1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

AO JUÍZO DA 3ª VARA FEDERAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SJRR

Autos nº: 1003913-51.2019.4.01.4200

PAJ nº: 2018/005-00675

ZILDA AFONSO JOÃO, indígena da Comunidade Comaru, na Região da Serra

da Lua, já qualificada no processo em epígrafe, por intermédio da Defensoria Pública da
União (DPU), vem, respeitosamente, perante este Juízo, apresentar

MANIFESTAÇÃO AO LAUDO MÉDICO PERICIAL e RÉPLICA À CONTESTAÇÃO,

nos termos abaixo delineados.

A Autora é indígena, trabalhadora rural (contribuiu com a previdência social) e

possui déficit motor em membros superior e inferior esquerdo, hiperflexia e atrofia do
membro superior esquerdo e déficit cognitivo.

Conforme o CNISS, o INSS concedeu-lhe administrativamente aposentadoria

por invalidez (NB 5193597900) de 25/01/2007 até 30/04/2018. Cessou sob o argumento de
que não persistia a incapacidade para o trabalho. Então, a Autora solicitou
administrativamente em 07/06/2018 auxílio doença, mas não obteve a concessão.

Já que, mesmo sendo pessoa com deficiência trabalhava na agricultura familiar,

ajuizou esta ação requerendo o restabelecimento do benefício de aposentadoria por
invalidez, a ser implantado a partir de 30/04/2018, quando ocorreu a sua cessação indevida
(30.04.2018).

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Cumpre destacar que o Laudo Pericial (Id. 583485385) é favorável ao pedido

inicial, já que constatou que a deficiência que possui desde o nascimento a impede de
trabalhar de forma definitiva e total.

Em que pese a incapacidade preexistente, a Autora trabalhava na agricultura.

Portanto, contribuía. No entanto, sua incapacidade se agravou e não conseguiu mais
exercer suas atividades. Portanto, requereu e foi concedido o benefício de aposentadoria
por invalidez.

Diante do exposto, reiteram-se os argumentos da inicial, e requer a procedência

integral do pedido de aposentadoria por invalidez a contar de 30/04/2018. Ou, concluindo-se
pela preexistência não apenas da doença mas também da invalidez, conforme foi
demonstrado no último laudo pericial, requer-se subsidiariamente, a apreciação e
concessão de BPC/LOAS.

Nesses termos, pede deferimento.

Boa Vista/RR, 21 de julho de 2021.

CARLOS MAIA FONSECA

Defensor Público Federal

NATHÁLIA KAROLINE GOMES RODRIGUES

Estagiária da Defensoria Pública da União

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