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PREVENTIVA prac ti c u s

R E S U M O S

SUMÁRIO.
• Tuberculose 3 • Check UP 108

• Dengue 15 • Violência Doméstica 113

• Câncer de Pulmão 36 • Estratégia de Saúde


da Família 118

• Raiva 50
• Transtorno de Ansiedade
Generalizada 123
• LER/DORT 60

• Polifarmácia 131
• Infecção Latente por
Tuberculose 70

• Erro médico 79

• Hanseníase 84

• Tabagismo 95

• Depressão 102

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Tuberculose
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Atenção Primária.
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
∙ Consultório de unidade básica de saúde. Caso precise de algum formulário específico,
basta verbalizar o que deseja. Considere que estão disponíveis neste consultório todos
os materiais de registro de saúde, incluídos prontuário de saúde, atestado médico,
receituários, impressos dos sistemas de informação, ficha de encaminhamento, ficha
de solicitação de exames, entre outros
Descrição do caso
Você atende na UBS um paciente do sexo masculino chamado Gustavo, 22 anos de
idade, 60 Kg, com queixa de dispneia, tosse produtiva, febre e perda de peso há 2
meses.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar anamnese e exame físico do paciente;


2. Descrever a principal hipótese diagnóstica para o quadro;
3. Solicite exames complementares para elucidação diagnóstica;
4. Citar e orientar o paciente sobre o tratamento inicial proposto, incluindo duração
e efeitos colaterais possíveis;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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FALAS DO ATOR
Motivo da consulta: tosse, febre e perda de peso há 2 meses
Febre: iniciada há 2 meses, sem fatores de melhora, associada a mialgia, com duração
de algumas horas e preferencialmente no período vespertino;
Tosse: iniciada há 2 meses, melhora durante o dia e piora a noite, com bastante catarro
esverdeado associado;

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 1 – ANAMNESE

1.
(1) Cumprimenta o paciente
simulado; (2) identifica-se; (3)
dirige-se ao paciente simulado
pelo nome, pelo menos uma
vez; (4) pergunta e (5) ouve com
atenção o motivo da consulta.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza 0 0,25 0,5
duas a quatro ações.
Inadequado: realiza apenas uma
ação ou não realiza nenhuma ação.

2.
Pergunta ao paciente o motivo da
0 0,5
consulta

3.
Questionou a presença de febre e
sua caracterização? Início, duração,
fatores de melhora, sintomas
associados.
Adequado: realiza as 4 perguntas; 0 0,25 1,0
Parcialmente adequado: Realiza 2
a 4 perguntas;
Inadequado: Realiza apenas uma
ou não realiza perguntas;

4.
Perguntou sobre a ocorrência
de tosse e sua caracterização? (1)
Início, (2) duração, (3) fatores de
0 0,5
melhora, (4) fatores de piora, (5)
presença de secreção associada

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

5.
Realizou o exame físico pulmonar
adequadamente? (1) inspeção,
(2) palpação, (3) percussão, (4)
0 0,5
ausculta
Adequado: Realiza as 4 ações;
Inadequado: Realiza 3 ou menos
ações;

6.
Solicitou tórax; (2) Escarro com
baciloscopia E teste rápido
molecular para tuberculose E
cultura para BAAR;
Adequado: solicitou os 2 exames
completos; 0 1,0
Inadequado: Solicitou um
exame, ou não solicitou todos
os exames do escarro ou não
solicitou nenhum exame;exames
confirmatórios? (1) RX de

TÓPICO 2 PLANOS DE CUIDADO

1.
Cita os nomes dos quatro
medicamentos, na forma de dois
tipos de comprimidos: Rifampicina,
0 1,0
Isoniazida, Pirazinamina e
Etambutol (RHPE) e Rifampicina e
Isoniazida (RH).

2.
Explica o tratamento completo
para TB 2RHZE/4RH:
2 meses de tratamento diário com
0
RHZE,
1,0
4 comprimidos/dia; 4 meses
de tratamento diário de RH, 4
comprimidos/dia.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

3.
Explica efeitos colaterais menores
das medicações: gástricos
(epigastralgia, dor abdominal,
náuseas e vômitos); cutâneos
(edema, irritação, acne e prurido) e
outros (cefaleia, vertigem, insônia,
0 0,5 1,0
ansiedade e artralgia).
Adequado: Explica dois ou mais
efeitos colaterais.
Parcialmente adequado: Explica
apenas um dos efeitos colaterais
menores.
Inadequado: Não explica efeitos.

4.
Explica que os efeitos precisar
suspender a medicação.
Adequado: Cumpre todas as
0 0,5
tarefas.
Inadequado: Não faz nenhuma
pergunta costumam passar sem

5.
Orienta a ingestão com água dos 4 0 0,5
comprimidos de RHPE na UBS.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

6.
Orienta sobre como será o TDO:
(quem) membro da Estratégia da
Saúde da Família (ACS, enfermeiro,
técnico de enfermagem ou
médico);
(como) horário de ida à UBS ou
visita domiciliar;
(especificidade) como se dará a 0 0,25 0,5
tomada da medicação nos fins de
semana e feriados.

Adequado: Faz as três orientações


Parcialmente adequado: Faz até
duas orientações das três listadas
acima.
Inadequado: Não orienta.

7.
Orienta sobre a importância de
não abandonar tratamento e que 0 0,5
as medicações são fornecidas de
maneira gratuita

8.
Orienta o paciente sobre retorno 0 0,5
agendado para seguimento.

9. Realiza a sequência das


tarefas conforme solicitado nas
orientações ao(à) participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

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RESUMO TUBERCULOSE
1) DEFINIÇÃO
Tuberculose é uma infecção crônica, mais comumente no pulmão,
porém pode acometer vários outros órgãos, sendo uma doença com diversos
espectros clínicos.
O agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis.

2) TRANSMISSÃO E HISTÓRIA NATURAL:
A principal via de transmissão é a respiratória, através da inalação do bacilo
transmidido por pessoas infectadas.
Existem populações vulneráveis que tem maior risco de adquirir a infecção:
- Pessoas vivendo com HIV;
- Pessoas com imunossupressão por qualquer motivo;
- Privados de liberdade;
- Situação de rua;
- Trabalhadores da área da saúde;

A tuberculose tem tipicamente duas fases: primária, onde após o contato


com o bacilo o paciente pode desenvolver um quadro respiratório inespecífico e
auto limitado em até 3 semanas do contato, sendo mais comum em crianças e
frequentemente não diagnosticado, e a fase pós primária, que ocorre em 10% dos
infectados (ou seja, 90% tem controle da infecção e cura).
Na fase latente (entre a primária e pós primária), o sistema imune é eficaz
em conter a infecção mas não em eliminar o bacilo. Ocorre a formação de um
granuloma ao redor do bacilo para contê-lo, e durante períodos de fragilidade
imunológica pode ocorrer proliferação do germe, rupture do granuloma e por fim
a infecção, tipicamente no pulmão, porém, podendo acometer outros órgãos.

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3) QUADRO CLÍNICO:
O quadro clínico mais característico apresenta os seguintes sinais, sintomas e
elementos na história:

Apesar de os exames de imagem não serem confirmatórios para o diagnóstico


de tuberculose, existem achados que sãos bastante sugestivos, e frequentemente
cobrados nas provas.

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4) DIAGNÓSTICO:
Para confirmar o diagnóstico de tuberculose devemos realizar exames
complementares.
O exame de primeira escolha é a análise do escarro através de três métodos:
Teste rápido molecular (TRM-TB), cultura para BK e baciloscopia (pesquisa direta do
bacilo de Koch pela coloração de Ziehl-Nielsen). Dentre estes, o TRM é o que apresenta
maior sensibilidade e especificidade. Tipicamente são coletadas 2 amostras, uma no
momento do atendimento e outra em jejum no dia seguinte.
Outras opções caso este exame não seja elucidativo: broncoscopia com lavado
broncoalveolar e biópsia de tecidos suspeitos de estarem acometidos, como linfonodo
e pleura.
DICA:

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Não esqueça também dos cuidados gerais: solicitar teste de HIV, orientar o uso
de máscara cirúrgica e investigar contatos próximos em até 2 anos para tuberculose
e infecção latente por tuberculose (ILTB).
RESUMIDO, PENSEI EM TUBERCULOSE, O QUE FAZER?

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5) TRATAMENTO:
O tratamento básico para tuberculose é o famoroso 2RIPE + 4RI, ou seja, 2
meses de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguido de 4 meses de
rifampicina e isoniazida.
Ao confirmar o diagnóstico o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Caso o teste de sensibilidade tenha sido coletado e ainda não esteja disponível, este
deve ser checado posteriormente e o tratamento ajustado em centro de referência se
houver resistência ao esquema básico.

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O paciente deve ser acompanhado com baciloscopia mensalmente. Esperamos


que ela esteja negativa no 2º mês, quando o isolamento pode ser liberado. Se falha no
tratamento, encaminhamos para centro de referência. Os principais efeitos colaterais
a serem lembrados:

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Dengue
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Atenção Primária na UBS
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• Consultório de unidade básica de saúde
• Laboratório simples

Descrição do caso
Você realizará o atendimento de demanda espontânea de uma mulher de 43 anos de
idade. Os dados do acolhimento foram coletados pela técnica de enfermagem.
Motivo da Consulta: Paciente refere dor no corpo, na cabeça, nos olhos e febre há dois
dias.
Peso: 70 kg
Índice de Massa Corporal: 28 kg/m²
Pressão Arterial: 120 mmHg × 70 mmHg
Frequência Cardíaca: 98 batimentos/minuto
Temperatura: 38,5 ºC
Classificação de Risco – AMARELA – RISCO INTERMEDIÁRIO

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar o atendimento da paciente;


2. Explicar as medidas necessárias para a correta investigação clínica e
seguimento do caso;
3. Verbalizar as condutas necessárias e as orientações à paciente e demais ações a
serem realizadas pela equipe de saúde da UBS.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

EXAME FÍSICO

Pressão arterial em pé: 120 mmHg x 70 mmHg

Pressão arterial deitada: 124 mmHg x 72 mmHg

Paciente em bom estado geral, hidratada, corada, ativa, pele e conjuntiva ocular normais.

Ausculta cardiorrespiratória normal.

Abdome semigloboso, sem visceromegalias ou dor à palpação superficial e profunda.


Ruídos hidroaéreos presentes.
MMII: pulsos pediosos cheios, sem edemas e panturrilhas livres.

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IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

PROVA DO LAÇO

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IMPRESSO 3 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

EXAMES COMPLEMENTARES
EXAMES LABORATORIAIS

Cliente: MARIA GLÓRIA Protocolo:001.2774113-


Idade : 43 ANOS
Local : Mundo Revalida CPF : 999.999.999-99
Solicitante : Revalidando

HEMOGRAMA
Material: SANGUE Valores de Referência
HEMOGLOBINA...................: 12,3 g/dL 9,0 a 14,0 g/dL
HEMATÓCRITO...................: 36,8 % 35,0 a 45,0 %

SÉRIE BRANCA
LEUCÓCITOS....................: 5.000 mm³ 5.000 a 19.500 mm³
SEGMENTADOS..................50 %
LINFÓCITOS....................: 42 %
MONÓCITOS....................: 8 %
EOSINÓFILOS....................: 1 %
BASÓFILOS....................: 0%

SÉRIE PLAQUETÁRIA
PLAQUETAS
Contagem ...........: ..........152.000 mm³ 150.000 a 450.000mm³

PROTEÍNA C REATIVA……………: 8 mg/L 0 a 8 mg/L

URINA TIPO 1
DENSIDADE.............................: .........1.015mm 1.005 a 1.040
PH............................................: 6,5 4,5 a 8,5
LEUCÓCITOS............................: 2 – 4 / campo 0 a 5 / campo
HEMÁCIAS...............................: 1 / campo 0 a 2 / campo
PROTEÍNA................................: INDETECTÁVEL INDETECTÁVEL
NITRITO....................................: NEGATIVO NEGATIVO
GLICOSE...................................: NEGATIVO NEGATIVO

Nota(s):1. Valores de referência de acordo com idade e sexo, exceto para gestantes.
Ref.:BAIN, B.J. Blood Cells: a practical guide. 4 ed. Oxford: Blackwell Publishing, 2006.
476p. KAUSHANSKY, K. et al. Williams Hematology, 8 ed., MacGraw Hill
Companies, Inc., 2010.
TODO TESTE LABORATORIAL DEVE SER CORRELACIONADO COM O QUADRO
CLÍNICO DO PACIENTE, SEM O QUAL A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS É APENAS
RELATIVA.

ATENÇÃO: DIRIJA-SE À CÂMERA


E VERBALIZE OS ACHADOS TÉCNICOS DO EXAME

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IMPRESSO 4 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

NSI- TESTE RÁPIDO DENGUE


REFERÊNCIA
IgM: não reagente .............................. não reagente
IgG: não reagente ................................não reagente
NS1: reagente .............................................não reagente

ATENÇÃO: DIRIJA-SE À CÂMERA


E VERBALIZE OS ACHADOS TÉCNICOS DO EXAME

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1.
Apresentação: (1) identifica-se;
(2) cumprimenta de maneira
adequada/cordial; (3) mantém
contato visual; (4) pergunta o nome
do paciente

Adequado: realiza os quatro itens.


Parcialmente adequado: realiza 0 0,125 0,25
dois ou três itens.
Inadequado: realiza um ou
nenhum item.

2.
Estabelece contato visual e
mantém postura empática ao
longo da consulta.
Adequado: realiza os dois itens. 0 0,25
Inadequado: realiza um ou
nenhum item.

3.
Escuta a fala do paciente simulado,
sem interrompê-lo.

Adequado: realiza integralmente a


ação. 0 0,25
Inadequado: não realiza
integralmente a ação.

4. Usa linguagem acessível


para com o paciente simulado,
evitando termos técnicos de difícil
compreensão.
0 0,25
Adequado: usa linguagem
acessível.
Inadequado: não utiliza linguagem
acessível

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

TÓPICO 2
CONHECIMENTOS E HABILIDADES EM UM ATENDIMENTO DE
DEMANDA ESPONTÂNEA

2.1
Pergunta sobre sintomas/sinais
que possam indicar a presença de
um foco infeccioso: tosse, dispneia,
diarreia, disúria, polaciúria, dor
abdominal.
Adequado: pesquisa ao menos três
potenciais focos de infecção.
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: pesquisa
um ou dois potenciais focos de
infecção.
Inadequado: não realiza nenhuma
pesquisa de foco de infecção em
paciente febril.

2.2
Pergunta sobre sinais/sintomas
de alarme: dor abdominal
intensa e contínua; vômitos
persistentes; hipotensão postural
e/ou lipotimia; hepatomegalia
dolorosa; sangramento de
mucosas; hemorragias importantes
(hematêmese e/ou melena);
sonolência e/ou irritabilidade;
diminuição da diurese;
hipotermia; aumento repentino
0 0,5
de hematócrito; queda abrupta de
1,0
plaquetas; desconforto respiratório;
cefaleia intensa.

Adequado: pesquisa ao menos três


sinais/sintomas de alarme.
Parcialmente adequado: pesquisa
um ou dois sinais/ sintomas de
alarme.
Inadequado: não realiza nenhuma
pesquisa de sinais/ sintomas de
alarme.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

2.3
Pergunta sobre contexto
socioambiental.

Adequado: pesquisa o contexto 0 0,5


socioambiental.
Inadequado: não pesquisa o
contexto socioambiental

2.4 Indica a realização de exame


físico 0,5

2.5
Explica corretamente a medida e
os resultados da pressão arterial
em duas posições e da prova do
laço (Impresso 1 e 2).

Adequado: explica corretamente a


aferição da PA em duas posições e
o achado positivo da prova do laço.
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: apenas
explica corretamente a positividade
da prova do laço ou da aferição da
PA em duas posições.
Inadequado: não explica nenhum
dos dois resultados das duas ações;
ou interpreta equivocadamente o
resultado da prova do laço ou da
aferição da PA.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

2.6
Solicita adequadamente os exames
laboratoriais específicos de dengue
(impressos 3 e 4).

Adequado: indica a necessidade de


realização de exames específicos
para dengue em caso ou
paciente índice para confirmação
diagnóstica esclarecendo o tempo
ideal de coleta: fora de períodos
epidêmicos, através da realização 0 0,25 0,5
dosagem de NS1 (considerar
teste rápido de dengue), RT-PCR
para dengue, isolamento viral de
dengue, idealmente antes do 4º
dia, ou sorologia de dengue IgM
(este a partir do 6º dia).
Parcialmente adequado: indica os
exames sem esclarecer o tempo
ideal de coleta.
Inadequado: não indica os exames
específicos de dengue.

TÓPICO 3
DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA.

3.1
Diagnostica adequadamente
o quadro como dengue e o
estadiamento clínico como grupo
B.

Adequado: faz o diagnóstico


de dengue e classifica 0,5
0 1,0
adequadamente como dengue
grupo B.
Parcialmente adequado: faz o
diagnóstico de dengue, porém não
classifica adequadamente como
dengue grupo B.
Inadequado: não faz o diagnóstico
de dengue.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

3.2
Explica corretamente a forma de 0 0,5
contágio da dengue

3.3
Indica a necessidade de
abordagem comunitária, com ação
multiprofissional.

Considerar adequada se citar


0
ao menos uma outra categoria
profissional (ex.: agente
comunitária da saúde ou 1,0
enfermeiro ou agente de combate
a endemias).

3.4
Indica ações de vigilância
epidemiológica necessárias ao
caso: notificação no SINAN de
casos suspeitos de dengue (1),
avaliação de novos casos no
território (2) e intervenção em
criadouros (3).
0 0,5
1,0
Adequado: indica ao menos duas
ações de vigilância.
Parcialmente adequado: indica
apenas uma ação de vigilância.
Inadequado: não indica nenhuma
ação de vigilância epidemiológica
necessária ao caso.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

3.5
Indica tratamento sintomático,
com reforço à reidratação imediata,
além de atenção aos sinais de
alarme.

Adequado: indica o uso de


sintomáticos e explica a dosagem
adequada de SRO e reidratação
(80ml/kg/ dia d líquidos, sendo
1/3 disso com SRO) ou e Indica os
sintomáticos e não acrescenta
outras medicações não indicadas 0 0,5
1,0
(ex.:,antibióticos e oseltamivir);
contraindica uso de AAS e AINES.
Parcialmente adequado: indica
SRO, mas não explica dosagem
adequada de SRO, e não indica o
tratamento sintomático.
Inadequado: indica outros
medicamentos que não o
sintomático (como AINES ou AAS)
e/ou não indica SRO.

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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO
ADEQUADO

3.6
Encerra o atendimento listando
os problemas levantados e
ações pactuadas (1), agenda o
retorno em menos de 48h pelo
estadiamento clínico (Grupo B)
(2), esclarece sobre os sinais e
sintomas de alarme (3), solicita
novo hemograma (4), além de
questionar sobre dúvidas adicionais
(5). 0 0,125
0,25
Adequado: garante retorno
oportuno e mais uma ação.
Parcialmente adequado: apenas
garante o retorno oportuno, sem
nenhuma ação adicional. Ou cita
duas ou mais das ações listadas,
sem indicar o retorno oportuno.
Inadequado: não garante o retorno
oportuno ou cita apenas uma das
ações listadas.

3.7
Realiza a sequência das tarefas
conforme solicitado nas
orientações ao(à) participante. 0 0,125 0,25

Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

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FALAS DO ATOR
Maria Glória , 43 anos, referir dor de cabeça, febre, dor no corpo, dor de cabeça mais
acentuada atrás dos olhos há 3 dias.
Negar sangramento e manchas no corpo.
Negar vômitos. Negar alergias. Negar dor abdominal.
Referir que perto da sua casa tem depósitos de lixo ao ar livre e que o seu vizinho está
com os mesmos sintomas.

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RESUMO DENGUE
1) Epidemiologia e transmissão:

A dengue é uma doença endêmica causada pelo vírus DEN, que psosui
quatro sorotipos (1-4) e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, capaz de se
reproduzir facilmente em ambientes com água parada, e representa um problema
de saúde pública.

O mosquito encontra condições de reprodução, especialmente com acúmulo


de água parada, em regiões negligenciadas e populações com condições precárias
de moradia, saneamento básico e descarte de lixo.

A doença tem um grande espectro clínico, podendo apresentar-se desde


forma oligossintomáticas até quadros muito graves e óbito.

2) QUADRO CLÍNICO:

É importante termos em mente que apesar das diversas manifestações


clínicas possíveis, o quadro apresentado nas provas com mais frequência é o típico.

Outro ponto relevante: normalmente dengue é cobrada dentro da


investigação de uma síndrome febril, então sempre lembre de perguntar sobre
outros focos infecciosos na anamnese!

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Quando vamos suspeitar de dengue?

Sempre que nos depararmos com um paciente que apresente: febre (geralmente
alta, >39º), com cefaleia (holocraniana ou retro-orbitária), mialgia e artralgias;

Algumas vezes o paciente pode desenvolver um exantema máculo-papular, que


atinge tronco, face e membros (normalmente aparece após o término da febre).

Também é comum história de casos semelhantes na vizinhança.

A grande sacada é: síndrome febril aguda com sintomas inespecíficos mas que
sugerem uma infecção, nesses casos, sempre precisamos pensar em dengue!

Lembre de duas etapas muito importantes no exame físico da dengue:

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3) DIAGNÓSTICO:

Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado!!!

O diagnóstico pode ser confirmado por exames como isolamento viral ou pesquisa
de material genético por PCR, mas os mais comuns são: pesquisa de antígeno NS1 e
sorologia IgM;

Quando devemos solicitar cada uma delas?

O antígeno está presente nas fases iniciais da infecção, e idealmente é solicitado entre o
1º e 3º dia de sintomas;

Os anticorpos demoram alguns dias para serem produzidos, e a sorologia IgM deve ser
solicitada após o 5º dia de sintomas;

4) CLASSIFICAÇÃO:

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Esta é uma das etapas mais importantes no manejo do paciente com suspeita de dengue,
e para realizar esta classificação devemos utilizar as informações retiradas na anamnese;

Toda vez que pensarmos que pode ser dengue temos que nos fazer 2 perguntas:

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1. O paciente tem comorbidades importantes e/ou sangramento de pele (induzido


pela prova do laço ou espontâneo)?

- Idosos > 65 anos;

- Gestantes;

- Hipertensão, Diabetes Mellitus;

- Nefropatia, cardiopatia, pneumopatias, hepatopatias;

- Doenças hematológicas crônicas;

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2. Existem sinais ou sintomas clínicos que sugiram um quadro grave, ou seja,


existem sinais de alarme?

- Dor abdominal;

- Hepatomegalia dolorosa;

- Sangramento de mucosa ou outros sítios;

- Sinais de choque (hipotensão, oligúria, rebaixamento do nível de consciência);

- Tempo de enchimento capilar prolongado;

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A classificação é realizada em 4 grupos:

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5) CONDUTA:

Por fim, encerre a consulta como você gostaria que encerrassem a sua!

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R E S U M O S

Câncer de Pulmão
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Atenção Primária
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
∙ Consultório de unidade básica de saúde.
Descrição do caso
Você atenderá um paciente de 72 anos, com consulta agendada, tabagista ativo, com
queixa de tosse crônica com laivos de sangue, sudorese noturna e perda de peso.
Dados do acolhimento coletados pela técnica de enfermagem:
Motivo da consulta: Tosse com sangue e emagrecimento
Temperatura axilar: 37.1 °C.
Peso: 61 Kg
Índice de massa corporal: 16 kg/m².
Pressão arterial: 120 × 60 mmHg.
Frequência cardíaca: 98 bpm.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese e exame físico adequados de acordo com a queixa do paciente.


2. Interpretar o exame de imagem
3. Realizar uma hipótese diagnóstica e escolher o exame de eleição para confirma-lo
4. Indicar o tratamento inicial para o paciente conforme o estadiamento.

36
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

Exame Físico:

Regular estado geral, descorado 1+/4, acianótico, anictérico, afebril, emagrecido;


spO2 92%, FR 18, FC 98, PA 100x60
AR: Expansibilidade pulmonar preservada a inspeção estática e dinâmica,
percussão com som claro pulmonar, expansibilidade simétrica à palpação, MV+,
estertores crepitantes em terço médio a esquerda

37
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

38
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 3 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade
Anatomopatológico de lesão pulmonar: lesão compatível com adenocarcinoma de
origem bronquioalveolar.

Estadiamento inicial após exames de imagem: T3 N1 M0

39
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1.
Apresentação: (1) identifica-se;
(2) cumprimenta de maneira
adequada/cordial; (3) mantém
contato visual; (4) pergunta o
nome do paciente

Adequado: realiza os quatro itens.


Parcialmente adequado: realiza 0 0,125 0,25
dois ou três itens.
Inadequado: realiza um ou
nenhum item.

2.
Estabelece contato visual e
mantém postura empática ao
longo da consulta.
Adequado: realiza os dois itens. 0 0,25
Inadequado: realiza um ou
nenhum item.

3.
Escuta a fala do paciente simulado,
sem interrompê-lo.

Adequado: realiza integralmente a


ação. 0 0,25
Inadequado: não realiza
integralmente a ação.

4. Usa linguagem acessível


para com o paciente simulado,
evitando termos técnicos de difícil
compreensão.
0 0,25
Adequado: usa linguagem
acessível.
Inadequado: não utiliza linguagem
acessível

40
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 2
CONHECIMENTOS E HABILIDADES EM UM ATENDIMENTO

2.1
Pergunta sobre sintomas/sinais
que acompanham o quadro de
tose: (1) duração; (2) fatores de
melhora; (3) fatores de piora; (4)
presença e características da
secreção; (5) presença de sangue;
(6) Início;
0 0,25 0,5
Adequado: pesquisa ao menos
quatro sintomas
Parcialmente adequado: pesquisa
2 ou 3 sintomas.
Inadequado: não pesquisa
nenhum ou apenas 1 sintoma;

2.2
Pergunta sobre sinais/sintomas
que acompanham o quadro de
febre e perda de peso: (1) início;
(2) duração; (3) febre aferida ou
referida; (4) horário do dia; (5)
acompanhada ou não de sudorese;
(6) peso anterior; (7) peso atual; 0 0,5
1,0
Adequado: pesquisa ao menos
quatro sinais/sintomas;
Parcialmente adequado: pesquisa
2 ou 3 sinais e sintomas;
Inadequado: pesquisa 1 ou
nenhum sinal e sintoma;

41
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

2.3
Realiza o exame físico específico
do aparelho pulmonar: (1) inspeção
estática e dinâmica; (2) palpação;
(3) percussão; (4) ausculta
0 0,5
Adequado: Realiza os 4 passos do
EF;
Inadequado: não realiza os 4
passos do EF;

2.4
Pergunta sobre o exame físico 0,5
geral;

2.5
Interpreta adequadamente a
radiografia de tórax: (1) massa em
campo pulmonar a esquerda; (2)
Infiltrado em campo/ápice/terço
médio pulmonar a esquerda; (3)
Derrame pleural a esquerda; 0 0,5 1,0

Adequado: Cita 1 ou 2 + 3;
Parcialmente Adequado: Cita 1 ou
2 apenas;
Inadequado: Não cita nenhuma
alteração ou apenas 3;

2.6
Realiza hipótese diagnóstica de 0 0,5
Câncer de Pulmão

TÓPICO 3
DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA.

42
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

3.1
Solicita: (1) biópsia de lesão
pulmonar por (2) rádio intervenção;
(3) broncospia; (4) céu aberto;
0,5
Adequado: Cita (1) + 2 ou 3 ou 4 0 1,0
Parcialmente adequado: Cita
apenas (1)
Inadequado: Não cita nenhum
item ou apenas 2 ou 3 ou 4;

3.2
0 0,5
Pergunta o estadiamento;

3.3
0 1,0
Orienta cessar tabagismo

3.4
Comunica o diagnóstico com 0
1,0
empatia

3.5
Indica tratamento inicial: (1)
cirurgia e (2) quimioterapia e
radioterapia.

Adequado: indica (1) e (2) 0 0,5 1,0


Parcialmente adequado: indica (1)
ou (2)
Inadequado: Não indica
tratamento inicial;

3.6
Encerra a consulta: (1) encaminha à
atenção terciária; (2) Pergunta se o
paciente tem dúvidas
0 0,125
Adequado: Realiza (1) e (2) 0,25
Parcialmente adequado: Realiza
(1) ou (2)
Inadequado: realiza nenhuma
ação;

43
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

3.7
Realiza a sequência das tarefas
conforme solicitado nas
orientações ao(à) participante. 0 0,25

Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

44
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FALAS DO ATOR:
- Tosse produtiva, com laivos de sangue, há 3 meses, contínua, pior a noite e deitado e
melhora ao sentar ou ficar de pé;
- Febre principalmente a noite, com sudorese, aferida em até 39º, diária e comduração
de até 2 horas;
- Pesava 73 Kg há 3 meses, atualmente pesa 61Kg;
- Pergunta qual o tratamento inicial de câncer de pulmão; Não tem dúvidas ao final da
consulta;

45
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Resumo CA de pulmão
1) Epidemiologia:
O estudo de neoplasias frequentemente é complexo, e precisamos estruturar
uma linha de raciocínio para selecionar as informações que são verdadeiramente
relevantes para as provas.
No caso do câncer de pulmão a epidemiologia é importante em três aspectos:
os principais tipos de câncer de pulmão, quem são as pessoas mais acometidas e
quais os principais fatores de risco.

46
PREVENTIVA prac ti c u s
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2) QUADRO CLÍNICO:
O paciente tipicamente se apresenta com tosse crônica com ou sem catarro/
hemoptise, dispneia progressiva, perda de peso, sudorese noturna.
Outras vezes a questão apresentará um nódulo pulmonar achado acidentalmente
em um exame realizado por outro motivo em um paciente assintomático.
Dica: muitas vezes o diagnóstico diferencial é com tuberculose pela história
arrastada e presença de tosse crônica com perda de peso; A sacada para resolver
as questões está nos fatores de risco e exames de imagem.

3) Como fazer o diagnóstico?


A ideia é escolher o melhor exame para acessar a lesão e conseguir uma
amostra de tecido por biópsia, para realização de exame anatomo-patológico e
imunohistoquímico.
Ou seja, tem que “tirar pedaço” pra dar diagnóstico, a questão é apenas por
onde;

47
PREVENTIVA prac ti c u s
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4) Estadiamento:
O estadiamento é importante para definir o tratamento inicial. Os exames
de escolha são PET-CT, tomografia computadorizada com contraste e ressonância
magnética de crânio, em busca de acometimento de linfonodos torácicos e
extratorácicos, bem como implantes metastáticos em outros órgãos.
A classificação TNM é complexa, mas podemos pensar em três grandes questões
para simplificar o estadiamento: A doença é restrita ao pulmão? Há acometimento
linfonodal no pulmão contralateral ou a distância? Há acometimento com lesões
sólidas em outros órgãos?

48
PREVENTIVA prac ti c u s
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5) Tratamento:
A primeira decisão será a respeito de cirurgia ou não.
O tumor será operável se for restrito ao pulmão, sem acometimento de estruturas
adjacentes ou à distância, ou seja, ao menos T3
O acometimento linfonodal também importa para a decisão de operar. Caso
exista acometimento restrito ao pulmão e hilo do mesmo lado, é indicado cirurgia
e quimioterapia adjuvante, porém, caso ocorra acometimento de linfonodos
contralaterais ou mesmo supraclaviculares (N2 ou N3) é indicado o tratamento
medicamentoso com quimioterapia e radioterapia.
Se for N0, ou seja, sem acometimento linfonodal, apenas o tratamento cirúrgico
é indicado;

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Raiva
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Atenção Primária.
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
∙ Consultório de unidade básica de saúde.
Descrição do caso
Você realizará o atendimento de demanda espontânea de um homem de 25 anos de
idade.
Os dados do acolhimento foram coletados pela técnica de enfermagem.
Motivo da Consulta: Paciente refere ter sofrido mordida de cachorro.
Peso: 75 kg
Índice de Massa Corporal: 26 kg/m²
Pressão Arterial: 120 mmHg × 80 mmHg
Frequência Cardíaca: 95 batimentos/minuto
Temperatura: 36,5 ºC

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar o atendimento do paciente;


2. Explicar as medidas necessárias para o correto seguimento do caso;
3. Verbalizar as condutas necessárias e as orientações ao paciente

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

Braço Direito

Dirija-se a câmara e verbalize o que se vê

51
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Falas do ator
Júlio 25 anos, advogado, referir que estava correndo na rua quando o cachorro de sua
vizinha o mordeu em braço direito.
Conhecido e vacinado.
Nega conhecer seu histórico vacinal, não se lembra.
Nega alergias.
Dizer que tem 1 hora do acontecido.
Questionar se precisa tomar a vacina anti rabica

52
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TOPICO 1 – ANAMNESE

1
(1) Cumprimenta o paciente
simulado; (2) identifica-se; (3) dirige-
se ao paciente simulado pelo nome,
pelo menos uma vez; (4) pergunta
e (5) ouve com atenção o motivo da
consulta.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza 0 0,25
duas a quatro ações.
Inadequado: realiza apenas uma
ação ou não realiza nenhuma ação.

2.
Estabelece contato visual e
mantém postura empática ao longo
da consulta.
Adequado: realiza as duas ações.
0 0,25
Parcialmente adequado: realiza
apenas uma das ações.
Inadequado: não realiza nenhuma
das ações.

3
Escuta as perguntas do
entrevistador, sem interrompê-lo.
Adequado: realiza integralmente a
ação. 0 0,5
Inadequado: não realiza
integralmente a ação.

4.
Usa linguagem acessível durante a
entrevista, evitando termos técnicos
de difícil compreensão.
Adequado: usa linguagem
0 0,5
acessível.
Inadequado: não utiliza linguagem
acessível.

53
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 2
Conhecimentos e Habilidades em um Atendimento de Demanda Espontânea

2.1
Pergunta sobre motivo da consulta
0 1,0
e avalia o tempo decorrido desde a
mordida.

2.2
Pergunta sobre sintomas
associados como dor, perda de
força, limitação de movimento,
parestesia e outras alterações de
sensibilidade.
Adequado: pesquisa ao menos três 0
sinais/sintomas de alarme. 1,0
Parcialmente adequado: pesquisa
um ou dois sinais/ sintomas.
Inadequado: não realiza nenhuma
pesquisa de sinais/ sintomas.

2.3
Pergunta sobre histórico vacinal e 0 0,5
sobre vacinação antitetânica

2.4
Indica a realização de exame físico 0 0,5
direcionado.

2.5
0 0,5
Classifica a lesão como leve.

2.6
Questiona sobre o animal agressor
0 0,5
e sobre a possibilidade de
acompanhamento do animal

Tópico 3- abordagem terapêutica

54
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R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

3.1 Indica higiene do local da ferida;


contraindica sutura da lesão em
primeiro momento de consulta.
Adequado: Indica higiene e
contraindica sutura.
0 0,25 0,5
Parcialmente Adequado:
Recomenda apenas uma das ações.
Inadequado: Não indica higiene
da lesão e/ou indica realização de
sutura.

3.2
Indica realização de curativo da 0 0,5
lesão

3.3 Orienta sobre profilaxia de


raiva, não indicando realização de
0 0,5
vacinação antirrábica em primeiro
momento.

3.4 Indica atualização de vacinação


0 1,0
antitetânica

3.5 Indica antibioticoprofilaxia com


0 0,5
amoxicilina-clavulanato por 7 dias.

3.6 Orienta sobre acompanhamento


0 0,5
do animal por 10 dias.

3.7 Indica retorno agendado em 48


0,5
horas para seguimento

2.6 Realiza a sequência das tarefas


conforme
solicitado nas orientações ao(à)
0 0,5
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

55
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RESUMO RAIVA
1) Transmissão:
Na prova prática é cobrado a profilaxia da raiva e os cuidados com a ferida e não a
doença.
A raiva é uma encefalite aguda causada por um vírus transmitido por mordedura (mais
comum), arranhadura ou lambedura de um animal infectado (os mais comuns são cães,
gatos e morcegos).
2) Avaliação da ferida:
Ao atender uma vítima de ferimento por animal é importante avaliar a profilaxia para
raiva mas não podemos nos esquecer de avaliar a ferida.
Como qualquer ferimento corto contuso é importante saber a localização e buscar por
sinais de alarme relacionados a lesões neurológicas ou vasculares.
Como são esses sintomas de alarme? Qualquer alteração de função de um desses
sistemas, e normalmente a lesão é em membros:
- Perda de força,
- Alteração de sensibilidade;
- Limitação de movimento;
- Dor suspeita de acometimento neurológico, como queimação ou parestesias;
- Alteração de cor, perfusão ou temperatura do membro;
Não esquecer de perguntar o tempo do ferimento.
Após a avaliação inicial de sinais e sintomas de alarme iremos classificar a lesão em
leve ou grave!
Leve: superficial, troncos e membros (exceto extremidades e polpas digitais);
arranhadura ou mordedura ou lambedura;
Grave: tudo o que não é leve... profundo, extenso ou múltiplo em qualquer lugar do
corpo;
Lambedura de mucosas, lesão em cabeça, mãos, pés;
Existe o contato indireto, que corresponde a manipulação de objetos contaminados
ou lambedura em pele íntegra. Nesses casos nenhum tratamento além de lavar com
água e sabão vai ser indicado.

56
PREVENTIVA prac ti c u s
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3) Sobre o animal:
Para decidir sobre a profilaxia precisamos também de informações sobre o animal que
causou o ferimento.
- O animal é conhecido e vacinado?
- O animal pode ser acompanhado?
- O animal tem contato com outros animais selvagens ou não vacinados?
Por exemplo, se o animal é conhecido, vacinado e não tem contato com outros animais
a profilaxia não será necessária em um primeiro momento!
A grande sacada é: o animal SEMPRE terá de ser acompanhado, mesmo se não for iniciado
nenhum esquema profilático no início, então, SEMPRE indique o acompanhamento do
animal.

57
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4) Indicando a profilaxia:

Com essas informações podemos indicar a profilaxia.

Basicamente existem 2 tratamentos: vacina e soro (IGHAR ou SAR – soro


antirrábico humano). A vacina é profilaxia, e o soro, tratamento, ou seja, vai ser
aplicado em alto risco de contaminação (lesões graves de animais contaminados
ou suspeitos que não podem ser acompanhados).

58
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Insights:

- O animal sempre deve ser observado, independente se conhecido ou não;

- Nos casos de lesões graves em que for indicado tratamento por suspeita de raiva (seja
por suspeita clínica do animal ou porque ele sumiu ou morreu) é necessário aplicar SORO
além da vacina;

- O soro é infiltrado nas portas de entrada;

- A sequência mágica é 0 – 3 – 7 – 14 – 28;

- Todo esse cuidado é necessário porque a letalidade da raiva é de 100%;

5) Cuidados com a ferida:

Não esqueça dos cuidados básicos:

- Lavar com água e sabão;

- Conferir vacina antitetânica e indicar se necessário (se última dose < 5 anos não
é necessário);

- Indicar antibiótico: amoxicilina + clavulanato por 7 dias;

- Não realizar sutura;

59
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LER/DORT
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso

Você está na UBS e irá atender uma paciente de 47 anos que comparece para
atendimento médico com queixa de dor em braço e punho esquerdo há 5 meses.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese e atendimento inicial do caso;


2. Defina a principal Hipótese Diagnóstica;
3. Dê a conduta proposta;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

60
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

Exame Físico
Peso: 55kg;
Altura: 160cm;
Temperatura Axilar: 36,8_C;
Frequêcia Respiratória: 20irpm;
Frequência Cardíaca: 90bpm;
Pressão Arterial: 110 x 80 mmHg;
Músculo Esquelético:

- contratura muscular cervical;


- sem limitação de amplitude do movimento de coluna cervical e ombro direito;
- sem alteração da cor da pele no local da dor;
- sem edema de articulações de membros superiores
Demais aspectos: sem alterações

61
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FALAS DA PACIENTE
Relata que está há 10 anos trabalhando na mesma empresa como costureira, porém
refere que a rotina de trabalho alterou com as recentes demissões devido à pandemia de
COVID-19, tendo que trabalhar mais horas no dia.
Sente dores em ombro esquerdo e braço esquerdo, principalmente ao final do dia de
trabalho, há 5 meses; Dor em pontada, não irradia, de intensidade forte na maioria das
vezes, quase todos os dias da semana; Alivia um pouco aos finais de semana quando não
tarbalha;
Está perdendo o sono, agitada, se irrita facilmente;
Chora com facilidade e tem diminuição de apetite;
Se mostrar agitada e ansiosa durante a consulta
Dizer que quer algo pra resolver a dor do seu braço pois precisa voltar a trabalhar.

62
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1. Apresentação: (1) cumprimenta o


paciente simulado;
(2) identifica-se; (3) dirige-se ao
paciente simulado pelo
nome, pelo menos uma vez; (4)
pergunta o motivo da
consulta; (5) ouve o paciente com
atenção.
0 0,25 0,25
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza de
duas a quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou não
realiza ação alguma.

TÓPICO 2 ANAMNESE

1.
Pergunta sobre características da dor:
(1) início; (2) frequência; (3) duração;
(4) tipo; (5) intensidade; (6)
localização; (7) fatores de piora; (8)
fatores de melhora; (9) impacto na
funcionalidade; (10) limitação de
movimento. 0 0,5 1,0
Inadequado: se perguntar de 0 a 3
itens;
Parcialmente adequado: se
perguntar de 4 a 7 itens;
Adequado: se perguntar 8 ou mais
itens.

2.
Investiga:
(1) história familiar; (2) Profissão;
(3) Comorbidades

Inadequado: se não investigar 0 0,25 0,5


nenhum item;
Parcialmente adequado: se investigar
1 ou 2 itens;
Adequado: se investigar os 3 itens.

63
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

3.
Investiga sintomas de transtorno de
ansiedade generalizada:
(1) preocupações;
(2) tensão muscular;
(3) irritabilidade;
(4) alteração no sono;
(5) alteração do apetite;
(6) alteração da atenção ou
0 0,5 1,0
concentração.

Inadequado: se investigar 0 ou 1 item;


Parcialmente adequado: se investigar
2 ou 3 itens;
Adequado: se investigar 4 ou mais
itens.

4.
Investiga a relação da profissão com a
queixa:
(1) Pergunta sobre jornada de
trabalho;
(2) Pergunta se a queixa tem relação
com o trabalho; 1,0
0 0,5
Inadequado: se investigar 0 itens
Parcialmente adequado: se investigar
1 ou 2
Adequado: se investigar 2 itens;

Tópico 3- EXAME FÍSICO, DIAGNÓSTICO E CONDUTA

5.
Solicita e interpreta o exame físico
(sem alterações, exceto contratura
0 0,5
muscular cervical) e comunica o
resultado à paciente.

6.
Comunica o diagnóstico de dor
crônica devido a lesão por esforço 0 1,0
repetido (LER), relacionada ao
trabalho (DORT).

64
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

7.
Notifica o caso ao SINAN;
Inadequado: não verbaliza a 0 0,5
notificação do caso; Adequado:
verbaliza a notificação do caso;

8.
Emitiu o CAT (comunicação de
acidente de trabalho);
0 0,5
Inadequado: Não verbalizou
a emissão do CAT; Adequado:
Verbalizou a emissão do CAT;

9.
Prescreve terapêutica para dor
crônica:
(1) Analgésico simples;
(2) Relaxantes musculares;
0 0,5 1,0
(3) anti inflamatórios não esteroides.
Inadequado: se prescrever 0 ou 1 item;
Parcialmente adequado: se
prescrever 2 itens;
Adequado: se prescrever os 3 itens.

10.
(1) Indicou fisioterapia ou ginástica
laboral ou reabilitação E (2)
encaminhou para o NASF;
Inadequado: não realiza nenhuma 0 0,5 1,0
ação;
Parcialmente adequado: realiza (1) ou
(2)
Adequado: Realiza (1) e (2)

11.
Afastou a paciente da atividade 0 0,25
laboral;

65
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO

12.
Realiza a sequência das tarefas
conforme
solicitado nas orientações ao(à) 0 0,25
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

66
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RESUMO LER/DORT E
ANSIEDADE/DEPRESSÃO
1) Definição:
O distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) é um conjunto de
doenças relacionadas ao sistema musculoesquelético com possível relação com
atividades trabalhistas.
A lesão por esforços repetitivos (LER) é uma denominação antiga que não incluía
sintomas relacionados a outros tipos de sobrecarga exceto a repetição.
A DORT substitui o termo antigo de LER pois é mais abrangente e não e stá
necessariamente associada a uma lesão.
As doenças mais comuns são: tendinites, mialgias, lombalgia e síndrome do
túnel do carpo.

2) A avaliação do paciente com suspeita de LER/DOR:
A anamnese sempre deve conter: história da moléstia atual, antecedentes pessoais
(comorbidades) e antecedentes familiares; Nunca esqueça destes itens!!
Em relação à queixa devemos explorar a dor e o histórico ocupacional. Em relação
ao trabalho pergunte sobre: jornada de trabalho e condições de trabalho;
A anamnese da dor deve ser sempre direcionada:

67
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Dica de ouro: as doenças englobadas pelo termo DORT frequentemente tem


associação com sintomas de Transtorno de Ansiedade Generalizada e/ou depressão,
então sempre vale a pena perguntar sobre estes sinais e sintomas.
Sintomas de TAG: irritabilidade, tensão muscular, preocupação excessiva,
pensamentos acelerados, alterações do sono, alterações do apetite;
Sintomas de depressão: choro fácil, diminuição de auto cuidado, perda do prazer
por atividades, ideação ou tentativa de suicídio;

3) Exame físico direcionado:


O exame físico deve ser direcionado para a queixa. Lembre-se sempre de solicitar
o exame físico ao examinador.
No caso de LER/DORT é realizado um exame osteomuscular.

É importante a avaliação de:


- Função do membro afetado: mobilidade, testado extensão, flexão, rotação,
elevação;
- Sinais e sintomas neurológicos: parestesias, alterações de força e sensibilidade;
- Reprodutibilidade dos sinais e sintomas queixados;

68
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

4) A abordagem terapêutica:

Aqui a abordagem terapêutica é muito mais que a administração de medicações,


e envolve desde mudanças de estilo de vida e tratamentos de reabilitação até condutas
relacionadas ao trabalho do paciente.
Assim, devemos ter em mente a necessidade de uma abordagem integral:

O tratamento modificador da doença é o fortalecimento, fisioterapia e reabilitação,


idealmente corrigindo os fatores relacionados ao trabalho que perpetuam o mecanismo
das doenças.
O tratamento analgésico geralmente é uma ponte, ou seja, um meio de alívio
dos sintomas para a realização das terapias modificadoras da doença e não devem ser
encaradas como métodos curativos.

69
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Infecção Latente por Tuberculose


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• Consultórios para atendimento

Descrição do caso

E.L.O, 37 anos, feminino. Vem à UBS porque um familiar apresentou tuberculose, foi
informada pela ACS que deveria comparecer à UBS

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realize a anamnese focada


2. Realize o exame físico e o interprete
3. Solicite exames complementares que julgar necessário e interprete;
4. Defina a conduta baseado nos resultados;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

Bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, eupneica em ar


ambiente
PA 120x70, FC 80, FR 18, satO2 98%, Glicemia 96 mg/dL;
Aparelho respiratório: expansibilidade torácica preservada, som claro pulmonar,
murmúrios vesiculares presentes bilateralmente e sem ruídos adventícios;
Ausência de linfonodomegalias;

71
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

PACIENTE RETORNA COM O RESULTADO DE PPD e RX de tórax:

72
PREVENTIVA p ra c tic us
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FALAS DA PACIENTE
Dizer que seu esposo foi diagnosticado com tuberculose e a agente comunitária de
saúde pediu pra ela comparecer a unidade.
Referir que não tem sintoma, não tem tosse nem perda de peso.
Vivem em uma casa com 2 quartos, onde mora ela com seu esposo e 3 filhos.
A casa tem 4 cômodos e 1 banheiro .
Não tem comorbidades, não faz uso de medicações

73
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R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TOPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1.
Apresentação:
(1) cumprimenta o paciente
simulado; (2) identifica-se; (3)
dirige-se ao paciente simulado
pelo nome, pelo menos uma vez;
(4) pergunta o motivo da consulta;
(5) ouve o paciente com atenção. 0 0,25 0,5
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: duas a
quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou
não realiza ação alguma.

TÓPICO 2 ANAMNESE

1.
Questiona a respeito de tosse 0 1,0

2.
Questiona a respeito de perda de
0 1,0
peso

3.
Questiona a respeito de (1)
sudorese noturna e (2) febre
Adequado: realiza as duas ações; 0 1,0
Inadequado: Realiza 1 ou
nenhuma ação;

4.
Questiona a respeito de 0,5
condições de moradia;

5.
Questiona sobre comorbidades; 0 0,5

74
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

6.
Solicita o (1) exame físico geral
e (2) direcionado pulmonar e (3)
pesquisa de linfonodomegalias;
Adequado: Realiza as três ações;
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: realiza
uma ou duas ações;
Inadequado: não realiza nenhuma
ação;

Tópico 3- CONDUTA

7.
Solicita PPD ou Prova
tuberculínica e retorno após 72h
0 1,0
de aplicação e interpreta (alterado
> 5mm);

8.
Solicita e interpreta a radiografia 0 1,0
de tórax (normal);

9.
Confirmar o diagnóstico de
tuberculose (PPD - 16 cm) e 0 1,0
prescreve isoniazida por 6 meses
ou rifampicina por 4 meses

10.
Orienta retorno se apresentar
sintomas de tuberculose ou 0 1,0
em caso de efeitos adversos da
medicação

11.
Marca retorno e orienta sobre a 0 0,25
necessidade do acompanhamento

12.
Realiza notificação para vigilância
0 0,5
epidemiológica

75
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

13.
Realiza a sequência das
tarefas conforme solicitado nas
0 0,25
orientações ao(à) participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

76
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R E S U M O S

RESUMO INFECÇÃO LATENTE


POR TUBERCULOSE
1) DEFINIÇÃO:
A ILTB é a infecção pelo BK, porém, sem manifestações clínicas, ou seja, é a
forma da doença entre a fase primária e a pós primária.

2) ANAMNESE E EXAME FÍSICO:


A anamnese geral envolve: comorbidades, contato com tuberculose, condições
de moradia;
A anamnese dirigida deve ser em busca de sinais e sintomas de tuberculose, pois
o objetivo de uma consulta com suspeita de ILTB é descartar presença de tuberculose
doença.
Dica de ouro: quais as formas mais comuns de TB doença no brasil? Pulmonar,
ganglionar e pleural; Então, a anamnese e exame físico dirigidos são para buscar estes
sinais e sintomas!

Para TB pulmonar não esqueça de perguntar:

Para a hipótese de TB pleural e ganglionar, realize o exame físico GERAL e


DIRECIONADO (Pulmonar e pesquisa de linfonodomegalias);

77
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

3) EXAMES COMPLEMENTAREs:
O objetivo ainda é descartar a presença de TB doença e confirmar ou descartar a
presença de ILTB, então os dois exames que devem ser solicitados são:
RX DE TÓRAX
PROVA TUBERCULÍNICA OU PPD
O PPD funciona da seguinte forma: é injetado de forma SC o antígeno do BK
no paciente e aguarda-se 72 horas. Caso exista contato com o BK previamente, ocorre
uma reação inflamatória intensa com formação de uma lesão cutânea. Se esta lesão
for maior ou igual a 5mm o teste é considerado positivo e ILTB é confirmada, no
caso de exclusão de tuberculose doença (ou seja, sem sinais, sintomas ou achados
radiológicos sugestivos de infecção por TB).

4) DIAGNÓSTICO E CONDUTA:
O diagnóstico é realizado comumente quando o teste tuberculínico (ou PPD)
é solicitado no rastreio de pessoas que tiveram contato com TB ou por algum outro
motivo (precedendo a prescrição de medicação imunossupressora, por exemplo).
O tratamento é realizado com isoniazida por 6 meses ou rifampicina por 4 meses.
Nunca esqueça de: realizar notificação ao SINAN e agendar retorno para
acompanhamento;

78
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Erro médico
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso

J.M.B, 22 anos, masculino, da entrada no pronto-atendimento com rebaixamento de nível


de consciência e sangramento abdominal após ser atingido por projétil de arma de fogo
em tentativa de assalto. Você inicia a monitorização, realiza exame físico e pede exames.
Contudo, devido ao grande volume de trabalho, você esquece de tratar sangramento
retroperitoneal e o paciente evolui com choque hemorrágico indo a óbito. A equipe
de assistência social notifica a família que vem ao hospital para informações. Você é o
responsável por explicar o ocorrido aos familiares.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

Realize orientações e condutas.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

79
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TOPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1.
Apresentação: (1) cumprimenta o
paciente simulado; (2) identifica-
se; (3) dirige-se ao paciente
simulado pelo nome, pelo menos
uma vez; (4) pergunta o motivo da
consulta; (5) ouve o paciente com
atenção.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza
0 0,25 0,5
de duas a quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou
não realiza ação
alguma.

2.
Fala simples e pausada,
0
linguagem acessível, responde 0,5
empaticamente

3.
Ouve atentamente as dúvidas e 0 0,5
preocupa-se em saná-las

4.
Postura adequada (Contato visual,
0 0,5
braços descruzados, tronco de
frente à paciente)

5.
Convida o familiar a se sentar 0 0,5

6.
Comunica ao familiar a notícia
do óbito do paciente de forma 0 1,0
compreensiva e empática

80
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

7.
Relata com detalhes o que
aconteceu e se mostra disponível 0 1,0
para sanar dúvidas

8.
Demonstra habilidade para lidar
0 1,0
com as emoções e situações de
tensão

9.
Respeita o tempo do familiar
e permite que ele processe as 0 1,0
informações dadas

10.
Admite o erro médico e assume a
0 1,0
responsabilidade por ele

11.
Pede desculpas aos familiares 0 1,0
sem minimizar o acontecimento

12. Explica que o corpo do paciente


terá que ser encaminhado ao 0 1,0
instituto de medicina legal

13.
Realiza a sequência das tarefas
conforme
solicitado nas orientações ao(à) 0 0,5
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

81
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

FALAS DO ATOR
Se mostrar agitado com raiva e triste ao ficar sabendo da noticia.
Fazer o minuto de pausa e começar a chorar.
Se o candidato interromper o minuto de chora, dizer: “ você não entende minha dor,
não sabe o que está passando”. Ficar nervoso.

82
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO ERRO MÉDICO


1) DEFINIÇÃO:
Erro médico é um ato ilícito cometido pelo médico, no exercício de sua
função, em uma das modalidades da culpa prevista no Código Civil, lei que define
a responsabilidade civil.

2) MODALIDADES:

As modalidades de culpa são a imprudência, negligência e imperícia.

• A imprudência – conduta comissiva positiva – tem como exemplo o caso do médico


anestesista que realiza duas cirurgias simultaneamente. Em outras palavras, faz o
que não deveria ser feito.

• A negligência – conduta negativa – pode ser exemplificada com o caso do


médico que deixa de tomar todas as cautelas em um tratamento pós-operatório
no paciente. Em outras palavras, não faz o que deveria ser feito!

• A imperícia – que também se trata de uma conduta positiva – é aquela em


que o médico clínico geral realiza uma cirurgia estética sem ser especialista na
respectiva área. Em outras palavras gera dano fazendo um ato de maneira mal
feita, mesmo que bem indicado.

3) A LEGISLAÇÃO:
O erro médico implica em responsabilidade civil. É denominada como culpa,
propriamente dita, que enseja um valor patrimonial que o causador do dano
estético, material e moral, independentemente ou cumulativamente, deve reparar
à vítima.
Em outras palavras, através de um nexo causal estabelecido entre uma
conduta culposa (imprudência, negligência ou imperícia) e um resultado de dano
ao paciente é determinada a responsabilidade civil do médico que deverá reparar
a vítima.

83
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Hanseníase
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UPA
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
Consultório de unidade básica de saúde
Descrição do caso
Você está em uma UPA e irá atender um paciente de 40 anos com queixa de
surgimento de mancha em membro superior direito há 2 meses, sem melhora desde
então.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realize a anamnese e o exame físico do paciente


2. Descreva a hipótese diagnóstica para o quadro
3. Solicite exames complementares para elucidação diagnóstica
4. Oriente o paciente sobre a conduta proposta

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

84
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

85
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

Avaliação da lesão

Força motora grau 5 em todos os membros.


Ausência de espessamento de troncos nervosos
Ausência de outras lesões dermatológicas

86
PREVENTIVA p ra c tic us
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IMPRESSO 3 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Preventiva

RESULTADO DA BASCILOSCOPIA

Basciloscopia negativa

87
PREVENTIVA p ra c tic us
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FALAS DO ATOR
Referir que notou uma lesão há cerca de 2 meses, tendo passado em diversos
atendimentos médicos e feito uso de pomadas sem melhora da macha.
Não teve piora da lesão, não coça, não dói, não formiga.
Referir que senti o local anestesiado, que uma vez queimou-se cozinhando e só notou
porque o seu esposo disse que sua mão estava encostando na panela quente.
Referir que tem outra mancha nas costa, apenas uma
Dizer que seu irmão mais velho tratou de uma doença parecida a essa há 1 ano, mas
que não tem contato com ele há 2 anos.
Referir que mora com o esposo e quatro filhos
Nega comorbidades, alergias e medicamentos
Quando perguntada sobre dúvidas, questionar se é contagioso:

88
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 1 – ANAMNESE

1
(1) Cumprimenta o paciente
simulado; (2) identifica-se; (3) dirige-
se ao paciente simulado pelo nome,
pelo menos uma vez; (4) pergunta
e (5) ouve com atenção o motivo da
consulta.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza 0 0,25
duas a quatro ações.
Inadequado: realiza apenas uma
ação ou não realiza nenhuma ação.

2.
Questionou o motivo da consulta 0 0,25

3.
Questionou sobre a lesão: local,
aspecto, tamanho, sintomas como
prurido e dor

Adequado : questionou 5 ou mais 0 0,25


itens
Parcialmente adequado:
questionou 3 itens
Inadequado : questionou só 1 item

4.
Questionou dormência da ferida 0 0,25

5.
Questionou se a paciente já se
0 0,25
queimou ou se machucou sem
perceber

6.
Questionou formigamento ou 0,25
queimação na mão ou braço

89
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

7.
Questionou sobre dor em trajeto de 0,25
nervos

8.
Questionou sobre perda de força 0,25
nas mãos

9.
Questionou sobre presença de 0,25
outras lesões no corpo

10.
Questionou contactantes como 0,25
familiares, amigos, etc

11.
Questionou antecedentes pessoais:
0,25
alergias, comorbidades, vícios e
medicações de uso continuo

TÓPICO 2 EXAME FÍSICO E INTERPRETAÇÃO

2.1
Solicito exame físico e Solicitou a
avaliação da palpação de troncos
nervosos periféricos: nervo ulnar,
radial, mediano, fibular comum e
tibial posterior
0 0,5
Adequado: solicitou todos os 5
nervos
Parcialmente adequado: Solicitou 3
ou 4 nervos
Inadequado: solicitou apenas 0, 1 ou
2 nervos

2.2
Solicitou realizar teste de
0 0,50
sensibilidade térmica com algodão

2.3
Realizou teste da sensibilidade 0 0,25
dolorosa com agulha de insulina

90
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

2.4
Realizou teste de sensibilidade tátil 0 0,50
com monofilamento estensiometria

2.5
Realizou inspeção de mãos, olhos, 0 0,25
pés, nariz

2.6
Avaliou força muscular

Tópico 3- exame laboratorial e interpretação

3.
Solicitou baciloscopia de raspado
0 0,5
de cotovelo ou lóbulo da orelha e
identificou resultado negativo

Tópico 4- diagnóstico e conduta

4.1
Deu a hipótese diagnóstica de 0 1,0
hanseníase paucibacilar

4.2
Classificou com hanseníase
tuberculoide ao descrever a lesão :
0 1,0
lesão em placa, com bordas nítidas,
elevadas, eritematosas, centro da
lesão hipocrômico

4.3
Indicou o tratamento para
hanseníase paucibacilar
Dose mensal supervisionada:
Rifampicina 600 mg, Clofazimina 0 1,0
300mg,Dapsona 100 mg
Dose diária autoadministrada:
Clofazimina 50 mg diariamente,
Dapsona 100 mg diariamente

91
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

4.4
Notificou a vigilância 0 0,5
epidemiológica

4.5
Convocou familiares e contactantes
0 0,5
a comparecer a UBS para serem
examinados

4.6
Orientar que os contactantes
0 0,5
devem receber a profilaxia com
BCG

4.7
retirou as dúvidas da paciente e foi 0 0,25
empático

4.8
Realiza a sequência das tarefas
conforme
solicitado nas orientações ao(à) 0 0,25
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

92
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO HANSENÍASE
1) DEFINIÇÃO:
Infecção crônica causada pela bactéria Mycobaterium leprae, que pode afetar
qualquer pessoa.
Caracterizada principalmente por alterações neurológicas (sensitivas e motoras)
em mãos, braços, pés, pernas e olhos, podendo gerar sequelas permanentes.

2) TRANSMISSÃO:
A principal via de transmissão pelos indivíduos doentes com a forma bacilífera
são as vias aéreas superiores, através do espirro, tosse ou fala. É necessário um contato
próximo e prolongado para ocorrer a infecção, além disso, a hanseníase pode ter um
longo período de incubação, permanecendo no indivíduo assintomático por vários
anos antes de manifestar a doença.

3) ANAMNESE:
A grande marca da hanseníase são os sintomas cutâneos e neurológicos.
A anamnese sempre deve incluir perguntas sobre as lesões cutâneas:
- Existem outras lesões além da queixa?
- Quanto tempo existe a lesão?
- Contato com pessoas próximas com sintomas semelhantes?

E sintomas neurológicos:
- Formigamento ou queimação;
- Dor no trajeto dos nervos;
- Alterações de força nos membros;
- Alterações oculares;

4) EXAME FÍSICO:
O exame físico envolve os membros acometidos E os olhos, mesmo que não
ocorram queixas específicas.
Descrição da lesão cutânea tuberculoide típica: placa de bordas elevadas e
eritematosas e centro hipocrômico.

93
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Sempre realize a inspeção das mãos, olhos, boca e nariz, e realize a avaliação
neurológica:
Palpação Teste Teste
Teste sensibilidade Teste Força
de torncos sensibilidade sensibilidade
tátil: motora:
nervosos: térmica: dolorosa:

- Ulnar
- Radial
- Estensiometro - Testar
- Mediano - Teste com - Agulha de
ou os 4
- Fibular algodão; insulina
monofilamento; membros
- Tibial
Posterior

5) DIAGNÓSTICO:
O exame de escolha é: baciloscopia de raspado de 2 cotovelos e 2 lóbulos da
orelha.
Esse exame definirá se o paciente é paucibacilífero (não transmissor, exame
tipicamente negativo) ou bacilífero (transmissor).

6) TRATAMENTO:

94
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Tabagismo

INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE


Cenário de atuação
Atenção Primária.
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
∙ Consultório de unidade básica de saúde.
Descrição do caso
• Você está em uma UBS e irá atender um paciente de 50 anos em consulta de
rotina. Paciente é tabagista e relata que no momento apresenta vontade de
interromper o hábito.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese do paciente.


2. Utilize em sua abordagem a avaliação da escala Fagestrom
3. Oriente o paciente sobre a conduta proposta

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

95
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

TOPICO 1 - ANAMNESE

1. Apresentação: (1) identifica-se; (2) cumprimenta


de maneira adequada/cordial; (3) mantém
contato visual; (4) pergunta o nome do paciente

Adequado: realiza os quatro itens.


Parcialmente adequado: realiza dois ou três itens.
Inadequado: realiza um ou nenhum item.
0 0,5

2. Questionou sobre carga tabágica?


0 1,0

3. Questionou sobre alcoolismo e/ou uso de outras


drogas? 0 1,0

4. Questionou sobre antecedentes patológicos


pessoais? 0 0,5

5. Questionou sobre antecedentes familiares? 0 0,5

6. Questionou quanto tempo após acordar o


paciente fuma o primeiro cigarro? 0,5
0

7. Questionou sobre o paciente achar difícil não


fumar em lugares não permitidos?

8. Questionou qual cigarro do dia traz mais


0 1,5
satisfação?

9. Perguntou sobre quantos cigarros o paciente


0
fuma por dia?
1,0

10. Questionou se o paciente fuma mais


0 1,0
frequentemente pela manhã?

96
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

11. Questionou se o paciente fuma mesmo quando


0 1,0
está doente?

12. Utilizou de métodos e orientações com


reforço positivo? - Exemplo: "Reduz a chance
0 1,0
de desenvolver doenças" ou "Seu paladar pode
aumentar com a cessação do tabagismo"

13. Questionou sobre processo de interrupção e


0 0,5
motivos de recaída?

14. Orientou que recaídas são esperadas e não


significam fracasso?

15. Explicou os sintomas de abstinência? -


Irritabilidade, insônia, desejo de fumar, ansiedade,
dificuldade de concentração

16. Orientou que a cessação tabágica não


engorda?

17. Orientou mudanças ambientais?

18. Marcou data para interromper o tabagismo?

19. Orientou medidas para reduzir sintomas de


abstinência, como exercícios físicos, chicletes,
patch nicotínicos?

20. Orientou sobre retorno em até um mês e sobre


acompanhamento?

21. Perguntou se o paciente apresenta dúvidas?

97
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

FALAS DO ATOR
- Deseja aprar de fumar, fuma 1 maço por dia há 40 anos;
- Nunca tentou parar antes e quer parar pois está preocupado que um amigo morreu
de câncer de pulmão;
- primeiro cigarro em 10 minutos, o difícil ficar em áreas que não pode fumar, o primeiro
cigarro do dia é o mais difícil de abandonar, fuma mesmo doente e geralmente fuma
mais no período da tarde

98
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO TABAGISMO
TRANSTORNO DO USO DO TABACO

1) DEFINIÇÃO:
O tabagismo é um transtorno de uso de substância caracterizada pela
adicção à nicotina.
A maioria dos tabagistas que tentam parar de fumar passam por vários ciclos
de abstinência e recaída antes de conseguir manter a abstinência a longo prazo.

2) AVALIAÇÃO DO PACIENTE – ANAMNESE:


O tabagismo frequentemente é associado com o consumo de outras
substâncias, então sempre é importante questionar sobre abuso de álcool e outras
drogas.
• Você faz uso de álcool? Em que quantidade? Com que frequência?
• Você faz uso de outras substâncias? Quais? Com que frequência e
quantidade?

É importante graduar o tabagismo em maços/ano. Esse valor é o número


de maços (1 maço = 20 cigarros) consumidos por dia multiplicado pelo número de
anos de consumo. Por exemplo, uma pessoa que fuma 1 maço por dia por 40 anos
tem carga tabágica de 40 maços/ano; Outra pessoa que fuma 10 cigarros por dia
por 30 anos tem CT de 15 maços/ano;
• Aproximadamente quantos cigarros você fuma por dia? Chega a um
maço?
• Há quanto tempo você fuma?

Como toda anamnese, realize o interrogatório complementar e questione


sobre antecedentes pessoais (comorbidades e uso de medicações) e antecedentes
familiares.

99
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

3) A ESCALA DE FAGESTROM:
É um questionário facilmente aplicável que mede o grau de dependência
em nicotina.

Interpretação: grau de dependência muito baixo (0 a 2 pontos), baixo (3 a 4 pontos),


médio (5 pontos), elevado (6 a 7 pontos), muito elevado (8 a 10 pontos)

É importante replicar as perguntas durante a consulta.

4) TRATAMENTO:
O tratamento do tabagismo é composto por uma parte não medicamentosa
e uma medicamentosa.
O tratamento não medicamentoso envolve suporte e terapia comportamental,
ou seja, é importante entender porque o paciente tem o comportamento de fumar,
além a dependência química da nicotina.
• Questione sobre outras tentativas de interromper o hábito e motivos
de recaída; Ex: Você já tentou parar de fumar alguma vez? Porque não
conseguiu?
• Ofereça reforço positivo, ou seja, demonstre benefícios de interromper
o tabagismo; Ex: Parar de fumar reduz a chance de ter outras doenças;
Você pode sentir melhor o sabor dos alimentos se parara de fumar;
• Oriente mudanças ambientais: evitar locais propícios ao tabagismo,

100
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

evitar ter cigarros em casa;


• Oriente que interromper o tabagismo não leva ao ganho de peso;
• Marque data para interromper o tabagismo!!!! Combine com o paciente;

O tratamento medicamentoso utiliza medicações anti depressivas e análogos


de nicotina.
O principal anti depressivo é a bupropiona na dose de 150mg 2x ao dia. A
vareniclina é um análogo da nicotina, assim como os adesivos de nicotina e gomas
de nicotina, que podem ser utilizados no tratamento.

As recaídas são esperadas e não significam que o tratamento falhou, sempre


deixe claro para o paciente.
• Ex: As recaídas podem acontecer, é quando você fuma durante o
tratamento. É importante não abandonar o tratamento pois não
significa falha.

Também podem ocorrer sintomas de abstinência, e é importante orientar o


paciente sobre eles e que são esperados. Os principais sintomas são: irritabilidade,
insônia, desejo intenso de fumar (fissura), ansiedade, dificuldade de concentração,
cefaleia.
Para o tratamento dos sintomas os análogos de nicotina são úteis, bem como
analgésicos e exercício físico.
Ao encerrar a consulta não se esqueça:
• Pergunte se o paciente tem dúvidas;
• Agende retorno para o seguimento;

101
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Depressão

INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE


Cenário de atuação
Unidade de Pronto Atendimento

Descrição do caso
Você está em uma UPA e irá realizar o atendimento de uma paciente de 32 anos que
procura atendimento médico por indicação de sua mãe devido a história de sensação
de desânimo e desejo de automutilação.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realize o atendimento da paciente


2. Oriente a paciente sobre a conduta proposta

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

102
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

TÓPICO 1 - ANAMNESE

1. Apresentação: (1) identifica-se; (2) cumprimenta


de maneira adequada/cordial; (3) mantém
contato visual; (4) pergunta o nome do paciente

Adequado: realiza os quatro itens.


Parcialmente adequado: realiza dois ou três itens.
0 0,5
Inadequado: realiza um ou nenhum item.

2. Questiona sobre desânimo e insônia, além da


presença de outros sintomas associados como
0 1,0
anedonia

3. Questiona sobre o tempo de sintomas


0 1,0

4. Questiona sobre o convívio familiar da paciente


0 0,5

5 Questiona sobre os antecedentes pessoais e


0 0,5
familiares psiquiátricos

6 Realiza abordagem centrada no paciente,


incluindo escuta ativa, e estabelece relação de
confiança com a paciente.

Inadequado: Interrompe frequentemente a


paciente.
Parcialmente adequado: Realiza escuta ativa, mas
não avança no estabelecimento de vínculo com a 0,5
0
paciente.
Adequado: Realiza escuta ativa e estabelece
vínculo (inclina-se para frente, olha nos olhos
da paciente e indaga as causas dos problemas
ampliados de saúde da paciente).

TÓPICO 2 DIAGNÓSTICO E PLANO DE CUIDADO

103
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

2.1 identifica e notifica a tentativa de suicídio.

Inadequado: Não identifica e não notifica.


Parcialmente adequado: Somente identifica ou 0 1,5
notifica
Adequado: Identifica e notifica

2.2 Realiza o diagnóstico de depressão. 0 1,0

2.3 Busca auxílio com equipe multi/


interprofissional com psicologia para realizar os
0 1,0
encaminhamentos para a rede de apoio.

2.4 Oferece apoio psicológico para paciente.


0 1,0

2.5 Indica internação hospitalar psiquiátrica e


solicita presença de familiar 0 1,0

2.6 Realiza a sequência das tarefas conforme


solicitado nas orientações ao(à) participante.
0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

104
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

FALAS DO ATOR
Amanda de 22 anos, referir se sentir desanimada, triste, não gostar das coisas que antes
gostava de fazer. • Os sintomas já têm em média uns 2 meses, sente insônia e que
durante o dia depois fica com sono. • As vezes tem vontade de chorar. • Tem problemas
familiares, mãe está doente e precisa trabalhar pra ajudar nas despesas de casas. •
Nega problemas psiquiátricos na família • Dizer que quer dormir para sempre, que
quer remédio para dormir e nunca mais acordar. • Dizer quando perguntada que já
pensou em se matar e que se planeja em se suicidar na próxima semana com uso de
medicações

105
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO DEPRESSÃO
1) DEFINIÇÃO:
Transtorno psiquiátrico que afeta o humor, a capacidade de sentir prazer e
a energia, causando sofrimento, prejudica capacidade de executar as tarefas do
cotidiano e cumprir com as responsabilidades.
Em outras palavras, o que define a depressão (o diagnóstico psiquiátrico de
transtorno depressivo) é a perda da funcionalidade diária devido aos sintomas que
o paciente apresenta!!!

2) A AVALIAÇÃO INICIAL - ANAMNESE:


Aqui são cobrados aspectos fundamentais da anamnese de um paciente
com suspeita de doença psiquiátrica.
• Antecedentes psiquiátricos: diagnósticos prévios, tratamento e
internações; Ex: você já teve algum diagnóstico de transtorno
psiquiátrico? Já precisou de internação ou tratamento por este motivo?
• Antecedentes familiares: questionar se existem outros casos de doença
psiquiátrica na família; questionar também se existe suporte familiar;
• Sintomas depressivos (questione o máximo que puder): tristeza,
choro fácil, diminuição do prazer pelas atividades, tempo de sintomas
(define o diagnóstico), diminuição do auto cuidado, alterações do sono,
alterações do apetite e/ou peso, sensação de culpa;

O diagnóstico diferencial de depressão é o transtorno afetivo bipolar (TAB),


caracterizado por episódios de mania além dos depressivos, então é importante
questionar se já ocorreram outros sintomas como: euforia, gastos excessivos,
insônia, agitação psicomotora;

3) AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO:


Em toda consulta de depressão é importante avaliar o risco de suicídio.
Para isso devemos perguntar de maneira clara e objetiva sobre as intenções e
planejamentos da paciente. Ao contrário do que as pessoas acreditam isso não
aumenta o risco de o paciente cometer suicídio, pelo contrário.

106
PREVENTIVA p ra c tic us
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Para questionar a paciente sobre esse sintoma seja empático mas direto:
• Existem pensamento de morte ou fuga ou vontade de desaparecer?
• Existem planos ou tentativas prévias de suicídio?
• Existe uma data para a realização do ato?

4) DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico de depressão é a soma dos sinais e sintomas de depressão,
divididos em fundamentais e acessórios.

5) TRATAMENTO:
O tratamento de emergência deve ser indicado quando há planejamento
concreto e possível para o ato. É indicado internação do paciente, portanto, se for o
caso, informe a necessidade de internação compulsória e solicite a presença de um
familiar (internação compulsória só é possível com a presença de familiar).
O tratamento da depressão envolve uma fase não medicamentosa e uma
medicamentosa, ambas ocorrem concomitantemente.
• Não medicamentoso: ofereça tratamento multidisciplinar (sempre utilize esta
palavra), ofereça psicoterapia / apoio psicológico, oriente atividade física e
alimentação saudável.
• Medicamentoso: antidepressivos de primeira escolha são os ISRS (inibidores seletivos
da receptação de serotonina) como a fluoxetina e sertralina; Outras opções são os
duais, ous IRNS (inibidores da receptação de nodradrenalina e serotonina) como a
duloxetina e a venlafaxina;

O tratamento é mantido por pelo menos 6 meses a 1 ano.

107
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Check UP
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Atenção Primária na UBS
Local de atuação
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• Consultório de unidade básica de saúde

Descrição do caso
Você está em uma UBS e irá atender uma paciente com 25 anos de idade, casada há
dois anos, que procura atendimento com objetivo de realizar uma revisão de sua saúde.
Diz querer realizar um conjunto completo de exames, tais como: teste ergométrico,
ultrassonografia total de abdome e tomografia de crânio.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realize a anamnese e o atendimento do caso


2. Solicite exames de rastreio que forem apropriados para o caso
3. Responda aos questionamentos da paciente.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

108
PREVENTIVA p ra c tic us
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FALAS DO ATOR
25 anos, dizer que veio pra consulta de rotina e quer fazer um check up.
Gostaria de fazer alguns exames pra ver se está tudo normal
Negar sintomas.
Referir ser sexualmente ativa.
2 filhos.
Realiza atividades físicas.
Não tem comorbidades, não bebe, só socialmente,
Não fuma.

109
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO

TOPICO 1 – ANAMNESE

Apresentou-se? Identificou-se como médico? 0 0,5

Questionou sobre motivo da consulta?


0 0,5

Perguntou sobre comorbidades prévias?


0 0,5

Questionou sobre uso de medicações?


0 0,5

Perguntou sobre tabagismo, etilismo e uso de


0 0,5
drogas?

Avaliou sobre o motivo da paciente querer realizar


0 1,0
exames complementares?

Questionou sobre presença de sintomas no


0
momento da consulta?
0,5

Realizou o exame físico da paciente? 0 1,0

Questionou sobre exames de rastreio prévios


0 1,0
realizados?

Questionou sobre histórico familiar? 0 1,5

Indicou realização de Papanicolau? 0 1,5

Contra-indicou realização de outros exames de


0 1,0
rastreio?

Orientou adequadamente a paciente sobre


não haver indicação de realizar exames
0 0,5
complementares? Utilizou argumentos
embasados nas recomendações científicas?

Orientou retorno agendado ou seguimento


0 0,5
longitudinal?

110
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO CHECK UP
1) INTRODUÇÃO:
Consultas de check up são bem comuns na prática clínica. Em uma questão
como essa é muito importante não esquecer que antes dos exames vem a
anamnese.

2) A AVALIAÇÃO INICIAL – ANAMNESE E EXAME FÍSICO:


Aqui são cobrados aspectos fundamentais da anamnese de um paciente em
hígido em consulta de rotina.
• Antecedentes pessoais: comorbidades, uso de medicações, cirurgias e
internações prévias;?
• Hábitos e vícios?
• Realização de atividade física?
• Antecedentes familiares: antecedentes psiquiátricos, oncológicos e
cardiovasculares?
• Existem queixas específicas?

Realize o exame físico geral do paciente. Aqui já é realizado rastreio de


hipertensão arterial.

3) EXAMES:
Antes de solicitar exames complementares, sempre questione se já foram
realizados alguma vez.
• Já foram realizados exames alguma vez?

4) ORIENTAÇÕES:
Oriente o paciente sobre o risco e benefício de exames desnecessários com
linguagem acessível.
Exemplo: Não devemos solicitar exames que não são recomendados para
sexo e idade pois exames em excesso podem gerar intervenções que não são
necessárias.

111
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Afinal, quais os exames recomendados pelo ministério da saúde?


• Câncer de cólon: Colonoscopia a cada 5-10 anos ou sangue oculto anual
dos 45-75 anos (mudança em 2022);
• Câncer de pulmão: TC de tórax com baixa dose anualmente a partir
dos 55 anos para pacientes que não pararam de fumar a pelo menos 15
anos e com CT de 30 maços/ano;
• Câncer de mama: mamografia digital dos 50 aos 69 anos a cada 2 anos;
• Câncer de colo uterino: Papanicolau (citologia de colo de útero) em
mulheres sexualmente ativas dos 25 aos 65 anos; Anualmente nos
primeiros dois anos e a cada 3 anos se os primeiros normais;
• Hipertensão arterial: > 18 anos anualmente, com aferição de PA manual;
• Diabetes mellitus: Glicemia de jejum em pacientes > 35 anos e/ou
hipertensos;
• Dislpidemia: Homens >35 anos, mulheres > 45 anos;
• Densitometria óssea: Aos 65 anos para mulheres e 75 anos para homens;
• Câncer de próstata: não há recomendação específica;

112
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Violência Doméstica
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso
Você está em uma UBS e irá atender uma paciente de 45 anos do sexo feminino
comparece em consulta por hematomas em membro superior e inferior direito.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

Realize o atendimento da paciente.

Oriente adequadamente sobre a conduta proposta para o caso.

Não será necessária a realização de exame físico.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA

113
PREVENTIVA p ra c tic us
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FALAS DO ATOR
Referir que não está dormindo bem e queria remédio para ajudar a dormir.
Referir sobre o machucado, dizer que caiu da escada

Somente quando o candidato dizer que está seguro e que a consulta é sigilosa dizer :
Que o marido não dá comida e que as vezes apanha.
Dizer que o marido também não dá dinheiro.
As vezes passa fome
As lesões foram por culpa do marido

114
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1. Apresentou-se? Identificou-se
0 0,25 0,5
como médico?

2. Perguntou sobre o motivo da


consulta? 0 0,75 0,5

3. Questionou a cronologia das


lesões apresentadas? 0 1,0

4. Questionou sobre contexto


familiar e social? 0 1,0

5. Orientou paciente sobre


confidencialidade na relação 1,0
médico-paciente?

6. Realizou o diagnóstico de
1,0
violência doméstica?

7. Indicou tratamento
multiprofissional com
1,0
encaminhamento para apoio
psicossocial?

8. Ofertou a realização de boletim


1,0
de ocorrência?

9. Orientou sobre não haver


obrigatoriedade em realizar
1,0
boletim de ocorrência para o
atendimento da paciente?

10. Realizou Notificação


1,0
Compulsória?

11. Orientou sobre seguimento e/ou


sobre retorno? 0,5

115
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

12. Demonstrou postura empática


e de atenção para com a paciente 0,5
durante a consulta?

13. Realizou o acolhimento


adequado do caso?

116
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

1) DEFINIÇÃO:
Todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente
familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e
filhos), ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).
A violência doméstica pode ser subdividida em violência física, psicológica, sexual,
patrimonial e moral. Também é considerada violência doméstica o abuso sexual de
uma criança e maus tratos em relação a idosos.

2) O ATENDIMENTO:
Lesões: uma dica importante para identificar as vítimas de violência doméstica são
lesões em diferentes estágios, por exemplo, hematomas arroxeados e esverdeados,
que indicam que ocorreram em momentos diferentes.
Contexto: Sempre questionar sobre o contexto familiar e social.
EX: Com quem você mora? Quantas pessoas
moram junto? Todos ajudam na renda da casa?
O medo de represália e julgamentos é bastante comum no atendimento a vítimas
de violência. Sempre ressalte que a relação médico-paciente é confidencial para
fortalecer o vínculo.

3) CONDUTA:
O atendimento multiprofissional sempre deve ser citado nas questões práticas de
preventiva.
Em casos como esse, o atendimento com psicólogo e assistente social são
fundamentais de serem indicados.
O boletim de ocorrência sempre gera dúvidas. Assim como nos casos de violência
sexual o boletim de ocorrência não pode ser cobrado para a realização do atendimento
pois não é obrigatório.
Entretanto, é um importante documento de registo, e devemos sempre lembrar
de oferecer sua realização à paciente. Obviamente de maneira empática e oferecendo
apoio.
Trate sintomas de lesões, como a dor (utilize analgésicos simples e anti inflamatórios
inciialmente).
Por fim, sempre agende o retorno para acompanhamento caso.

117
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Estratégia de Saúde da Família


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
Consultório médico
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso

Você é convidado por uma organização de moradores da UBS em que trabalha para
explicar o funcionamento da ESF.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. explique quantos paciente uma UBS pode atender


2. quem compõe a UBS
3. quais outros profissionais pode ter uma UBS
4. qual a carga horária
5. qual o objetivo da UBS e quais formas ela pode atuar
6. qual a função do médico na UBS

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

118
PREVENTIVA p ra c tic us
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FALAS DO ATOR
1- O que é a ESF?
2- Como a ESF atua?
3- Quem compõe a ESF?
4- Como a ESF pode ajudar o bairro?

119
PREVENTIVA p ra c tic us
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PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TOPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1. Apresentação: (1) cumprimenta o


paciente simulado;
(2) identifica-se; (3) dirige-se ao
paciente simulado pelo
nome, pelo menos uma vez; (4)
pergunta o motivo da
consulta; (5) ouve o paciente com
atenção.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza
0 0,25 0,5
de duas a quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou
não realiza ação
alguma.

TÓPICO 2 CONHECIMENTO GERAL

1 Explica que a recomendação é de


que haja uma proporção de 2000
a 3500 pessoas para cada equipe 0 1,5
de ESF

2 Cita e descreve adequadamente


a composição da equipe (médico,
enfermeiro, auxiliar ou técnico de 0 1,5
enfermagem e AGS

3 Explica que a equipe pode


conter também um dentista e a
equipe NASF (psicólogo, educador
0 1,5
físico, fisioterapeita, assistente
social, fonoaudiológo)

4 Explica que a carga horária


semanal é de 40 horas,
0
distribuídas de segunda a sexta- 1,0
feira

5 Explica os objetivos da ESF -


educação, prevenção e promoção
0 1,5
de saúde

120
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

6 Explica de quais formas a ESF


pode atuar na comunidade (visita
domiciliar, ações em equipe 0 1,0
multiprofissional)

7 Explica que o médico da ESF


pode atender qualquer tipo de
demanda, sendo uma porta de 0 1,0
entrada para o sistema de saúde

8 Realiza a sequência das tarefas


conforme
solicitado nas orientações ao(à)
0 0,5
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

121
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO ESTRATÉGIA DE SAÚDE


DA FAMÍLIA
1) DEFINIÇÃO:
A estratégia da saúde da Família é um modelo assistencial da atenção básica,
fundamentado no trabalho de equipes multiprofissionais de um território.
A ESF vai muito além de consultas médicas, pois tem um papel de desenvolver ações de
saúde a partir da realidade local e das necessidade da sua população.

2) COMPOSIÇÃO E CARGAS DE TRABALHO:


Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe
de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I) médico generalista,
ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II)
enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico
de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a
essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou
especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000
pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios 0 de
equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe
considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que,
quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas
por equipe.
A carga horária semanal é de 40 horas.

3) O PAPEL DO ESF:
A ESF é uma equipe multidisciplinar que trabalha em prevenção e promoção
de saúde.
Os profissionais aumentam a abrangência da UBS pois realizam atendimentos
no modelo de visita domiciliar ou mesmo consultórios de rua.
O médico do ESF pode atender qualquer demanda, sendo a unidade uma
porta de entrada para o sistema de saúde.

122
PREVENTIVA prac ti c u s
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Transtorno de Ansiedade
Generalizada
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso

Você está em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e atende uma paciente de
30 anos de idade que chega para uma consulta agendada pois anda muito irritada.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese;
2. Formular e comunicar a(s) hipótese(s) diagnóstica(s);
3. Indicar verbalmente conduta(s) e dar orientações à paciente.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

123
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

FALAS DA PACIENTE
Dizer que marcou a consulta porque nas ultimas 8 semanas vem sentido palpitações.
Relata que tem palpitações, tremores, sudorese nas mãos e sensação de bolus na
garganta.
Piora quando esta´em ambientes cheios.
Referir que anda um pouco cansada e preocupada, ansiosa, pois sua mãe está doente e
seu marido perdeu o emprego.
Esta ficando mais irritada, com insônia , sem vontade de comer e que perdeu o
interesse nas coisas que antes fazia.
Diz também que está com pensamentos intrusivos e acelerados. Parece que não
consegue parar de pensar nunca nos problemas.
Se mostrar agitada e ansiosa durante a consulta.

124
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1. Apresentação: (1) cumprimenta o


paciente simulado;
(2) identifica-se; (3) dirige-se ao
paciente simulado pelo
nome, pelo menos uma vez; (4)
pergunta o motivo da
consulta; (5) ouve o paciente com
atenção.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza de
0 0,25 0,25
duas a quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou não
realiza ação
alguma.

TÓPICO 2 ANAMNESE

3 Investiga sintomas de transtorno de


ansiedade generalizada:
(1) preocupações;
(2) Pensamento acelerado
(3) irritabilidade;
(4) alteração no sono;
(5) alteração do apetite;
(6) alteração da atenção ou
concentração. 0

Inadequado: se investigar 0 ou 1 item; 1,0


Parcialmente adequado: se
investigar 2 ou 3 itens;
Adequado: se investigar 4 ou mais
itens.

125
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

4 Investiga sintomas físicos


de transtorno de ansiedade
generalizada:
(1) Tremores
(2) sensação de bolus na garganta
(3) palpitações
(4) diaforese

Inadequado: se investigar 0 ou 1 item; 1,0


Parcialmente adequado: se
investigar somente 2 itens;
Adequado: se investigar 3 ou 4 itens

Tópico 3- EXAME FÍSICO, COMPLEMENTAR E CONDUTA

8 Comunica o diagnóstico de
transtorno de ansiedade generalizada
(TAG).
Inadequado: se não comunicar
transtorno de ansiedade
generalizada ou se comunicar outro 0
diagnóstico;
Parcialmente adequado: se
0,5
comunicar transtorno de ansiedade;
Adequado: se comunicar transtorno
de ansiedade generalizada (TAG).

126
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

9 Comunica a importância da
longitudinalidade do cuidado da
condição crônica pela equipe de
saúde da família, com possibilidade
de matriciamento (NASF e/ ou CAPS).
Inadequado: se não verbalizar
retorno ou necessidade de
atendimento longitudinal e não
orientar sobre NASF ou CAPS;
Parcialmente adequado: se 0
verbalizar somente retorno ou
necessidade de atendimento
longitudinal ou se orientar somente
0,5
sobre atendimento no NASF ou
CAPS;
Adequado: se verbalizar retorno
ou necessidade de atendimento
longitudinal e orientar sobre
atendimento no NASF e ou CAPS.

11 Verbaliza a terapêutica
para transtorno de ansiedade
generalizada:
(1) tratamento medicamentoso: ISRS
(fluoxetina, sertralina,
paroxetina, fluvoxamina, citalopram,
escitalopram) OU IRSN
(venlafaxina, desvenlafaxina ou
duloxetina).
(2) psicoterapia cognitivo-
comportamental OU intervenções
psicossociais em atenção primária à
0
saúde (atuação de NASF e/ou CAPS,
terapia comunitária, grupos de
autocuidado, terapias
complementares).
1,0
Inadequado: se não verbalizar
tratamento;
Parcialmente adequado: se
verbalizar somente um dos dois
tratamentos;
Adequado: se verbalizar tratamento
medicamentoso e
psicoterápico/psicossocial

127
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

15
Orienta retorno agendado para valiar
resposta

17 Realiza a sequência das tarefas


conforme
solicitado nas orientações ao(à)
0 0,25
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

128
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO ESF
1) DEFINIÇÃO:
Transtorno psiquiátrico que afeta o humor, caracterizado por preocupação excessiva
prejudica capacidade de executar as tarefas do cotidiano e cumprir com as
responsabilidades.
Em outras palavras, o que define a TAG (o diagnóstico psiquiátrico de transtorno de
ansiedade generalizada) é a perda da funcionalidade diária devido aos sintomas que o
paciente apresenta!!!

2) A AVALIAÇÃO INICIAL - ANAMNESE:


Aqui são cobrados aspectos fundamentais da anamnese de um paciente com suspeita
de doença psiquiátrica.
• Antecedentes psiquiátricos: diagnósticos prévios, tratamento e internações; Ex:
você já teve algum diagnóstico de transtorno psiquiátrico? Já precisou de internação ou
tratamento por este motivo?
• Antecedentes familiares: questionar se existem outros casos de doença psiquiátrica
na família; questionar também se existe suporte familiar;
• Sintomas de ansiedade (questione o máximo que puder): pensamento acelerado,
irritabilidade, insônia, alteração do apetite, palpitações, sensação de bolus na garganta,
sudorese, taquicardia, tensão muscular, dificuldade de concentração;

3) DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico é firmado pelos seguintes critérios a partir do DSM-V:
1) Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na
maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais
como desempenho escolar ou profissional).
2) O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
3) A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes
seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos
seis meses). Obs. apenas um item é exigido para crianças.
• Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele

129
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

• Fatigabilidade.
• Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
• irritabilidade.
• Tensão muscular.
• Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono
insatisfatório e inquieto).
4) A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
5) A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga
de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
6) A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex.,
ansiedade ou preocupação) quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico,
avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação
ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de
apego no transtorno de ansiedade de separação, lembranças de eventos traumáticos
no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas
físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas a aparência no
transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de
doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante).

4) TRATAMENTO:
O tratamento de emergência deve ser indicado quando há sintomas incontroláveis
com técnicas de conversação e alívio. O tratamento urgencial é realizado com
benzodiazepínicos.
O tratamento da TAG envolve uma fase não medicamentosa e uma medicamentosa,
ambas ocorrem concomitantemente.
• Não medicamentoso: ofereça tratamento multidisciplinar (sempre utilize esta
palavra), ofereça psicoterapia / apoio psicológico, oriente atividade física e alimentação
saudável.
• Medicamentoso: antidepressivos de primeira escolha são os ISRS (inibidores
seletivos da receptação de serotonina) como a fluoxetina e sertralina; Outras opções são
os duais, ous IRNS (inibidores da receptação de nodradrenalina e serotonina) como a
duloxetina e a venlafaxina;

O tratamento é mantido por pelo menos 6 meses a 1 ano

130
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

Polifarmácia
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
Cenário de atuação
UBS
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
• consultórios para atendimento

Descrição do caso

Você está em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e atende um paciente de 89 anos
acompanhado da filha para uma consulta de rotina

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÁ SER


TOCADO DURANTE O ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

4. Realizar a anamnese;
5. Realizar o exame físico
6. Responder ao questionamento do familiar
7. Indique a conduta adequada que responde ao questionamento

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE,


REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

131
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 1 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

Exame físico:
PA 120x80, FC 80, satO2 98%, FR 18, glicemia 52 mg/dL
Bom estado geral, corado, hidratado, acianótico, anictérico, afebril
ACV: 2 bulhas rítmicas, normofonéticas, sem sopros
AR: murmúrios vesiculares presentes e sime´tricos sem ruídos adventícios
ABD: ruídos hidroaéreos presentes, plano, flácido, indolor, sem massas ou visceromegalias
NEURO: pouco sonolento, orientado em tempo e espaço, força e sensibilidade preservadas
em todos os membros, sem sinais de déficits focais motores ou sensitivos

ATENÇÃO: DIRIJA-SE À CÂMERA


E VERBALIZE OS ACHADOS TÉCNICOS DO EXAME

132
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 2 AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS


Área: Medicina da Família e Comunidade

Lista de medicações:
1- Losartana 50mg de 12/12h
2- Hidroclorotiazida 25mg 1x ao dia
3- Anlodipino 5mg de 12/12h
4- Metformina 500mg 2 comprimidos cedo e 2 comprimidos a noite
5- Gliclazida 60mg 1x ao dia
6- Hixizine 10mg de 8/8h
7- Prometazina 25mg 1 cp a noite
8- Dimenidrinato 30mg de 8/8h
9- Ginko biloba de 8/8h

133
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

FALAS DA PACIENTE
Filha acompanhada do pai que fala que tem sonolência diurna há 6 meses. Não tem
nenhum outro sinal ou sintoma.
Diz que a sonolência começou depois que um geriatra particular prescreveu uma
medicação. (hixizine e prometazina)
Diz que o pai é hipertenso, diabético e já infartou. Nunca teve AVC.
Depende parcialmente de ajuda para as atividades diárias.

Pergunta (apenas após o exame físico):


Todas as medicações são necessárias de serem mantidas? Uma ou mais pode ser
suspensa?

134
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

TÓPICO 1 – HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO

1. Apresentação: (1) cumprimenta


o paciente simulado;
(2) identifica-se; (3) dirige-se ao
paciente simulado pelo
nome, pelo menos uma vez; (4)
pergunta o motivo da
consulta; (5) ouve o paciente com
atenção.
Adequado: realiza as cinco ações.
Parcialmente adequado: realiza
0 0,25 0,5
de duas a quatro ações.
Inadequado: realiza uma ação ou
não realiza ação
alguma.

TÓPICO 2 ANAMNESE

1 Pergunta se o paciente tem


queixas 0 1,5

2 Pergunta sobre comorbidades e


doenças prévias 0 1,0

3 Solicita lista de medicamentos


0 1,0

4 Pergunta se queixas tem relação


com mudança de medicações
1,0

Tópico 3- EXAME FÍSICO E CONDUTA

5
Solicita exame físico 0 1,0

6 Responde a pergunta da
familiar:
0 1,0
Nem todas as medicações são
necessárias

135
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

7
Desprescreve medicações: (1)
hixizine (2) prometazina (3)
ginko biloba (4) gliclazida (5)
dimenidrinato
Adequado: descprescreve 5 0 1,0
medicações
Parcialmente adequado:
desprescreve 2 a 4 medicações
Inadequado: desprescreve 1 ou
nenhuma medicação

8 Justifica suspensão das


medicações corretamente:
Sonolência
Sonolência
Aumento do risco de
sangramento 1,0
Hipoglicemia
0
Sonolência
Adequado: justifica as 5
medicações
Parcialmente adequado: Justifica
2 a 4 medicações
Inadequado: justifica 1 ou
nenhuma medicação

9
Orienta que as outras
medicações devem ser mantidas 0
0,25
para tratamento de doenças
crônicas

10 Pergunta se tem alguma


0 0,25
dúvida.

11 Agenda retorno e seguimento


0
programado 0,25

136
PREVENTIVA p ra c tic us
R E S U M O S

PARCIALMENTE
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO ADEQUADO ADEQUADO
(metade)

17 Realiza a sequência das tarefas


conforme
solicitado nas orientações ao(à)
0 0,25
participante.
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

137
PREVENTIVA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO POLIFARMÁCIA
1) DEFINIÇÃO:
A definição de polifarmácia é o uso de quatro ou amis medicamentos, conforme
a definição da OMS.

2) PORQUE É IMPORTANTE?
Como as pessoas vivem cada vez mais a polifarmácia é cada vez mais comum
devido ao aumento na prevalência de doenças crônicas.
A polifarmácia é um problema de saúde pública, pois aumenta o risco de
reações adversas e inclusive as graves (como hipoglicemia com antidiabético ou
quedas com benzodiazepínicos), além de dificultar a adesão no tratamento.
Obviamente, é muito mais fácil utilizar 2 ou 3 comprimidos por dia do que 8 ou
9
Devido ao potencial de causar danos ao paciente, a polifarmácia está entre as
áreas prioritárias de ação do 3º Desafio Global de Segurança do Paciente da OMS,
que tem como foco o uso seguro de medicamentos. O objetivo é desenvolver ações
para garantir a prescrição adequada dos medicamentos, de modo que os benefícios
do tratamento sempre superem os riscos.
O paciente e seus familiares tem papel fundamental na prevenção de erros de
medicação associados a polifarmácia. Uma vez informados sobre os medicamentos
que estão utilizando, eles podem contribuir para maior qualidade e segurança da
farmacoterapia.

3) DICAS:
Os medicamentos mais comuns que causam efeitos adversos na polifarmácia são:
 Antidiabéticos: principalmente insulina e sulfanilureias, pois causam hipoglicemia.
 Anti hipertensivos: podem causar hipotensão e quedas.
 Anti psicóticos: podem causar delirium e distúrbios do movimento.
 Anti histamínicos: podem causar delirium principalmente hipoativo.
 Opióides: podem causar dependência, constipação e retenção urinária e intoxicação
grave (com bradicardia, bradipneia).
 Anti inflamatórios: podem causar injúria renal e úlcera péptica.

138

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