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CIRURGIA prac ti c u s

R E S U M O S

SUMÁRIO.
• Diverticulite Aguda 3 • Doenças Orificiais 93

• Ferida Perioperatória 13 • Colangite 104

• Trauma de Pelve 18 • Torção Testicular 116

• Pneumotórax 24 • Câncer de Esôfago 125

• Resumo Trauma 34 • Pielonefrite Obstrutiva 138

• Hemorragia Digestiva Alta 37 • Pancreatite 151

• TVP 45

• Abdome Agudo Obstrutivo 54

• Abdome Agudo Vascular 68

• Úlcera Péptica Perforada 82

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Diverticulite Aguda
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente obeso de 70 anos vem para consulta com você por dor abdominal intensa há
cerca de um dia.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar a anamnese do paciente
2. Realizar o exame físico
3. Solicitar exames complementares, se necessário.
4. Oriente o(s) diagnóstico(s) a paciente.
5. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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Impresso 1

EXAME FÍSICO

Pressão arterial: 130 x 90 mmHg.

Frequência cardíaca: 100 batimentos por minuto.

Frequência respiratória: 20 incursões respiratórias por minuto.

Temperatura: 38,5º C. Regular estado geral, hidratado, normocorado, eupneico, febril.

ABDOME: dor à palpação profunda em hipogástrio, sem dor à descompressão súbita,


sem distensão. Ruídos hidroaéreos normoativos.

Aparelhos respiratório e cardiovascular: sem anormalidades. Punho percussão negativa


bilateralmente.

ATENÇÃO: DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE OS ACHADOS TÉCNICOS DO EXAME

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Impresso 2

EXAMES LABORATORIAIS HEMOGRAMA Material... SANGUE

Valores de Referência

HEMÁCIAS.................. 4,85 4,32 a 5,66 milh⌡es/mm3 HEMOGLOBINA..........13,2 13,3 a


16,7 g/dl

HEMATÓCRITO………..39,5%. 39,0 a 50,0 %

VCM.......................... 80 80,0 a 100 fl

HCM...........................27,3 27,3 a 32,6 pg

CHCM.........................34,8 31,0 a 37,0 g/dl

RDW...........................13,0 10,0 a 15,0 %

LEUCÓCITOS........................... 12.110. 3.700 a 9.500 mm3

PLAQUETAS, CONTAGEM....... 250.000 150.000 a 450.000 mm3

UREIA..........................................:21mg/dL 10 a 45mg/dL
CREATININA.................................1,2 mg/dL 0,50 a 1,20mg/dL PCR ..........................................
: 15 mg/ L <1 mg/ L
Na ………………………………: 140 mmol/L 135-145
K ……………………………………: 4,0 mmol/L. 3,5-4,5

Nota(s): 1.Valores de referência de acordo com idade e sexo.

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Impresso 3

Tomografia computadorizada de abdomen e pelve:

- Espessamento da parede colônica (> 4mm)

- Borramento da gordura pericolônica

- Abscesso pericolônico 8mm

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Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

1. Apresentou-se e definiu-se como


médico?
0 - 0,25
Adequado: Se apresentou
Inadequado: Não se apresentou

2. Interroga motivo de consulta


e caraterísticas da dor: (1)
Aparecimento da dor (2) Localização
(3) Intensidade, (4) Tipo de dor (5)
Irradiação da dor, (6) Fatores de
melhora ou piora da dor.
0 0,25 0,75
Adequado: pergunta pelo menos 5
características
Parcialmente adequado: pergunta
pelo menos 3 características.
Inadequado: pergunta menos de 3
características

3. . Interroga sobre Sintomas


associados: (1) febre (2) náuseas (3)
vômitos (4) eliminação de fezes e
gases (5) carateristicas das fezes (6)
anorexia.
Adequado: pergunta pelo menos 4 0 0,25 0,75
características
Parcialmente adequado: pergunta
pelo menos 2 características.
Inadequado: pergunta menos de 2
características

4. Pergunta sobre antecedentes


pessoais (1) comorbidades, (2)
medicações em uso, (3) cirurgias
previas, (4) alergias (5) álcool (6)
0 - 0,75
Tabagismo
Adequado: Pergunta mais de 3
itens.
Inadequado: não pergunta.

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Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

5. Solicita Exame físico geral e sinais


vitais
Adequado solicita as duas
caraterísticas Parcialmente
adequado: Solicita apenas 1
característica. 0 0,25 0,75
Inadequado: Não solicita o exame
físico
Atenção: O(A) participante só irá
pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

6. Solicita sinal descompressão


brusca e orienta como realiza-lo.

Adequado: solicita.
0 - 1,0
Inadequado: não solicita.
Atenção: O(A) participante só irá
pontuar caso solicite o exame físico
ANTES de receber o impresso.

7 .Solicita e Interpreta: 1)
Hemograma, 2)PCR, 3)Ureia, 4)
reatinina, 5)sódio e 6)potássio.
Adequado: Solicita e Interpreta
4-6 itens.Parcialmente adequado:
Solicita e interpreta 2-4 itens.
Inadequado: Não interpreta ou
0 0,25 1,0
solicita menos de 2 itens
O candidato só irá pontuar caso
ele cite os exames listados ANTES
de receber o impresso. Só serão
considerados os 6 primeiros exames
citados pelo participante ANTES de
receber o impresso.

8. Solicita Tc abdominal com


contraste
Adequado: Solicita.
Inadequado: não solicita.
0 - 0,75
O candidato só irá pontuar caso ele
cite os exames listados ANTES de
receber o impresso.

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Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

9. Classifica o quadro como


Diverticulite aguda com abcesso
(hinchey II).
Adequado: Cita o diagnostico
0 0,5 1,0
completo. Parcialmente adequado:
cita apenas o diagnostico de
Diverticulite aguda.
Inadequado: Não Classifica.

10. Indica drenagem do abscesso.


Adequado: Orienta. 0 - 0,75
Inadequado: não orienta.

11. orienta a paciente sobre a


necessidade de (1) internação
hospitalar e (2) jejum
Adequado: indica os dois itens 0 0,25 0,75
Parcialmente Adequado: indica
um item.
Não adequado: não indica

12. Orienta: Antibioticoterapia


com metronidazol e ceftriaxona
endovenosa.
0 - 0,75
Adequado: indica os dois
antibióticos
Não adequado: não indica

13. Solicita conoscopia eletiva em 4


a 6 semanas após.
0 - 0,5
Adequado: orienta
Inadquado : não orienta.

14. Realiza adequadamente a


sequência das tarefas, conforme
solicitado nas orientações ao
participante. 0 - 0,25

Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza

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Doença Diverticular

Epidemiologia:
- Pseudodivertículo
- Herniação ou protrusão da mucosa do intestino grosso em forma secular por meio
das fibras musculares.
- 8% da população adulta mundial
- Dieta pobre em fibras, idade e ocidente

Fisiopatologia:

a) Forma Hipertônica: jovem, < 50 anos, constipados, baixa ingesta de líquidos e fibras,
+ comum no sigmoide e complicação + comum é infecção
b) Forma Hipotônica: > 60 anos, causado por fraqueza e hipotonicidade da parede,
complicação + comum é a hemorragia

Complicações
- Sangramento: > à direita
- Diverticulite: > `esquerda

Diverticulite Aguda

- Caracterizada pela inflamação do divertículo


- Fisiopatologia: microperfuração da base com reação inflamatória/infecciosa local
Quadro clínico:

- dor abdominal progressiva a esquerda


- Febre, náusea
- Leucocitose, disúria
➔ Formas complicadas:

o Massa palpável;
o Peritonite
o Sepse;

➔ Diagnóstico

- Quadro clínico e anamnse;


- Exames lab: hemograma e PCR
- Exame padrão-ouro: Tomografia de abdome e pelve com contraste

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Obs: Colonoscopia não fazer na fase aguda, mas deve-se fazer após 4-6 semanas da
resolução do quadro para descartar câncer de retossigmóide.

➔ Classificação:
o Diverticulite aguda não complicada:

▪ Apresenta tomografia normal;


▪ Inflamação local, espessamento, borramento de gordura, divertículos

o Diverticulite aguda complicada:


- Classificação de Hinchey;

Estádio 1: Abscesso parabólico pequeno, confinado ao mesentério do cólon

Estádio 2: Abscesso grande, distante, localizado na pelve ou retroperitôneo

Estádio 3: Peritonite purulenta decorrente de rusptura de abcesso

Estádio 4: Peritonite fecal decorrente de perfuração livre de um divertículo não


inflamado.

Tratamento:

Não complicada: tratamento clínico ( dieta rica em fibras, antiespasmódicos,


antibioticoterapia com ciprofloxacin + metronidazol)

Quando operar ?

- recidiva 2 ou + episódios
- Jovens
- Imunocomprometidas
- Sintomas Crônicos
- Após uma diverticulite complicada

Quando internar pacientes com diverticulite?

- Diverticulite complicada
- Dor abdominal intensa
- Não tolera ATB VO
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- Idosos
- Diabéticos
- Sinais de sepse
- Condição social
- Comorbidades
- Refratários;

Conduta:

Hinchey I: jejum + Sintomático + Antibiótico ( se abscesso > 4cm realizar drenagem


percutânea)

Hinchey II: jejum + Sintomático + Antibiótico + drenagem percutânea

Hinchey III: ATB + Cirurgia ( Colectomia +/- reconstrução primária/Ostomia)

Hinchey IV: ATB + Cirurgia a Hartmann

Atb: ceftriaxona + metronidazol

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FERIDA PERIOPERATÓRIA
INTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está no ambulatório de um hospital terciário, e vai atender Juan, 25 anos, que
veio para a primeira consulta após apendicectomia aberta por apendicite complicada,
que aconteceu à 8 dias. Não houve qualquer tipo de complicação durante a cirurgia.O
paciente era previamente hígido e não fazia uso de nenhuma medicação.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realize o atendimento
2. Oriente o diagnóstico
3. Dê a conduta para o caso

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
Adequado

1. Apresentou-se e se identificou como


médico?
Adequado: Se apresentou
Inadequado: Não se apresentou

2. Lavou as mãos?
Adequado: lavou as mão
Inadequado: Não lavou

3. Perguntou queixa principal e a


duração?
Adequado: Questionou o motivo da
consulta e tempo da queixa
Inadequado: Não questionou

4. Perguntou sintomas associados? (1)


calor, (2) edema, (3) rubor na ferida, (4)
febre, (4) taquicardia, (5) dor abdominal
difusa, (6) saída de secreção pela ferida
operatória)
Adequado: Questionou 5 ou mais
sintomas associados
Parcialmente Adequado: questionou
3-4 sintomas associados
Inadequado: não questionou ou
questionou menos do que 3 sintomas
associados

5. Orientou que por ora não é


necessário realizar USG?
Adequado: Orientou não ser
necessário USG
Inadequado: Não orientou ou solicitou
USG

6. Orientou que por ora não é


necessário nova cirurgia?

Adequado: Orientou não ser


necessário nova abordagem cirúrgica
Inadequado: Não orientou

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
Adequado

7. Solicitou ou verbalizou que irá


realizar exame físico?
Adequado: Solicitou exame físico
Inadequado: Não solicitou exame
físico

8. Solicitou ou verbalizou que irá


realizar exame abdominal?
Adequado: Solicitou exames
abdominal
Inadequado: Não solicitou

9. Solicitou ou verbalizou que irá


realizar exame da ferida operatória?

Adequado: Solicitou exame da ferida


operatória
Inadequado: Não solicitou

10. Identificou infecção de ferida


operatória?

Adequado: Identificou infecção da


ferida operatória
Inadequado: Não dentificou infecção
da ferida operatória

11. Indicou retirada de pontos e


drenagem ativa da ferida?
Adequado: Indicou retira dos pontos
para drenagem ativa da ferida.
Inadequado: Não indicou.

12. Orientou o paciente a lavar a ferida


com solução fisiológica em casa?
Adequado: orientou lavar a ferida com
SF 0,9%
Inadequado: Não orientou

13. Orientou o paciente a trocar o


curativo 2 a 4 vezes ao dia?
Adequado: orientou cuidados com o
curativo
Inadequado: não orientou

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
Adequado

14. Prescreveu antibioticoterapia?


Adequado: Prescreveu
antibioticoterapia
Inadequado: Não prescreveu
antibioticoterapia

15. Orientou retorno precoce (7 a 15


dias) para reavaliação?
Adequado: Orientou retorno precoce
Inadequado: Não orientou

16. Orientou sinais de alarme: (1)


dor abdominal difusa, (2) saída de
secreção fecaloide pela ferida, sinais de
sepse - (3) queda do estado geral, (4)
prostração, (5) oligúria, (6) inapetência,
(7) hipotensão e a procurar pronto
atendimento, se presentes?
Adequado: Orientou 5 ou mais sinais
de alarme
Parcialmente adequado: Orientou 3-4
sinais de alarme
Inadequado: Não orientou ou orientou
menos de 3 sinais de alarme.

Evolução Fisiológica

• AUSÊNCIA DE SINAIS INFLAMATÓRIOS/INFECCIOSOS


• BORDAS BEM COAPTADAS
• SEM SAÍDA DE SANGRAMENTO ATIVOU OU SECREÇÃO

Retirada de pontos

• Face e Pescoço: 3 a 5 dias


• Tórax e Abdome: 7 a 10 dias
• Articulação e Extremidade: 15 dias

Seroma

COLEÇÃO SEROSA ( GORDURA LIQUEFEITA)

FLUIDO SÉRICO NO SUBCUTÂNEO

PREVENÇÃO: DRENOS DE SUCÇÃO CONTINUA

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TRATAMENTO: DRENAGEM SIMPLES

Hematoma

COLEÇÃO SANGUE ( > RISCO INFECÇÃO)

ABAULAMENTO AZULADO/ARROXEADO

PREVENÇÃO: HEMOSTASIA EFICAZ, CORREÇÃO DE DISCRASIA SANGUÍNEA

COMO EVITAR: CONTROLE GLICÊMICO E CESSAR TABAGISMO

FATOR DE RISCO: OBESIDADE, TABAGISMO, CA, IMUNOSSUPRESSÃO, DESNUTRIÇÃO

Deiscência

PARCIAL: Pele e Subcutâneo

TOTAL: Aponeurose e Peritônio

- 7-10o dia, drenagem líquido salmão ( vermelho rosa)

Fator de risco: técnica errada ou infecção do sitio cirúrgico

TRATAMENTO: - Exploração digital

- Parcial (conservador/2aintenção)

- Total ( limpeza, sutura e tela

Infecção

SUPERFICIAL: Pele e Subcutâneo

PROFUNDA: Aponeurose e Músculo

5-6o dia

Sinais Inflam ( eritema, calor, edema e dor) e secreção purulenta

TRATAMENTO: - Retirada dos pontos

- Lavagem da ferida

- Antibioticoterapia

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TRAUMA DE PELVE
INTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Terciária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no Pronto-Socorro (PS) de um hospital universitário. É chamado
para atenderem paciente masculino, 20 anos, vítima de colisão moto x Carro há 1 hora,
trazido pelo SAMU.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar a anamnese do paciente
2. Realizar o exame físico
3. Oriente o(s) diagnóstico(s) a paciente.
3. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1 – EXAME FÍSICO


- A: vias aéreas prévias, paciente conversando
- B: Sat 98% em mascara de O2 10l/min, expansibilidade normal, Murmúrios vesiculares
sem alterações, percussão som claro pulmonar
- C: PA: 85x40 mmHg, FC 136 bpm, Abdomen plano, sem sinais de irritação peritoneal

Pelve: dor intensa a palpação da sínfise púbica, com espaço de 4 dedos entre os
ossos púbicos
- D: ECG: 13 ( abertura ocular ao chamado, confuso e obedece aos comandos), pupilas
isofotorreagentes, sem deficit focal
- E: exposição completa

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Impresso 2-
Fast: janela pelvica positiva

Raio x de Pelve

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Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

1. Apresentou-se
Adequado: Identificou-se
0 - 0,25
Inadequado: Não identificou-se como
médico

2. Lavou as mãos antes de iniciar o


atendimento e paramentou-se
Adequado: Lavou as mãos e se
paramentou
0 0,1 0,25
Parcialmente adequado: Lavou as
mãos ou se paramento.
Inadequado: Não lavou as mãos e nem
se paramentou.

3. Solicitou avaliação das vias aéreas,


colar cervical e prancha rígida
Adequado: Avaliou vias aéreas, colar
cervical e prancha rígida.
Parcialmente adequado: Avaliou
0 0,5 1,0
apenas vias aéreas ou estabilização da
coluna cervical (colar cervical e prancha
rígida)
Inadequado: Não avaliou vias aéreas e
estabilização da coluna cervical.

4. Solicitou avaliação do aparelho


respiratório ou solicitou saturação,
ausculta e percussão do tórax
(incorreto se solicitou apenas avaliação
B)
Adequado: Avaliou respiração e 0 0,5 1,0
oxímetro
Parcialmente adequado: Avaliou
apenas respiração.
Inadequado: Não avaliou respiração e
nem oxímetro

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Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

5. Solicitou PA, FC, exame abdominal e


exame pélvico
Adequado: Avaliou C
Parcialmente adequado: Avaliou 0 0,5 1,0
parcial ( Apenas Sinais vitais ou exame
abdominal ou exame da pelve)
Inadequado: Não avaliou C

6. Solicitou 2 acessos venosos periferico


calibrosos
Adequado: Indicou 2 acessos venoso
0 - 0,25
periféricos calibroso
Inadequado: Não indicou
procedimento

7. Solicitou exames: hemograma,


tipagem sanguínea, provas cruzadas,
lactato 0 - 0,25
Adequado: Solicitou exames
Inadequado: Não solicitou exames

8. Instalou 1l de cristaloide aquecido


Adequado: Indicou 1l de cristaloide
aquecido 0 - 0,25
Inadequado: Não indicou
procedimento

9. Indicou ácido tranexâmico


Adequado: Indicou procedimento
0 - 0,25
Inadequado: Não indicou
procedimento

10. Identificou fratura de pelve ou


fratura de bacia
Adequado: Realizou diagnóstico de 0 - 1,0
fratura de pelve
Inadequado: Não realizou diagnóstico

11. Solicitou Raio X de


Adequado: Solicitou raio x de pelve 0 - 0,5
Inadequado: Não solicitou exames

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Parcialmente
Itens de desempenho avaliados Inadequado Adequado
Adequado

12. Solicitou FAST


Adequado: Solicitou fast 0 - 0,25
Inadequado: Não solicitou

13. Indicou estabilização da pelve


Adequado: Indicou estabilização de
pelve 0 - 0,75
Inadequado: Não indicou
procedimento

14. Solicitou avaliação neurológica


Adequado: Avaliou D 0 - 1,0
Inadequado: Não avaliou D

15. Realizou exposição e prevenção de


hipotermia
0 - 1,0
Adequado: Avaliou E
Inadequado: Não avaliou E

16. Orientou paciente sobre a


necessidade de tratamento cirurgico
definitivo
Adequado: Orientou sobre tratamento 0 - 0,5
cirúrgico definitivo
Inadequado: Não orientou
procedimento

17. Solicitou avaliação da ortopedia/


cirurgião de trauma
0 - 0,5
Adequado: Solicitou avaliação
Inadequado: Não solicitou

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Pneumotórax
INTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente vítima de colisão moto x carro há 1 hora, atendido no pré-hospitalar, não houve
perda de consciência na cena. Feito 1 L de Ringer Lactato durante o transporte. Sinais
vitais: FR: 27 irpm SatO2: 82% em ar ambiente, FC: 131 bpm PA: 80 x 60 mmHg.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Realizar a anamnese do paciente
2. Realizar o exame físico
3. Oriente o(s) diagnóstico(s) a paciente.
3. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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Impresso 1

B) Exame torácico:

Inspeção: tórax atípico, sem retrações ou abaulamentos;

Palpação: expansibilidade reduzida em hemitórax esquerdo e preservada em


hemitórax direito;

Percussão: hipertimpânica em hemitórax esquerdo e som claro pulmonar em


hemitórax direito

Ausculta: abolida à esquerda e murmúrio vesicular fisiológico presente em todo


hemitórax direito. FR: 30 irpm, SatO2: 85% em máscara de O2 alto fluxo.

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Impresso 2

Se o candidato solicitasse drenagem torácica à esquerda, o examinador levantaria a


seguinte placa: “saída imediata de ar - Exame físico sem alterações, FR: 17 irpm Sat:97%
com mascara de O2 de alto fluxo.

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Impresso 3

C) FC: 153 bpm; PA: 130 x 91 mmHg, juntamente com o exame abdominal, extremidades
sem alterações

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Impresso 4

D) Neurológico: Glasgow 14, sem déficits focais

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Impresso 5

E) Exposição: sem sinais de fraturas em membros.

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Orientação ao Ator:

- Manter olho fechado

- Conversar com o paciente, se apresentar lúcido mas referindo fome de ar.

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Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

Paramentou: gorro, mascara, óculos e


avental
Adequado: Verbalizou os 4 itens.
Parcialmente adequado: Verbalizou 0 - 0,25
apenas 2-3 itens.
Inadequado: Verbalizou apenas 1 ou
nenhum

2. Apresentou-se e definiu-se como


médico?
0 - 0,25
Adequado: Se apresentou
Inadequado: Não se apresentou

3. Checou prancha rigida e colar


cervical ?
Adequado: Avaliou prancha rígida e
colar cervical 0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: Avaliou
apenas prancha rígida ou colar cervical
Inadequado: Não avaliou

4. Checou via aérea conversando com


paciente
Adequado: Conversou com paciente e 0 - 1,0
verbalizou que via aérea está pérvia
Inadequado: Não avaliou

5. Iniciou o exame físico do aparelho


respiratório (inspeção, palpação,
percussão e ausculta)? 0 - 0,5
Adequado: Realizou o exame
Inadequado: Não realizou

6. Instalou monitorização
eletrocardiográfica e oxímetro de
pulso? 0 - 0,5
Adequado: instalou
Inadequado: Não instalou

31
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

7. Realizou diagnostico Pneumotórax


Hipertensivo
0 - 1,0
Adequado: Realizou diagnóstico
Inadequado: Não realizou diagnóstico

8. Indicou realização punção seguida


de drenagem torácica em selo d’água
em 5-6o espaço intercostal entre linha
axilar média e anterior à esquerda?
Adequado: Indicou ambos os 0 0,25 0,75
procedimentos
Inadequado: indicou apenas punção
Inadequado: Não realizou nenhum
dos dois

9. Checou sistema respiratório após


procedimento e definiu melhora do
padrão respiratório
0 - 0,5
Adequado: Realizou exame fisico
respiratório após procedimento
Inadequado: Não realizou

10. Iniciou exame físico do aparelho


cardiovascular?
0 - 0,5
Adequado: Realizou avaliação do C
Inadequado: Não realizou

11. Instalou outro acesso venoso


periférico?
Adequado: Indicou acesso venoso 0 - 0,5
periférico
Inadequado: Não indicou

12. Não indicou instalação de Ringer


Lactato?
Adequado: Não Indicou infusão de 0 - 0,25
cristaloide
Inadequado: Indicou cristaloide.

32
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Check List Inadequado Adequado
Adequado

13. Colheu exames (Hb/Ht e tipagem


sanguínea)?
Adequado: solicitou exames ( pelo 0 - 0,5
menos hb/ht e tipagem sanguínea)
Inadequado: Não solicitou

14. Realizou exame físico abdominal?


Adequado: Realizou exame fisico
0 - 0,5
abdominal
Inadequado: Não realizou

15. Realizou exame físico pélvico?


Adequado: Realizou exame pelvico 0 - 0,5
Inadequado: Não realizou

16. Indicou cálculo da escala de


coma de Glasgow, exame pupilar e
movimento ativo de extremidades? 0 - 1,0
Adequado: Realizou D
Inadequado: Não realizou

17. Despiu o paciente e realizou


controle de hipotermia?
0 - 1,0
Adequado: Realizou E
Inadequado: Não realizou

33
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

RESUMO TRAUMA
ATLS

Estação de trauma certamente estará na sua prova, então aprenda e deixe todos os
itens medular.

Sempre inicie a estação com o básico:


1- Apresentando-se e questionando o nome e dados da paciente
2- Lavar as mãos e se paramentar ( gorro, óculos, avental e luva)

Em seguida, verbalize e inicie o ABCDE:

A: VIAS AÉREAS + COLAR CERVICAL + PRANCHA RÍGIDA


• SEMPRE CHECAR E VERBALIZAR COLAR CERVICAL E PRANCHA RÍGICA

OBS: 
1- JÁ HOUVE ESTAÇÕES QUE O ATOR PEDIA PARA RETIRAR O COLAR CERVICAL, MAS
DEVERIA SER ORIENTADO PERMANECER ATÉ AFASTAR ALGUMA LESÃO/FRATURA DE
CERVICAL. 
2- RETIRAR A PRANCHA RÍGIDA EM ATÉ 2 HORAS

VIAS AÉREAS: 
• SE O PACIENTE FALAR É SINAL QUE ESTÁ PÉRVIA.
• SE O PACIENTE NÃO VERBALIZAR, PRIMEIRO AFASTAR CORPO ESTRANHO E
DEPOIS INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL SE NECESSÁRIO

INDICAÇÃO DE VIA AÉREA ARTIFICIAL:


• APNÉIA
• PROTEÇÃO DA VIA AÉREA
• TCE GRAVE = GLASGLOW <= 8

B: RESPIRAÇÃO + OFERECER O2 (MÁSCARA DE O2 ALTO FLUXO) + OXIMETRIA


• SEMPRE VERBALIZAR EXAME RESPIRATÓRIO ( INSPEÇÃO, PALPAÇÃO,
PERCUSSÃO E AUSCULTA), NÃO ESQUEÇA DA OXIMETRIA

Alterações

Se… Desconforto respiratório, Hipotensão, Hipertimpanismo, desvio da traquéia


contralateral e turgência jugular, ausculta abolida => Pneumotórax Hipertensivo

CONDUTA:
- PUNÇÃO DE ALÍVIO COM JELCO 14/16 GAUGE NO 5 ESPAÇO INTERCOSTAL NA
34
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

LINHA AXILAR MÉDIA


Em seguida DRENAGEM DE TÓRAX NA MESMA TOPOGRAFIA COM DRENO 28 OU 32.

Se… Desconforto respiratório, Hipotensão, MACICEZ A PERCUSSÃO, TRAQUEIA


CENTRALIZADA, JUGULAR COLAPSADA, Ausculta abolida => HEMOTÓRAX MACIÇO

CONDUTA:
- DRENAGEM DE TÓRAX 5 ESPAÇO INTERCOSTAL NA LINHA AXILAR MÉDIA COM
DRENO 28 OU 32.

C: CIRCULAÇÃO + CONTROLE DA HEMORRAGIA


• HIPOTENSÃO NO TRAUMA + CHOQUE HIPOVOLÊMICO/HEMORRÁGICO ( UMA
VEZ DESCARTADO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO)
• SEMPRE AVALIAR FC, PA, ABDOMEN E PELVE

CONDUTA:
• 2 ACESSOS VENOSS CALIBROSOS
• 1 LITRO DE CRISTALOIDE AQUECIDO ( SE NÃO HOUVER RESPOSTA, ABRIR
PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA)
• SOLICITAR EXAMES: HEMOGRAMA, TIPAGEM SANGUÍNEA, PROVAS CRUZADAS,
LACTATO, GASOMETRIA ARTERIAL E BHCG ( SE MULHER)
• ÁCIDO TRANEXÂMICO ( PRIMEIRA DOSE NAS PRIMEIRAS 3 HORAS E A SEGUNDA
DOSE EM 8 HORAS)
• SONDA VESICAL PARA AVALIAR DIURESE 0,5ML/H ( AFASTAR CONTRA
INDICAÇÕES: TRAUMA/FRATURA DE URETRA)
• SONDA NASOGASTRICA ( AFASTAR FRATURA DE BASE DE CRÂNIO)
• MONITORAMENTO ELETROCARDIOGRÁFICO
• RAIO X ANTEROPOSTERIOR DA PELVE
• FAST/E FAST SE PACIENTE INSTÁVEL VITIMA DE TRAUMA ABDOMINAL FECHADO
MAS SEM INDICAÇÃO IMEDIATA DE LAPAROTOMIA

D: DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
• AVALIAR GLASGLOW , PUPILAS E EXTREMIDADES

35
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

OBS: AVALIAÇÃO PUPILAR CONSISTE EM CHECAR SE ESTÃO FOTORREAGENTES E


SIMETRIA ( ISOCÓRICAS OU ANISOCÓRICAS)

IMAGEM 1 - ISOCÓRICAS: PUPILAS SIMÉTRICAS


IMAGEM 2 - ANISOCÓRICAS: PUPILAS ASSIMÉTRICAS ( PENSAR EM ALTERAÇÃO
NEUROLÓGICA)

E: EXPOSIÇÃO + CONTROLE DO AMBIENTE


• DEVE EXPOR TODO O PACIENTE ( RETIRAR TODAS AS ROUPAS) PARA AVALIAR
QUALQUER LESÃO CORPORAL NÃO IDENTIFICADA
• CONTROLE DO AMBIENTE: MANTA TÉRMICA, CRISTALOIDE AQUECIDO(37-40 oC,
EVITAR BAIXAS TEMPERATURAS NA SALA DO TRAUMA HEMORRAGIA DIGESTIVA
ALTA

36
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

Hemorragia Digestiva Alta


INTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- setor de radiologia convencional e ultrassonografia;
- laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
- leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

AMR, sexo masculino, 65 anos, trazido ao PS do Hospital das Clínicas pela filha. Iniciou
hematêmese em casa há cerca de 2 horas, referindo um total de 5 episódios. Refere uso
regular de ibuprofeno 600 mg devido dores na coluna lombar. Nega história de doença
ulcerosa péptica ou hepatopatia prévia. Nega tabagismo e etilismo.

Paciente chegou confuso, com escala de coma de Glasgow = 13 e os seguintes sinais


vitais na admissão: FC: 113 bpm PA: 88 x 50 mmHg FR: 18 irpm SatO2: 97% em ar
ambiente.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


1. Conduza o atendimento
2. Qual(s) diagnóstico(s) provável (s) ?
3. Classifique a lesão e risco de sangramento
4. Realizar o(s) procedimentos se necessário

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA


DESCRITA ACIMA.

37
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Paramentou-se?

Adequado: Paramentou-se
Inadequado: Não paramentou-se

2. Levou paciente para sala de


emergência?

Adequado: Indicou sala de


emergência
Inadequado: Não indicou sala de
emergência

3. Solicitou (1) Monitorização (2)


Oxigênio (3) Acesso venoso

Adequado: Indicou (1) Monitorização


(2)Oxigênio (3) Acesso venoso
Inadequado: Não indicou sala de
emergência

4. Avaliou via aérea?

Adequado: avaliou via aérea


Inadequado: Não avaliou

5. Realizou avaliação B ?

Adequado: Realizou B
Inadequado: Não realizou

6. Realizou avaliação C ?

Adequado: avaliou C
Inadequado: Não avaliou

7. Realizou estabilização
hemodinâmica do paciente
(instalação de solução cristalóide)?

Adequado: Indicou reposição


volêmica
Inadequado: Não indicou

38
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

Coletou exames (Hb/Ht, tipagem


sanguínea)?

Adequado: Solicitou exames


Inadequado: Não solicitou

Indicou sonda vesical ?

Adequado: Indicou sonda vesical


Inadequado: Não indicou

Considerou a possibilidade de
transfusãosanguínea?

Adequado: Considerou transfusão


sanguínea
Inadequado: Não considerou

Deixou de jejum e iniciou Inib Bomb


de Prótons ?

Adequado: Indicou jejum e IBP


Inadequado: Não indicou jejum e IBP

Questionou sobre hepatopatia


e vômitos ?Descartar Varizes
hemorrágicas eLaceração de Mallory-
Weiss

Adequado: questionou sobre


hepatopatia e vômitos
Inadequado: Não questionou

Indicou realização de endoscopia


digestivaalta?

Adequado: Indicou EDA


Inadequado: Não indicou

39
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

Classificou corretamente a lesão


como Forrest IIa?

Adequado: Classificou
adequadamente
Inadequado: Não classificou ou
classificou errado

Indicou risco de ressangramento alto


(50%)?

Adequado: Indicou risco de


sangramento correto
Inadequado: Não indicou ou indicou
errado

Indicou terapia endoscópica dupla


(escleroterapia / eletrocoagulação /
hemoclipe)?

Adequado: Indicou terapia dupla


Inadequado: Não indicou

40
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Hemorragia Digestiva alta


èDefinição
• É o sangramento do trato gastrointestinal
Proximal ao Ângulo de Treitz

èClassificação
• Varicosa (20%)
• Varizes esofágicas e gástricas
• Maior gravidade
• Maior recorrência

41
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

• Não varicosa (80%)


• Múltiplas etiologias:
1) Doença Úlcerosa Péptica
2) Mallory-weiss ( manejo com suporte clínico)
3) Neoplasias
4) Dieulafoy

Pensar em úlcera péptica se …… H pylori e Uso de AINES


Pensar em varizes esofágicas …… complicação de hipertensão portal, cirrose hepática,
esquistossomose

História clínica e diagnósticos mais prováveis


- Uso de AINH ou warfarina - ÚLCERA GASTRODUODENAL
- Enxerto aortofemural ou aneurisma - FÍSTULA AORTOENTÉRICA
- Hepatopatia crônica - VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS
- Polipectomia prévia - HDB
- Púrpuras e petéquias - VASCULITES, LEUCEMIA, PLAQUETOPENIAS
- Ausência de dor abdominal - ANGIODISPLASIAS
- SIDA - KAPOSI, CMV, HERPES, FUNGOS, MICOABACTERIOSES
- Vômitos ou soluços intensos - SÍNDROME DE MALLORY WEIS

Quadro Clínico
- Hematêmese
- Melena
- Hematoquezia/enterorragia*
- Síncope, taquicardia e vômitos

Antecedentes pessoais
- Hepatopatia, etilismo, Doença renal crônica, doença cardiovascular
- Infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, distúrbio de coagulação
- Medicações em uso: AAS/Anticoagulante, AINES, corticoide
1o Passo: Estabilização Clínica
a) Vias aéreas
b) Respiração
c) Circulação

Perda Volêmica
Até 15% 15-30% 30-40% >40%
%

FC <100 100-120 120-140 >140

PA Normal Normal Diminuída Diminuída

FR 14-20 20-30 30-40 >35

42
CIRURGIA p ra c tic us
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Perda Volêmica
Até 15% 15-30% 30-40% >40%
%

>30 ml/ 20-30 ml/ 5-15 ml/


Débito Urinário Insignificante
kg/h kg/h kg/h

Nível de Pouco Moderado Ansioso/ Confuso/


consciência Ansioso Ansioso Confuso Letargico

Cristalóide Cristalóide e
Reposição Cristalóide Cristalóide
e Sangue Sangue

Exame Físico:
- Sinais vitais e Glasglow
- Exame abdominal completo e toque retal
- Buscar sinais de hepatopatia: ectasia vascular, icterícia, ascite, eritema palmar

Medidas:
- 2 acessos venosos periférico calibroso
- Reposição com Ringer lactato: Meta PAS 90-110 / Deu Urinário: 0,5-1ml/kg/h
- Hemoconcentrado se Hb< 7 g/dl
- Exames complementares: hemograma, tipagem sanguínea, função renal, função
hepática, eletrólitos
Se hepatopatia: albumina e bilirrubina
- Monitorização
- Dieta Zero
Indicação de UTI: > 60 anos, choque, doença cardiovascular, DPOC< doença renal
crônica hematêmese volumosa, necessidade de hemotransfusão, ressangramento após
EDA

Doença Ulcerosa Péptica


Tratamento clínicoendoscópico:
Clínico:
- Inibidor de bomba de prótons ( dose de ataque: 80mg omeprazol ev / dose de
manutenção: 40mg de 12/12 ev)
- Tratamento H pylori
- Suspensão do uso de antiinflamatório não esteroides (AINES)
Endoscópico:
- Duplaterapia: epitenefrina + termocoagulação ( ou hemoclipe quando sangramento
em jato) para Forrest 1, IIa
Cirurgia: Instabilidade hemodinâmica (> 6 hemoconcentrados), falha tratamento
endoscópico

Varizes Esofágicas
• Profilaxia primária
• Medidas para prevenir que pacientes tenham
HDA varicosa em paciente que nunca sangrou

43
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

• Habitualmente realiza-se monoterapia


• EDA com ligadura elástica
• Tão eficaz quanto o uso de Beta Bloqueadores Não Seletivo (BBNS)
• BBNS
• Não previne a formação de varizes

• Indicação da profilaxia
• VE grosso calibre
• Fino para Child B e C
• Presença de red spots

èTratamento na Hemorragia Digestiva Alta


1) Droga vasoconstrição esplênica ( Dose de ataque e depois mantem por 5 dias
/ Octreotide 50 µg em bolus EV 25-50 µg/h EV por 5 dias efeito colateral náuseas,
vômitos e hiperglicemia ou Terlipressina 2mg EV 1mg 4/4 horas por 5 dias, efeito
colateral dor abdominal, diarreia)

2) Ligadura elástica via endoscópica

Opção alternativa
Escleroterapia com etanolamina (ethamolin)
Método arriscado pois há perfuração da varize

3) Profilaxia para Peritonite bacteriana espontânea ( ceftriaxona 1g EV 1x dia por 7


dias ou Norfloxacino 400mg VO 12/12h por 7 dias)

• Impossibilidade dos métodos convencionais


• Balão de Sengstaken-Blakemore ( Eda indisponível)
• Prótese metálica - Pouco disponível

• Ressangramento
• Primeira opção • EDA
• Cianoacrilato (cola tecidual/histoacryl)
• Muito difícil fazer nova ligadura elástica / Monômero que polimeriza e se
expande

• Desencadeia trombose eficaz no vaso

èFalha endoscópica
• TIPS
• Transjugular intrahepatic porto-systemic
shunt

• Primeira opção na hepatopatia sinudoidal em ponte para TX hepático (SUS)


Contraindicações ( Child C / IC / Doença pulmonar grave )
• Complicações (Obstrução e Encefalopatia hepática )
• Cirurgia
• Esquistossomose - DAPE (Derivação ázigo-portal com esplene) TEMPO DE

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CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

TVP
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente de 40 anos comparece com dor e edema em membro inferior esquerdo de


início há 2 dias.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese do paciente


2. Solicitar e interpretar exames necessários ao caso.
3. Estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnósticos diferenciais (is)
4.Definir e verbalizar a conduta terapêutica necessária.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

45
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IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO E SINAIS VITAIS

FC: 90 bpm
FR: 18 irpm
PA: 130 X 80 mmHg
SAT O2: 95% AA
TEMP: 36.8 Graus C

Aparelho respiratório: sem alterações


Aparelho cardiovascular: sem alterações

MI: Edema assimétrico MIE 3+/4+


Sinal de homans: dor a dorsiflexão de pé esquerdo
Sinal da bandeira: pouca mobilidade de panturrilha á esquerda

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IMPRESSO 3 - USG DOPPLER DE MEMBRO INFERIOR ESQUERDO

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1.Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza as duas ações. 0 0,75
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2.Pergunta sobre motivo de consulta; 0 1,5

3.Pergunta sobre as características


da dor: tempo de início
(1),localização (2), progressão (3),
fatores de melhora ou piora (4) Tipo
(5) irradiação (6) intensidade (7).

Adequado: pergunta todos os SETE 0 1 2


itens.

Parcialmente adequado: pergunta


SEIS ou CINCO itens.
Inadequado: pergunta apenas 4 ou
nenhum item.

4. Pergunta sobre sintomas


associados:
(1) vômito/náusea; (2) Febre (3)
calafrios (4) perda de sensibilidade
local (5) edema de todo o membro 0 1
inferior Adequado: pergunta pelo
menos TRÊS itens.
Inadequado: pergunta DOIS itens ou
menos.

49
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

5. Pergunta sobre fatores de risco:


trombofilias e deficiência de fatores
de coagulação (1) imobilização
recente (2) Cirurgias recentes (3)
trauma (4) tabagismo (5) neoplasias
ativas ou tratadas nos últimos 6 0 0,5
meses;
Adequado: pergunta pelo menos
QUATRO fatores de risco.
Inadequado: pergunta TRÊS fatores
de risco ou menos.

6.Solicita o exame físico geral e


enfatiza membros inferiores.
Adequado: solicita.
0 0,5
Inadequado: não solicita ou não
menciona a avaliação de membros
inferiores.

7. Identifica um SCORE DE WELLS


> 2 pontos ( dor localizada, edema
de todo o MIE, Cirurgia ortopédica
0 0,5
recente)
Adequado: identifica.
Inadequado: não identifica

8. Solicita os exames
complementares USG DOPPLER DE
MEMBRO INFERIOR ESQUERDO: 0 0,25
Adequado: solicita
Inadequado: Não solicita

9.hemograma; (1) eletrólitos (2);


função renal (3) (ureia e creatinina)
Adequado: solicita
0 0,25
DOIS exames ao menos
Inadequado: solicita UM ou
NENHUM exame.

10.Verbaliza Hipótese diagnóstica


de Trombose venosa de Membro
inferior esquerdo; 0 0,25
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza

50
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

11. Verbaliza diagnósticos


diferenciais: tromboflebite, OAA,
celulite, erisipela;
0 0,25
Adequado: verbaliza ao menos
DOIS diagnósticos diferenciais.
Inadequado: não verbaliza

12. Orienta sobre os fatores de risco


associados: cirurgia recente;
0 0,25
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza

13. Orienta inicio de tratamento


: anticoagulação por mínimo
3 meses inibidor do fator Xa
(Ribaroxabana e apixabana) ou
0 0,5
Marevan (inibidor de vit K) ;
Adequado: verbaliza nome fármaco
ou se verbalizar anticoagulação.
Inadequado: não verbaliza

14. Questiona dúvidas 0 1

15. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

51
CIRURGIA p ra c tic us
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RESUMO TVP

Quadro clínico

● ○ Dor na perna e/ou edema (unilateral)


● ○ Exame físico pouco sensível – Precisamos de exame de imagem para
confirmar o diagnóstico.

● ○ Sinais de TVP
- Homans: dor à dorsiflexão do pé
- Bandeira: pouca mobilidade de panturrilha

● ○ Score de Wells: triagem entre todos os pacientes que tem queixas


compatíveis com TVP quais são aqueles que tem chance elevada de ter
a TVP.

SCORE DE WELLS ( FAZER TABELA EM CORES DIFERENTES)

- Pontuação ≥ 2 = alta probabilidade de TVP.


● Solicitar DOPPLER VENOSO do membro acometido.

52
CIRURGIA p ra c tic us
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-Qualquer pontuação menor que 2 = baixa probabilidade de TVP.


● Solicitar D-dímero para paciente de baixa probabilidade: o objetivo é excluir o
diagnóstico de TVP SE o exame resultar negativo.
● Isoladamente o d-dímero não faz diagnóstico de TVP.

● USG doppler venoso do membro acometido


● ○ AVALIA Compressibilidade venosa

O normal é a veia colabar quando comprimida na TVP não colaba pela presença do
trombo;

Tratamento de TVP:

Não é obrigatória a internação do paciente com TVP.

● Deve-se avaliar dor e sintomas do paciente; sem contra indicação á


movimentação;
● Anticoagulação plena: tratamento clínico de escolha
● Período mínimo de 3 meses
Paciente jovem, sem comorbidade, causa da TVP conhecida e resolvida, que
teve recanalização/resolução completa dos sintomas.
● Qualquer quadro diferente desse, ou TVP sem causa bem estabelecida, ou
recidivada = manter anticoagulação por período prolongado.

● ○ Heparina não fracionada (HNF) – pacientes com IR, instabilidade


hemodinâmica.

● ○ Heparina de baixo peso molecular (HBPM), usada como ponte


para alguns DOAC (dabigatran e edoxaban), usada em casos de neoplasia,
gestantes.

● Opções de medicação oral: rivaroxabana, apixabana e edoxabana


(inibidores diretos do fator Xa), Dabigatran (inibidores da trombina)
● ○ Rivaroxabana e apixabana são os únicos que podem ser iniciados sem
ponte com heparina.
- Apixabana – pacientes com ClCr baixo.
- Varfarina - era muito utilizado no entanto de difícil aderência;
● ATENÇÃO: Gestante = só pode usar heparina, não pode usar NENHUM

53
CIRURGIA prac ti c u s
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ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Você está de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e vai atender
um paciente de 45 anos de idade, com queixa de dor abdominal e vômitos, com
piora progressiva, iniciados há 2 dias. O paciente relata distensão abdominal,
anorexia e para de eliminação de flatus.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar o atendimento da paciente, explicando a ela cada um dos achados;


2. Definir o diagnóstico;.
3. Adotar a conduta terapêutica necessária;
4.Demonstrar a realização de procedimentos médicos, caso necessário.

OBSERVAÇÃO :

A UPA possui a seguinte infraestrutura:

- Setor de radiologia convencional e ultrassonografia


- Laboratório de análises clínicas;
- Leitos de internação;

A UPA não dispõe do seguintes exames e infraestrutura:

-tomografia computadorizada;
- ressonância magnética;
-centro cirúrgico;
-banco de sangue;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1 - SINAIS VITAIS

PA: 100 X 60 mmHg


FC: 100 bpm
FR: 20 IRPM
TEMPERATURA : 37,1 C

55
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IMPRESSO 2 - EXAME FÍSICO


Regular estado geral
Desidratada ++/4+
Hipocorada 1+/4+

Acianótica
Afebril

Abdome: Globoso, distendido, hipertimpânico difusamente à percussão. Dor à


palpação superficial e profunda em todo o abdome, sem dor à descompressão brusca,
ruídos hidroaéreos hipoativos.

Aparelho respiratório e cardiovascular: sem anormalidades;

56
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IMPRESSO 3
RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS

57
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IMPRESSO 4

RESULTADO DE EXAMES BIOQUÍMICOS

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IMPRESSO 5
EXAME RADIOLÓGICO

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza as duas ações. 0 0,5
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Pergunta sobre as características


da dor (tempo de início, localização,
escala, progressão, fatores de
melhora ou piora, tipo, intensidade)
0 0,5
Adequado: Pergunta sobre todas as
características da dor
Inadequado: Pergunta sobre SEIS
OU MENOS características da dor

3. Realiza anamnese perguntando


por sinais/sintomas associados
(náuseas, vômitos, ritmo intestinal,
febre, calafrios, perda de peso).

Adequado: Pergunta sobre todos os


sintomas.
0 0,5 1
Parcialmente adequado: Pergunta
sobre CINCO sinais/ sintomas.

Inadequado: Pergunta QUATRO OU


MENOS OU não pergunta sobre os
sintomas e sinais.

4. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos e anormalidades nas fezes
(alterações nas características das
fezes e sangramentos).
0 1
Adequado: Pergunta sobre os dois
assuntos.
Inadequado: Pergunta por um ou
não pergunta sobre os assuntos.

60
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

5.Realiza exame físico/tomou


iniciativa de realizar o exame físico.

Adequado: Solicita os sinais vitais


0 0,5
e/ou toma iniciativa de realizar o
exame do abdome.
Inadequado: Não verifica e/ou não
realiza os exame

6. Solicita os exames
complementares laboratoriais
como plano diagnóstico.
Adequado: Solicita hemograma,
PCR, eletrólitos e função renal. 0 0,5 1
Parcialmente adequado: Solicita
pelo menos hemograma e eletrólitos.
Inadequado: Solicita um exame ou
não solicita nenhum exame.

7. Solicita os exames
complementares de imagem como
plano diagnóstico.

Adequado: Solicita rotina radiológica


de abdome agudo / raio X de
0 0,5 1
abdome e suas incidências.
Parcialmente adequado: Solicita
tomografia computadorizada de
abdome.
Inadequado: Não solicita nenhum
exame.

8. Interpreta de maneira adequada


exames bioquímicos.
Adequado: Identifica e verbaliza
HMG com leucocitose leve, PCR
aumentado, creatinina aumentada e
eletrólitos baixos. 0 0,5 1
Parcialmente adequado: Identifica
e verbaliza as alterações do
hemograma e eletrólitos.
Inadequado: Não interpreta os
exames como alterados.

61
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

9. Interpreta de maneira adequada o


raio X fazendo hipótese diagnóstica 0 0,5
de obstrução intestinal alta.

10. Inicia medidas de suporte


adequadamente ( jejum, hidratação
endovenosa, reposição de
eletrólitos e analgesia).
0 0,5 1
Adequado: Orienta 4 medidas.
Parcialmente adequado: Orienta
pelo menos duas medidas.
Inadequado: Orienta uma ou
nenhuma medida

11. Inicia medidas de tratamento


clínico com passagem de sonda
nasogástrica.
0 0,5
Adequado: Orienta a passagem de
sonda.
Inadequado: Não orienta a
passagem de sonda.

12. Explica adequadamente


hipóteses diagnósticas para a
paciente simulada (obstrução
intestinal alta e baixa, neoplasia).

Adequado: Explica duas 0 0,25 0,5


possibilidades.
Parcialmente adequado: Explica
uma possibilidade.
Inadequado: Não explica nenhuma
das possibilidades.

13. Responde adequadamente


sobre o motivo da obstrução
intestinal.
0 0,5
Adequado: Explica de forma
acessível o que são bridas.
Inadequado: Não responde
corretamente a pergunta.

62
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

14. Explica sobre a tentativa de


tratamento clínico e possibilidade
de tratamento cirúrgico.
Adequado: Explica adequadamente
e de forma compreensível as duas
possibilidades de tratamento. 0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: Explica
apenas o tratamento clínico ou o
tratamento cirúrgico.
Inadequado: Não explica nenhum
tratamento.

15.Explica que a via de acesso pode


ser laparoscópica e/ou aberta.
Adequado: Explica que pode ser
pelas duas vias, com preferência pelo
vídeo, se for possível.
0 0,25 0,25
Parcialmente adequado: Explica
definindo somente
uma via: aberta ou por vídeo.
Inadequado: Não responde a
pergunta.

16. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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RESUMO:

ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO


A OBSTRUÇÃO INTESTINAL SE DEFINE COMO A PARADA NA PROGRESSÃO DO
CONTEÚDO INTRALUMINAL PELO TUBO DIGESTIVO, CUJA CAUSA PODER SER
MECÂNICA OU FUNCIONAL. A ESTASE DO CONTEÚDO FAVORECE A PROLIFERAÇÃO
BACTERIANA E A PRODUÇÃO DE GÁS , AUMENTANDO A PRESSÃO INTRALUMINAL.

OCORRE EDEMA E ISQUEMIA DAS ALÇAS INTESTINAIS, LEVANDO E FACILITANDO A


TRANSLOCAÇÃO BACTERIANA. A PERSISTÊNCIA DO QUADRO CULMINA EM NECROSE
E PERFURAÇÃO.

OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA: 2 PONTOS DE OBSTRUÇÃO NO MESMO SEGMENTO.


SITUAÇÃO ASSOCIADA A MAIOR RISCO DE NECROSE E PERFURAÇÃO.

EPIDEMIOLOGIA: OBSTRUÇÃO DO INTESTINO DELGADO RESPONDE POR 85% DOS


CASOS E A DE CÓLON POR 15 %. BRIDAS, HÉRNIAS E NEOPLASIAS SÃO AS PRINCIPAIS
CAUSAS DE OBSTRUÇÃO DE INTESTINO DELGADO. OUTRAS CAUSAS SÃO ÍLEO BILIAR ,
ESTENOSES POR DII, TUBERCULOSE INTESTINAL. EM PACIENTES IDOSOS A ETIOLOGIA
MAIS RELACIONADA SÃO NEOPLASIA COLORRETAL, ESTENOSE POR DOENÇA
DIVERTICULAR OU COLITE ISQUÊMICA.

PARA TODOS OS PACIENTE COM CIRURGIA PRÉVIA ABDOMINAL DEVE-SE LEMBRAR


DE BRIDAS E HÉRNIAS INTERNAS.

OBSTRUÇÃO COLÔNICA NO GERAL É MENOS FREQUENTE E COM EVOLUÇÃO MAIS


GRAVE
60% POR NEOPLASIA ; VOLVOS (SIGMÓIDE E CECO); FECALOMA, DIVERTICULITE,
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL, INTUSSUSCEPÇÃO.

QUADRO CLINICO:

TRÍADE CLÁSSICA : DOR ABDOMINAL, DISTENSÃO ABDOMINAL E PARADA DE


ELIMINAÇÃO DE FEZES E FLATOS.

CLINICA:

PACIENTE: REG, DESIDRATADOS, TAQUICÁRDICOS E TAQUIPNEICOS

SINAL DE GERSUNY = FECALOMA


LEMBRAR SEMPRE = AVALIAR REGIÃO INGUINAL

CLASSIFICAÇÃO:
ALTA X BAIXA
PARCIAL OU TOTAL
MECÂNICA X FUNCIONAL
COMPLICADA X NÃO COMPLICADA

CARACTERÍSTICAS DA OBSTRUÇÃO INTESTINAL

OBSTRUÇÃO ALTA :

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INICIO DE VÔMITOS: PRECOCES


ASPECTO DE VÔMITO: BILBIOSO/CLARO

ETIOLOGIA: BRIDAS, HERNIA INTERNA, TUMOR E BEZOAR.


DISTENSÃO:MENOR

OBSTRUÇÃO BAIXA:
INICIO DE VÔMITOS: TARDIOS
ASPECTO DE VÔMITO: FECALOIDE

ETIOLOGIA: NEOPLASIA, MEGACÓLON, DOENÇA INFLAMATÓRIO INTESTINAL.


DISTENSÃO:MAIOR

OBSTRUÇÃO COMPLICADA X NÃO COMPLICADA


COMPLICADA:
-ALÇA FECHADA
-NECROSE
-PERFURAÇÃO
-ISQUEMIA E SEPSE

DIAGNÓSTICO E PROPEDÊUTICA:

1- CLINICO
DESCARTAR CAUSAS FUNCIONAIS : ELETRÓLITOS + FUNÇÃO RENAL
EXAMES: RX DE ABDOME : ORTOSTASE E DDH + TÓRAX PA

● DISTENSÃO ALÇAS
● PRESENÇA DE NÍVEIS HIDROAÉREOS
● DETERMINA DELGADO/CÓLON (ALTA X BAIXA)
● FECALOMA / VOLVOS
● PERFURAÇÕES

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OBSTRUÇÃO DELGADO OBSTRUÇÃO BAIXA

DISTENSÃO ALÇAS NA
REGIÃO CENTRAL
PERIFERIA

DELINEAMENTO
CLARO DAS
EMPILHAMENTO DE
HAUSTRAÇÕES
MOEDAS
(VÁLVULAS NÃO
CONIVENTES)

DISTENSÃO CÓLON

TOMOGRAFIA DE ABDOME
-DEFINIÇÃO ETIOLÓGICA, PONTO DE OBSTRUÇÃO
-TOTAL X PARCIAL
-ESTADIAMENTO
-SINAIS DE SOFRIMENTO DE ALÇA
COMPLICAÇÕES DO QUADRO ATUAL.

TRATAMENTO
-JEJUM
-HEV
-CORREÇÃO DE DHE
-SNG
CIRURGIA
-SEPSE
-PERITONITE
-ALÇA FECHADA
-OBSTRUÇÃO TOTAL

BRIDAS
ADERÊNCIAS PÓS - CIRÚRGICAS

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TRATAMENTO CLINICO INICIAL (SUBOCLUSÃO)

● SNG
● JEJUM/HEV.ANALGESIA
● REFRATÁRIOS: CIRURGIA

NEOPLASIA
PENSAR EM IDOSOS

-PERDA DE PESO, ASTENIA


-DOR ABDOMINAL - CIRURGIA: LINFADENECTOMIA + RESSECÇÃO DE CÓLON
ACOMETIDO (CIRURGIA ONCOLÓGICA)

VOLVO DE SIGMÓIDE

FATORES DE RISCO: MEGACÓLON CHÁGÁSICO, IDOSO, MEGACÓLON.


TRATAMENTO: DESVOLVULAÇÃO, RETOSSIGMOIDOSCOPIA R, SONDA RETAL.

FECALOMA = SINAL DE GERSUNY = FECALOMA

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CIRURGIA prac ti c u s
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ABDOME AGUDO VASCULAR


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● Setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● Laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● Leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Um homem de 78 anos de idade, hipertenso e tabagista, com antecedente de infarto


agudo do miocárdio há cinco anos, tratado por angioplastia, chegou ao pronto-socorro
com dor abdominal difusa de início há uma hora;

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese do paciente


2. Solicitar e interpretar exames necessários ao caso.
3. Estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnósticos diferenciais (is)
4.Definir e verbalizar a conduta terapêutica necessária.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO

PACIENTE EM REGULAR ESTADO GERAL, ACIANÓTICO, FEBRIL E ANICTÉRICO

APARELHO PULMONAR: SEM ALTERAÇÕES

APARELHO CARDIOVASCULAR: RITMO IRREGULAR EM AUSÊNCIA DE SOPROS;

ABDOME: RHA +, GLOBOSO, NORMO DISTENDIDA, FLÁCIDA, DOLOROSO


DIFUSAMENTE Á PALPAÇÃO SUPERFICIAL E PROFUNDA SEM SINAIS DE PERITONITE;

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IMPRESSO 2

SINAIS VITAIS

PA: 80X 60 mmhg


TEMPERATURA: (39,7 GRAUS)
FC: 26 irpm
SAT O2: 95%AA

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IMPRESSO 3

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IMPRESSO 4- ELETROCARDIOGRAMA

FONTE: ECG MAVE WAVEN . HARVARD 2001


DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES

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IMPRESSO 5 - ANGIOTOMOGRAFIA DE ABDOME

LAUDO: FALHA DE ENCHIMENTO A NIVEL DE AMS, EDEMA DE ALÇAS COM


PRESENÇA DE PNEUMATOSE INTESTINAL;

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1.Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza as duas ações. 0 0,5
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2.Pergunta sobre motivo de consulta; 0 0,5

3.Pergunta sobre as características


da dor: tempo de início
(1),localização (2), progressão (3),
fatores de melhora ou piora (4) Tipo
(5) irradiação (6) intensidade (7).
0 0,5 1
Adequado: pergunta todos os SETE
itens.
Parcialmente adequado: pergunta
SEIS ou CINCO itens.
Inadequado: pergunta apenas 4 ou
nenhum item.

4. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados (náuseas,
vômitos, ritmo intestinal, febre,
calafrios, perda de peso, anorexia.)
Adequado: Pergunta sobre todos os
0 0,5 1
sintomas.
Parcialmente adequado: Pergunta
CINCO sintomas;
Inadequado: Pergunta por QUATRO
ou menos sintomas;

74
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

5. Questionar sobre comorbidades,


tais como diabetes, Infarto agudo de
miocárdio prévios, arritmias OU FA,
AVC;

Adequado: Pergunta sobre 3 0 0,25 0,5


comorbidades;
Parcialmente adequado: Pergunta
sobre 2 comorbidades;
Inadequado: Pergunta sobre 1 ou
NENHUMA comorbidade;

6. Solicita exame físico geral 0 0,25 1

7. Solicita sinais vitais (FC,FR, PA, SAT


0 0,5
O2 e TEMPERATURA)

8. Solicita exames laboratoriais (


Hemograma, duas hemoculturas,
eletrólitos: sódio e potássio, função
renal, ureia e creatinina, D-DIMERO,
PCR,CPK, DHL, Gasometria arterial,
lactato, amilase e lipase). 0 0,5

Adequado: Solicita pelo menos 5


exames
Inadequado: Solicita 4 ou menos
exames

9. Interpreta os exames
laboratoriais de maneira correta.

Adequado: Menciona leucocitose


0 0,5
com desvio á esquerda, aumento de
lactato, acidose; aumento de DHL;
Inadequado: Não menciona todas as
alterações;

75
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

10.Solicita eletrocardiograma e
interpreta Fibrilação atrial
0 0,25
Adequado: Solicita e Interpreta
Inadequado: Apenas solicita ou Não
solicita;

11. Solicita Rotina Rx de abdome


agudo em 3 incidências. (Decúbito
dorsal e ortostase e Tórax PA.) 0 0,5
Adequado: Solicita
Inadequado: Não Solicita

12. Solicita Angiotomografia de


abdome e interpreta "FALHA DE
ENCHIMENTO A NÍVEL DE AMS"
0 0,25
Adequado: Solicita e interpreta
Inadequado: Não Solicita ou Não
interpreta

13. Verbaliza Abdome Agudo


Vascular como Hipótese
diagnóstica (isquemia mesentérica)
0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

14. Explica para paciente sobre


prognóstico e gravidade e
fisiopatologia.
0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

15. Solicita internação em leito de


UTI.
0 0,25
Adequado: Solicita leito de UTI
Inadequado: Não solicita

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

16. Solicita monitorização contínua.


Adequado: Verbaliza 0 0,25
Inadequado: Não verbaliza

17. Prescreve jejum


Adequado: Verbaliza 0 0,25
Inadequado: Não verbaliza

18. Orienta Hidratação endovenosa


com RL 30ml/kg
0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

19. Prescreve antibioticoterapia


endovenosa com ceftriaxone/ 0 0,25
ciprofloxacino + metronidazol.

20. Indica início de Anticoagulação


plena
0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

21. Indica laparotomia


Adequado: Verbaliza 0 0,25
Inadequado: Não verbaliza

22. Solicita termo de consentimento


Adequado: Verbaliza 0 0,25
Inadequado: Não verbaliza

23. Questiona dúvidas. 0 0,25

24. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

77
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RESUMO ABDOME AGUDO VASCULAR

DEFINIÇÃO: OBSTRUÇÃO VASCULAR - ISQUÊMIA DAS ALÇAS

PRINCIPAL: EMBOLIA DA A.M.S (CARDIOPATA GRAVE, ARTERIOPATA, DM ,


ARRITMIAS, FA;
-Patologia de alta morbimortalidade - 70%;
-Quadro clinico inespecífico;

RESULTADO DO TRATAMENTO É DESFAVORÁVEL POR DOIS MOTIVOS:

PRIMEIRO: PACIENTES IDOSOS COM DOENÇAS SISTÊMICAS GRAVES;


SEGUNDO: PELO DIAGNÓSTICO TARDIO, POSTERGA O TRATAMENTO DEFINITIVO;

IRRIGAÇÃO INTESTINAL = COMPLEXO DE IRRIGAÇÃO INTRA-ABDOMINAL;

TRONCO CELÍACO:

● A. HEPÁTICA COMUM : Fígado e vias biliares; estômago; porção próximal do


duodeno;
● A. ESPLÊNICA: Baço, pâncreas e estômago;
● A.GÁSTRICA ESQUERDA: Estômago, porção inferior do esôfago;

● MESENTÉRICA SUPERIOR: parte do pâncreas e porção distal do duodeno


(a.pancreatoduodenal inferior); íleo, jejuno, ceco e apêndice (a a. Intestinais e
a. Ileocólica); cólon ascendente (a. Cólica direita) e cólon transverso (a. Cólica
média)
A. MESENTÉRICA INFERIOR: porção distal do cólon transverso e o cólon
descendente (a.cólica esquerda), sigmóide (a. sigmoidea) e as porções
próximas do reto (a.retal superior);

MECANISMO DE “RESERVA FISIOLÓGICA”

RESISTE A UMA REDUÇÃO DE 75% DO FLUXO DURANTE 12 HORAS SEM ALTERAÇÃO


MICROSCÓPICA;

FRENTE A ISQUEMIA: VASOS COLATERAIS SE ABREM


COM O PASSAR DO TEMPO: MECANISMO SE PERDE

FATORES NEGATIVOS : HIPÓXIA E > LESÃO REPERFUSÃO

MEDIADORES TÓXICOS SÃO LIBERADOS;


TEMPO É UM FATOR PROGNÓSTICO DECISIVO;

FRENTE Á SUSPEITA DE ABDOME AGUDO VASCULAR - DEVEMOS CONSIDERAR


COM PRIORIDADE;

ISQUEMIA COLÔNICA É O TIPO MAIS COMUM;


ÁREAS MAIS PROPENSAS À ISQUEMIA : CÓLON

78
CIRURGIA p ra c tic us
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-FLEXURA ESPLÊNICA (ÁREA DE GRIFFITHS)


-JUNÇÃO RETOSSIGMÓIDE (ÁREA DE SUDECK)

NÃO OCLUSIVO : CHOQUE, UTI; = HIPOFLUXO

ARTERIAL : (TROMBOSE OU EMBOLIA): IDOSOS > 75 ANOS 50% ATEROESCLEROSE


;COMP. ARTERIAL PERIFÉRICO. DIABETES M; FA E FLUTTER (EMBOLIA); HTA;
TABAGISMO, DISLIPIDEMIA, HIPERCOAGULABILIDADE E OBESIDADE;

VENOSO: < FREQUENTE, OCORRE EM MULHERES COM TROMBOFILIA, DECORRENTES


DE D. AUTO IMUNES; NEOPLASIAS E PÓS OP; TROMBOSE PORTA; TRAUMA;

CLINICA

-DOR DIFUSA FORTE INTENSIDADE


- INICIO SÚBITO (ARTERIAL)
-PROVA: EXAME FISICO DESPROPORCIONAL Á QUEIXA; (FLÁCIDO)
-ENTERORRAGIA REFORÇA A HD (< 30%)
-AVALIAR PULSOS PERIFÉRICOS (ARRITMIA - OCLUSÃO ARTERIAL EMBÓLICA)

79
CIRURGIA p ra c tic us
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SEM PERITONITE/ ATENTAR AOS ANTECEDENTES


VENOSA:
-DOR INSIDIOSA
-EVOLUÇÃO LENTA
-NÁUSEAS E VÔMITOS

DIAGNÓSTICO:
LEMBRAR-SE: POPULAÇÃO DE RISCO + DOR ABDOMINAL
EXAMES LABORATORIAIS: INESPECÍFICOS
AUMENTO DE AMILASE ( NECROSE INTESTINAL)

AVENTAR POSSIBILIDADE DE ISQUEMIA INTESTINAL SE:

● AUMENTO DE LACTATO, ACIDOSE METABÓLICA E LEUCOCITOSE, CPK, DHL,


AMILASE, D-DIMERO, PCR, GASOMETRIA ARTERIAL;
● RX AA ( DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS TAIS COMO: ÚLCERA PERFURADA)

EXAME DE ESCOLHA: ANGIOTOMOGRAFIA ( 93% - S 100% -E)


SINAIS : OBSTRUÇÃO VASCULAR, FALHA DE ENCHIMENTO, EDEMA DE ALÇAS,
ESPESSAMENTO, PNEUMATOSE INTESTINAL;

PADRÃO OURO : ARTERIOGRAFIA

TRATAMENTO + ANTICOAGULAÇÃO PLENA


- UTI/MONITORIZAÇÃO
- JEJUM
- ATB EV

● HIDRATAÇÃO EV
● SNG E SVD

80
CIRURGIA p ra c tic us
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TRATAMENTO
CIRÚRGICO - LAPAROTOMIA

SOFRIMENTO DE ALÇA EM IMAGEM ( PNEUMATOSE INTESTINAL;


PNEUMOPERITÔNEO)

ACIDOSE

PIORA CLÍNICA PROGRESSIVA

CIRURGIA = DAMAGE CONTROL : OSTOMIAS


LEMBRAR DAS ÁREAS DE PENUMBRAS

ISQUEMIA INTESTINAL CRÔNICA “ANGINA"

● DOR PÓS PRANDIAL EM CÓLICA


● ATEROSCLEROSE AVANÇADA
● IDOSOS FUMANTES + PERDA DE PESO
● DESCARTO DEMAIS CAUSAS : ANGIOTOMOGRAFIA

TRATAMENTO
CLINICO + / - ENDOVASCULAR

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CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

ÚLCERA PÉPTICA PERFORADA


INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está de plantão em emergência de um Hospital da cidade e irá atender um


paciente de sexo masculino 45 anos tabagista com dor abdominal intensa de inicio há
8 horas acompanhado de náuseas, vômitos, taquicardia e sudorese intensa;

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese do paciente


2. Solicitar e interpretar exames necessários ao caso.
3. Estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnósticos diferenciais (is)
4.Definir e verbalizar a conduta terapêutica necessária.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

82
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IMPRESSO 1

SINAIS VITAIS

PA: 90X60 mmHg


FC: 130 bpm
FR: 24 irpm
Temperatura: 37,1 graus

EXAME FÍSICO

REG, Desidratado 2+/4+, hipocorado 2+/4+, acianótica, afebril;

Aparelho respiratório: MV+ Bilateralmente sem RA

Aparelho cardiovascular: BRNF 2T SS

Abdome: em tábua, RHA Hipoativos nos quatro quadrantes, palpação superficial e


profunda difusamente dolorosa . Sinal de Jobert positivo, descompressão brusca
positiva, DB+ .

83
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IMPRESSO 2 - IMAGEM RADIOGRÁFICA

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

84
CIRURGIA p ra c tic us
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IMPRESSO 3 - EXAMES LABORATORIAIS

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

85
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Apresentação: (1) identifica-


se e (2) cumprimenta
a paciente simulada.
0 0,5
Adequado: realiza as duas ações.
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Questiona motivo de consulta 0 0,25

3. Pergunta sobre as características


da dor: tempo de início (1), localização
(2), progressão (3), fatores de melhora
ou piora (4) Tipo (5) irradiação (6)
intensidade (7).
Adequado: pergunta todos os SETE 0 0,5 1
itens.
Parcialmente adequado: pergunta
SEIS ou CINCO itens.
Inadequado: pergunta apenas 4 ou
nenhum item.

4. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados: náuseas
ou vômitos (1), ritmo intestinal (2),
febre ou calafrios (3)perda de peso
(4)
0 0,5 1
Adequado: pergunta por QUATRO
itens
Parcialmente adequado: pergunta
por DOIS ou TRÊS itens
Inadequado: pergunta apenas UM
ou nenhum ITEM.

5. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos(1) e comorbidades (2)
Adequado: pergunta sobre AMBOS
0 0,25
itens.
Inadequado: pergunta sobre UM ou
nenhum

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

5. Questiona sobre medicamentos


de uso contínuo incluindo
obrigatoriamente AINES. 0 0,25
Adequado: questiona
Inadequado: não questiona

6. Questiona sobre tabagismo ou


alcoolismo
Adequado: pergunta sobre AMBOS 0 0,25
Inadequado: pergunta sobre UM ou
nenhum

7. Solicita o exame físico 0 0,25

8. Solicita sinais vitais ( FC, FR, SAT


0 0,25
O2, PA e TEMPERATURA)

9.Identifica e verbaliza sinais de


sepse: hipotensão, Fr > 22 rpm e PAS 0 0,25
< 100mmHg

10. Solicita os exames


complementares de imagem como
plano diagnóstico.
Adequado: Solicita RX de abdome 0 0,25
em 3 incidências (decúbito dorsal,
ortostase e tórax PA).
Inadequado: não solicita

11. Solicita exames laboratoriais:


Hemograma, Eletrólitos, Função
renal, Lactato, PCR, Amilase e
0 0,25
lipase e gasometria arterial
Adequado: Solicita todos os exames
Inadequado: Solicita 6 ou menos.

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

12. Interpreta de maneira adequada


exames laboratoriais: Hemograma
com leucocitose e desvio á esquerda
(1) função renal alterada (2) Lactato
elevado (3).
Adequado: verbaliza as TRÊS 0 0,25 0,5
alterações.
Parcialmente adequado: verbaliza
DUAS alterações.
Inadequado: verbaliza UMA ou
NENHUMA alteração.

13. Verbaliza presença de


pneumoperitônio em RX de abdome
0 0,25
Adequado: Identifica
Inadequado: Não identifica

14. Verbaliza hipótese diagnóstica


de úlcera péptica perfurada
0 0,25
Adequado: Verbaliza
Inadequado: Não verbaliza

15. Indica internação em leito de UTI


Adequado: Indica Inadequado: Não 0 0,25
Indica

16. Solicita passagem de SNG aberta


Adequado: Indica 0 0,25
Inadequado: Não Indica

17. Solicita expansão volêmica com


cristaloide (Ringer lactato) 30ml/kg
0 0,25
Adequado: Indica
Inadequado: Não Indica

18. Solicita 2 hemoculturas prévio


ao início da antibioticoterapia
0 0,5
Adequado: Solicita
Inadequado: Não Solicita

19. Indica jejum/ dieta zero


Adequado: Indica 0 0,25
Inadequado: Não Indica

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R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

20. Prescreve IBP dose plena


Adequado: Indica 0 0,25
Inadequado: Não Indica

21. Prescreve antibioticoterapia


endovenosa (Ceftriaxone +
metronidazol) 0 0,25
Adequado: Indica
Inadequado: Não Indica

22. Prescreve analgesia endovenosa


e antiemético.
Adequado: verbaliza os dois itens.
0 0,25
Parcialmente adequado: verbaliza
um item.
Inadequado: nenhum item.

23. Explica, com linguagem clara,


as hipóteses diagnósticas para o
paciente simulado.
Adequado: explica sobre hipótese
de abdome agudo perfurativo
0 0,25
podendo ser causa por presença de
úlcera péptica, neoplasia, divertículo
perfurado, corpo estranho.
Inadequado: Não explica sobre as
possíveis causas.

24. Orienta o paciente sobre o


prognóstico e sobre gravidade do 0 0,10
quadro

25. Solicita avaliação e cirurgião geral


Adequado: Solicita 0 0,25
Inadequado: Não Solicita

26. Solicita TCLE. 0 0,25

27. Orienta sobre indicação


cirúrgica podendo ser acesso 0 0,15
aberta ou videolaparoscópica.

89
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

28. Questiona sobre dúvidas 0 0,10

29. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à) 0 0,15
participante.

90
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO ABDOME AGUDO PERFURATIVO

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:

● Úlcera péptica
● Divertículo perfurado
● Neoplasia
● Corpo estranho
● Isquemia com perfuração

Radiografia simples de tórax e abdome

● Raio-x de tórax póstero-anterior em posição ortostática;


● Raio-x de abdome anteroposterior em decúbito dorsal;
● Raio-x de abdome anteroposterior em posição ortostática.

Pneumoperitônio

Na radiografia de tórax. Indica a presença de ar entre o diafragma e o fígado ou entre o


diafragma e estômago.

SINAIS E SINTOMAS:

● Dor súbita, intensa, aguda, difusa e persistente.


● Dor piora com o movimento.
● Peritonite (dada liberação de ácido clorídrico, bile na cavidade abdominal).
● Sinal de Jobert: perda da macicez hepática durante a percussão do hipocôndrio
direito - indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre, como na
úlcera péptica.
● Durante a palpação do abdome, há rigidez involuntária com descompressão brusca
positiva em todo o abdome (“abdome em tábua”).
● Palidez e sudorese.
● Prognóstico: para o choque séptico.

TRATAMENTO:

Cirúrgico - Laparotomia exploradora ou videolaparoscopia, se o paciente estiver


hemodinamicamente estável.

91
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

92
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

DOENÇAS ORIFICIAIS
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Homem de 35 anos, sem comorbidades, procurou o pronto-socorro por apresentar


dor em região anal havia 5 dias, acompanhada por prostração e calafrios;

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese do paciente


2. Solicitar e interpretar exames necessários ao caso.
3. Estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnósticos diferenciais (is)
4.Definir e verbalizar a conduta terapêutica necessária.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO GERAL

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IMPRESSO 2 - EXAME PROCTOLÓGICO

- INSPEÇÃO ESTÁTICA: Inspeção da região perianal evidenciou abaulamento á


direita sem ponto de flutuação, aumento de temperatura e vermelhidão.

- INSPEÇÃO DINÂMICA: Visualização de dois mamilos hemorroidários, um no


quadrante posterior direito (5h) e outro na posição lateral esquerda (9h) que se
exteriorizam aos esforços, com redução espontânea.

- TOQUE RETAL : esfíncter normotônico, mucosa retal normal; Toque retal com dor
á palpação em quadrante posterior direito.

- ANUSCOPIA: presença de mamilos hemorroidários descritos na inspeção dinâmica.


Mucosa retal de aspecto normal.

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

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IMPRESSO 3 - EXAMES LABORATORIAIS

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1.Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
0 1
Adequado: realiza as duas ações.
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Questiona o motivo da consulta 0 1

3. Pergunta sobre as características


da dor (tempo de início, localização,
escala, progressão, fatores de melhora
ou piora, intensidade,tipo).
Adequado: Pergunta sobre todas as
0 0,5 1
características da dor.
Parcialmente adequado: Pergunto
sobre SEIS OU MENOS características
da dor
Inadequado: Não questiona

4. Realiza anamnese, perguntando


por sintomas associados e hábitos:
(1) ritmo intestinal OU diarreia e
constipação (2) dor abdominal (3)
náuseas ou vômitos (4) febre (5)
calafrios (6) tenesmo (7) perda de peso
(8) esforço evacuatório (9) dieta pobre
em fibras (10) prurido (11) desconforto
perianal (12) perda fecal ou soiling (13) 0 0,5 1
abaulamento peri anal;

Adequado: Pergunta 6 ou mais


sintomas associados e hábitos.
Parcialmente adequado: Pergunta
sobre cinco sintomas associados.
Inadequado: Pergunta sobre quatro
ou menos sintomas associados.

5. Solicita a realização do exame


físico : (1) exame físico geral (2) exame 0 0,5
proctológico

97
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R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

6. Solicita exames laboratoriais :


Hemograma, PCR
Adequado: Solicita ambos; 0 1
Inadequado: Solicita um ou nenhum
exame;

7. Verbaliza as hipóteses
diagnósticas atuais de Doença
hemorroidária grau 2 associado a
abscesso perianal .
0 1
Adequado: Verbaliza ambas hipóteses
diagnósticos;
Inadequado: Verbaliza uma ou
nenhuma hipótese diagnóstica ;

8. Verbaliza diagnósticos
diferenciais: Fissura perianal,
Doença inflamatória intestinal,
trombose hemorroidária, fistula
perianal. 0 0,5
Adequado: Verbaliza ao menos 4
diagnósticos diferenciais;
Inadequado: Verbaliza 3 ou menos
diagnósticos diferenciais;

9. Orienta sobre gravidade do quadro


e consequências em ausência de 0 0,5
tratamento;

10. Indica internação 0 0,5

11. Indica analgesia 0 0,25

12.. Indica drenagem cirúrgica para


0 0,25
resolução de abscesso + antibiótico;

98
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

13. Orienta sobre medidas dietéticas


como tratamento de doença
hemorroidária : (1) ANALGESIA;
(2)DIETA RICA EM FIBRA (3) 0 0,25
HIDRATAÇÃO E USO DE LAXANTES
(4)BANHO DE ASSENTO COM ÁGUA
MORNA

14. SOLICITA TCLE 0 0,25

15. Questiona dúvidas 0 0,5

16. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

99
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RESUMO
EMERGÊNCIAS ANORRETAIS
DEFINIÇÃO:

AS DOENÇAS ORIFICIAIS APRESENTAM SINAIS E SINTOMAS INCÔMODOS QUE LEVAM


O PACIENTE A PROCURAR ATENDIMENTO AMBULATORIAL, ALGUMAS FORMAS MAIS
SEVERAS O FAZEM PROCURAR O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA.

A DOR E SANGRAMENTO MAIS INTENSOS, MASSA ORIFICIAL PALPÁVEL E DIFICULDADE


PARA EVACUAR LEVAM O PACIENTE AO PRONTO ATENDIMENTO;

O MÉDICO EMERGENCISTA DEVE AVALIAR ADEQUADAMENTE A QUEIXA DO PACIENTE E


PROCEDER A EXAME PROCTOLÓGICO MINUCIOSO. A FALTA DE ADEQUADA AVALIAÇÃO
MÉDICA PODE FREQUENTEMENTE LEVAR A PROGRESSÃO E AGRAVAMENTO DA
DOENÇA, COM COMPROMETIMENTO LOCAL E SISTÊMICO.

ANATOMIA E FISIOLOGIA ANORRETAL


O CONHECIMENTO DA COMPLEXA ANATOMIA DO ÂNUS, RETO E OUTRAS ESTRUTURAS
DA REGIÃO NOS AUXILIA A ENTENDER A ETIOPATOGENIA E PRINCIPALMENTE O MANEJO
DAS DOENÇAS DA REGIÃO. O CONHECIMENTO ANATÔMICO É IMPRESCINDÍVEL PARA
A IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSOS INFECCIOSOS EM PLANOS MAIS PROFUNDOS E, EM
ALGUMAS CIRCUNSTÂNCIAS, PARA O PLANEJAMENTO DA ABORDAGEM CIRÚRGICA.
O TRATAMENTO TEM COMO OBJETIVOS: PRESERVAR O MÁXIMO A INTEGRIDADE
ESFINCTERIANA.

DIAGNÓSTICO:

A ANAMNESE DAS DOENÇAS ANORRETAIS DEVE SER REALIZADA NÃO SÓ VOLTADO


PARA AS QUEIXAS LOCAIS, MAS TAMBÉM NA PESQUISA DE OUTRAS CONDIÇÕES
MÓRBIDAS OU HÁBITOS QUE POSSAM NOS INDICAR FATORES DESENCADEADORES
OU AGRAVANTES DAS DOENÇAS ORIFICIAIS.

A DOR DA REGIÃO ANORRETAL GERALMENTE SE MANIFESTA DE MODO CONTÍNUO,


QUE PODE SER EXACERBADA COM A EVACUAÇÃO E EM POSIÇÃO SENTADA.

O SANGRAMENTO É SINAL QUE CHAMA A ATENÇÃO DO PACIENTE E FAMILIARES, MAS


A ASSOCIAÇÃO COM A DOR FAZ COM QUE O PACIENTE PROCURE ATENDIMENTO
MÉDICO NA URGÊNCIA. OUTRO ACHADO QUE ALERTA O PACIENTE É O APARECIMENTO
DE ABAULAMENTO OU PROTUBERÂNCIA NAS REGIÕES ANAL E PERIANAL.

A PRESENÇA DE SINTOMAS ASSOCIADOS COMO ASTENIA, MAL-ESTAR, FEBRE,


DIARREIA OU OBSTIPAÇÃO E SINTOMAS URINÁRIOS DEVE SER OBRIGATORIAMENTE
INDAGADA PARA INVESTIGAÇÃO DE POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES LOCAIS E SISTÊMICAS
DA DOENÇA ANORRETAL.

SITUAÇÕES CLÍNICAS:
DOENÇA HEMORROIDÁRIA

HEMORROIDAS SÃO DILATAÇÕES VENOSAS LOCALIZADAS NOS COXINS SUB-MUCOSOS

100
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

DA REGIÃO ANAL. SÃO CONSIDERADAS NO CONTEXTO DA EMERGÊNCIA QUANDO


MANIFESTAM SANGRAMENTO, INFLAMAÇÃO E TROMBOSE. PODEM SER DIVIDIDAS EM
INTERNAS (ACIMA DA LINHA PECTÍNEA) OU EXTERNAS (ABAIXO DA LINHA PECTÍNEA).
ESTAS SURGEM DO PLEXO HEMORROIDÁRIO INFERIOR EM UMA REGIÃO INERVADA
POR FIBRAS SOMÁTICAS, SENDO, PORTANTO DOLOROSAS.

AS INTERNAS, EM CONTRA PARTIDA SURGEM DO PLEXO HEMORROIDÁRIO SUPERIOR,


EM UMA REGIÃO DE INERVAÇÃO VISCERAL E SÃO INDOLORES.

DENTRE OS FATORES DE RISCO ENCONTRAM-SE : GRAVIDEZ, CONSTIPAÇÃO,


DIARREIA CRÔNICA E HIPERTENSÃO PORTAL.

A QUEIXA MAIS COMUM é SANGRAMENTO INDOLOR ÀS EVACUAÇÕES APROX


60%, PODENDO HAVER DOR NOS CASOS DE HEMORRÓIDAS EXTERNAS,QUE SÃO
FACILMENTE IDENTIFICADAS AO EXAME FÍSICO.

SINTOMAS ASSOCIADOS: PRURIDO, DESCONFORTO PERIANAL E PERDA FECAL.


LEMBRE-SE DOR E DESCONFORTO PODEM-SE EXACERBAR EM TROMBOSE;

O TRATAMENTO EM DOENÇA HEMORROIDÁRIA: CONTROLE DE SINTOMAS

CONDUTA:

-DIETA RICA EM FIBRAS

-HIDRATAÇÃO, LAXANTES, BANHOS DE ASSENTO COM ÁGUA MORNA.

NO CASO DE HEMORROIDAS TROMBOSADAS ( EM CASOS ESPECÍFICOS) OU


ESTRANGULADAS OPÇÕES CIRÚRGICAS : TROMBECTOMIA E HEMORROIDECTOMIA.

O TRATAMENTO CLÍNICO PODE SER INICIALMENTE INSTITUÍDO EM TROMBOSES


HEMORROIDÁRIAS POUCO SINTOMÁTICAS;

101
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

FISSURA ANAL

É UMA LACERAÇÃO DO ANODERMA DISTAL À LINHA PECTÍNEA. O EVENTO INICIAL É A


PASSAGEM DE FEZES ENDURECIDAS, CAUSANDO A LESÃO E LEVANDO A UM ESPASMO
DO ESFÍNCTER INTERNO, LEVANDO A ISQUEMIA DA MUCOSA E CICATRIZAÇÃO
DEFICIENTE.
O MEDO/ RECEIO DE UMA NOVA EVACUAÇÃO DOLOROSA EXACERBA O ESPASMO,
LEVANDO A UM CICLO VICIOSO.

A GRANDE MAIORIA SE LOCALIZA NA LINHA MÉDIA POSTERIOR. FISSURAS EM OUTRAS


LOCALIZAÇÕES PODEM ESTAR ASSOCIADAS A OUTRAS DOENÇAS COMO HIV E
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS.

AS FISSURAS PODEM SER AGUDAS OU CRÔNICAS PERSISTÊNCIA POR 6-8 SEMANAS.

A TRÍADE CLÁSSICA DA FISSURA ANAL CONSISTE: IDENTIFICAÇÃO DA LACERAÇÃO,


PAPILA HIPERTRÓFICA E DO PLICOMA.
CLINICA: DOR E SANGRAMENTO ÁS EVACUAÇÕES.

AS FISSURAS SÃO IDENTIFICADAS AO EXAME FÍSICO E AO TOQUE RETAL PODE SER


MUITO DOLOROSO.

FISSURAS AGUDAS: FUNDO LIMPO E BORDAS HIPEREMIADAS E EDEMACIADAS.


FISSURAS CRÔNICAS: BORDAS ELEVADAS E FIBRÓTICAS.
TRATAMENTO: OBJETIVO DE RELAXAR O ESFÍNCTER INTERNO, QUEBRANDO O CICLO
DE RECEIO AO EVACUAR.
-BANHOS DE ASSENTO, LAXATIVOS, HIDRATAÇÃO E POMADAS TÓPICAS SÃO

102
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

INDICADAS PARA CONTROLE DOS SINTOMAS.

SEM RESPOSTA: BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO TÓPICOS E ATÉ MESMO


INJEÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA PARA O RELAXAMENTO DO ESFÍNCTER INTERNO.

TRATAMENTO CIRÚRGICO: CASOS REFRATÁRIOS CRÔNICOS E CONSISTE NA


ESFINCTEROTOMIA LATERAL INTERNA.

ABSCESSO E FÍSTULA:

ABSCESSOS ANORRETAIS SE ORIGINAM DE INFECÇÕES DAS GLÂNDULAS ANORRETAIS


(CRIPTAS), DENOMINADAS CRIPTITES.

PODEM SER SUPERFICIAIS (ABSCESSOS PERIANAIS) OU MAIS PROFUNDOS,


ESTENDENDO-SE PELOS PLANOS INTERMUSCULARES. SINTOMAS MAIS COMUNS SÃO
DOR CONTÍNUA, QUE PODE SER EXACERBADA À EVACUAÇÃO , ASSOCIADA A EDEMA.

PODE HAVER SÁIDA DE SECREÇÃO PURULENTA, SANGRAMENTO, FEBRE E


INAPETÊNCIA.

O DIAGNÓSTICO DOS ABSCESSOS SUPERFICIAIS É FEITO PELA IDENTIFICAÇÃO


DE UMA REGIÃO EDEMACIADA, HIPEREMIADA E COM PONTO DE FLUTUAÇÃO,
DOLOROSA AO TOQUE.

NO CASO DE INFECÇÕES MAIS PROFUNDAS, O EXAME FISICO É MENOS EXUBERANTE


E PODE EXIGIR INVESTIGAÇÃO COM EXAMES DE IMAGEM.
É IMPORTANTE COMENTAR QUE OS ABSCESSOS PODEM TAMBÉM SER SECUNDÁRIOS
A PERFURAÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS INGERIDOS.

TRATAMENTO : DRENAGEM CIRÚRGICA DAS COLEÇÕES.

FÍSTULAS PERIANAIS

LEMBRAR DADO QUE O INEP GOSTA MUITO: FÍSTULAS PERIANAIS ESTÃO


FREQUENTEMENTE ASSOCIADAS COMO CAUSA OU EM APROXIMADAMENTE ATÉ 60%
DOS CASOS COMO CONSEQUÊNCIAS DOS ABSCESSOS.

SÃO CARACTERIZADAS PELA PRESENÇA DE UM ORIFÍCIO FISTULOSO PERSISTENTE,


COM SAÍDA DE SECREÇÃO PURULENTA E UM TRAJETO FIBROSO CRONICAMENTE
INFLAMADO E CLASSIFICADOS DE ACORDO AO TRAJETO.

VALE RESSALTAR QUE A PRESENÇA DE MÚLTIPLAS FÍSTULAS DEVE FAZER


PENSAR EM - DOENÇA DE CROHN OU IMUNOSSUPRESSÃO COMO HIV, DIABETES
DESCOMPENSADO E DEVE-SE INVESTIGAR MAIS A FUNDO.

103
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COLANGITE
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está de plantão em Hospital de médio porte e irá atender uma paciente de
50 anos de idade prostrada trazida à consulta de pronto socorro devido à confusão
mental iniciada às 7 horas da manhã. O filho mais velho e que mora com ela informa
que ela gozava de boa saúde até 3 dias atrás, apenas com queixas episódicas de
dores abdominais que já lhe incomodavam há alguns meses, contudo, ainda não
havia procurado atendimento médico. Há 3 dias, as dores abdominais se tornaram
mais frequentes, não cedendo com o uso de escopolamina e, então, iniciou, por
conta própria, cetoprofeno.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Dirigir-se á mesa do consultório;


2. Ler o relato da anamnese descrita em folha na mesa do consultório;
3. Comentar o exame físico específico;
4. Responder aos questionamentos do paciente simulado;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

104
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IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO


Paciente em REG, obesa, desidratada 3+/4+ com icterícia cutâneo-mucosa 2+/4+,
apresentando nítida confusão mental, sem sinais focais, más reagindo com movimentos
de defesa quando é realizada a tentativa de palpar o abdome.

105
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IMPRESSO 2 - SINAIS VITAIS

PA: 80 X 60 mmHg
Temperatura : (39,7 C)
FC: 106 bpm
FR: 23 irpm
SAT O2: 95% AA

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

106
CIRURGIA p ra c tic us
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IMPRESSO 3 - EXAME USG ABDOME - FÍGADO E VIAS BILIARES

LAUDO: Estrutura tubular em corte longitudinal medindo 1,4 cm, representando o ducto
colédoco dilatado e presença de cálculos em vesícula biliar.

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

107
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IMPRESSO 4 - EXAMES LABORATORIAIS

DIRIJA-SE À CÂMERA E VERBALIZE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS

108
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
0 0,5
Adequado: realiza as duas ações.
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Questiona sobre motivo de


0 0,5
consulta

3. Pergunta sobre as características


da dor (tempo de início, localização,
escala, progressão, fatores de
melhora ou piora, intensidade,tipo).

Adequado: Pergunta sobre todas as


características da dor. 0 0,25 0,5

Parcialmente adequado: Pergunto


sobre SEIS características da dor.

Inadequado: Perguntas sobre CINCO


características da dor.

4.Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados (náuseas,
vômitos, ritmo intestinal, febre,
acolia, coluria).

Adequado: Pergunta sobre todos os


sintomas. 0 0,25 0,5

Parcialmente adequado: Pergunta


CINCO sintomas;

Inadequado: Pergunta por QUATRO


ou menos sintomas;

5. Solicita exame físico geral 0 0,5

109
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

6. Solicita sinais vitais (FC,FR, PA,


0 0,5
SAT O2)

7. Solicita USG Abdome fígado e


vias biliares e interpreta de maneira
adequada.
0 0,5
Adequado: Realiza ambos, verbaliza
dilatação de colédoco sugestivo de
processo obstrutivo de via biliar.
Inadequado: Não realiza

8. Solicita Rotina Rx de abdome


agudo em 3 incidências. (Decúbito 0 0,5
dorsal e ortostase e Tórax PA.)

9. Solicita exames laboratoriais (


Hemograma, duas hemoculturas,
eletrólitos (sódio e potássio, função
renal, ureia e creatinina, Gammagt, 0 0,25
FA, Bilirrubinas totais e frações, PCR
TGO,TGP, Albumina, INR, Gasometria
arterial, lactato, amilase e lipase).

10. Interpreta os exames laboratoriais


de maneira correta.Menciona
leucocitose com desvio á esquerda,
aumento de bilirrubina total com
predomínio de direta, creatinina
elevada , INR alargado (alteração
hematológica). 0 0,25

Adequado: Menciona todas as


alterações.

Inadequado: Não menciona todas as


características

11. Verbaliza Hipótese diagnóstica


0 0,5
de Colangite Grave

110
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

12. Identifica Pêntade de Reynolds. 0 1

13. Explica para paciente sobre


0 0,5
prognóstico e fisiopatologia.

14. Solicita internação em leito de


0 0,5
UTI.

15. Solicita monitorização continua. 0 0,5

16. Prescreve jejum 0 0,25

17. Orienta Hidratação endovenosa


0 0,5
com RL 30ml/kg

18. Prescreve antibioticoterapia


endovenosa com ceftriaxone/ 0 0,5
ciprofloxacino + metronidazol.

19. Indica drenagem de Via biliar


por CPRE (Colangiopancreatografia 0 0,5
retrógrada de maneira imediata.)

20. Solicita termo de consentimento 0 0,5

21. Questiona dúvidas. 0 0,25

111
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

22. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

112
CIRURGIA p ra c tic us
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RESUMO COLANGITE

PRESENÇA DE LITÍASE BILIAR ATINGE 20 A 35% DA POPULAÇÃO EM GERAL


DEFINIÇÃO: INFECÇÃO DAS VIAS BILIARES, INTRA OU EXTRA HEPÁTICA, NORMALMENTE
ASSOCIADA A OBSTRUÇÃO DO ESCOAMENTO DA BILE.
10-20% DOS CASOS DE LITÍASE BILIAR IRÃO CURSAR COM QUADRO DE COLEDOCOLITÍASE
0.2% EVOLUEM À COLANGITE AGUDA

FATORES DE RISCO PARA COLANGITE:


> 70 ANOS
DIABETES MELLITUS
INFECÇÕES RECENTES

ETIOLOGIA
COLEDOCOLITÍASE - PRINCIPAL CAUSA DE COLANGITE AGUDA. (28-70%)
OUTRAS CAUSAS:
BENIGNAS (5-28%) E MALIGNAS (10-57%)

● COLANGITE AUTOIMUNE
● PANCREATITE
● ANOMALIAS CONGÊNITAS
● MANIPULAÇÃO CIRÚRGICA
● CPRE (1,4%)

AGENTES ETIOLÓGICOS:
E. Coli
PSEUDOMONAS a.
KLEBSIELLA sp.

113
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CLINICA
TRIADE DE CHARCOT - DOR ABDOMINAL HD+ FEBRE + ICTERICIA
PÊNTADE DE REYNOLDS - + CONFUSÃO MENTAL + HIPOTENSÃO
SINTOMAS MAIS COMUNS: DOR ABDOMINAL + FEBRE (80%) - ICTERICIA (60-70%)
DIAGNÓSTICO
DIRETRIZES DE TOQUIO 2018
SUSPEITA DIAGNÓSTICA
1 CRITERIO ESTADO INFLAMATORIO SISTÊMICO

● 1 COLESTASE OU 1 DE IMAGEM

DIAGNÓSTICO DEFINITIVO
1 CRITERIO ESTADO INFLAMATORIO + 1 COLESTASE + 1 IMAGEM
ESTADO INFLAMATORIO SISTÊMICO:
FEBRE (>38 GRAUS) OU CALAFRIOS
PCR ELEVADA, LEUCOCITOSE (> 10.000) OU LEUCOPENIA
COLESTASE
ICTERICIA ( BT> 2mg/dL)
EXAMES HEPÁTICOS ALTERADOS (FA, gamaGT, AST, ALT> 50%)
IMAGEM SUGESTIVA - USG - COLEDOCO > 8 mm
DILATAÇÃO DAS VB
ESTENOSE, LITIASE
PRIMEIRO EXAME A SER SOLICITADO:

USG ABDOMINAL FÍGADO E VIAS BILIARES

CLASSIFICAÇÃO
LEVE - AUSÊNCIA DE CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO MODERADA OU GRAVE
MODERADO - ELEVADOS RISCOS DE COMPLICAÇÃO SE NÃO HUVER DRENAGEM
PRECOCE
GRAVE - PACIENTE COM DISFUNÇÃO ORGÂNICA

CLASSIFICAÇÃO

114
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

CONDUTA:
ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA

ANTIBIOTICOTERAPIA ENDOVENOSA ( CEFTRIAXONE + METRONIDAZOL / PIPER TAZO)


DRENAGEM DA VIA BILIAR - CPRE

GRAVE = DRENAGEM IMEDIATA = UTI + RESOLUÇÃO DEFINITIVA DA CAUSA POSTERGADA;

115
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

TORÇÃO TESTICULAR
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: UNIDADE DE PRONTO


ATENDIMENTO
A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Você está de plantão em um pronto atendimento e irá atender paciente de 14 anos,


sem comorbidades que comparece queixando-se de dor testicular súbita, progressiva
e de forte intensidade, irradiada para região inguinal ipsilateral há 4 horas. Nega
episódios prévios similares.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

5. Dirigir-se á mesa do consultório;


6. Ler o relato da anamnese descrita em folha na mesa do consultório;
7. Comentar o exame físico específico;
8. Responder aos questionamentos do paciente simulado;

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

116
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO

BEG, Corado, Hidratada, Anictérico e Acianótico.


AP: MV + bilateralmente sem RA

ACV: BRNF 2T SS
Abdomen: sem alterações
MI: Simétricos, ausência de edema e sem sinais de TVP.

GENITAL:
Presença de assimetria testicular, edema testicular importante a direita com Sinal de
Prehn negativo, Reflexo cremastérico ausente, Sinal de Angell Positivo.

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

IMPRESSO 2 - SINAIS VITAIS

PA: 120 X 60 mmHg


FC : 90 bpm
FR: 18 rpm

SAT O2: 98% AA

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

119
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

120
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R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
0 0,5
Adequado: realiza as duas ações.
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Questiona sobre motivo de


0 0,5
consulta

3. Pergunta sobre as características


da dor (tempo de início, localização,
escala, progressão, fatores de
melhora ou piora, intensidade).

Adequado: Pergunta sobre todas as


características da dor. 0 0,5 1

Parcialmente adequado: Pergunto


sobre três características da dor.

Inadequado: Perguntas sobre duas


características da dor.

4. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados (náuseas,
vômitos, febre. Calafrios, sintomas
urinários ).

Adequado: Pergunta sobre todos os 0 0,5 1


sintomas
Parcialmente adequado: Pergunta
por pelo menos 3 sintomas
Inadequado : Pergunta por pelo
menos 2 ou menos sintomas.

5. Questiona sobre possível


mecanismo da lesão ( trauma,
atividade sexual, esforço).
0 0,5
Adequado: Questiona todos.
Inadequado: Questiona 2 ou menos.

121
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

6. Questiona história de DST’S 0 0,25

7. Solicita exame físico geral 
 0 0,25

8. Solicita propedêutica
específica: Sinal de Prehn, Reflexo
cremastérico, Sinal de Angell,
Brunzel e os interpreta de maneira
adequada.
0 0,5
Adequado: Questiona sobre os 3
sinais
Inadequado: Questiona sobre 2 ou
menos.

9. Solicita Sinais Vitais 0 0,5

10. Solicita pelo menos 2 exames


laboratoriais gerais, pelo menos
hemograma e PCR.
0 0,5
Adequado: Solicita pelo menos 2
exames;
Inadequado: Solicita 1 exame ou
nenhum.

11. Solicitou USG Testicular com


Doppler colorido e o interpretou
de maneira adequada ( Sinais 0 0,5
sugestivos de torção testicular á
DIREITA).

12. Verbalizou hipótese diagnóstica


0 0,5
de Torção testicular á DIREITA.

122
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

13. Verbaliza como diagnósticos


diferenciais: Orquiepididimite,
orquite, epididimite, torção de
apêndice testicular.
0 0,5
Adequado: Menciona 3 diagnósticos
diferenciais.
Inadequado: Menciona 2 ou menos.

14. Orienta paciente sobre


0 0,5
diagnóstico e sua fisiopatologia.

15. Orienta sobre prognóstico e


possibilidade de orquiectomia
0 0,5
a depender dos achados de
intraoperatório.

16. Solicitou avaliação Cirurgião


pediátrico/ Cirurgião Geral/ 0 0,5
Urologista ou Urologista pediátrico.

17. Orienta sobre procedimento


cirúrgico, com necessidade de
0 0,25
exploração testicular bilateral e
necessidade de fixação testicular.

18. Solicita termo de consentimento


0 0,25
informado.

19. Questiona Dúvidas. 0 0,25

20. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

123
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO ESCROTO AGUDO


EPIDEMIOLOGIA - Pode ocorrer desde o nascimento até a idade adulta, com pico de
incidência BIMODAL primeira época do primeiro ao 12 ano de vida e a segunda etapa aos
18 anos.
TORÇÃO TESTICULAR:
Testículo espontaneamente roda sobre seu próprio eixo causando isquemia testicular
severa e imediata.
> 6 horas - IRREVERSÍVEL + PERDA FUNCIONAL
PRINCIPAL FATOR DE RISCO: Malformação na inserção da túnica vaginal o músculo
dartos escrotal. “ Badalo de SINO”
QUADRO CLINICO: Dor de inicio súbito (durante o sono), ausência de febre, náuseas e
vômitos.
EXAME TESTICULAR: Testículo doloroso, elevado e horizontalizado (SINAL DE
ANGEL POSITIVO) SINAL DE PREHN NEGATIVO ( DOR NÃO MELHORA Á ELEVAÇÃO
TESTICULAR).
EXAME A SER SOLICITADO: USG escrotal com Doppler colorido
EXAMES LABORATORIAIS A SEREM SOLICITADOS: Hemograma completo + PCR
LAUDO ESPERADO EM TORÇÃO TESTICULAR: Ausência de vascularização do testículo
em comparação ao contra lateral não torcido.
E SE NÃO HOUVER USG NO SERVIÇO? EXPLORAÇÃO TESTICULAR IMEDIATA!
SUSPEITA DE TORÇÃO TESTICULAR = URGÊNCIA UROLÓGICA
TESTICULO VIÁVEL - FIXAÇÃO TESTICULAR BILATERA - ORQUIDOPEXIA
TESTICULO INVIÁVEL - ORQUIECTOMIA UNILATERAL E FIXAÇÃO BILATERAL

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CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

CÂNCER DE ESÔFAGO

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R E S U M O S

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R E S U M O S

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CIRURGIA p ra c tic us
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IMPRESSO 3 - ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

LAUDO: lesão ulceroinfiltrativa iniciada a 34 cm da arcada dentária superior, que


dificultou a passagem do aparelho.

128
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IMPRESSO 4 – BIÓPSIA

RESULTADO : ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO

T3 - invasão da adventícia

129
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza as duas ações. 0 0,5
Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Pergunta Sobre motivo de


0 0,5
consulta

3. Pergunta sobre Disfagia


(1) tempo de evolução; (2) progressão;
Adequado: pergunta sobre ambos 0 1
Inadequado: pergunta apenas um
item ou não pergunta item algum.

4. Pergunta sobre sintomas


associados:
(1) vômito/náusea; (2) alteração de
hábito intestinal OU melena; (3)
perda de peso; (4) astenia; (5) Febre 0 1
Adequado: pergunta pelo menos
QUATRO itens.
Inadequado: pergunta TRÊS itens ou
menos.

5. Pergunta sobre fatores de risco:


DRGE, ETILISMO, TABAGISMO, LESÃO
CÁUSTICA, ACALASIA
Adequado: pergunta pelo menos 0 0,5
QUATRO fatores de risco.
Inadequado: pergunta TRÊS fatores
de risco ou menos.

6. Solicita o exame físico e sinais


vitais.
0 0,5
Adequado: solicita. Inadequado: não
solicita.

130
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

7. Solicita os exames
complementares laboratoriais:

Adequado: solicita TRÊS exames ao 0 0,25


menos
Inadequado: solicita DOIS ou menos
itens.

8. Verbaliza as alterações dos


exames laboratoriais:
(1) ANEMIA e (2) PCR aumentado.
0 0,25
Adequado: verbaliza os dois itens.
Inadequado: verbaliza um item ou
não verbaliza item algum.

9. Solicita ENDOSCOPIA DIGESTIVA


ALTA Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

10.Solicita a biópsia da lesão


Adequado: solicita. Inadequado: não 0 0,5
solicita.

11. Verbaliza a hipótese diagnóstica


de Adenocarcinoma de Esôfago e
relaciona á DRGE
Adequado: Identifica e relaciona ao 0 0,5
principal fator de risco
Inadequado: Não identifica e
relaciona ao principal fator de risco

12. Verbaliza diagnósticos


diferenciais: Carcinoma
espinocelular de esôfago, acalasia,
estenose esofágica, divertículo de
zenker ou divertículo esofágicos,
disfagia lusória; anéis ou membranas 0 0,5
esofágicas
Adequado: Verbaliza pelo menos 2
diagnósticos diferenciais.
Inadequado: Verbaliza 1 ou nenhum
diagnósticos diferenciais.

131
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R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

13. Orienta paciente sobre evolução


da patologia e prognóstico;
0 0,5
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

14. Orienta sobre exames de


estadiamento: Tomografia com
contraste de tórax e abdome; Eco-
endoscopia; PET-CT
0 0,5
Adequado: Solicita ao menos
Tomografia com contraste de tórax e
abdome;
Inadequado: não solicita

15. Orienta inicio de neoadjuvância


de quimioterapia/RT e
possível esofagectomia com
0 0,5
linfadenectomia após;
Adequado: Indica
Inadequado: Não indica

16. Encaminha ao oncologista


Adequado: Encaminha 0 1
Inadequado: Não encaminha

17. Encaminha ao cirurgião do


aparelho digestivo
0 0,5
Adequado: Encaminha Inadequado:
Não encaminha

18.Questiona Dúvidas 0 0,5

19. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
0 0,5
participante. Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

132
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO:

Anatomia

● Divisão
● Cervical:
■ De C6 até T1
■ 16 a 23 cm da Arcada dentária superior (ADS)
■ Lateralização: esquerda
● Torácico:
■ De T2 até hiato diafragmático
■ 23 a 38 cm da ADS
■ Lateralização: direita
● Abdominal
■ Abaixo do diafragma
■ 38 a 40 cm da ADS
■ Lateralização: esquerda
● Topografia
● Início: Faringe (altura da C6 e cartilagem cricoide)
● Anterior:
■ Proximal: Laringe e traqueia
■ Distal: Coração (átrio esquerdo)
● Posterior: Coluna vertebral
● Esquerda: Aorta descendente

133
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

● Fim: Estômago (altura da T11)


● Parede
● Mucosa: Epitélio escamoso
● Submucosa
● Muscular
● Adventícia (não tem serosa)

Fisiologia

● Funções:
● 1- conduzir o alimento da faringe até o estômago
● 2- Evitar a deglutição de ar
● 3- Evitar que o alimento retorna do estômago
● Fase orofaríngea
● Fase voluntária
■ Fase oral
■ Alimento é lançado à faringe pela contração da musculatura da
língua
● Fase involuntária
■ Reflexo da deglutição
■ Aferente: n. glossofaríngeo (IX par)
■ Eferente: n. vago (X par) e n. hipoglosso (XII par)
● Fase esofagiana
● Peristalse primaria: resposta ao reflexo de deglutição
● Peristalse secundária: resposta a distensão mecânica
● Coordenada pelo plexo mioentérico ( sofre influência do sistema
autônomo)

Câncer de Esôfago

● Epidemiologia
● Entre as 10 neoplasias malignas mais incidentes no Brasil
● 6ª causa de mortalidade oncológica
● Maior incidência em Homens 3:1
● Tipos histológicos
● Escamoso (epidermoide)
■ Derivado do epitélio estratificado não queratinizado
■ Mais comum no Brasil
■ Origem no 1/3 médio e superior
■ Fator de risco
● Raça negra
● Etilismo
● Tabagismo
● Lesão cáustica
● Adenocarcinoma
■ Derivado do epitélio de Barrett (metaplasia intestinal)
■ Mais comum nos EUA e países desenvolvidos
■ Origem no 1/3 distal
■ Fator de risco

134
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

● Raça branca
● DRGE
● Acalasia
● Clínica
● Disfagia progressiva
● Perda ponderal
● Diagnóstico
● Esofagografia
■ Imagem característica: sinal da maçã mordida e sinal do degrau
● EDA
■ Definitivo: Biópsia
■ Apresentação
● Polipoide exofítico
● Escavado ou ulcerado
● Plano ou infiltrativo
● Estadiamento
● Pesquisa
■ Tomografia computadorizada de tórax e abdome
● Avalia os linfonodos mediastinais e metástase a distância
■ Ultrassom EDA
● Melhor exame
● Deve ser solicitado para completar a investigação do T e N
● TNM
■ Tumor
● T1
● T1a: Invasão até a lâmina própria ou muscular da
mucosa
● T1b: Invasão até a submucosa
● T2: invasão da muscular própria
● T3: invasão da adventícia
● T4
● T4a: invasão de estruturas ressecáveis (pericárdio,
pleura, diafragma...)
● T4b: invasão de estruturas irressecáveis ( aorta, corpo
vertebral, traqueia...)
■ Linfonodo
● N0: Não invade linfonodo
● N1: Invade 1 ou 2 linfonodos regionais
● N2: Invade 3 a 6 linfonodos regionais
● N3: Invade 7 ou mais linfonodos regionais
● Localização:
● 1/3 superior e médio: linfonodos cervicais profundos,
paraesofágicos, mediastínicos posteriores e
traqueobrônquicos
● 1/3 inferior: Linfonodos paraesofágicos, celíacos e hilo
esplênico
■ Metástase
● M0: sem metástase
● M1 Com metástase
● Localização mais comum: Fígado, pulmão e osso
● Prognóstico ruim (sobrevida em 5 anos)

135
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

■ Estágio I: 60%
■ Estágio II: 30%
■ Estágio III: 20%
■ Estágio IV: 4%
● Tratamento
■ Terapia curativa (avaliar não só o estadiamento, mas também
estado nutricional e comorbidades)
● Estágio I (T1a)
● Pode ser tratado com mucosectomia endoscópica
● Estágio I (T1b)
● Pode ser tratado com esofagectomia direto (sem
necessidade de neoadjuvancia)
● Estágio até IIIc
● Tratamento neoadjuvante: RT + QT durante 5 semanas
● Preparo para cirurgia: suporte nutricional (Paciente
costuma estar desnutrido)
● Cirurgia
■ Realizar entre 4 a 6 semanas do término da
neoadjuvancia
■ Esofagectomia + linfadenectomia regional com
margem de 8 cm + reconstrução com estômago
+ jejunostomia (para nutrição no pós operatório)
■ Técnica:
● Transtorácica
● Vantagem: possibilidade de
linfadenectomia
● Desvantagem: a abertura da
anastomose causa mediastinite
● Trans-Hiatal
● Vantagem: evita-se a anastomose
intratorácica
● Desvantagem: pior linfadenectomia
● Em três campos
● Vantagem: possibilidade de
linfadenectomia e sem anastomose
intratorácica
● Desvantagem: aumenta a
morbimortalidade perioperatória
● Terapia adjuvante
■ Reservada para paciente que não receberam a
terapia neoadjuvante
■ Terapia paliativa
● Benefício de QT
● Terapia nutricional
● Sonda nasoenteral: Terapia ponte, pois paciente refere
desconforto com a sonda na narina
● Gastrostomia: Apesar de ser mais invasiva é a
que melhor nutre o paciente e que tem menor
sintomatologia
● Prótese esofágica: Mais tolerada quando a lesão está
no terço médio. Indicada para pacientes que não

136
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

suportam nenhum tipo de procedimento cirúrgico

137
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

PIELONEFRITE OBSTRUTIVA
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE

CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Você está de plantão no Pronto-Socorro (PS) de um hospital universitário. Foi


solicitada uma consulta referente a um paciente com 30 anos de idade, que chegou
ao PS com dor lombar intensa, do tipo cólica, há 24 horas, associada a febre de 38,3
°C, náuseas e hematúria macroscópica. No momento de seu atendimento, o paciente
já havia sido medicado com analgésicos endovenosos pela equipe da clínica médica
e realizado alguns exames laboratoriais e de imagem.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:

• - realizar o atendimento do paciente;


• -interpretar os exames do paciente e ampliar propedêutica, se necessário;
• -orientar o paciente sobre a conduta terapêutica.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

OBSERVAÇÃO
O hospital possui a seguinte estrutura:

• -setor de radiologia convencional, ultrassonografia e tomografia


computadorizada;
• -laboratório de análises clínicas;
• - leitos de internação;
• - centro cirúrgico e banco de sangue.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

138
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

139
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

140
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

141
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

1. Apresenta-se (1) e identifica


adequadamente o paciente (2).
Adequado: realiza os DOIS
0 1
comandos.
Inadequado: não realiza nenhum
dos comandos ou apenas UM.

2. Pergunta sobre as características


da dor: tempo de início (1),
localização (2), progressão (3),
fatores de melhora ou piora (4).
Adequado: pergunta todos os 4
0 0,5 1
itens.
Parcialmente adequado: pergunta 2
ou 3 itens.
Inadequado: pergunta apenas 1 ou
nenhum item.

3. Realiza anamnese perguntando


por sintomas associados: náuseas
ou vômitos (1), ritmo intestinal (2),
febre (3), sintomas urinários(4).

Adequado: pergunta todos os 4 0 0,5 1


itens.
Parcialmente adequado: pergunta 2
ou 3 itens.
Inadequado: pergunta apenas 1 ou
nenhum item

4. Pergunta sobre antecedentes


cirúrgicos(1) e comorbidades (2).
Adequado: pergunta sobre os dois
itens.
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado:
pergunta sobre um item.
Inadequado: não pergunta nenhum
dos itens.

5. Solicita o exame físico e sinais


0 0,5
vitais.

142
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

6. Solicita os exames
complementares de imagem como
plano diagnóstico.
Adequado: solicita tomografia de 0 0,5
abdome sem contraste. Inadequado:
não solicita nenhum exame ou
solicita exame incorreto.

7. Interpreta de maneira adequada


exames laboratoriais: Hemograma
com leucocitose (1) e função renal
alterada (2).
0 0,5 1
Adequado: verbaliza os 2 itens.
Parcialmente adequado: verbaliza 1
item.
Inadequado: verbaliza nenhum item.

8. Interpreta de maneira adequada


a tomografia de abdome, fazendo
hipótese diagnóstica de uropatia
obstrutiva/litíase urinária (1) com
infecção urinária (2).

Adequado: fornece a hipótese


diagnóstica de uropatia obstrutiva/ 0 0,5 1
litíase urinária com infecção urinária.
Parcialmente adequado: fornece
apenas a hipótese diagnóstica de
infecção urinária OU a de uropatia
obstrutiva/litíase urinária.
Inadequado: não informa
diagnóstico correto.

9. Indica antibioticoterapia
0 1
endovenosa

10. Indica tratamento cirúrgico para


desobstrução renal direita (cateter 0 1
duplo J/nefrostomia).

143
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

11. Explica, com linguagem clara,


as hipóteses diagnósticas para o
paciente simulado.

Adequado: explica sobre a uropatia


obstrutiva/litíase urinária e sobre a 0 0,25 0,5
infecção urinária.
Parcialmente adequado: explica um
dos diagnósticos.
Inadequado: não fornece explicações
ao paciente simulado.

12. Orienta o paciente sobre


a necessidade de internação 0 0,5
hospitalar imediata.

13. Orienta o paciente sobre a


gravidade do quadro, com risco de 0 0,5
sepse de origem urinária e óbito.

14. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

144
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO

DEFINIÇÃO

A CÓLICA URETERAL OU CÓLICA NEFRÉTICA SE CARACTERIZA POR DOR LOMBAR


SÚBITA E DE FORTE INTENSIDADE IPSILATERAL AO CÁLCULO, GERALMENTE CAUSADA
PELA MIGRAÇÃO DE UM CÁLCULO DO CÁLICE OU PELVE RENAL PARA O URETER.

PODE SER CAUSADA, COM MENOR FREQUÊNCIA, PELA MIGRAÇÃO INTRA RENAL DO
CÁLCULO. FREQUENTEMENTE ESTÁ ASSOCIADA A NÁUSEAS, VÔMITOS E SUDORESE E
IRRADIA PARA A PARTE ANTERIOR DO ABDOME.

CÁLCULOS NO TERÇO DISTAL DO URETER PODEM CAUSAR DISÚRIA E POLACIÚRIA,


ALÉM DE DOR IRRADIADA PARA O ESCROTO/ TESTÍCULO NO HOMEM OU GRANDES
LÁBIOS NA MULHER.

EPIDEMIOLOGIA:

UM EM CADA 11 INDIVÍDUOS. HOMENS APRESENTAM UMA PREVALÊNCIA MAIOR, ASSIM


COMO INDIVÍDUOS OBESOS E COM SOBREPESO QUANDO COMPARADOS A PESSOAS
COM ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA NORMAL.
ETNIA - INDIVÍDUOS BRANCOS NÃO HISPÂNICOS E NEGROS. PACIENTES COM SD
METABÓLICA APRESENTAM UMA ASSOCIAÇÃO POSITIVA COM ANTECEDENTE DE
CÁLCULO RENAL, E DIABÉTICOS APRESENTAM UMA CHANCE MAIOR DE REFERIR UM
EVENTO RELACIONADO A LITÍASE URINÁRIA DO QUE NÃO DIABÉTICAS.

FISIOPATOLOGIA:

CÓLICA URETERAL TEM ORIGEM NA OBSTRUÇÃO NA VIA URINÁRIA PELO CÁLCULO,


SEJA ELA COMPLETA OU PARCIAL, GERANDO AUMENTO DA PRESSÃO INTRALUMINAL,
ESTIRAMENTO E ESPASMO DA MUSCULATURA LISA DA PAREDE URETERAL, ALÉM DE
DISTENSÃO DA CÁPSULA RENAL COM ATIVAÇÃO DE RECEPTORES DE PRESSÃO.
OCORREM ESTÍMULOS DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS RESPONSÁVEIS PELA
PERCEPÇÃO DOLOROSA E ATIVAÇÃO DE UMA CASCATA SISTÊMICA DE LIBERAÇÃO
DE PROSTAGLANDINAS E HORMÔNIOS RESPONSÁVEIS PELOS SINTOMAS TÍPICOS DA
CÓLICA NEFRÉTICA.

EXAME FÍSICO:
PACIENTE REFERE DOR LOMBAR DE FORTE INTENSIDADE. SE APRESENTA AGITADO E
SUDOREICO.
DOR GERALMENTE NÃO MELHORA COM DECÚBITO OU POSIÇÕES ESPECÍFICAS.
AO EXAME FÍSICO, O ABDOME É FLÁCIDO. O SINAL DE GIORDANO, CARACTERIZADO
POR DOR Á PUNHOPERCUSSÃO DA REGIÃO LOMBAR, É POSITIVO.

É IMPORTANTE LEMBRAR QUE ESTE SINAL NÃO É PATOGNOMÔNICO DE CÁLCULO


URETERAL, PODENDO TAMBÉM SER ENCONTRADO EM PACIENTES COM OBSTRUÇÃO
DE OUTRAS ETIOLOGIAS OU PROCESSOS INFECCIOSOS COMO PIELONEFRITE AGUDA.

PODEM ESTAR ASSOCIADAS HIPERTENSÃO E TAQUICARDIA. FEBRE NÃO É COMUM E


SUA PRESENÇA PODE INDICAR A OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA
OU OUTRA DOENÇA.

145
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

EXAMES LABORATORIAIS:

PRIMEIRA MEDIDA = ANALGESIA

PACIENTE COM SUSPEITA DE CÁLCULO URETERAL DEVEM COLHER EXAMES SÉRICOS


E DE URINA NO PRONTO-SOCORRO. EXAME DE URINA TIPO 1 PODE REVELAR
LEUCOCITÚRIA E HEMATÚRIA DE LEVE A MODERADA INTENSIDADE.

PRESENÇA DE CRISTAIS DE CÁLCULOS NO SEDIMENTO URINÁRIO. CULTURA DE


URINA SEMPRE QUE HOUVER SUSPEITA DE INFECÇÃO URINÁRIA E OU NOS CASOS EM
PROGRAMAÇÃO DE TRATAMENTO INVASIVO, SEJA LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA
OU URETEROLITOTRIPSIA TRANS URETEROSCÓPICA.

HEMOGRAMA, EXAMES DE FUNÇÃO RENAL COMO UREIA E CREATININA E


ELETRÓLITOS SÃO ESPECIALMENTE IMPORTANTES EM PACIENTE COM SINAIS DE
INFECÇÃO OU INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA.

PROPEDÊUTICA ARMADA
-BOA ANAMNESE
-EXAME FÍSICO DIRECIONADO
-EXAME DE IMAGEM

O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO É SEMPRE REALIZADO POR EXAMES DE IMAGEM, QUE


ALÉM DE EVIDENCIAREM O CÁLCULO, FORNECEM INFORMAÇÕES IMPORTANTES
COMO SEU TAMANHO E LOCALIZAÇÃO, ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO.

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SEM CONTRASTE É O EXAME PADRÃO - OURO


EM PACIENTE COM SUSPEITA DE LITÍASE URINÁRIA.

NÃO REQUER A ADMINISTRAÇÃO DE CONTRASTE ENDOVENOSO, DETECTA CÁLCULOS


RADIOLUCENTES, VISUALIZA CÁLCULOS PEQUENOS DE ATÉ 1 A 2 mm, DIAGNÓSTICA
URETERO HIDRONEFROSE, ALÉM DE OUTRAS ANORMALIDADES RENAIS E INTRA-
ABDOMINAIS QUE PODEM FAZER PARTE DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LITÍASE
URETERAL.

A TC REALIZADA EM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA PARA AVALIAR PACIENTES COM


DOR ABDOMINAL APRESENTA SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE SUPERIORES A
98% NO DIAGNÓSTICO DE LITÍASE. ADICIONALMENTE, A TC PERMITE A AFERIÇÃO
DA DENSIDADE DO CÁLCULO EM UNIDADES HOUNSFIELD, QUE É UMA MEDIDA
INDIRETA DA DUREZA DO CÁLCULO, A QUAL PODE INFLUENCIAR NA ESCOLHA DO
TRATAMENTO.

A ULTRASSONOGRAFIA DO TRATO URINÁRIO É INDICADA EM PACIENTES GRÁVIDAS


OU COM OUTRAS CONTRAINDICAÇÕES À TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
ACURÁCIA INFERIOR À TOMOGRAFIA, MAS PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DO CÁLCULO
EM APROXIMADAMENTE METADE DOS CASOS OU REVELA SINAIS INDIRETOS DE
OBSTRUÇÃO DO SISTEMA COLETOR RENAL COMO A PRESENÇA DE HIDRONEFROSE.
A RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME ISOLADAMENTE APRESENTA ACURÁCIA MUITO
BAIXA NO DIAGNÓSTICO DE CÁLCULOS URETERAIS E DEVE SER REALIZADA APENAS

146
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

QUANDO NÃO HOUVER OUTROS EXAMES DISPONÍVEIS.


A ULTRASSONOGRAFIA ASSOCIADA A RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME PODE SER
UTILIZADA EM SERVIÇOS QUE NÃO DISPONHAM DE TC.

PROTOCOLO PARA CONDUTA:

AS MEDICAÇÕES MAIS AMPLAMENTE UTILIZADAS SÃO OS ANTIESPASMÓDICOS


(N-butilescopolamina 20 mg), ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES (DIPIRONA 1 g), AINES.

A MEDICAÇÃO DE PRIMEIRA ESCOLHA E A MAIS UTILIZADA EM NOSSO MEIO (BUSCOPAN


COMPOSTO) POR VIA ENDOVENOSA, DEVIDO A SEUS EFEITOS ANTICOLINÉRGICOS
SOBRE A MUSCULATURA LISA, ALÉM DA ANALGESIA.

ASSOCIA-SE UM AINE ENDOVENOSO ( CETOPROFENO - 100MG) QUANDO NÃO


HOUVER CONTRAINDICAÇÃO. ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL ( TRAMADOL 50-100
MG, MORFINA 2-5 MG) DEVEM SER UTILIZADOS QUANDO NÃO HOUVER RESPOSTA À
MEDICAÇÃO DE 1 LINHA;

DEPOIS DO TRATAMENTO DA CRISE AGUDA, DEVE-SE ESTABELECER UM PLANO


TERAPÊUTICO, BASEADO PRINCIPALMENTE NO CONTEXTO CLÍNICO E NA ESCOLHA
DO PACIENTE APÓS ORIENTAÇÃO ADEQUADA.

CASO O PACIENTE SEJA ENCAMINHADO PARA CASA OU AMBULATÓRIO,


RECOMENDA-SE MANTER MEDICAÇÃO ANALGÉSICA DE 1 LINHA POR TRÊS DIAS,
PREFERENCIALMENTE AINE.

O TAMANHO DO CÁLCULO, SUA POSIÇÃO, GRAU HIDRONEFROSE, BORRAMENTO DA


GORDURA PERIRRENAL E INFECÇÃO ASSOCIADA RELACIONAM-SE INVERSAMENTE
À CHANCE DE ELIMINAÇÃO ESPONTÂNEA. COMO REGRA GERAL, A CHANCE DE
ELIMINAÇÃO ESPONTÂNEA. COMO REGRA GERAL, A CHANCE DE ELIMINAÇÃO
ESPONTÂNEA REDUZ-SE PROGRESSIVAMENTE EM CÁLCULOS MAIORES DO QUE
5 MM. O TRATAMENTO DA LITÍASE URETERAL PODE SER CONSERVADOR OU
INTERVENCIONISTA.

TRATAMENTO CLÍNICO: MEDICAL EXPULSIVE THERAPY (MET)


O TRATAMENTO CONSERVADOR PODE SER INDICADO EM CÁLCULOS MENORES DE
10 mm E APRESENTA RESULTADOS MELHORES EM CÁLCULOS <5-6 MM.

A TERAPIA EXPULSIVA MEDICAMENTOSA PODE AUXILIAR NA ELIMINAÇÃO


ESPONTÂNEA DO CÁLCULO POR AGIR RELAXAMENTO DA MUSCULATURA URETERAL,
SOBRETUDO NO SEU TERÇO DISTAL, ONDE SE CONCENTRAM RECEPTORES ALFA-
ADRENÉRGICOS.

ESSE TRATAMENTO APLICA-SE AOS PACIENTES CUJOS EPISÓDIOS DE DOR POSSAM


SER CONTROLADOS AMBULATORIALMENTE, COM CÁLCULOS URETERAIS PEQUENOS
EM GERAL < = 5-6 mm, E QUE NÃO TENHAM SINAIS RADIOLÓGICOS DE OBSTRUÇÃO
URETERAL IMPORTANTE E/OU INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA.

ESSES PACIENTES DEVEM SER SEGUIDOS SEMANALMENTE, E O TEMPO LIMITE DE


TRATAMENTO É DE TRÊS SEMANAS.

147
CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

AS MEDICAÇÕES DISPONÍVEIS NO MERCADO SÃO OS BLOQUEADORES ALFA-


ADRENÉRGICOS (TANSULOSINA E DOXAZOSINA)

BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO COMO O NIFEDIPINO. MEDICAMENTOS A


SEREM PRESCRITOS COM CUIDADO DADO EPISÓDIOS DE HIPOTENSÃO E TONTURA.

DEVEM SER PRESCRITAS EM CONJUNTO COM ANALGÉSICOS E ANTIESPASMÓDICOS


SEMPRE QUE POSSÍVEL.
TRATAMENTO INTERVENCIONISTA:

INTERVENÇÕES URGENTES SÃO INDICADAS EM PACIENTES COM:

● INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO SUPERIOR ASSOCIADA À OBSTRUÇÃO


● DETERIORAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
● DOR OU VÔMITOS INTRATÁVEIS, RECORRENTES.
● ANÚRIA OU OBSTRUÇÃO EM RIM ÚNICO, RIM TRANSPLANTADO OU LITÍASE
URETERAL BILATERAL CONCOMITANTE.

TIPOS DE TRATAMENTO INTERVENCIONISTA:

● LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR ONDA DE CHOQUE (LECO)


● URETEROSCOPIA
● NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA (NLPC)
● CIRURGIA ABERTA, LAPAROSCÓPICA OU ROBÓTICA - ULTIMO RECURSO.
● LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR ONDA DE CHOQUE (LECO)

TRATA CÁLCULOS DE RIM E DE URETER


INDICAÇÕES:

● CÁLCULOS URETERAIS DE ATÉ 1 CM


● CÁLCULOS FORA DO POLO INFERIOR DO RIM
● PACIENTES SEM ALTERAÇÕES ANATÔMICAS DO RIM
● ATENUAÇÃO DO CÁLCULO Á TOMOGRAFIA DE ATÉ 900 UNIDADES HOUNSFIELD
● CÁLCULOS RENAIS DE ATÉ 2 CM
● PACIENTES NÃO OBESOS (DISTÂNCIA DA PELE ATÉ O CÁLCULO < 10 CM)

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:

● GESTAÇÃO
● ITU
● PROBLEMAS EM COAGULAÇÃO
● ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL OU ARTÉRIA RENAL
● IMPOSSIBILIDADE DE ATINGIR O CÁLCULO COM AS ONDAS DE CHOQUE (MAL
FORMAÇÕES ÓSSEAS)

URETEROSCOPIA - URETEROSCÓPIO SE DESTROEM OS CÁLCULOS PRESENTES


TANTO NO TRAJETO DO URETER QUANTO EM RIM;

-TRATAMENTO PARA CÁLCULOS DE RIM E URETER


-CÁLCULOS DE ATÉ 2 CM EM QUALQUER TOPOGRAFIA DA VIA URINÁRIA
PODE-SE NECESSITAR A PASSAGEM APÓS DE CATETER DUPLO J APÓS O

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

PROCEDIMENTO, LEMBRAR DO EDEMA EM URETER QUE PODE SURGIR.


NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA (NLPC)
-TRATA CÁLCULOS DE RIM

INDICAÇÕES

● QUALQUER CÁLCULO RENAL, INDEPENDENTE DO TAMANHO, LOCALIZAÇÃO


OU DUREZA.
● MAIS INVASIVO E > POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES EM COMPARAÇÃO AOS DEMAIS
PROCEDIMENTOS.

CÁLCULO EM RIM

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CIRURGIA p ra c tic us
R E S U M O S

CÁLCULO EM URETER

150
CIRURGIA prac ti c u s
R E S U M O S

PANCREATITE
INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.


A unidade possui a seguinte infraestrutura:

● setor de radiologia convencional e ultrassonografia;


● laboratório de análises clínicas e banco de sangue;
● leitos de internação e centro cirúrgico.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente sexo femenino 40 anos comparece ao Pronto Atendimento com queixa de


dor abdominal iniciada há 1 dia.

ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO DURANTE O


ATENDIMENTO
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:

1. Realizar a anamnese da paciente;


2. Solicitar exames necessários ao caso.
3. Estabelecer e comunicar a hipótese diagnóstica e diagnóstico(s) diferencial (is).
4. Definir e verbalizar a conduta terapêutica necessário;
5. Solicitar e interpretar os achados dos exames laboratoriais relacionados á
hipótese diagnóstica

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 4 - ULTRASSOM DE ABDOME

Fígado de textura e dimensões normais.

Vesícula biliar com múltiplos cálculos em seu interior, os maiores de 8 mm, promovendo
sombra acústica posterior.

Vias biliares intra e extra-hepáticas de calibre normal. A cabeça do pâncreas não foi bem
visualizada devido à interposição de gases.

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.

Adequado: realiza as duas ações. 0 0,5


Inadequado: realiza uma ou não
realiza ação alguma.

2. Pergunta sobre as características


da dor: localização; (2) irradiação;
(3) tipo; (4) fatores agravantes/
melhora; (5) intensidade; (6)
progressão (7) Tipo;
0 0,25 0,5
Adequado: pergunta SETE itens.

Parcialmente adequado:
pergunta SEIS itens.
Inadequado: pergunta apenas um
item ou não pergunta item algum.

3. Pergunta sobre sintomas


associados: vômito/náusea; (2)
alteração de hábito intestinal; (3)
acolia; (4) febre; (5) icterícia; e (6)
colúria.
0 0,5 1
Adequado: pergunta cinco ou seis
itens.

Parcialmente adequado:
pergunta três ou quatro itens.
Inadequado: pergunta dois itens ou
menos.

4. Solicita o exame físico e sinais


0 1
vitais.

156
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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

5. Solicita os exames
complementares laboratoriais:
hemograma; (2) PCR; (3)
bilirrubinas; (4) enzimas hepáticas;
(5) amilase; (6) lipase; (7) fosfatase
alcalina; e (8) gamaGT.
0 0,5 1
Adequado: solicita sete ou oito itens.
Parcialmente adequado:
solicita de quatro a seis itens.
Inadequado: solicita três ou menos
itens.

6. Verbaliza as alterações dos


exames laboratoriais: Amilase
e lipase aumentados e (2) PCR
aumentado.
0 1
Adequado: verbaliza os dois itens.
Inadequado: verbaliza um item ou
não verbaliza item algum.

7. Solicita ultrassom de abdome.


Adequado: solicita. 0 1
Inadequado: não solicita.

8. Cita a hipótese diagnóstica de


pancreatite aguda biliar leve
0 1
Adequado: cita o diagnóstico.
Inadequado: não cita.

9. Cita os principais diagnósticos


diferenciais:
(1) colecistite; (2) cólica biliar/
colecistolitíase; (3) cólica nefrética/
litíase ou cálculo renal (4)
Coledocolitiase/colangite. 0 0,25 0,5
Adequado: cita três ou quatro itens.
Parcialmente adequado:
cita dois itens.
Inadequado: não cita item algum ou
somente um

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Parcialmente
Itens avaliados Inadequado Adequado
adequado

10. Conduta: Jejum, Analgesia,


Hidratação endovenosa (RL)
e colecistectomia na mesma
internação;
Adequado: Cita as 4 condutas 0 0,5 1
Parcialmente adequado: cita dois
itens.
Inadequado: não cita item algum ou
somente um

11. Cita as opções cirúrgicas: (1)


videolaparoscopia; (2) cirurgia
aberta.
Adequado: cita os dois itens. 0 0,5 1
Parcialmente adequado: cita um
item.
Inadequado: não cita item algum.

12. Realiza a sequência das tarefas


indicadas nas orientações ao(à)
participante.
0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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RESUMO

INICIDÊNCIA ANUAL 4 A 35 CASOS A CADA 100.000 HABITANTES

MORTALIDADE - 1,5% EM CASOS LEVES E 17% EM CASOS GRAVES;


A MAIOR PARTE DOS CASOS DE PANCREATITE SÃO REPRESENTADOS POR CASOS
LEVES

(PANCREATITE INTERSTICIAL 80%)

A NECROSE PANCREÁTICA ASSOCIA-SE Á DISFUNÇAO DE MÚLTIPLOS ORGÕES EM


40% DOS CASOS E EVOLUI PARA INFECÇÃO EM 30%.

INFECÇÃO DA NECROSE PANCREÁTICA É O FATOR MAIS IMPORTANTE NA EVOLUÇÃO


DA PANCREATITE COM MORTALIDADE APROX 20% DOS CASOS;

FISIOPATOLOGIA:

- ATIVAÇÃO DE ENZIMAS PANCREÁTICAS INTRA TECIDUAIS - LESÃO NA


MICROCIRCULAÇÃO
- LIBERAÇÃO DE MEDIADORES INFLAMATÓRIOS;

LITIASE BILIAR - PRINCIPAL CAUSA (70%)

- AUMENTO DA PRESSÃO NO DUCTO PANCREÁTICO - MIGRAÇÃO DO CÁLCULO


- OBSTRUÇÃO TEMPORÁRIA DA VIA BILIAR

ÁLCOOL:
SEGUNDA CAUSA DE PANCREATITE (4 A 5 DOSES/DIA POR MAIS DE 5 ANOS)
FISIOPATOLOGIA: TOXICIDADE DIRETA DAS CÉLULAS ACINARES E FATORES
IMUNOLÓGICOS.

MEDICAMENTOS:

AZATIOPRINA, METRONIDAZOL, SULFAS, TIAZÍDICOS, ÁCIDO VALPROICO,


INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECA), MESALAZINA,
MERCAPTOPURINA, E FUROSEMIDA.

HIPERTRIGLICERIDEMIA > 1000mg/dL

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AUTOIMUNES E GENÉTICAS; PÂNCREAS DIVISUM, TUMORES PANCREÁTICOS


(INTRADUCTAIS);

CPRE - COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA TRAUMA

DIAGNÓSTICO

HISTÓRIA CLINICA 2/3 CRITÉRIOS

CLINICA: DOR EM REGIÃO SUPERIOR DE ABDOME + IRRADIAÇÃO PARA DORSO;


VÔMITOS + AMILASE ( AUMENTO 3X; PICO PRECOCE; < ESPECIFICO; MEIA VIDA <)
LIPASE ( PICO TARDIO; MEIA VIDA > E > ESPECÍFICO)

IMAGEM: USG DE ABDOME - INVESTIGAR A PRESENÇA DE COLELITÍASE E EVENTUAL


COLEDOCOLITÍASE;

ENZIMAS HEPÁTICAS ALTERADAS: FATOR PREDITIVO POSITIVO PARA A PRESENÇA DE


CÁLCULO NA VIA BILIAR;

IMAGEM: NÃO SOLICITAR TOMOGRAFIA DE ENTRADA;


PAPEL DA TOMOGRAFIA: NÃO DE ROTINA (ESTIMA GRAVIDADE APÓS)

INDICAÇÃO PRECOCE DE TOMOGRAFIA: DÚVIDA DIAGNÓSTICA + SIRS


NECESSÁRIO CASO HAJA DUVIDA QUANTO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (VASCULAR
X PERFURATIVO = DADO QUE AMBAS ENTIDADES CURSAM COM AUMENTO DE
AMILASE;)

CLASSIFICAÇAO DE GRAVIDADE DE PANCREATITE AGUDA: CONSENSO DE


ATLANTA 2012

LEVE = REMISSÃO DOS SINTOMAS EM 48/72 HORAS, SEM DISFUNÇÃO ORGÂNICA,S


EM NECROSE;

MODERADA = DISFUNÇÃO ORGÂNICA REVERTIDA EM 48 HORAS APÓS REANIMAÇÃO.


NECROSE PERI OU PANCREÁTICA/ COLEÇÕES;

GRAVE = DISFUNÇÃO ORGÂNICA APÓS 48 HORAS DAS MEDIDAS REANIMAÇÃO COM


NECROSE PERI OU PANCREÁTICA/ COLEÇÕES;

SINAIS DE PANCREATITE GRAVE = NECROHEMORRÁGICA GREY TURNER / CULLEN /

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FOX

TRATAMENTO

HIDRATAÇÃO + ANALGESIA + JEJUM (CONDUTAS CHAVES) DEVE-SE MONITORIZAR;


CLASSIFICAR; ETIOLOGIA.

PANCREATITE AGUDA LEVE

- 3 CONDUTAS CHAVES
- COLECISTECTOMIA 4 A 5 DIAS APÓS A RESOLUÇÃO

> RISCO DE RECIDIVA 30% EM ATÉ 3 MESES;

PENSAR EM COLEDOCOLITÍASE =. SE ELEVAÇÃO PERSISTENTE DE ENZIMAS


HEP;ATICAS + ICTERÍCIA + DILATAÇÃO DE VIAS BILIARES AO USG DE ABDOMEN.

CONFIRMOU COLEDOCOLITÍASE = CPRE TARDIA APÓS 3 CONDUTAS CHAVES =


COLECISTECTOMIA;

PANCREATITE AGUDA MODERADA/GRAVE

- SEMI/UTI
- 3 CONDUTAS CHAVES
- TC ( AVALIAR COMPLICAÇÕES)

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PANCREATITE AGUDA INTERTICIAL EDEMATOSA = SUPORTE COLEÇÃO


PERIPANCREÁTICA AGUDA = SUPORTE COLEÇÃO NECRÓTICA AGUDA = SUPORTE
WALLED OF NECROSIS = OBS OU DRENAGEM

- COLEÇÃO ENCAPSULADA HOMOGÊNEA - PAREDE INFLAMATÓRIA BEM DEFINIDA -


AUSÊNCIA DE NECROSE
- 4 SEMANAS APÓS QUADRO INICIAL

COLEÇÃO NECRÓTICA AGUDA

STEP UP APPROACH - DO MENOS INVASIVO PARA O MAIS INVASIVO (DRENAGEM)


CIRURGIA = MORTALIDADE DE 97%

PSEUDOCISTO

- DRENAGEM SINT/ DRENAGEM RI

NECROSE PANCREÁTICA - FATOR PROGNÓSTICO MAIS IMPORTANTE - INFECÇÃO


IMAGEM - PRESENÇA DE GÁS OU AUMENTO DAS COLEÇÕES/AUMENTO EXTENSÃO
NECROSE;

INFECÇÃO = CIPROFLOXACINO + METRONIDAZOL (CARBAPENÊMICOS -


MEROPENEM)

DIETA

PANCREATITE LEVE = PRECOCE

PANCREATITE MODERADA/GRAVE = DIETA ENTERAL PRECOCE - GASTROPARESIA


GRAVE = ÍLEO PROLONGADO (PARENTERAL - INFECÇÃO FÚNGICA);

TRATAMENTO

QUANDO REALIZAR A COLECISTECTOMIA?

PANCREATITE LEVE = MESMA INTERNAÇÃO

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MODERADA/GRAVE = APÓS RESOLUÇÃO TOTAL ( 6 SEMANAS)

PANCREATITE AGUDA EDEMATOSA

PSEUDOCISTO

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NECROSE PANCREÁTICA INFECTADA

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