ã om que ashington acatou o argumento de _Ham• ) Por realça, ações do parágrafo precedente e do que se segue são de " "'. _era ' ' · · E opa
QUestõesciectareza, acticione ç O entre O rascunho citado e o manuscrito final (1b1d., 143·44 · Vide Que Hamilton não dese1ava que perseguíssemos uma política de equilíbrio do pode( na U( •
' pontuação ao texto. ' e.g,, Works, 9:327; 10:397.

318
31!J
DA ESTRATÉGIA MODERNA
(ONSTfW!ORfS
ADAM SMITH, ALEXANOER HAMILTON, FRIEDRl(H LIST·
/(ma confederação pareia/ q
d 011 de 1
' ' ue s · . FUNDAMENTOS E(ONôM1cos DO PODER MILITAR
de'"" só esta o rcelados. Acontece, entretanto oco,,_ firmes era essencial "enquanto _
, . rec11rsos pa d d ' 1lfe dir bases , as naçoes d
ten1p,artt1 A 'rica confe era a possue"' Cad Je.
. arem a usa-lo co mo um rec urso na g '. .e modo gera], con-
õesda me J' . ªli"'ª unu . . uerra. E imp ,
,entes por[ . respara tão essencial estahelecin de.
ens pec111ia , . ~en to O , ompetJr em termos Justos, ou mes
pais e
.
mo sentir-se
ossiveJ para um
/as vantag . I têfll tJ1aior abundancza de deter . · s . . •arivas de outras nações, sem que te h ~eguro contra as
ais ao sll . . "' nad 1nicttêm de recorrer a tão importante recn ª a. poss1bii'd ad e, como
atados"' . I trão piche e tereb1nt1na. Suas 1 . 0 1 1 1
. navau - a ca ' , . flladezra e as ' . urso, e para u . .
ar1tgos _ de navios tem lambem textura niais . . 1 . m com moderado capita] pecuniário . d, . m pais mu1to
ara a co11str11çao d - so Ida e 1ove , e in ustna - . .
P A Jiferellfa no tempo de . uraçao dos navio1 si ficada, é ainda mais di fiei] do que para _ nao muito dt-
dllfado11ra. J' 'd • . .s ql{e ver nesses dois . aspectos ,, . E, mister então as" naçoes que progre d I' -
.
co111porra111 a a rmada ' se constru
. . . . I os p ri n czpa / 111 e n te
. , . co,11 a
. s111., na, seria de. s1gnifuat1va ramerra sem credito,, . na d a mais. sena . do que umque se dconclua que a
madura • ttJJportanc1a
. . ' seia
J e,,, re. gu . , , " C . . a gran
larao. ao p oder naval1 se1a ~ quanto a economia nacional• AIg11111 _ sena a ru1na . onquanto admtt1sse a Jegalidad d e calamidade
. . _
estados do S11! e do Meto-Oeste p~ssuetJJ grande. quantidade de Propriedade priva . d a em t empo de guerra ele se eop a requis1çaoh • .de
. , · de Jr.e,ro
111111er10 , , e de melhor qualidade. Os marinh eiros ter,·am
- , .
Porque entre outras razoes validas desencorai·ari· ' un
. a a medida
.
llt ur especialmente recrntados no Norte. A necessidade de pro.
,. , .
estrangei ro em tttulos americanos. Em sín tese el 4; a o investimento d
q , . . , . - , . , e recomen ava
leção naval para o comercio exterior e o tJJartltmo n ao necessita que "afagássemos o credtto como meio de poder e segurança".48
de explicações adicionais, é suficiente pensar na contribuição
IV
dma espécie de comércio para a prosperidade de UtJJa marinha.H

A política fiscal de Hamilton, da mesma forma, tinha também A segurança nacional foi um problema 9ue absorveu interesse
O
suas conotações políticas. Ao subvencionar a dívida pública, assumir de Hamilto n, e ele tinha uma avaliação muito realista dos fatores
os débitos dos estados e estabelecer o banco nacional, ele esperava pertinentes a ela. Entendia que a distância dos Estados Unidos à
vincular "o interesse do estado numa conexão íntima com os dos Europa e a g r ande extensão do território eram uma grande vanta-
indivíduos ricos que dele faziam parte" e lançar "a riqueza e a influ- gem nossa, já que tornariam difícil, senão impossível, uma con9uista
ên~ia d~.ambos num canal comercia] que proporcionasse benefíci~s por parte de potência estrangeira. Porém, sabia também que éramos
mutuos · Portanto, uma dívida nacional poderia ser uma " bençao uma_país jovem, pouco desenvolvido e politicamente imaturo, ne-
nacional" ·· ," U ·- " Ele ces~ttando de tempo para consolidar nossa posição. Daí sua reitera-
. • lª que e um poderoso cimento para nossa niao ·45
queria o apoio d I d . . , . porque da 0enfase na unidade nacional, suas críticas severas ao partidarismo
~
. ªcasse os negociantes e dos proprtetanos
sabia o quanto 1 . h . no da ª secional, suas prescrições contra a "ligação apaixonada" ou o
I eª ttn a sido capaz de influir sobre o g over
nglatorra na ap - d . d . va que lhpreconceito enraizado" em relação a outras nações e seus aconse-
. _ rovaçao a legislação mercantilista e acre ita amento · D ·
a mouvaçao econô . , . . odas as b,
sociedade ◄<> A . mica da polttica era inerente a quase t rJ1 ein sua
s contra os compromissos políticos com o exterior. ai tam-
·d b
s. lem d' • ·onaI e
~ isso, estabelecimento do crédito naci
44
0 crença em que "se permanecêssemos um povo uni o, so
uin governo eficiente, não estaria longe o tempo em que podería-
Coniiiare essa deci
Pari orna ar~oçorn aQue Th .
. ) tez
de Harr11Jton
lllos des f' . •
htora!. N&iaud,~nc,a
5t do Me,o•Oest eodore Roosevelt (que era um grande admrrador ue só afete0
191
nas'' 49 ª iar os danos materiais causados por 1mportunaçocs exter-
Ouao lon 0" ' eurnSóhomern qu: :.rn 0: "Amigos, a Marinha nào é uma q_u e5tão iandeS LaSo,5;
ªº . Contudo, a segurança não era possível sem força, porque

~
'ºilaterrf 0 Missou,, Que não tenh va0 na região de plantio, na região da pecuária, nos Gcosta da N~a
45 2ae sete~bu na reg,Jo do Golfo O ª ma,o, interesse na Marinha como se vivesse na ern oma '
46 Altxander ~º·re,rnpresso no Theu;:esmo nas margens do braço de mar Pugct (discursO
Sobre esse Po:lton.
0 carta a Robert ~"'Nat,onal,sm [Nova York, 1910), 147). 48 ~s c,t~çõe am,lton, "Second Report on the Public Credit" (dezembro de !794)' ' mWo~s, 3: 199-300.
·•1detirnbérn T~f. orrrs, 1780, em Works 3·338 387. Rascunho~/~º das p. 295-96. • Paltsits W11sh1,vfr,n'sFI/Mlllell
t1derati5 f, n. 10, escrito po~ Madison. 49 ~~(iress, 193_ arn,lton Para o "Discurso de Despedida" de Washington. '
c:J., 193.96_
320

""
~DAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON, fRIEDRICH LIST- FUNDAM
tRAlÉGlA MODERNA ' . ENTOS ECONÔMICOS DO POOER MILITAR
..r1()RES DA ES
cOf/ST"", f b ,
r sua raque za, a r e ate m ão d ..,,, d os m eios co loc ados à d isposiç- d
d
reza a Pº d o" . b ~a reu • ao e1es para ,
ão rnenosp nte fort es, " p o e r e m os e sc o lhe t'r,. a u_. ,:: ..,,, tempo de gue rra, alé m disso o po de d E . preserva-
"urna naÇ • ,,50 Some . . r ap . ,, ,. i::-•" r o xecut1vo d ·
. , . de ser neutra. nossos inte resses, gu iad os pel . ªl ia · priado p a ra "o direcio namento da for
'
· evena
vilegio f ão do que ._ a JUsti er apro d . ça comum" a despeito
a guerra ern ~nç f rça depende da uni ao e, c o m o Ja;• d' · s d icio n a l me o amencano na centralização d .
ou s1 p rern a o d , ,, , 2 isse do era _ a autoridade ss
ditem". 0 ' dos recursos e um pai s . , Ad a m Smith, H amilton acreditava que , . _· .
ça, das armas e , c o rn 0 . O exercito prottss10 -
"do governo, . te com clareza que nunca es t anamos t ,e ria se r a base d a d e fesa nacio nal Como e
. iu igua1men ,. d . Otal. nal de, _ · screveu no T he
1
}-{amilton v o tências europeias e ttvessem terri . . /is t. "As c o ntinuadas o peraço es de guerra co nt . .
s enquanto p • . tonas f edera · . . , , ra um exercito
i mente seguro . te Opôs-se à tran sfere n cia d e te rritó rio ª"" .
. .s no connnen . ,..en. regu la r e di sc tp lt nado so po
, . de m ser
. co nduzidas
_ co m s ucesso p o r
substanciai . . -o-americana p ara o utra; c m c o n seqüe· .
uma potencia na . nc1a, uma t·o rça d a mesma es p .c c1e. Con.s1d e raçoes econômicas , nao - me-
1 cano de . da Louisiana, mesmo qu e r ealizada pelo 0 nos do que as d e e s tabil id ade e vigor, co nfirmam essa p osição. A
~ i favorável a compra ,. . po.
\ o Pareceu até antever a po lJttca que veto a se r conheci- milícia america n a , n o cu r so da última gue rra, fez jus, em numerosas
nente Jefferson. ,3 E 1, " I -
. Doutrina Mo nroe: .. ra um ang o h o , n ao apena ocasiões, a m o num e ntos e ternos à sua fama, mas os mais bravos de
da depois como . . _ s
os princípios radicais da Revoluçao F ra ncesa, mas por seus co nstitui nte s se ntia m e sab iam que a liberdade do país não
por dctcstar .
acred.Itar que e'ramos demasiado 1ovcns para um co . nfronto definitivo teria sido es tabe leci da ape n as co m seus esforço s, po r mais valorosos
de armas com a Grã-Bretanha, bem como muito dependentes da que fosse m. A g u e rra, co mo a maio ria das co isas, é uma ciência que
tolerância inglesa para com o crescimento de n ossa força comercial. deve ser ap e rfeiçoada p e la diligê ncia, pela perseverança, pelo tem-
Hamilton concordava com o preâmbulo da Constituição que di- po e pela prática."56
zia que uma união mais perfeita, a defesa c omu m, o bem-estar Durante as última s décadas do século XVIII, espraio u-se a crença
generalizado e a preservação da liberdade eram um emaranhado de que os gove rnos p a rlamentares, especialme nte os do minados po r
indeslindável. No n11 8 do Tlu Federa/is/, escreveu, bas tante e com uma classe comum, tinham m en o r p ossibil idade de se envolverem
aguçado entendimento, sobre os delicados problemas da concilia- numa guerra d o que as m o narquias. Hamilton considerava tal o pi-
ção do poder militar com as liberdades políticas básicas - um docu- nião contrária aos d i tames d o b o m senso e aos fatos conhecidos da
mento de extraordinárias semelhanças com algumas das idéias de história. Estava c o nvencido de que as assembléias populares tam-
Ad~~ Smith sobre o mesmo assunto. Apontou também que não_era bém estavam sujeitas, c o mo outras formas de governo (talvez até
suficiente a autoridade do governo para a organização de exércitos mais), "aos impulsos da raiva, do ressentimento, da inveja, da avare-
em tempo de gue rra,. era necessano , . manter forças a d equa das em. za e de outras tendências irregulares e violentas". Também discorda-
tcdmpo de paz. De outra forma, "estaremos colocando nossas propri- va da visão dos fisiocratas de que - para citar Montesquieu - "o
e ades e nossa lib d d , • . ( ) pelo

_
d d
me o e que, coma d
tes d
er ª e a merce de invasores estrangeiros ...

e nossa vontad

50 rtoe Fedfraltst n 11 -
.
.
.
d
n antes criados por nossa escolha e epe
nden·
d de ao
e, viessem a pôr em risco essa ltber ª '
---
resultado natural do comércio é a promoção da paz". Pelo contrário,
54 The_F._ea_ _ /' _ _ _ _
(de Mactera ,st, n. 25, p . 156. Sobre o mesmo ponto. vide
150
. . (d J )
'bi<!"
23 (de Hamilton) e n. 41
n. 4 e ay • ni ara os estudiosos de
P0litica . .n). The Federat,st. nestes e noutros números, e um livro de tex P
55 tb,ct militar e de segurança nacional.
O

51 Esta famosa 1· · • P. 65. SE, ., n. 74 P 48 .


WaMi,ngt rase 101 de Hamilton li ddress, 1g6). The Fede~ 1 , . . . . h dedicado séria atenção à política
52 The Fta 00 substituiu ' ditem• p0 , ~ 0 de Washington (Paltsits Washington 's Farewell A militar d ª ' 51, n. 25, p. 157. Mesmo anteriormente, Hamilton tm \ e um relatório de Hamilton
6.
p era/'.sr. n. 4, p. r aconselhem•. ' 780
53 Para um~s Est~dos Unidos. Vide uma carta para James Duane'. ; ~_1 . 463.83. Ele acreditava que
irao P••nc,p,o da nA065 · ttie 1 6
o e~ércitoomite especial do Congresso, em 1783, em Works. ·. ue ~istema de defesa deveria ser
Pres1denf of th ·transferencia v·d
I . 05ed bY O
terntór,05 eur e United States•, 15 ·d e Alexander Hamilton, "Answer to Questtons Pro_P arneaça de estaber . deve na ser nacional em organização e em lealdade, qd ·a est ar sob supervisão nac10/\al
ec1do sem . d . e a milícia even . ele
•uroPé,anesteº:oen~s na América. v1ctee ;;te;bro de 1790, em Works, 4 :338. Quant o ~a inftuênc•~ em relaçà considerações a d1v1sas esta ua1s, qu . t . que deveria existir uma aca rrna
O
cf E M Earle "N t'°ente é um aspect e edera/1s1. n. 24 P 150 -51 A eliminação ameílcana, ll11htar na à uniformidade de serviço, e ao tre,nam~nto e equipame::~raJada e ser até, talvez. propne•
~ª •onai Secunty and ~ razoavelmente const~nt~ na política externa norte; st n. l 1, P·
69. lndicaq~
sti
• ' vtsse v1vo, H.m,1:~:n 1 1
F'ohcy·, Yale Rev,ew29 (1940). The Federa '
Poiana a Doutrina Monroe.
dade do cional; e que a fabncaçào de material beltco devena ~er da uni11ersalidade p,ra a conscnçio
ao ser.,; !!overno federal. Hamilton também acreditava no pnncopio
Ço militar. (/bid., 7:47.). •

322
..
ADAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON. FRIEDRJCH LIST· fUNO
""'5 DA ESTRAT(GIA MODERNA . AMENTOS ECONÔMICOS DO PODER MILITA~
co,ISTRlfl""'" .
ércio e ra m ais pro p e n so a cau sa
to o com . . r g ue . ai Jefferson foi um livre-mercadist
seu julgamen ' ' reio até aqui, alguma coi sa a rna· rra 5
n
ac1on ·
nufacuras, D etes tava o programa p
ª e um
. .
deciarad 0 · · ·
tn1m1go
no "fez o come , - , . - is do
recorrentes. . . da g uerra? Nao e a pa1xao pela ri9u 9Ue d s rna rotec1on1sta d H ·1
bJeuvos . - 1 1, . :i eza u ª d ia após suas p r ó prias experiências co e am1 ton,
mudar os O . te como a pa1xao pe a g o n a . Não a llJ 'fo av , .. , . m o embargo e de •
. cão do minan - . 1 d contec bservar as consequ en c1as da g ue rra de 1812 _ pois
senumento m o ti vaçao co mercia , esde gue el e. de O , · h co m a Gra-Breta
uerras pe Iª a se t ]e com re 1utanc1a, c egou à co nclusão d . •
ram cantas g I centenas nações, quanto as gue ocorr or. nha, e ' . . e q ue as realidades
. a preva e erarn lítica do p o der podiam dete rminar uma m d
nou o si s rern la cupidez de territó rio ou de dominaç' :i no da Pº • u ança nos pontos
do causadas pe . .- ªº· Nà0 ·sca que espos ava previamente, Como escreveu .
passa , . eia! que em muitas ocas1oes, admini s tro d e v l . . . ao economista e
f . 1r1to comer ' u novo livre-mcrcad1sta frances, J ean Baptis te Say, em março de 1815 :
oi o e~p tite tanto de um como do outro?" Ele acha s
íncenuvos ao ape fi . va 9ue
as a essas perg untas eram a irmat1vas . A g uerra (.. .) Cedo fiquei, então, persuadido de que uma naçao,
- d1s-.
todas as respos t . , . esta. .
• f damente arraigada a sociedade hum a na, m a lgrado tan te como est~m~s dos ~onlen_crosos na E 11ropa, evitando ofen-
va tao pro un . suas
·r formas para que se pudesse alimentar a cre nça na p der out ras potencias e na_o m_111to ávidos em nos considerar ofen-
duerentes , ·1
az e
segurança duradouras., didos por elas, fazendo ;11st1ça a todos, cumprindo fielmente os
De forma muito surpreendente, Tho m as J efferso n c o nco r dava corn deveres da nrntralidade, desempenhando todas as f1t nções da
Hamilton em que O comércio era causa p otencia l de gue rra. "Nosso anlizade e administrando srns interesus com os benefícios de
povo tem opinião formada", escreveu e le a J ohn Jay, de P ari s, ern nouo comércio, 11111a tal nação, digo e11, pode esperar viver em
agosto de 1785, "de que é necessário que tenhamo s parcela na paz e considerar-se, mera111ente, como 11m numbro da gran de
ocupação do oceano, e que h ábi tos estabelecidos o induze m a re- família da humanidade; que, em tal caso, ela deve se devotar ao
querer que o mar seja mantido aberto a ele, e que tal linh a política que tem de 111elhor para produzir, esfo rçar-se por unia troca pa-
seja perseguida, fazendo co m que t al elemento lhe seja o mais pos- cífica de excedentes, naquilo q11e pode u r vantajosamente pro-
sível útil. Penso ser dever dos administradores d o s interesses do d11 zido por outros, como o q11e acontece entre a França e 011/ros
povo conformar-se à escolha decidida de seus constituintes; e, por- países, Mas a experiência tem mostrado q11e a paz d11rado11ra
tanto, devemos, a qualquer custo [mes m o ao custo de guerra quase não depende só de nossa justiça e prudência, mas daJ doJ 011-
certa], preservar uma igualdade de direitos para ele no transporte de lros também; que, quando forçada a entrar en, gue rra, a inter-
mercadorias, no direito de pesca e em o utros usos do mar."58 E ceptação das trocas comerciai!, que devem ser feitas através do
Jeff~rson deu conse9üéncias práticas à sua crença quando, como vasto oceano, se transforma em art11a poderosa nas mãos de 11m
presidente, travou guerra contra os piratas berberes, apesar de con- inimigo que domine esse elemento, e, às m11ita1 anglÍslias da
trariar suas convicções pacifistas. guerra, é adicionada mais essa, pela qual nos permilin,os de-
d De fato ' algum ª me d'd I a d a estatura d e Hamilto . n pode ser ava 11·a- pender de outros para coisas bem neceuári as, como armamt'1 ·
ª ao. se observar a extensao - com que Jefferso n - seu mais · acirra
· do los e ve1tuário , Tal fato, portanto, resolve o problema, reduzin-
0 5
_po 1tor - veio a concord ar co m ele quanto à economia • e a· d e f esa do-o à s ua forma m a is definitiva, se o lucro o u a preservação é
0 inte resse primeiro de um a estado? Nos transforma11,os, co 11 se-
~7 T~,;
r,r.•,
p,: •
':"ª"''· n 6, d1Ç(,ute à e
°" '"'ª°'"''"'Y-r·•- ... •
A~us-, as causas da guerra. As cotações são da p. 30. Em re ~ "'da
1 ção ao
qiiente111ente, e111 fabrica ntes em escala inacreditável, para os
ce, ,..t tr•,ac,u 1 -d~,e.,,,?utro~ deq
;g~ •• ~ -w.lf:Edmo,,dS,lb!:r
. •
ueainflu~nc,adocomérc,oera nad1reç o .
a
daprorm, ,.,.
Je(Paros,
p,; J, ~~ ~ 3, 4 e 5 1~ r~ ff-A ntr, laJlllerre dans la pen~ ~conomique du xvl' au xw! s,k otável qut não conse/!,11e111 teste111un há-la e q11e levam apenas em CfJlt·
"'ac>'"""
"'''' d". K . ' 4)1! •verahst~
_ • Q-..e ocre~ti, J?hn J·0 t ,. d rra e faz a n
Y amt.,cmaprec,aascausas ague _ confhtO la o curto período de tempo em q11e fo!NOS levado! a i~so pela
58 w,,,,,,..; ~11,~"'<>Cri~nte co rc,o com a China envolveria os Estados Unidos num
1~1 ~ ~ ..1t1t1rsan(1.1tmor I Ed . ,,.00 o.e.. Política suicida da Inglaterra. As tax a! proibitivas q,u impomos
' · ,. •bon), ld. Andrew A. Lipscomb, 20 volumes (Wash•n•• •

325
''"'5 DA ESTRAT(GlA MODERNA ADAM SMITH. ALEXANDER HAMILTON, FR!EDRlCH LIS .
(o,ISTIIUT.,... T. FUN0-'MENTos ECON(\
MICOS 00 POOER MI\.ITAR
. nurat,lfados no ext erior, 1"e a P
ar/lgosma J ' r,,d- um d os g randes estadistas dos
11 1odo1 OI . 111 fabricados elll cas a, alia das à d e,, ,ia orn° tempos m0 d
da q11e se;a J ' . _ _ . eter111 i e Co lbert , o P1tt, ou o Bismarck a . ernos . Ele é de
rtCOl!lt fl d da bo111 crdadao f/11 "ªº 1(/lliza r lla. fato, o .. . , men cano O d ,
- triótica e ca . . · ·se de a, . id éia s t,ca ra m ind elevelmente g d · po er e o efeito
çao pa . que pode111 ser fotos por n os, se,11 co ns .d ,,. de sua 5 rava os em .
1tra11ge1ros ' era , . d e arncr1c a n os, de modo que, nos c sucessivas gera-
gos e lação à dijere!l f a "º prero, n os ,P,a ra111 e,11 <ao çoes l . . . .
. d . cria sua 1n t uc nc1a e mais marcant d
ampos do govern d
o e a
alg11 "~ª edm re recaída 11 a dep e11di 11cia d o ext erior, '>9 'º"''ª
o peflgo e 11111a
1n us '
rnpo rân cos, exceto Jefferson.61
e o que qual d
quer e seus
conte
efferson não chegasse ao extrem o de ap .
E se bem que J . , . . o1ar os V
' d . t de Hamilton quanto a um cxernto p e rmanent
ontos e vis a . .d e, aca.
P ·do de que se deve ria co n s1 e r ar cm pro fundi l d
bou convenc l . . ta ea Urna das ir~_nias da hi s tó ria é ~~e os adversários políticos de
;; de um estabelecimento mtl1tar com base n a consc r· _ amil to n - .J et terso n e _:\lad1so n. -. . ttzeram mais do q ue e1e propno
. .
manuten Ç" 0 1çao H
universal para O serviço. Comentando sobre um a mem ó ria_do secre. para col oc~ r em exec_uçao suas 1de1as protecio ni stas e nacionalistas
táriodaGuerra, eleescreveu a.James Monroe, cm 18 13: "E mai s um para a pol1t1ca eco no m1ca . O embargo, iniciado por Jefferson em
motivo de satisfação que tenh amos tão p oucas da s características 1807, a Lei d o Não- Relacio namento (Non-lntercourse Act) e a guerra
desesperadas que compõem os exércitos regulares m o dernos. p0 _ que se seguiu co ntra a Grã-B retanha, na qual Madison, com grande
rém, isso demonstra co m bastante força a necessidade da obrigação relutân cia, emba rco u, tiveram o resu ltado prático de fechar, virtual-
de cada cidadão ser um soldado; esse foi o c aso dos gregos e dos mente, todas as p o rtas do co m ércio exterior e fazer com que os
romanos, e deve ser também de todo estado livre ( ... ) Ternos que Estados U nidos ficassem d e pende nte s de seus próprios recursos para
treinar e classificar todos os cidadãos d o sexo m asculin o e fazer da as manu fa turas e a produção de mate rial bélico. As indústrias que
instrução militar parte obrigatória da educação un ive rsi tá ria. Não nasceram em fun ção de ssa quadra de necessidades, entre os anos
!/ estaremos seguros enquanto isso não for fe ito. " 6º de 1808 e 1815, fora m as infantes que receberam proteção da na-
Alexander Hamilton não pode ser considerad o um economista ção, em 1816, e de uma sucessão de leis tanfárias que se seguiram.
1 de primeiro escalão, exceto, talvez, em um aspecto - sua posição na Enquanto os americanos ainda sofriam as indignidades infligidas
argumentação sobre as "indústrias infantes" para a pro teção das sobre o s Es tados U n idos pela F rança napo leônica e pela Grã-Breta-
'i
1: manufaturas, quando ele disse com g rande efetividade tudo O que nha, parecia have r unanimidade quanto à proteção do governo às
:1 podena ser dito a respeito. Na formulação dessa parte de seu famo· manufaturas. Madison e Jefferso n, de um lado, e os "falc~es da
!1
:1 so relatório ele co
'
. _
ntou com a ativa colaboraçao de Ten c
h -e seu
ox '
e guerra" de 1812 , de outro , acabaram na mesma trincheira. Jefterson,
secret~rio-assistente no Tesouro e um dos membros da escola ~e em janeiro de 1816 escreveu uma denúncia extremamente amarga
protec1o~istas da Filadélfia que teve grande influência so bre Hamtl· contra aqueles que ~lassificaram seus pontos de vista anteriores so-
1 ,.,,
:1
11
ton. Porem O · · fi
a ln ustna ameri
.
to d • d , ' . signi tcado histórico desse pleito pelo desenvo!vim
, . ,
· en·
o por· 61 O Sr J . lé 10 de examinar a correspondêl'I
e · uhan 80yd, bibliotecário da Prmceton UnIvers 1ty. teve O pnv\ g ão na formulação da minut;,
1· que s b
, o re o que ele
cana e maior do que seu valor intnnsec , . .
. d o1tc1ca d~ _e 05 ~anuscritos de Trench Coxe que mostraram sua ativa par_ :i~;
I
Coxe para O documento final
econômira d E escreveu, fo1 co nstruída a estrutura ª P e· Reiatono sobre Manufaturas" A medida verdadeira da contnbuiça
deve ag
parte da familia. Para um1
.. os stados U111.d C b. o u cara an .
1I
·
uardar a liber ação e a publicação dos documen ° .
t 5 de Coxe por
nconsistênc1as no documento.
terísticas de . os. orno pessoa que com in . . na ve: ;e bastante crit ica do relatório, apontando certas contradiço~~: ~ Abramson. 2 v. (Washington,
10 D JC rank A. Fetter no Government and économic Ltfe, de L. S. Ly t . menos favorável a Hamilton.
economia, política e e stadismo Hamilton se Pº 51' ~t :• 1940), 2:536-40. Uma apreciação longa sobre O mesmo asst;, ~oltt1cal Economy(i895), 289·
~ , 31; em "Hamilton as a Polit1cal Economist", de E. e _. Lunt. Jou~':nto do Professor Fetter, "The Earl~
Hist · Para a influência da Escola da Filadélf1a, veia um doeu f tt,eAmefiCM1Ph1Joscphica/ Soc.-tyS7
60 lbta., lÚ61.·60(grifonosso). (lg~i), 51-60.
01 Política! Economy in the United States•. ProceedmKS 0
~ - ADAMSMITH. ALEXANDERHAMILTON, FRIEDRICH LISl FUNDAMEN'O Ô
sDA ESTRAlfGIA MODERNA ' S E<ON MICOS DO PODER MILITAR
~~~ .
" etexto p ara e nco brir s ua s de sle .
livre merca
do como pr I d
eternos vassa os e um p ovo
ai s teri
· bº'ª 1~lath c'-v Ca rey fosse o panfletário mais efica L.
.. .
. r corn rna1s 1a rga ex pene nc ta em economi
z, 1st conseguiu
. .
.
bre o
·ncias para nos m
anter com O
. Jesesj". Conclamo u todos os ame rica
estra
ri. e
scre\ e . . ª e po11t1ca,
principa l pro pagandi s ta, literário e acadêm· d
tornan-
.
de . so [os ing d nos ''a do-se O . . . tco, o protec10-
eiroeinam1sto e não co mpra sse m na a d o e xterio du ra o te o te mpo e m que res1d1u na América El f • d
g ele para qu . r que nisrno, . . d . . . • e 01 trata o
se ;untarem a . f bricado do mes t1 ca m c n te , sem cons ·d celebridade pelos 10 u s tnais da Pensilvânia encontro
qu1valente a " .. 1 era. corno . . , u-se com
tivesse um e d preços" isso po r9ue a expen e ncia ensi . 5 pro em inente s e s tadis tas da epoca e lhe foi ofertad .
diferenças e , . . nou. 05 rna1. a a presi-
ção por f s são ago ra tão n ecessa na s p ara n ossa i d dência d o L aj~yelle Colle,e,e; _q ua ~do , fina_lmente, retornou à Alema-
as manu atura " . . n e-
me que . ara nosso conforto . Com o 0 61 c t1vo de ern t 832, o fez co m o c1dadao americano naturalizado e mem-
dência quanto P nos nha,
pen . d endentes de outros, "devemos co lo car o fabrican bro do serviço c? n s u~ar d os Estad os Unido s, por nomeação de An-
tornarmos tn ep . " 6' O . . 1- .. te
. d . idade com o agncultor . · propno lamil ito n na· drcw Jack so n. F·o1 c o n s ul cm Baden-Baden até 1834, em Leipzig
em pe e 1gua . o
oderia ter dito mais nada. (IS34-37) e c m _St~ng:rt (183_7-45): S~icidou-se em 1846, depois que
p Com O passar do tempo, as velha~ ra_chadur~s reapa receram e uma doença p o s tim a s ua vida publica.
irrompeu uma rixa áspera sobre protec1001s~o , so temporariamente A história intelectua l de Lis t é relativamente fácil de ser ~eguida. Na
acalmada com a Tarifa Walker de 1846. Foi com o um d os partici- juventude, " vendo em quão b aixa maré o bem-estar alemão tinha
pantes desse debate que Friedrich List surgiu n o cen á rio americano afundado", ele decidiu e s tuda r eco no mia po lítica e também ensinar a
e formulou as teorias econômicas 9ue iriam ter influ ê ncia não ape- seus concidad ãos os meios, em termos de po lítica nacional, pelos
nas nos Estados Unidos, como também - e ainda mais - na Alema- quais "a prosperidade , a cultura e o poder d a Alemanha poderiam ser
nha. List nasceu em Württemberg, em 1789, estudo u na Universida- promovidos". Chegou à conclusão de que a chave para a solução dos
de de Tübingen (onde depois lecionou Política por curto período de problemas da Alema nha estava no princípio da nacionalidade. "Vi
tempo) e entrou na vida pública como ardoroso defen so r do claramente que a competição livre entre duas nações altamente civili-
Zollvere in. Suas idéias liberais e nacionalistas colocaram-no em con- zadas só poderia ser mutuamente benéfica, caso as duas estivessem
fronto constante com o governo reacionário de seu estado natal, o em posições relativamente iguais de desenvolvimento industrial, e
~ue, finalmente, resultou no seu exílio em 1825, quando ele chegou que qualquer nação, que, por motivos de infortúnios, estivesse atrasa-
ª_América e instalou-se junto aos alemães de Reading, na Pensilvâ- da em relação às outras em termos de indústria, comércio e navega-
nia. ~cabou sendo o editor doAdlerde Reading, um semanário com ção(...) deveria primeiro fortalecer suas próprias potencialidades, de
voz_ '.nfluente sobre as questões da Pensilvânia. Seu interesse na modo a se preparar para a competição livre com nações avançadas.
pohuca comer · J d O · d d da
. . . eia ce o colocou em contato com a Soc1e ª e Em outras palavras, percebi a distinção entre as economias
Pensllvama para E . C . • ias
0 cos_," 0Politd'4 e política. Senti que a Alemanha deveria abol_ir su~s
M . . ncoraiamento das Manufaturas e das iene
ecan1cas, então sob J"d h Ca-
re}' Ch 1 ª 1 erança vigorosa e capaz de Mar ew tarifas internas e, mediante a adoção de uma política comercial um-
' ares Jared Ing li . 63 Em·
erso e Pierre du Ponceau , entre outros. forme e comum para com os estrangeiros, batalhar para alcançar 0
------
62 Wnt,lliS ofT ~
63 Essa socit(I
-
sJefferson. 14:389.93 . .
rnesmo grau de desenvolvimento comercial e industrial que as outras
naçõ es tinham
· conseguido por meio de suas po l'1t1cas· comerciais ·"
llldústnas ade_Parece ter sido ins ir · Carta a Beniamin Aushn. ao das
st1
ed,çõesdo~,:;ie cas.functadapor~ ad~ Pela antiga Sociedade da F1ladélf1a para a Promo~iversas
I
qualquer outr:::,osooreas Manuta~u~~~o~ A Sociedade da Pensilvânia pubhcou e d stnbu : I5 do Qut
1

Ela DatrocInoo a fa adão americano, exceto'Ha m como panfletos de Ma thew Carey, que fez ~mericano-
~ ·t d
sua •esc ~ a fo, o termo com o qual List descreveu os escn os
Adam Smith, J. B. Say e ootr~de
e ·0es de Smith 1,ca ev,dente para
1
altas (materiai:za:sa Con-,,enção de Ha bmilton, para concretizar o chamado Sistema tas ,r1aIs Qualquer~ ª · Que ele, com frequência, interpretou erradamente~ ir:a7~cofl()my ,rrerne-
ust confundiu.
SUa eficiente~o s na "Tar,ta das Abomrns urg, de 1827. célebre assembléia em favor de tan ausa de d1avelrn eitor de A Riqueza das Naç6es e do Nat,onal System of 1 th havia oito -com as própr:~
"lente no ,,___Pdiancta e. ae um FllOd inações· de 1828) que atra,u a atenção nacional por canentt- 0 5
- •w Protec10n1 ta o geral serv ' - ·a perm idéias d e~te, Sm,th,an,smo- ou seia. aquilo que outros diziam ~e f~r J 5 Nteholson para a ~
s da P0lit ·
ica americana.
iu para colocar o estado da Pens1Ivani de l ~ mith. Sobre esse ponto, vide a admirável introdução do 'ºnota 3) · ·
da tradução de Lloyd para TM Nat,onal System(c,tada na ·

111
""'S DA rsrRAT(GIAMODERNA ADAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON, FRIEDRICH LIST· FUND

'
(()NS TRUIVN-
. 4MENTOS ECONÔMICOS 00 POOfR MILIT4R

ue o p o der naval protege as tr


VI forrna q . . ocas corrente . . .
navais e o comercio deve m ser s s, assim, os inte-
ão das opiniões de List, t anto pol · . resses uportados por 9 b
. · 1preocup aç tt1ca ricul cura e todas as o utras indústri ue ra-mares
Apri~cipa oder conquan to ligasse o pode r à pro s_con-,0 _ a ag as por estradas p
· cas era o P ' • s Per1d . e estradas de fe r ro; as novas invenções 1. ' antes, ca-
cconom1 . ' d speito de suas negativas, e le estava ade, nais f por eis de patentes - de
uanto a isso, a e - ,, 1 " • reverte d do que as manu atu ras possam se de
Q .. "Uma naçao , escreveu e e, e uma . n0 rno . se nvo 1ver ao amparo de
o mercantJ1ismo. . soc1ed . oscos pro teto res, se o capital estrangeiro e . _ .
ª. . d . d"víduos que, possuindo governo comum, leis d. _•de 1rnP . . . . a capac1taçao 1mpe-
d1sonta e1n 1 . . . 1. . , ire1ro dern que os 1n~1v1duos os co~cretizem."69
. . . - e interesses comuns, h1 stona e g o na c o mun s d s,
insotuiçocs . . , efesa A riqueza n ao. cem se rventia alguma
· sem "a unid ad e e o po d er da
e seus direitos, propriedades e vidas c om un s . e
segurança d . . . . ' constitui nação". Foi ass im que a Alemanha, incapaz de conseguir a unifica-
rpo livre e 10dependente, que so segue os dita mes d ção política e caren~e de " um~ po l'.tica comercial vigorosa e unifica-
um Co , . e seus
interesses, em relação a o utros co rpos independentes, e que d . da", se viu, por m~ttas g~raçoes, impossibilitada de manter a posi-
. d . d . 'd etem
Poder para regular os interesses . .
os tn 1v1 u os que con stituem
d . . este ção, entre as _d~~a1s_ n aço~s, que lhe deveria ser co nferida em fun-
corpo, para criar o mator acumu 1o e riqueza interna com um ção de sua c1v1!Jzaçao, e todos se aproveitaram dela (como uma
maior possibilidade de defesa vis-à-vis o utras n aç ões." eª colônia)". A A le m an ha, em várias o casiões, "chegou à beira da ruína
"O objetivo da economia desse co rpo", c o ntinuo u Li st, "na· o e. em funçã o da liv re competição com estrangeiros e desperto u então
apenas a opulência como eco n o m ia individual e c os mopo lita, mas para o fato de que, nas atuais condições do mundo, toda grande
poder e riqueza, porque a riqueza nacional é a ument ada e garanti- nação deve procurar gara ntias de continuadas prosperidade e inde-
da pelo poder nacional, da mes ma forma que o p o der nacional é pendê ncia, antes de m ais n ada, para o desenvolvimento uniforme e
aumentado e garantido pela riqueza nacional. Os princípios impor- autô nomo de seus próprios p oderes e recursos".
tant_es ~ã~ são, portanto, apenas econômicos, mas também políticos. As tarifas e outras providências restritivas, projetadas para desen-
Os individuos podem ser muito ricos, mas se a nação n ão possuir volver tais p o deres e recursos, " não são invenções de mentes mera-
P?d~r para defendê-los, tanto eles como ela poderão perder, em um mente especula tivas, mas conseqüências naturais da diversidade de
so dia. ' toda a rique za amea Ih a d a e m eras, c omo tambem · seus d.1re1-· interesses e da luta das nações em busca da independência ou da
tos, liberdade e independência.,, supremacia que conduz ao d o mínio", em outras palavras, do siste-
Ademais ' "com 0 0 po d er garante a riqueza e a riqueza faz crescer ma de gue_rra. "Os conflitos armados ou a ameaça de sua eclosão
o poder então p 0 d • . · d transformam em requisito indispensável o poder manufatureir~ de
h '. ' er e nqueza se beneficiam em partes iguais, 0
armon1oso estado d . , s qualquer nação de primeira linh a." Da mesma forma que seria 0
dent d . . ª agncultura, do comércio e das m anufatura '
ro os limites do · N ão cúmulo da insensatez por parte de um estado, no mundo moderno,
jamais · d pais. a ausência de tal harmonia, uma naÇ
e po erosa ou ric ,, P . . have "desmobilizar seus exércitos destruir suas frotas e demolir suas forta-
para a segu . ª · ortanto, o poder produtivo e a c lez ,, . '. . d ma nação basear sua
rança nacional "O d . .to de as , sena também o aniquilamento e u .
- mas é seu d · governo não apenas tem o irei !' • d de paz perpetua e de
ever - prom ique· P Ittca eco nômica na suposição de um eSCa
0 0
za e o pode d - over tudo que possa fazer crescer a r um f · mentes dos que se-
. r a naçao c l . . . ado a ederação mundial, que só existem nas
pelos 1ndivídu E : aso ta 0 bJettvo não possa ser concretJZ
m . os. ,ntao é d . urflª
annha, porqu ,, seu ever proteger o comérc10 corn
e os me d · 111 es· ;;-------- "ft Reden, Briefe(Berlim, 1927-35),
mos; é seu dever
ção
rca ores não podem se defender por sJ
proteger a N vega·
tti" th list, Ouflines oi American Polifical Economy, em Schrl :Jre a idéia dos interesses harmo~,-
~ 5 ·l 06 (daqui por diante citado como Works). A semel~ançaVide também ib1d., P· 3730· na::;
' porque essas s trocas correntes com Leis de ª a ...,. 5 e as opiniões de Hamilton sobre o mesmo assunto é obv' ª·ncomo também para Daniel Ray •
trocas dã 0 111 esfll •ui 1or D N .
Math ' r. otz, relata a doutrina de Llst não apenas
para Ham1110
suporte ao poder naval , d a
ew Carey e John C. Calhoun.

.333
..
··- -
~
MODERNA ADAM SMllH, ALE'J.ANDER H-'MlllON.íl\1[01\l( H
""'5 DA ESTRAl(GIA
1 (OIISTRVlv,u. U\l fUN0-'M('O()', [(I.......M , ~
1 do A cap ac ida d e el e uma n _
10 v--.ir, DO l'QOll lllllJlM
]ivre merca . . açao t . . ri nha ac urad a vi<;ào sob re O f
a escola od de seu po der d e pro cl u ;, 1r ri T,t"a t.1 st s atorc,; .
guem .d em termo 5 . 9 uc%a . r ia l m tl 1rn r. ··o atua l estado d _ 9uc tn íluían, '!o bre ,-,
erra é rnedt a . poc;c;ível p oder pro d u tt vo a mct d • e e 0 rcn C _ as naçcics"
a gu , . o do maior . . a . a t1 . 0
P lt'ido Ja acumul açao d e to da'i as d . , , e1e escreveu. "t: 0
de,Seovolv1rnent -cio nism o. r\s m e did a s p r o t cc io . T1 1fi. csll • . · cscobt rta5
. 1 do pro tc nista r · rn c nco s, a p c r te 1ço amt:n tos e esfo :l , invenções, mc-
cação nac1ona e_ d eríod o de te mpo - e a p e n a s n esse p . . s r>o. 1hon1 . - . rços e a~ gera õ .
rrn1na o P . Cr1od J c n os ; ( ... ) e c ad a naçao dt <;tint . . ç · es 9ue viveram
dem. por dete - d ,ida m ais ba ixo . p o n1 ue as ta ri fa s n o' , antes a so e produt"
adrao e' ecess . ' . lo ·iprop ri ,H e ssa co n~1 u1s tas das O _ . tva caso tenha
resultar nurn _P e; mais a lto s. M,1s a(1ue le s 9ue a ro · -ar,. sab 1' ' , • . . . ,..,craçoe;s anteriorc
. [tcam preço, . . ~urncn1 ·, co m ~u as p rtlp ri ,1s 1n1 c1ativas nas . : s e aumcn-
ameote imp . 05
bens de co nsumo e a p rin c ip a l c . •rn ca-1as . . . . ' yuais as poss1b1lidad
reço baixo para o ns1dcr . . lo te rn to n o , s ua cxten sao e posição O . • fi es natu-
que o P f para pesar as vantag en s d o c o m é rc · a. rais e ' ,..,eogra 1ca a po pula -
- ue se deve azer to com 0 ·r p o lítico se m o s t rara m capazes de <les ' _ çao e 0
çao 9 _ _ n·m um pouco preo cupad o s com p o d e r h Pº d e , envo 1ver, tao simétrica e
· r "nao esrao t: • o nra n p lcrnm e nte qu a nto pos s1vcl, todas as fo ntes d .
exreno · ·o" Fies deveriam entend e r 9u e a s in dús t · e cor _ . . e n9ueza dentro
lórin de uma naça . . - .. . . n as Pro. ia s tro n te1ras , e e1e estende r a 1ntluência m 1 .
g . _ orgânicas d o p o ,·o alem ao. l--.. que m p o d . d e Sl . _ o ra , 1ntc1ectual, co-
re~1das sao parte 5 • . cria se rcial e p o ltr1ca sob re n a ço es m eno s adiantadas .
rne . . ,,1, , espec1a1mente em
erda de um braço so p o r s a b e r que pass . 1
estõ es mune 1a1s .
consoar1 co m a P . ' • a ria a
comprar cam ·sas
l. por um preço quarenta. . p o r cento
. m a is barato),,.. 1 qu A- p artir de . tais . cre nça s é_ fácil dar o passo na d"ireçao - d e uma
Quanto maior O poder prod~uvo , m_a 1o r a t o r~a d_a n ação em suas política t~rn t o n a l d e_e xp a n sao ~o co ntine nte euro peu e de expan-
relações com O exterior e maior sua 1ndepende nc1a em tempo de são co lo nial u_l~rarn a nna, e L1s t _n ao hesito u em dá-lo. Ele queria uma
guerra. Os princípios econômicos, po rtanto, n ão p o dem ser di vorcia- Alemanha uni hcada com d o m1010 do Reno ao Vístula e dos Bálcãs
dos de suas implicações políticas: "Num tempo em 9ue as ciéncias ao Báltico. Acre ditava que " uma p o pulação grande e um território
técnicas e mecânicas exercem tão grande influê ncia s o bre o s méto- extenso, abenço ado c o m recursos naturais diversificados, eram re-
dos de conduzir a guerra; quando todas as operações semelhantes quisitos essenciais p a ra uma nacionalidade normal; eram fundamentos
às de guerra dependem tanto das condições da renda nacional; da estrutura espiritual de um povo, como também de seu desenvol-
quando uma defesa eficaz deriva de perguntas sobre a massa popu- vimento material e p o der p olítico ( ... ). Uma nação limitada em po-
lacional da nação, se rica ou pobre, inteligente ou estúpida, enérgica pulação e território, especialmente se possui idioma distinto, só po-
ou mergulhada na apatia; quando a fidelidade dessa massa é exclu- derá ter uma literatura enfraquecida e instituiçõ es deficientes para a
sinmente dada à pátria-mãe ou parcialmente a países estrangeiros; promoção das ciências e das artes. Um estado pequeno jam ais che-
quando se pode reunir muitos ou poucos defensores do pais - num gará ao estágio completo de desenvolvimento dos seus diversifica-
te.mpo como esse, mais do que nunca, os valores das manufaturas dos recursos produtivos". Portanto, as pequenas nações manteriam
devem ser avaliados do ponto de vista político."72 suas independê ncias com grande dificuldade e só sobreviveriam
graças à tolerância dos estados maiores ou por meio de alianças que
74
envolveriam sacrifício fundamental da soberania nacional.
70 ft <edli,:11 ~!Sl i.esyst<!me11,1hnf • n,eNaf,cN/ O acima mencionado não d ifere muito das definições alemãs de
SJ-,~ 8' 9 , , , , dkonomte polit,que(l 837). Cap. 2. em ~ rks. 4:186. seu
SIS!~
92 02·.O. O_!e·!~, não ;:rec ,sa ser le m brado de que Adam Smit h não baseJs .
'\as.,,:_,_._: Lebensra11"' dos dias de hoje como ficará evidente no exame do
ó,s~ ~-e O -.1b·e·i ef paz ·-•11Jverul ou d a 1e<leraçAo mund ia ! O p róp n o L1st, em a 1gumas ocasiõeS-
• - ·- •· éa d mais
O
l'lae..:>ri ',s:a ;:;,; ~ - ''1.!·vo de !:>ea soe edace e ra um estado mundial. embora fos se por e programa de List para uma Al~manha Maior. Ele advogav~ ª iocl~-
71 ~ -sr -,,.. \.i• _ • -m e-.a~ ,sra ca •dé:a .
--~~.:i.s:MI ' 19 •4,1 ~ 1 """ce sào numa Alemanha unificada da Dinamarca, Holanda, Suiça e Bel-
A.:!amS.--.t•. r.a .,:_A · • · • v 1.-.)M;:are a idé,a de Lrst d o poder produ t,vo co m a dec ar...-••
" ' J !. oe c;t.-e o """
ll'C.. h •
Su-l,oe ~,,..."~a- - •-, ' ~v~er ;,ara CO~d~z ,r a gu erra é med,do ·pela prod uÇ ão a~~J·""' ""
oe -.:,,. - - .
• - ·· ~ l t~ 'ªl"l""
~ ' t:ir • . .
-.-.•. Pe a renda a~ua• e
· ' onsegu ,da de s ..a s terras de seu tra ba1
• .,,-, as oe-cia, ações " ' - .
°
'h e de seus vc•-
c:-ào IV, e a
s de 73 lbid., l 13-14
satisfatóriae tr.e q~ mod,hu, ~
72 U$! r,-,. :iuar-,u ~ e s..fàc-é'IQa ~e ! e 'erson q ~a n to ao s preço s . na ..,..,. 74 lo,d 14
··
·
2 . Nesse par t ic ular a tradução de Uoyd pareceu'" ,.~ Worlrs 6 210·11.
· · •~ :o-..is>s.-..n. ) 68. · :. e<n !e:"PO êe g\,efril na Seção Il i. 1
0
~-tamoémllS-19. rases em aspectos funda~ ta ,s . Para o origina l em alemão, "'"" ' ·

i
s D4 335

~~ :,
~º'S DA ESTRAT(GJA MODERNA ADAM SMITH. ALfAANDER HAMILTON, FRIEDRICH LIST- FUNDAM •
cOHSTRlll= . ENTOS ECONÔMICOS DO PODER MILITAR
. . por motivos d e raça e língua, bem co
. s primeiras , . . D.
trategicos. Quanto a inarnarca B·1 _t'or
mo " .
ais co
lô nias d eve rão se r apoiadas por tod
• os os recursos da na ã0
gica-astre ômicos .
e es ' e gic t sive por companhias de colonização patro . d ç ,
motivos econ
las eram esse
nciais para gue a Alemanha c o ntra ]
asse
ªe inc I u • cina as pelo estado
...,. "vigo roso siste ma consular e diploma· t· •
Holan da, e . icos e também toda a cos ta d o est . . 0 s e por U '" . . , 1co a1emao".n
dos rios german . . . uar10 d e List sabia perfeitamente bem que seu pro d •
deltas . , . Oriental, assegurando, assim, a nação ger . . 0 J.., • • • grama e expansao
R ate a Pruss1a . . tnan 1c ·nental e de c o lo nias ultramarinas não poderia ser . d
con tl . concretiza o
eno . . ecessário em termos de atividad e p esg ueira e p d a sem g uerra. Os_advogados d e um sistema nacional para a Alemanha
"o que hoje e n • . " A . . . o e.
. ' reio marítimo e colo nias . a9u1s1çao dos três p .
no nava1, come , . . . . aises, estav a rn co nscientes, escreveu ele numa acirrada pol em1ca ' · com o
. m a Suíça alem do mais, garant1r1a a Alema h Ti!lles de Lond res, de que o futuro poderia trazer guerras nacionais,
1untamente co , n a as
. aturais nos mares e montanhas gue eram esse nciais t mas, por isso mesmo, se mostravam mais determinados ainda em
fronteiras n • . . . 75 anto
do ponto de vista econom1co como m~lttar. ~ - Alemanha, da mesma obilizar os recursos m ora is e materiais da nação alemã para apoio
m ·s
forma, deveria dar início à penetraçao pac1 fica n os territó rios do a uma economia naci o nal. '
Danúbio e na Turquia européia. Tais áreas estariam dentro das fron- Foi a Ing laterra, é claro, que se colocou no caminho das ambi-
teiras naturais do território alemão, ou Hifllerla11d, e era "do maior ções alemãs. O expoente gue lider~va a política do equilíbrio do
interesse Gue a segurança e a ordem fossem firmemente estabeleci- poder mobilizou "os menos poderosos para que dessem um basta
das" em seu interior. 76 nas intromissões dos mais poderosos". A Inglaterra permaneceu pra-
Uma nação deve "possuir o poder para afetar, positivamente, a ticamente absoluta em sua posição de poder imperial, atingido me-
civilização de nações menos avançadas e, por meio de sua popula- diante o desenvolvimento das manufaturas. Em conseqüência, "se
ção excedente e com seu capital material e mental, encontrar colôni- outras nações européias quiserem também tornar parte no lucrativo
as e criar novas nações". Quando uma nação não pode estabelecer negócio do cultivo de vastos territórios e da civilização de nações
colônias, "toda a população excedente e os meios materiais e men- bárbaras, ou de nações que já foram civilizadas mas que mergulha-
tais, que fluem dela para países menos civilizados, acabam se per- ram de novo no barbarismo, elas devem começar com o desenvolvi-
dendo em meio à literatura, civilização e indústria desses últimos e mento de seu próprio poder manufatureiro interno, de sua marinha
beneficia outras naciona · 11'd ad es " . Isso e, absolutamente verd ad eiro · mercante e de seu poder naval. E se elas forem impedidas de alcan-
em relaç- 0 · ·
ª ª emigração alemã para os Estados Unidos. "O gue pode çar essas conquistas pela supremacia inglesa na manufatura, no co-
resultar de bom s . mércio e na armada, na união de seus poderes reside o único meio
• . e os emigrantes para a América do Norte se tornam
tao prosperos:> N l • de transformar em plausíveis essas pretensões não-razoáveis".
79

naciona · . · as re açoes pessoais eles perdem para sempre ª


1idade e . . '
dução . g rmanica, e também do ponto de vista de sua pro_- Foi a Inglaterra também que se postou como um colosso n~s
matenal, a Alem h , . . .. E rotas oceânicas do mundo tornando difícil para qualquer naçao
pura ilus· an ª so pode esperar frutos 111s1g1116cantes.
ao pensar oue ) ' . d elos atingir o poder no mar que ~eria necessário paraª. co~cretização de
alemães oue .
, vivem no i
, ª .tngua alemã possa ser cultiva a P
. de seu destino. Numa declaração sobre o controle ingles dos mares,
determinado tem ntenor dos Estados Unidos e que, depo:s "
Portanto, a e Pº~ p~ssam ser lá estabelecidos estados alernaes; que honraria o Almirante Mahan, List escreveu:
· _ onc1usao tn , , olo-
lllas proprias n0 l escapavel e que a Alemanha deve ter e E d t dos os marn, e colo-
------
' su da Europa , .
e nas Amencas do Sul e e
e nrral. A Inglaterra tem a posse das chaves e O H
e d - . na Alemanha, a e-
º"

r
7Suit. ~ * ~ lima sentinela defronte a ca a naçao.
os rio ,ona/Systtrn 14 .

~
76 lb.rJ scornofronte,ras . 2-43,2!6 327 3 istnáovia
do .. 347-list disst naturais. ' ' 32, 346-47. Por alguma inexplicável razão, L
l ago Er p Que era mel~- 13s 11
ie. araa Cltaçã •"'' para os ale . ra ascos 78 Fried, ~ National System, 142, 216-17. 345-47. . • Zoftwreinsblatf, 4 (1846), 693-94.
t 0
sobre fronteira . mães emigrarem para o Danúbio do que pa
'vide Works, 5:499-500.
79 List ;,e List, "Oie Times und das deutsche Schutzsy5!em,
' ne /1/aflona/ System, 216-1 7. 330.
3)6
I
,.,,
,..,5 OA ESTRATÉGIA MODERNA ADAM SMITH. ALE'AANDER HAMILTON, FR!EORJCHLIST- FUNO
((}N5T/IIJ1v,-.. . AAIENTOS ECONôMICOS 00 POOE11 lolllllAa
a c,urnsey e Jersq,· para os hab .
ligolan "ª
, d",a,. FraN" f ' E scócia e as Ber1J1lfdas,· "ª A ua,,, . . es d :\ {as O P ensamento estratégico ' de List ·, amais
.
teve r . .
, . do Norte, o110 '"er,ca Q · ....... esrno c o ntinentais. Olhando par f imites par<><Ju1-
Ammca d J aica· nos países da rosta do .\fed · Ct,,_ . o u '" a o uturo \ ·
I a ilha O ª"' ' , lle ,,â ais lizOll o dia em que a Stars and Stripes • ongmquo, ele
, e nao a U 111 0 ,, Ja,k_
tra , MI asilbasd0Marjo111 co. /;ladeté111 . ll to, , . 15 ua
e 1'braltar,
0 ta e · .
t ' ·canas d11as rotas para o I 11d1a, co"'
''"Port0
11,t esrar 1,
·a tremul ando n o s m a re s, e em que medid

f . .
as e euvas tenam que
01 ição estra egt . . . e,">rrecà 0 m adas pelas ou tras naçoes da terra par d .
P S qtu 111 ta para 11dq111nr,· domina O .1f ed · do ser co . d ª omesucar o poder
ÍJ/HIO de 11ez, · ll t rra11 tados Lin1 o
. G'b /tar. o mar Ve rn!flbo en, Adr11 e o ,p_ol(o Pirsico ,, 0 to dos Es ,
Vld I fd ' . , . d . . _ r r "'ti0
e Kardchi. t ia so pru ua 11 aq11u1 rao dos !) d A s /1/ fS//IOS causas q 11e le11aram
de B111hehr ar a 11 . • a lngla t•rr • a a, SNa prese 11 te
brdfO de mar, do isl//10 de S 11 rz e d o P a nam á h t-
poJi(àO de des ta q u e_co ndu z 1rao {provavelmente no c1trso do
Ios, do . . ra ra fl(ar
emcO,,dl·çôes de abnr efecbar, q111111do q111 u r, rada "'ª r ecado pró.-..:Í/110 séc ull)) os /:;stado s U nidos da América ao de1envolvi-
, · 80
rola ocu1n1cd. ,,,enlo da i11dlis tria e a 1011 < ~ra11 de riq ueza e poder q,u 01 fará
sup la ntar o po sirào atua lmente oc11pada pela Grã-Bretanha,
Em vista dos avassaladores p oderes naval, c o merci a l e co lo nial da da mes 111a fo r111 a q11e esta, hoje, upera a peqNena Holanda .
Grã-Bretanha, nenhuma nação, iso ladamente, p o deria desa fiá -la sem 0 curso 11at11ral das coisas, os Estados Unidos terão 11111 a po-
0 concurso da poderosa assistência de outras. "As n ações co m menor p,da çào, neJSe mesmo período, de antenas de milhões de al-
poder naval só podem se ombrear com a Ingl a terra p e la união dos mas; eles dlf1111dirào s11a p op ula fã o, suas instit1tifÕes, s11a <i-
poderios individuais." Por conseguinte, uma tal nação "tem todo 0 vilizarào e se11 espírito por to da a A mérica Central e pela Amé-
interesse na manutenção e na prosperidade do p ode r naval de todas rica do S"I, da 111es111a f orma q1u o f izeram recentemente pela
as _outras nações"; e, juntas, "elas se constituirão num p oder naval 11izi11ha província mexicana. A União Federal abarcará todo
unificado" com o propósito, entre outras coisas de e,·itar o controle use i 111ens o ter ri ló rio, 11ma popu larào de alg,onas untenas de
indisputado pela Grã-Bretanha dos caminhos ~arítimos do mundo milhões de peHoas desenvolverá os reCJusos de 11111 continute
(especialmente os do Mediterrâneo). 81 A sabedoria estava na forma· q11e excede, em m11ilo, o continente europe11 em extensão , u,
çào de um bloco europeu das nações continentais para se contrapor riq11ezas nal11rais. O poder na va l do m11ndo ocide11tal 11/trapas-
ao poder• inglês·· "S e cons1·d erarmos apenas os enormes interesses que sará o da Grã-Bretanha, na 111u111a proporrào q11e u11s litorais
as naçoes do comi
·

nente tem em comum em oposição à supremacia
. e rios excedem os da Inglaterra 011 exten1ào e magnit 11 de.
1
ing esa, somos lev d . , , . Assim, n11m J11t1uo não m11ilo diJtanle, a 1Ucessidade _11 a-
para essas nações do
ª
.•
ª
os conclusão de 9ue nada é mais necessano
s
guerras c - . queª UOJao, e nada as arruinará tanto quantoª
ti1ra I q 1u agora ocorre dt os f ra nases e alemães ~o ,,,r~fl,Z.•_-
onunemais A h.15t0, . ·na re m 11ma alian ça continental contra a upremaCla bnta,,,-
que cada · na do último século também nos enst
guerra que as po · · era .
ca, impora . aos 1ngie1es
. o esta be1uimen
· to J, 11ma coaliz.à• .
as outras result . . tenctas do continente travaram umas con , · Então II Gra-Brt-
ou, tnvanavelm . d , .a e no tll ropiia contra a u,pnmacia da A merua. ' • .
1 aumento da · ente, no crescimento da tn ustrl .d llfd das p,t,11c,-s
~ / "ª
t suma, resultou
----
riqueza da n
'
no poder da
avegaçao e das possessões coloniais,
.
supremacia insular [da Inglaterra ·
. . ern
] ,, si
lanha será co11tpeiida a proc11rar
·
11111 das da E11ropa a prottção, seg 11 ranra
, .
1 era •
e co111pn1u faO ,,..
.
eq111vale11te p11 r• •
80 Un
/b,,;J . 38. Quanto
- -ao - Pa- Ira a predominância da Anurua, e 11111
idos. L,st Prop6s u !\amá. Pela P0sse do os Estados
IIT1llr!.te.ros ate"'•·· ma interna(:1onai·1 Qual a Inglaterra tinha um conte,1cioso com da pO'
s11pre . mac,a . per,d 1'd a. I ,Jo ,xtrá/1 •
em w.,,,. .. ....,.. ·0er "·-·· iaç~o da 1aoeleC1 E I I t rra q11t t a, e ,
a1 list ;, s. 7.234.36. ·-14i durch d,e laMA..~ta ligando os do,s oceanos a seres. H nsestad18•
, portanto, bom para a ng ª e_ ,.,,1111 ;,t, •
.
i
112 lbltJ. n. N~t~1 S./'Stem
· 338. , 332, 337.
··-~• ,s-c:: von Panama, ein Unternehmen fur die ª
·
resignação, q1u, mediante re
,
111111
s opor""ª
"ª1 1, ..,

i
t
,.
, cias e,uopéias con li11 e11tais t q
. de das poten
a1111za desde já com a idéia dr qur será ap enas
'' t 'º 1?7rct na supremacia m arítima britàn·
se (J(OJ/llllfdf /j
Q
ecern0 . ica. 0 des 1.
. . u
U111a
~, fe rro nHI e o da na,·egação a . envo v1mento do trans-
e11/re ,g11a/J. po rte ' apor trariam
ttnentai v a ntagen s cm relação às i\h b . . para as poténc1as
, on I as ntanic
uíarn - O p0t e r cre ccnte de o ut - as que então não
. . • d friedrich Li st sob re a I nglaterra '-ão u m 1 oss ras naçoes ·
As opinioes e . 1 n teress P do s C n 1do , ~ua rdava a po sibilid d d -'especialmente dos
. 1 ia talvez mai s espec1a mente de P'-icoJ ªntt f,st,l . a e e ame
estudo de psico og , ()g1a ale , ar es· se m e . '-e c o ntro le a única aça ao controle
.
List admirava e
invei·ava bastante a Ingla terra e as 1n '-t1tu iç,
>e lib
°'ª· dos m ' ' •
fruc ava p1 r se r insular e transforma .
vantagem u
q e a 1nglaterra
. . . ucos ho me ns de qualquer n ac1 o nal 1dade ia era1s dcs . na numa desvanta l
britanicas, e po .. 'mai s pa :rno uc ou t ambe m a uni ão da s raças lat' l gem. ,1st
• país mais eloquentes tri bu tos. P0 r out ro lado I ga. pro~ . ina e es ava, por meio de
ram aque 1e , . . d • cm1a e a1 . alt nça tranco- ru s a, e acredttava que 1 1
unia , .1 . a ng aterra e a Alema-
. Inglaterra. E le pro pno so lna e um comrlcxo de p. e a dc,·cnam c o ntrab alançar quaisquer dess b. _
o d iava a , . , . crsegu,. h
n • · as com 1naçoes pela
• - surg,·do dos sord1dos m etodos
çao . pelos qu a1 fo1 ameaç , ad o pela nçào da liderança <lo po ,·o ~ermànicos Est .
a~ Su . · ava convencido de
Alemanha oficial - e, po rtan to, n~o surpr~cnd1,1 9u e ac reditas se que a p o derio tranco- r usso ameaçaria não al"lenas • .
qUc O . . r- os interesses m-
Inglaterra estava ativamente e~ga1a_da n a tru s traçào do 1/.ollrrrri,, e de es n a Luro pa e n o Oriente, co mo também , quas e certamente
~ les
outras providências para a uniticaçao da Alemanha . Sempre irrnadi esmaga ria a Alemanha. A l n~laterra poderia se valer da aiuda d;
ele se envolveu em co ntrovérsia s particularmente cáu s t ica co m in ~:: uma p o tencia co ntinental terre stre e a Alemanha ficaria reforçada
ses- em especial, é claro, co m o há muito falecid o Ada m Smith e s:us pelo p o der de uma p o tencia m sular. Tudo o que a Alemanha pedia
seguidores vivos. Bem no fim de sua vida, p o r o ut ro lado, ele foi à da Inglaterra era o apoio e a s1mpaHa para com uma tarifa protetora
Inglaterra, na vã esperança de pa,·imentar o c a m inh o para uma alian- moderada a se r empregada pela Alemanha unificada que, para List,
ça anglo-germânica. Preparou um elaborado m e m o r a ndo sobre O as- parec ia preço pequeno a se r pago pela Grã-Bretanha pela amizade
sunto que submeteu ao Príncipe Albert, a si r R o b e rt P eel (o prime1ro- germànica. U m a c o n cessão dessas, L1st prognosticava, seria combati-
ministro), a LordClarendo n (o secretá rio de Relações E xterio res) e ao da pelos interesses estabelecidos da indústria britânica, porém, con-
rei da Prússia. Recebeu o encorajamento de de Bunsen, o embaixa- tra eles, a Ing la terra deveria colocar o fato de que sua posição como
dor prussiano em Londres , e de o utras fontes britâ nicas. Po rém , Peel po tência mundia l se ria fo rtalecida e at é me smo ampliada.
não concordou com o plano, e List reto rno u à Alemanha, no o utono, List fracassou, co m o muitos o utros, na tentativa de encontrar uma

1 com a saúde e o espírito alquebrados - às vés peras d o suicídio ocorri-


do em 30 de novembro de 1846.M◄
fó rmula que levasse à solidariedade anglo-germânica porque, para 0
melho r ou p a ra o p ior. jamais ho uve qualquer acordo entre_as duas
Exi ste alguma fanta sia criada em to rno d o mem o rando de Li st nações so bre aquilo que co n smui uma verdadeira comunidade de
· · 1· · os estorvaram o

1 lr s~bre O valor e as condiçõ es de uma aliança anglo-germânica, toda· interesses, e p o rque muitos fatores mo rais e psico ogic _
· . F também po rque nao
via ele revela um
,. ª acura d a apreciação
. 1·dades
de algumas d as rea 1
caminho d o ente ndimento mutuo. racassou
l e hiivia causado nos
d · culo
1
:i\t.
l
1
estrateg1cas que
XIX p
• ara começar L 1st
d .
' .
..
os ois países enfrentavam na metade o se
d , kinder
co nseguiu, em p o ucos m eses , desfazer O ma qu
anos em que se empenho u em esmdente prop
.
. . .
aganda ant1bntan1ca.
•d . . ' anteviu aquilo que Lord Halfor •' 1ac
l• so escobnna ma· d . , . da de
:1 is e meio seculo depois, que não havia na
,; • :a3:-,::-Ôld-3-39_4_0_ __ vu
j ., · · O mesmo tema é d nto escrito
~ovco antes da morte de List e ~~envolvido com alguma extensão num notável docume z,o;1scnt0
~ssbntann1en und Deutschla~- ~6: ·uber den Wert und d,e Bedingungen e,ner Alhari? enwart1gtl
·o,e
. .
A maior contribuição singela que Lis
. t fez ara a estratégia moder-
_P. f:1 e· ncia das estradas

j
84 P ierung von Nordamerika" St , orks. 7:267 -98. Vide também vorige und dte geg na f01· - anto a 10 ,iu
ara a m1ss1o inalesa • aatslexikon(l84l) 21911 se' sua ordenada argumentaçao qu
d1scuttc11 .. • v1<1e H1rst L ,. 9 • · posta. 1
no parágrafo seeu,nte .:. , e. 7-106. Para o memorando com a aliança pro
• v""e nota 83.
ADAM 5M11n. ALEAANüER HAMILlON, F!UEO!UC
HLISl.F\JNO~ENlQS
ões no equilíbrio d o po der mil it ECONÔMICOS 00 POOER Mll\T~R
r 50 breasate 1 raç a r. A.
de 1erro . ressou pelas estradas de ferro foi d Ptill'l . rneno r de sorganização da vid .
e ele se rnte . Ut c1. orTl a a econorni d
ra ve~ q~ E t dos Unid os, quando fo1 um dos pro ante su ~ cruerra, o reto rno dos soldados as I ca o país. E, conclu-
idenc1a nos s a C /C moto a 1da ª n as mesmas f ac1·1·d 1 ade e rapid eus
p
arespO dena .
ser efetua-
res N . , ·on Railroad and oo ompo11y um tcs d do co 01 . . ez. or tod
Sch11ylkill avrga r , . - . ' a Ptecu a ucras -, L1st previu que a rede de as essas razões _ e
d ·ng Systen,. A partir de entao, as est rad tsora or o estradas de f .
do atua ea t1 R . as de f P ara a Alemanha cm 1833 _ que é b . erro que visuali-
a paixão de sua vida. O gue ele escreveu erro zara P .. . • su stanc1alme
passaram a ser sob re ;cbsbohnen- perm1tma ao exército d nte, a presen-
is volumes completos e quase dua s pági nas d elas te Re . e uma Alem h .
preenc he do . _ · o v0 1 eventualidade de uma invasão mo . an a unifica-
, di·ce remissivo da compilaçao de suas obras D ulllc da, o a , , v1mentar tro d
com o 10 . .. · · urant onto do pais para as fronteiras de fo pas e qual-
5 e 1836 publicou Dos ~,senbalnr ] 011 rn o/ u e os quer P . 1d f . . , rma a multiplicar muitas
anos de 183 ' _ , ma revi5 s seu potencia e ens1vo e assim evitar . _
·sava à aceleração da construçao de estradas de fer ta veze . as invasoes recorrentes
que VJ . ro na AI que vinham ac o ntecendo por mais de duzent os anos. D ez vezes
man ha . A nenhuma .
outra causa L1st emprestou tanta d
evoçào e
e-
is forte na defesa, a Alemanha se ria também dez veze s mais . f orte
!l1 a
energia, p~rqu_e via, corretamente, que _uma _rede de estradas de
nO ataque, caso. emp reendesse operações ofensivas_ -u1ga das 1m-
1
.
ferro, no final incorporada a um verdadeiro sistema naci o nal . rováveis por L1st.
85
. d . . f' - , seria p d . .
uma das forças que conso li ana a uni tcaçao ge rm ânica. Havia um tom e urgcnc1a nos pleitos de List pela construção
Seu interesse nos efeitos econômicos das estradas de ferr o era ferroviária na Alemanha. "Cada quilômetro de estrada de ferro que
fácil de ser previsto embora sua antevisão tenha ultrapassado muito uma nação vizinha completa antes de nós, cada quilômetro a mais
a de seus contemporâneos. Mas o entendimento que tinha das im- que ela possua, proporciona-lhe vantagem sobre nós", escreveu ele.
plicações estratégicas para a Alemanha do tran sporte ferroviário a Portanto, "pouco há a considerar se devemos ou não fazer uso da
vapor é surpreendente e, mensurado em relação a qualquer padrão nova arma defensiva que nos é o fertada pela marcha do progresso,
objetivo, extraordinário. Antes do advento das estradas de ferro , a do mesmo modo que nossos antepassados não pestanejaram em
posição estratégica da Alemanha era a mais fraca da Europa, daí a substituir o arco e a flecha pelo rifle".86 Quando se leva em conta
razão de ela ser o tradicional campo de batalha de todo o continen- que o anteriormente citado foi escrito antes de que a Guerra Civil
te. _List viu, mais cedo do que qualquer um, que as estradas de ferro americana desse as primeiras provas irrefutáveis do valor militar das
fanam da situação geográfica da Alemanha uma fonte de grande estradas de ferro, fica demonstrada presciência excepcional. .
List estava errado em pensar que as estradas de ferro levariam os
P~~er, em vez de ser uma das causas primordiais de sua fraqueza ' ·tos·• pelo con-
militar·. Com a un·fi - po1·ittca · fortalecida por uma rede d e am • b'1• estados europeus a reduzir o tamanho de seus exerci
i icaçao , . P . bseqüentemente mostrou,
a Alemanha po dena · se
to nacional de co municaçoes · - ferrov1ar1as ., . trano, como a Guerra Franco- russ1ana su ..
bl \ooísticos e permitiu 0
transformar num bªIuarte d efens1vo . - da E uropa· a estrada de ferro simplificou os pro emas r, .d d
. bem' no coraçao . . ente com quanu a es
Rapidez na mO b1T - d ·m deslocamento de exércitos maiores, 1untam . , , então
izaçao e velocidade com que as tropas po ena . que nmguem, ate ,
ser deslocadas do d , tras astronômicas de munições e suprimentos, nstru-
, . centro o pais para sua periferia, e as ou . . , dO em pensar que a co
vantagens obvias d ")' . ·· o 1ulgara possível. List estava tambem erra _ d'spendioso para o
trariam b f' . as tnhas Interiores" do transporte ferroviart ' - · t que tao 1
ene 1c1O bem • Jguer çao das estradas de ferro tornana O ª ª
outro país maior para a Alemanha do que para qua .
europeu Nu f · 1sce·
ma de est d · mapa1avra, escreveu List, um per eito 5 _ hns stem ais Grundlage e,oes
ra as de ferro t e • d naçao 85 ------- . . l!chsisches E1senba y95 Para a teoria estrit•
numa imens f ransrormaria todo o território ª Para o plano de 1833 vide Friedrich List, •über e,nWos ., v 3 Parte l. P• i 55·t ·.,hei" aez,ehuni·.""
alio.,erne1nen
· deutschen E1senbahnsystems• • em fn,, · ' 1n !Tllh ª"""
a Ortaleza q d . ·d mente, E1senbahllsystern
com a totalidad d ' ue P0 ena ser defendida, rapt ª e gica geral das estradas de ferro, vide ·oeutschlan<ls
e o efet'tvo combatente, com o mínimo de ga sto 5 a ~b,d.. 260-70, o último escrito em 1834· 1836·
6 st
' · "Deutschland Eisenbahnsystem", 266·68·
~- "º'S DA ESTRATÉGIAMODERNA DAM SMIH-1. ALE'AANDER HAMILlON. FRIEDRICH USl: fUND~M[Nl
(ONSTRLIT= A OS ECOl!ôMl(OS 00 POO{Jt l,lttiTAA
seria at e nuado. M as e s tava
. da gue rra Cert
nte que o perigo d . eito de pass age m d as e s t radas d '> erii
ataca 'lhos e o ir . . d . - e fe
. ar que os trJ menos vu Jn erá ve1s a est r u1çao
afirm . do u e lllu rrr1
9
eram relati vamente entes - um fato que t o1 demon st rad 'ta1
l ões perman . on
outras insta aç • s na Inglaterra e n os ataque ae reos anglo. os
b mbardeios alemae s; ªme.

t1canos n
o continente europeu. _ l 1 .
própna A e nrnn , a ti ve sse um sis te
.
antes de que a . rna fer
Mesmo d . t vagou além fro nteira s e enveredo ·
·· · 0 sonho e 1 is u Pel
rov1arJO, la Ásia . De fato, parece qu e e le foi a . 0
da E uropa e pe origem
' restante d de Ferro de Bagdá. No seu proje to de ai' ri
' da idéia da Estra a . - . . . 'ªnça
, . e le propôs que as comun1caçoes b nta nicas eorn a á:
anglo-germanica, . . . ~
, . e o Extremo Oriente fossem aperte 1çoada s p o r me, 0 de lin has <
India o
r rro oue se estendessem d o Ca n a l d a ;\fancha 3 0 ,~( ar •<
de estra d a d e ,e , ~
(!)
Arábico. O Nilo e Mar Vermelho,_ e~creveu e le , deveriam ser trazi.
O w
dos para tão perto das ilhas _bma n1cas . quanto o ~ e no e .º Elba i
w
estavam ao tempo de Napoleao; Bombaim e Ca lcuta d everiam ser o
Cf)
tão acessíveis quanto Lisbo a e Cadiz. Isso p o d eria se r co ncretizado ~
oCC
através da extensão d os projetados sis temas ferroviári os belgo-ger- w
mânicos até Veneza e daí, via os Bálcãs e Anató lia, até o Vale do ~
CC
Eufrates e o Golfo Pérsico e, fin almente, até Bombaim. U m ramal na w
11.
Síria ligaria a linha principal ao Cairo e ao Sudão. U m a linha telegrá- w
o
Cf)
fica correria em paralelo com a ferroviária, de m o d o que D owning
~
Street teria um contato tão fácil com as Índias Orientais quanto o ii
mantido com Jersey e Guernsey. List também vis ualizou uma linha li;
w
transcontinental de Moscou à China.88 Nenhum desses projetos pa- ii
recia a ele mais ambicioso ou audacioso do que os que e stavam t
~
sendo discutidos na América para a ligação via estradas de ferro J
w
entre o Atlântico e O Pacífico. o
Para garantir segurança política aos territórios pelos quais passari· ~

.
amas ferrovias propostas, a Alemanha e a Grã-Bretanha deveriam
celebrar uma ali
, .
r . . .
ança eiet1va, defimndo suas respectivas esreras
r de ~
0.
1níluenc1a A - ·a
.. · . expansao do domínio alemão sobre toda a Turqut
. t f , .
europeia evttaria a 10 ·1 Jm·
•· B. • . er erenc1a de qualquer p o tência h os t1 no
peno rttan1co - f I d . . te
_ °
ª an por meto de hipérboles, como usualmen
87 Allmdo citad . -
v3 P º· ~•de Friedrich List 'Übe . • jtbrA'S.
88 v~•rn:rte 2. P. 564.73. ' 'ein allgemines E1senbahnsystem in Frankre,ch. em
pa, Que está no Friedrich Lenl . . . 1936).
' F~na, list: ~ M.Jnn und dils Werk (Munique e Berlim,
SDA ESTRATlGIA MODERNA ADAM SMITH, ALEXANDER HAMILTON, FRIEDRICH LIST: FUNDAME
CONSIRl/TºRf NlOS ECONÔMICOS DO PODER MILITAR
ou oitenta milhõ e s de ale m ães " nificação nacional da Ale manha .
. . ue "setenta . c0 .
fazia, L1st disse q icuação requeria. A l ngla terra p nst1. eau - . parecia longe d l
ança que a s . , , or ou qu E,rn compe n saçao, List carregara co m e! e ser a can-
ruiriam a segur I da a Ásia Menor, Egito, Asia Central , tro çada- forto d o z oli ve ret.n, uma co nquista .e .dpara o outro m un do
. ontro ar to e lnd·1 con .d , so1I a para a l 1
lado, deveria c . , . ue mais do gue compen saria a ame a 0 . eivindicar co n s1 e ravel parcela de c ' d· ' qua e e
vasto terricono g . d, 1 89 aça d dia r . . re tto. Contud fi
- um • . mencana mun ia . e Pº d os h istortadore s a apreciação da impo • . o, icou a
ente potencia a cargo . . - . rtanc1a co mo um todo
uma nasc _ d L. t quanto ao controle alem ão da Turqui //ve re 1 11 p a ra a cnaçao, m ais tarde d o lm , . G . .
A gestao e is a eur0 do ZO . . ' peno ermanico.
su , rradamente conectada ao seu desej o de v - -e tretanto, a alma de Li s t continuou desfilando D . .
1
éia era, e caro, ce ·- d D , . er Unia µO , . . • 01s anos depois
P . • ga escala para a regiao o anub 10 e p a m o rte tragica, m ovimentos revolucionários
em1graçao em 1ar ara os de su varreram a Ale-
, _ N
Balcas. a ver a ,
d de todos os seus planos para a con s trução fer
. , . _ rov1a.
.. manha, dando _a espe rança d_e. que_o povo germânico constituiria
. d lguma forma vinculados a sua p a ixao por uma AI scado nac10nal sob a u sp 1c1os liberais _ um evento , .
ria eram, e a ' . ., . _ erna. um e . _ ., que ate 1 1st
.fi da e maior "Um sistema ferroviar10 alemao e o Zollve . .., ria acol hido de todo o coraçao, Ja gue acreditava ardo rosamente
nha uni ica · . re 1 " '
escreveu ele, "são irmãos siam~ses. ~~scidos ao i:r1esmo tempo: :eo governo lib eral, de classe ~ éd_ia e constitucional, co m garantias
fisicamente unidos, com um so esp1r1to e uma so alma, eles se adequadas para as liberdades individuais. Porém, as revoluções li-
apóiam mutuamente e lutam pelo me s mo e grande o bjetivo: a berais de 1848 fracassaram e deram lugar a políticas de ferro e fogo.
unificação das tribos germânicas num a só nação g rand e, civiliza- "Os nacionalistas germâ nicos, de ró tulo conservador e tradicional,
da, opulenta, poderosa e invio lável. Sem o Z ollvere i 11, sistema poderiam aceitar_~ e aceitaram - os ensinamentos econômicos de
ferroviário alemão algum jamais será considera do , e muito me- List, enquanto re1e1tavam seus conselhos po líticos [de liberalismo e
nos comtruído. Somente com a a juda de um tal sistema, a econo- direitos individuais]; e um crescente número de industriais alemães,
mia social dos alemães terá possibilidade de alcançar a dimensão independ e ntemente do nacionalismo ou da polarização política, an-

1
I nacional, e só com tal dimensão um sistema ferroviário pod erá
ser explorado em todas as suas potencialidades. " 9 º
teviram delicioso conforto nas desditas p ara a competição britânica
causadas pelo programa nacional de List. Até nacionalistas liberais
ii,
Q' da geração gue se seguiu, crescendo mais sob as graças do naciona-

2i; vm lismo do que do liberalismo , vieram, gradualmente, a conco rdar
' com as c o ntenções de List. Por volta de 1880, o estado nacional

~ Qu~ndo_List morreu em 1846, poucas das causas às quais devo-


touª vi~a tinham razoáveis chances de sucesso. Em 1846, a Inglater-
alemão, sob a direção nominal de Bismarck, estava, de fato, trilhan-
do o caminho econômico desbravado por Friedrich List."
91

':I
1
,, Walker 9ue comp
d ' . .
o proteciomsmo e
i o, e os Estados Unidos adotaram a Tan'fa
ra repelm as Lei s d O M'lh
.
rometeu seriamente os princípios da autarquia e
J'd 1·
.
Na realidade Bismarck e seus sucessores foram além do ponto
onde List teria' ido na direção do nacionalismo econômico e d_a
q , . . ' era, na rea 1 ade, um passo na direção do ivre autarquia. List sempre se opôs às alíquotas de importaçã_o para ~h-
'l comercio A indu st . r -
. · na izaçao caminhara lentamente na Alemanha e mentos. Mas o sistema tarifário alemão, como desenvolvido no tm-
o sistema ferroviári l - . pér'10, f01· um plano abrang ente que deu pro teçao - t ªnto aosj
o se . ?
a emao estava só n o papel. O conservantismo e . 11nkerl'-
', parausmo conttnu do quanto aos 1ndustna1s
. . . . · ao nacionalismo eco-
avam a prevalecer a leste do Reno, de mo 1untando-os no apoto

I 89 Para a aprec,açAo d
Deutschland" ª ferrovia para a fndia ·d • • ..
Basra-Bom cotado na nota de roda é ' v, e List, Uber... einer zwischen Grossbrott anno
8
. ·en und
dá·
nôm1· .. . '
co, ao milttansmo ao navaltsmo e ao co
'
. lonialismo. O que quer

.lt
dos setentabª'';;; vide ~rks, V. 3, Part~2 \~ara detalhes referentes à rota Constant,nopla-B~~rto
90 Friedrich Us~'. ôes ate as vésperas da
0
pi· . 9· A população do Império Germânico não chegou :-::----
,.,embro d . . sse inicialmente assoe
jadacomareaçãopolítica
exi>ansão 'err' . as deutsche E,senbahns meora Guerra Mundial. ita à e O . . a aristocracia latifundiária prussiana; uma e1a
. oY1ároanaáreadoDanúbio· -~t eTm·, em Works, V, 3, Parte 1 p. 347. No que re4sj~-60- 91 C, Jm11ttansmo. (N . do T.) . Nova York, 1931), 272-73.
~· l
~
. ,e ransportverbesserung in U~garn", em ibid., P· · H, Hayes, The Historica/ Evolution of Modem Na1tonalism(

346
. l 347
MCC DA ESTRAT(GIA MODERNA ADAM SMITH. ALEXANDER HAMILTON, FRIEDRICH LIST· FUNO
(o,/STRUT""" . AMENTOS ECONÔMICOS DO PODER MILITAR
uanto às tarifa s sobre grãos
ter pensa d o g , . , ele d ' , el O n ovo m e rca ntili smo ainda , .
ue List pu d esse. - espírito e ao propos ito da d ecla r , ifi_ flar1'1ª v . . d d e mais perigos O
q in t n ossa soc1e a e muito organiz d
. bJeçao ao
cilrnente faria~ . Reicbstag, em 1O de d ezembro de 189 do
aça 0
a e rn
opcr_ ba se es trutural do sistema de guerr N
ª ª e b astante integrada.
·
por9ue
Caprivt ante o d l d . J. ,, A
chancel er
. . . d O estado ica e
f. m i· ogo guan o e e eixa de dep
, . . ender d
· ;, f 1e e a !,ad o os velhos mercantilistas ele r ª· um grau que teria ·
existencia d suprimento. E mrnha con v icção e \,e rgon , . . , ecrutou o poder do
, rias fontes e . gue n - en fortalecer a inda mais o p o der estatal T d . es-
ªº
L

suas prop . d . d uma produção de milh o qu e se ri a suf . do pa ra . . o os os instrumen


d prese1n ir e ic1ent ra . os e c o nh ecidos fo ra m reforçados por -
po ernos • . ra alimentar nossa crescente p o pulaçã o ( e, os anrtg . uma gama de outros
t na forma de cotas, boicotes, c o ntroles camb1· . .
numa emergencia, pa A h lh -.,) na novos, ' . . . a1s, rac1onamen-
.d de de uma guerra(.,,), c o que a me o r política p ervas e m estoque e subsid1os. Do nacionalism . .
eventuali a , · · ara ros res . .. o economico
, e se fia em nossa propna a g ncu 1tura em , ·rnentad o n os crnquenta anos 9ue c o meçaram em 1870 .
a Alemanha e a qu . . , '. Vez de experi . . . , v1e-
. ' Jculos incertos de aiuda vinda d e um terceiro pa .d . o totalitarismo econo m1co, o estado totalitário e a guerra totalitá-
acre daar em ca , . , . _ rti 0
rarJ1 1· d os d e fo rma inextricavel
· · ,
1' emcaso d egue rra · E tt1i11ba 111abalavel
, . _ ' """' 0 J.111,1 ••
co11 11tcçao (J"e
ria, tOd os inter iga . . , . '
que se torna imp ,
ossive1
ra g11erra, a a/if!tefltação
·
do. exerC1to
. ,,
e da pop"laçao d ese 111p e111Ja.
, distinguir o que . e cau sa ~ .º 9ue_ e _efe1~0. Em nome da segurança
92
,á papel abso/uta11uflte deo_nvo. , . . . nal a aucondade polmca se 1m1scum por 9uase todos os domí
nacio ' ' 93 -
A maior parte da economia polt tica do Segundo R ei ch se baseou . da atividade humana.
na suposição de que, mais cedo ou mais tarde, a Alemanha estaria nio~omo c o nseqüência quase inevitável de tudo isso, vieram as ex-
envolvida numa guerra para defender o reino e ganhar um lugar de losões de 1914 e 1939. Só se p o de entendê-las por meio da refe-
reconhecimento ao sol. Na preparação para tal eventualidade, os ~ência aos c o nceitos de p oder da Europa do século XlX. Os pensa-
estadistas alemães acreditavam que deveriam depender da força ine- mentos de Adam Smith, Alexander Hamilton e Friedrich List foram
rente da Alemanha, em vez de ficarem sujeitos à boa vontade de condicionados pelo fato de serem, respectivamente, inglês, america-
vizinhos, ou de comunicações ultramarinas incertas. Os estadi s tas do no e alemão. Porém, em certos fundamentos do estadismo seus
Kaiur podem ser acusados de algumas distorções das idéias de List, pontos de vista foram surpreendentemente semelhantes. Todos eles
mas este, se fosse vivo, teria entendido muito bem a linguagem que entenderam que o poder militar é construído sobre fundações eco-
eles falavam. E teria entendido também a motivação autárquica do nômicas, e cada um deles advogou um sistema econômico nacional
Webrwirt.uhaft dos nazistas, por mais que desaprovasse as idéias que melhor atendesse às necessidades de seu próprio país. O fato
raciais de Hitler e o desrespeito de Himmler aos direitos individuais. de o mundo acabar sendo prejudicado em conseqüência do neo-
Li 5t também, infelizmente, estabeleceu as fundações para certos mercantilismo não é, necessariamente, culpa deles. Enquanto as na-
outros_ conceitos básicos do pangermanismo e do nacional socialis- ções continuarem acreditando no nacionalismo sem peias e na so-
mo, tais como O Lebe11sra1u11, o Drang nach Osten, o da expansão berania irrestrita, elas persistirão confiando nas medidas que, em
naval e colonial o d . • .
. .
fidelidade dos A J dd
• ª tnconstancia das fronteiras o da permanente seus julgamentos, melhor garantirão a independência e a segurança.
. ' .• ·
d
e um bloco contine 1
'ª ª 11 eu/sebe a pátria-mãe e o da conveniencia
L' nta contra o poder anglo-americano.
ist, como Hamilto 101 r . fi , n-
tir n, igura ltder no renascimento do merca
ismo no mundo mod Q . . ds
do mercantT _e rno. uaisguer gue tenham sido as virtu e
t ismo nos seculos XVII X d mo·
derno foi um r . e V11I, seu correspon ente
ª 10rça tnce d., · nte -------- -. • oMicafSc1ence
=-:------ n tarta num mundo explosivo e altarne
93 Para
Q
. _. . "The New Mercantihsm, A .
maiores desenvolvimentos dessa ideia, vide E. M. Ear/e. •
T
. economias totalltarias. em A. ·
la~r/~40 (1925), 594-600. Também, com particula~fe;~~~:/~~e(Princeton, 1943), especialmen·
92 Citado por w H -
· . Dawson
'
"'-EW>/uflon
. oi Mod. te n e, h, Economics ,n Umform: M11ttary Economy and 'ª
em Germany(Nova York, J 908), 248 (grifo nosso)· os capítulos 1-4.

348
f

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