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PEDIATRIA
PEDIATRIA prac ti c u s
PRESENCIAL
SUMÁRIO.
• INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA 3
• CRISE FEBRIL 15
• ICTERÍCIA NEONATAL 24
• PUERICULTURA 47
• PUERICULTURA 59
• CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 64
• PUBERDADE 73
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PEDIATRIA prac ti c u s
PRESENCIAL
INFECÇÃO URINÁRIA NA
CRIANÇA
INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Atendimento em pronto-socorro de pediatria em hospital secundário
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de medicação
- Sala de emergência
- Laboratório de análises clínicas
- Setor de radiologia com radiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia
- Leitos de internação em enfermaria pediátrica
DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente sexo feminino, 2 anos e 2 meses, é trazida ao pronto socorro pela mãe devido a
queixa de febre e dor para urinar há 2 dias.
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 1
Paciente: Mariana
Dados do nascimento:
Peso do nascimento: 3 500g; comprimento: 51 cm; perímetro cefálico: 35,5 cm;
APGAR 9/10/10.
Amamentado na 1ª hora.
Ortolani negativo.
Teste reflexo vermelho: normal.
Teste de pezinho: normal
Teste auditivo (EOA): normal.
Teste de coraçãozinho: normal.
Vacinas recebidas:
BCG: 1 dose
Hepatite B: 1 dose
VIP: 3 doses + VOP 1 dose
Pentavalente: 3 doses + DTP 1 dose
Rotavírus: 2 doses
Pneumo 10-valente: 2 doses + 1 reforço
Meningo C: 2 doses + 1 reforço
Febre amarela: 1 dose
Tríplice viral: 1 dose
Tetraviral: 1 dose
Hepatite A: 1 dose
Influenza: 3 doses
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PRESENCIAL
IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO
Bom estado geral, hidratado, eupneico, febril (T 38,2°C), acianótico, anictérico
Peso: 12,5 Kg (Z escore - 0,17)
Altura: 90 cm (Z escore 0,13)
IMC: 15,4 (Z escore - 0,46)
Oroscopia: sem alterações
Otoscopia: sem alterações
Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios, sem desconforto respiratório. FR 38 ipm
Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros.
Pulsos cheios e simétricos. FC 120 bpm
Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem
massas ou visceromegalias. Doloroso à palpação de região suprapúbica
Genitália típica feminina, sem alterações, sem lesões perianais
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PRESENCIAL
IMPRESSO 3
EXAMES LABORATORIAIS
Paciente : Mariana
Protocolo : 001.002.003
Idade : 2 anos e 2 meses
Solicitante : Mundo Revalida
URINA TIPO 1
Material: URINA
Valores de referência
DENSIDADE…...………………..: 1015 1005 a 1040
PH…………………………...……: 6,5 4,5 A 8,5
UROCULTURA
Material: URINA
Aguarda resultado
Notas:
Valores de referência de acordo com idade e sexo
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
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DESEMPENHO OBSERVADO
EXAME FÍSICO
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
EXAMES COMPLEMENTARES
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
CONDUTA
Adequado: informa os 2
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: informa
somente “antibiótico via oral”
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
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PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- Febre acima de 38°C
- 3 picos diários
- Apresentou 2 vômitos, sem diarreia. Tem dor abdominal em região inferior do
abdome
- Redução da diurese com urina mais escurecida e com odor forte. Chora toda vez
que vai fazer xixi e coloca mão na região genital
- Boa aceitação alimentar
- Sem comorbidades
- Nunca teve quadro semelhante prévio
- Ainda usa fralda, sem controle esfincteriano
- Depois que o candidato informar os exames a serem coletados, pergunta como
vai ser a coleta da urina
- Depois que o candidato informar a conduta, pergunta se o diagnóstico já está
certo ou se precisa de algum exame a mais
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INFECÇÃO URINÁRIA NA
CRIANÇA
FATORES PREDISPONENTES
● Malformação do trato genitourinário
● Refluxo vesico-ureteral
● Cor branca
● História prévia de ITU
● Meninas
● Meninos não circuncidados
QUADRO CLÍNICO
● RN: sepse > baixo ganho ponderal, dificuldade de amamentação, hipotermia,
icterícia
● Lactente: febre, hiporexia, vômitos
● Pré-escolares/escolares: febre, dor abdominal, urina fétida, urgência, enurese,
disúria, incontinência
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
● Urina tipo 1:
○ Leucócitos / piócitos: 5 ou mais por campo ou mais de 10 mil por ml
○ Esterase leucocitária: indicativo de leucocitúria
○ Nitrito: detecção indireta de bactérias gram negativas / presença de urina
pelo menos 4h da última micção
● Gram
● Urocultura: bactérias mais comuns > E.coli, Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter,
Proteus, Serratia, S.saprophyticus
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PRESENCIAL
TRATAMENTO
● Internação: < 3 meses, febre alta, toxemiados, desidratados, vômitos persistente
○ 7-14 dias de antibioticoterapia (média 10 dias)
● Antibioticoterapia parenteral:
AVALIAÇÃO MORFOFUNCIONAL
● USG de rins e vias urinárias: exames escolha inicial. Avalia volume e tamanho renal,
características do parênquima, diâmetro da pelve, diferenciação corticomedular,
parede vesical, resíduo pós miccional, morfologia do ureter
● Uretrocistografia miccional (UCM): avalia morfologia do trato urinário inferior e
detecta presença e grau de RVU
○ Só realizar após tratamento da infecção
● Cintilografia com DMSA: avaliação morfologia renal sendo útil para identificação
de lesões do parênquima como cicatrizes ou displasias
● Avaliação com exames complementares sugerida para crianças com ITU febril,
principalmente aquelas com < 2-3 anos e ITU de repetição (2 ou mais episódios de
infecção alta OU 1 alta + 1 baixa OU 3 baixas) ou ITU atípica (criança gravemente
doente, baixo débito urinário, presença de massa abdominal ou bexigosa, piora da
função renal, falha na resposta ao tratamento com antibiótico apropriado em 48h,
patógeno diferente de E.coli)
● Existem vários protocolos de investigação a depender da sociedade e guideline
seguidos. O protocolo da SBP:
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CRISE FEBRIL
AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS
Área: Pediatria
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Atendimento em pronto-socorro de Pediatria
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de emergências
- Leitos de observação, enfermaria e unidade de terapia intensiva pediátrica
- Centro cirúrgico
- Laboratório de análises clínicas
- Setor de radiografia com radiografia simples, ultrassonografia e tomografia
computadorizada
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está no atendimento em pronto-socorro de pediatria e atende Davi, criança de 15
meses, acompanhado do pai. A acompanhante refere que paciente apresentou quadro
de crise convulsiva há 15 minutos.
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IMPRESSO 1
EXAME FÍSICO
Bom estado geral, hidratado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico
Otoscopia: sem alterações
Oroscopia: hiperemia de orofaringe sem exsudatos ou petéquias
Rinoscopia: mucosa hiperemia com secreção nasal hialina em grande quantidade
Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios, sem desconforto respiratório. FR 33 ipm
Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros.
Pulsos cheios e simétricos. FC 120 bpm
Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem
massas ou visceromegalias.
Genitália típica masculina, testículos tópicos, sem lesões perianais
Neurológico: criança vigil, ativa e reativa, interage com examinador. Sem sinais focais
aparentes. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Sem sinais meníngeos
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
Adequado: pergunta os 4
Parcialmente adequado: pergunta 3
Inadequado: pergunta 2 ou menos
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DESEMPENHO OBSERVADO
EXAME FÍSICO
DIAGNÓSTICO
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
EXAMES COMPLEMENTARES
CONDUTA
DÚVIDAS
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DESEMPENHO OBSERVADO
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
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PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- Crise convulsiva que iniciou com abalos em 4 membros associada a sialorreia e
eversão ocular.
- Duração de 3 min
- Ficou um pouco sonolento após
- Retornou ao estado basal em menos de 5 min
- Refere febre de início hoje, máximo 38,3, estando febril no momento da crise.
- Associado a febre apresentou sintomas respiratórios (tosse, obstrução nasal e
rinorreia).
- Nega alterações urinárias ou gastrointestinais.
- Nega alterações comportamentais
- Nega crise convulsiva prévia, comorbidades e uso de medicações contínuas
- Mãe teve crise convulsiva febril na infância
- Após candidato dar as condutas, fazer as perguntas:
- Pergunta sobre risco de sequela neurológica
- Pergunta risco de recorrência
- Pergunta se a criança tem epilepsia
- Pergunta se vai precisar usar medicação contínua
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CRISE FEBRIL
DEFINIÇÃO
Acometimento neurológico caracterizado por vulnerabilidade do SNC de uma criança
em desenvolvimento associado à suscetibilidade genética. Ocorre numa faixa etária
esperada de 6 meses a 5 anos, com pico com 18 meses. A febre pode preceder ou
suceder a crise em até 24h.
● Sempre excluir: infecção/inflamação SNC, anormalidade metabólica sistêmica e
história e crises afebris anteriores
FATORES DE RISCO
● Infecção viral: presente em 80% dos casos
● Vacinação: principalmente DTP e tríplice viral
● Suscetibilidade genética: 25-40% dos pacientes têm histórico positivo em parente
de 1°grau
CLASSIFICAÇÃO
● Simples: crise tônico-clônico generalizada + duração < 15 min + não recorre em 24h
+ tem rápida resolução dos sintomas pós-ictais
● Complexa: crise focal (no início ou evolução) OU duração > 15 min OU recorrência
em 24h OU presença de sintomas focais como paralisia de Todd no pós-ictal
EXAMES COMPLEMENTARES
Realizados com objetivo de identificar foco da febre ou na crise complexa
● Líquor: realizado em crianças < 6 meses, presença de sinais meníngeos ou
alterações no nível de consciência, convulsão, febre persistente após vários dias,
vacinação incompleta, uso de antibiótico
● Exame de imagem SNC: alteração no exame neurológico, achado neurológico
focal na crise ou pós-ictal
● EEG: crise focal ou recorrente
TRATAMENTO
Segue o tratamento habitual para crise convulsiva independente da etiologia. Indicado
início das medicações após 5 min de crise.
● 1ª linha - Benzodiazepínicos: diazepam EV/VR, midazolam EV/IM
● 2ª linha - Anticonvulsivantes: Fenitoína, fenobarbital
● 3ª linha - Anestesia geral: Midazolam, tiopental, propofol
O tratamento geral também inclui uso de antitérmicos e antibiótico conforme a
necessidade. São internados os pacientes com algum sinal de alarme na história ou
exame físico, achados neurológicos residuais após as crises, suspeita de infecção grave,
foco infeccioso não bem esclarecido e < 12-18 meses
* Atenção para recém-nascidos com crise convulsiva! > primeira linha de tratamento
agudo é o fenobarbital
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PRESENCIAL
COMPLICAÇÕES
● Recorrência: ⅓ das crianças vão ter recorrência, principalmente no 1º ano após a
primeira crise
● Epilepsia futura: risco de 1-2% de desenvolver epilepsia, sendo maior o risco nas
crises complexas, história familiar de epilepsia, alteração DNPM
● Prognóstico: sequelas raras
PREVENÇÃO
● Uso de medicações como forma de profilaxia (benzodiazepínico intermitente ou
anticonvulsivante contínuo) têm indicações específicas orientadas pelo especialista
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PRESENCIAL
ICTERÍCIA NEONATAL
INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Atendimento em pronto-socorro de pediatria em hospital secundário
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de medicação
- Sala de emergência
- Laboratório de análises clínicas
- Setor de radiologia com radiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia
- Leitos de internação em enfermaria pediátrica
DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente sexo feminino, 25 dias de vida, é trazida ao pronto socorro pela mãe devido a
queixa de pele amarelada
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IMPRESSO 1
CADERNETA DA CRIANÇA
Paciente: Laura
Dados do recém-nascido:
Peso do nascimento: 3 310g; comprimento: 49 cm; perímetro cefálico: 35,1 cm;
APGAR 9/10/10.
Amamentado na 1ª hora.
Ortolani negativo.
Teste reflexo vermelho: normal.
Teste de pezinho: normal
Teste auditivo (EOA): normal.
Teste de coraçãozinho: normal.
Vacinas recebidas:
BCG: 1 dose
Hepatite B: 1 dose
Dados antropométricos:
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IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO
Bom estado geral, hidratada, eupneica, afebril, acianótica, icterícia até região de joelhos
e cotovelos
Peso: 3790g
Comprimento: 52cm
Perímetro cefálico: 36,5 cm
Otoscopia: sem alterações
Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios, sem desconforto respiratório. FR 42 ipm
Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros.
Pulsos cheios e simétricos. FC 133 bpm
Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem
massas. Fígado palpável a 2 cm de rebordo costal direito
Genitália típica feminina, sem alterações, sem lesões perianais
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IMPRESSO 3
EXAMES LABORATORIAIS
Paciente : Laura
Protocolo : 001.002.003
Idade : 25 dias
Solicitante : Mundo Revalida
HEMOGRAMA
Material: SANGUE
Valores de referência
HEMOGLOBINA…...……………: 11,5 g/dL 9,0 a 14,0 g/dL
HEMATÓCRITO…………...……: 35,0% 35,0 A 45,0%
RETICULÓCITOS
Material: SANGUE
TRANSAMINASES
Material: SANGUE
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PRESENCIAL
TIPAGEM SANGUÍNEA
Material: SANGUE
O Rh positivo
Coombs direto negativo
Notas:
Valores de referência de acordo com idade e sexo
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PRESENCIAL
IMPRESSO 4
ULTRASSOM DE ABDOME
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
Adequado: pergunta os 5
Parcialmente adequado: pergunta 3 ou
4
Inadequado: pergunta 2 ou menos
EXAME FÍSICO
30
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DESEMPENHO OBSERVADO
EXAMES COMPLEMENTARES
Adequado: solicita 5 ou 6
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DESEMPENHO OBSERVADO
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
CONDUTA
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
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DESEMPENHO OBSERVADO
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PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- Início há 5 dias
- Presença de acolia
- Presença de colúria
- Sem dificuldade de amamentação
- Sem intercorrências no período neonatal, sem icterícia
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PRESENCIAL
ICTERÍCIA NEONATAL
Aumento da bilirrubina em recém nascidos que acometem 60% dos termo é 80% dos
pré termo. O seu maior risco é a encefalopatia bilirrubinêmica
FORMAÇÃO DA BILIRRUBINA
A destruição da hemoglobina das hemácias leva à formação de biliverdina e,
posteriormente, à formação da bilirrubina indireta (BI). A BI é lipossolúvel e é transportada
ligada a albumina até o fígado onde será conjugada a bilirrubina direta (BD) pela ação da
glicuroniltransferase (UDP). A BD é eliminada junto com a bike no duodeno. As bactérias
intestinais metabolizam essa bile para sua eliminação nas fezes e na urina.
ETIOLOGIAS
Aumento da produção de bilirrubina
● Incompatibilidade sanguínea materno-fetal:
○ Incompatibilidade Rh: mãe Rh negativo e RN Rh positivo. Precisa de
sensibilização prévia
○ ABO: mãe O e RN A ou B. Pode ocorrer desde a primeira gestação
○ Leva a quadro se Anemia + icterícia
● Defeito na membrana de eritrócitos: eferocitose
● Deficiências enzimáticas: deficiência de G6PD ou piruvatoquinase
● Coleções sanguíneas: Cefalohematoma
● Policitemia: PIG, mãe com DMG
Diminuição da conjugação
● Definição de glucoruniltransferase: Crigler-Najar, Gilbert
● Hipotireoidismo congênito
● Sepse
● Galactosemia
● Leite humano: icterícia de início tardio é longa duração
○ RN saudável, sem dificuldade na amamentação, bom ganho ponderal
Aumento da circulação enterro-hepático
● Aleitamento materno: RN com dificuldade na amamentação e baixo ganho
ponderal
● Jejum
● Íleo paralítico
Redução da secreção biliar
● Aumento de BD (> 1)
● Doença hepática e de vias biliares
● Principal etiologia: Atresia de vias biliares
CLASSIFICAÇÃO
● Fisiológica: geralmente início tardio (> 24 horas de vida)
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PRESENCIAL
RNT RNPT
BT 12-13 15
MANEJO
● Avaliação da icterícia a cada 8-12h pelas zonas de Kramer:
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PRESENCIAL
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PRESENCIAL
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PRESENCIAL
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Sala de parto de maternidade de referência municipal
INFRAESTRUTURA
- Leitos de internação de alojamento conjunto, berçário e unidade de terapia
intensiva neonatal
- Unidade de terapia intensiva neonatal
- Laboratório de análises clínicas
- Radiologia com radiografia e ultrassonografia
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão na sala de parto e se prepara para receber recém-nascido sexo
masculino, termo (idade gestacional de 38 semanas e 2 dias), em programação de parto
cesáreo. Mãe com diagnóstico de HIV.
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PRESENCIAL
IMPRESSO 1
CADERNETA DA GESTANTE
Nome: Vanessa
Idade: 27 anos
Tipo de gestação: única
Paridade: G1P1A0
Exames:
Tipagem sanguínea: A Rh positivo
VDRL:
● 1º trimestre: não reagente
● 2º trimestre: não reagente
● 3º trimestre: não reagente
HIV:
● 1º trimestre: reagente
● 2º trimestre: reagente
● 3º trimestre: reagente
● Carga viral 36 semanas: 1500 cópias
AgHBS:
● 1º trimestre: não reagente
● 3º trimestre: não reagente
Anti-HBS: reagente
Toxoplasmose:
● 1º trimestre: IgM não reagente / IgG reagente
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
Adequado: pergunta os 5
Parcialmente adequado: pergunta 3 ou
4
Inadequado: pergunta 2 ou menos
41
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
DEMAIS CONDUTAS
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
43
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PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- Diagnóstico no começo da gestação
- Teve dificuldade de aceitar diagnóstico e só iniciou o tratamento na segunda
metade de gestação
- Depois que iniciou tratamento não teve falha de adesão
- Nega corrimento ou lesões genitais
- Sem intercorrências na gestação
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PRESENCIAL
MANEJO DO PARTO
● Realizar carga viral (CV) com 34-35 semanas de gestação para decidir via e
manejo do parto
● CV desconhecida ou > 1000 = parto cesáreo empelicado com 38 semanas + AZT
(zidovudina)
● CV < 1000 = indicação obstétrica + AZT
● CV indetectável = indicação obstétrica sem necessidade de AZT
● Caso AZT indicado, iniciar no momento do início do trabalho de parto ou 3h antes
da cesárea e manter até clampeamento do cordão umbilical
CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
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PUERICULTURA
INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Atendimento de puericultura em unidade básica de saúde
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de medicação e vacina
- Laboratório de análises clínicas
- Farmácia
DESCRIÇÃO DO CASO
Mãe leva sua filha de 4 meses e 5 dias para consulta de puericultura de rotina
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IMPRESSO 1
CADERNETA DA CRIANÇA
Nome: Alice
Triagens neonatais:
Ortolani negativo.
Teste reflexo vermelho: normal.
Teste de pezinho: normal
Teste auditivo (EOA): normal.
Teste de coraçãozinho: normal.
Vacinas recebidas:
BCG: 1 dose
Hepatite B: 1 dose
VIP: 1 dose
Penta: 1 dose
Rotavírus: 1 dose
VIP: 1 dose
Meningo C: 1 dose
Dados antropométricos:
Idade Peso Estatura Perímetro cefálico
Nascimento 3310g 49 cm 35 cm
2 meses 5100g 58 cm 38 cm
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IMPRESSO 2
DADOS ANTROPOMÉTRICOS
Peso: 6800g
Comprimento: 63,5 cm
Perímetro cefálico: 41 cm
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IMPRESSO 3
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IMPRESSO 4
EXAME FÍSICO
Paciente em bom estado geral, sorrindo durante o exame, corada, hidratada, acianótica,
anictérica, afebril, eupneica, sem linfonodomegalia.
Ausculta respiratória: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios.
Frequência respiratória: 34 irpm.
Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem sopros.
Frequência cardíaca: 125 bpm.
Abdome: plano, flácido, inocente, sem visceromegalias; ruídos hidroaéreos presentes.
Otoscopia: sem alterações.
Oroscopia: sem alterações.
Genitália: sem alterações.
Sistema neurológico: fontanela anterior de 2 cm, plana e normotensa.
Boa atividade ao exame. No colo da mãe, já firma o pescoço e se interessa pelo
ambiente
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
EXAME FÍSICO
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DESEMPENHO OBSERVADO
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DESEMPENHO OBSERVADO
CONDUTA
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PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
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PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- Veio para consulta de puericultura, sem queixas
- Sem intercorrências desde a última consulta
- Nasceu termo, sem intercorrências no período neonatal, alta com 48 horas de
vida. Sem intercorrências gestacionais
- Aleitamento materno exclusivo, sem dificuldades
- DNPM adequado: sustenta pescoço, balbucia, tenta pegar brinquedo com a mão,
começou a rolar, leva mãe na boca
- Dorme bem, acorda 1-2 vezes para mamar
- Diurese e evacuação sem alteração
- Não usa medicações, não faz suplementação de vitaminas
- Sem antecedentes familiares significativos
- Mora em casa alugada com mãe, pai e irmão de 5 anos. Pais são professores da
escola municipal, mãe de licença maternidade
- Dorme em berço próprio no quarto dos pais, sem objetos soltos no berço
- Transporte no carro em bebê conforto no banco de trás voltado para vidro
traseiro
- Pais sempre checam temperatura da água no banho e não deixam criança
desacompanhada nenhum momento
- Caso candidato não fale, pergunta se tem indicação de fazer suplementação de
ferro
- Pergunta sobre quais são vacinas de 4 meses
- Pergunta qual reação adversa principal da vacina de gotinha feita aos 4 meses
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PRESENCIAL
PUERICULTURA
CRESCIMENTO
● Em recém-nascido pré-termo usar idade gestacional corrigida até 2-3 anos de
idade para plotar valores em gráficos
● IG corrida = idade cronológica em semanas - (40 semanas - idade gestacional do
nascimento)
● Curvas especiais:
○ Prematuro (Intergrowth 21): pode ser usada até 64 semanas de idade pós-
concepcional
○ Síndrome de Down
○ Paralisia cerebral
Perímetro cefálico
● Gráfico de 0-5 anos
● Mediar em todas as consultas até 2 anos
● Crescimento:
○ 1º trimestre: 2 cm/mês
○ 2º trimestre: 1 cm/mês
○ 2° semestre: 0,5 cm/mês
● Interpretação curva:
≥ -2 e ≤ +2 PC adequado
Estatura
● Gráfico 0-19 anos
● 0-24 meses: antropômetro horizontal
● > 24 meses: estadiômetro de parede
● Crescimento:
○ 0-12 meses: 25 cm
○ 12-24 meses: 12 cm
○ 2-4 anos: 7-8 cm/ano
○ 4 anos-puberdade: 6 cm/ano
○ Puberdade: meninas 8-12 cm/ano e meninos 9-13 cm/ano
○ Velocidade de crescimento nunca é inferior a 5 cm/ano
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
● Interpretação curva:
Z < -3 Muita baixa estatura
Z ≥ -2 Estatura adequada
Peso
● Gráfico 0-10 anos
● 0-24 meses: balanço de mesa
● Crescimento:
○ 1° trimestre: 700g/mês (25-30g/dia)
○ 2° trimestre: 600g/mês (20g/dia)
○ 3º trimestre: 500g/mês (15g/dia)
○ 4º trimestre: 400g/mês (12g/dia)
○ Pré escolar: 2 kg/ano
○ Escolar: 3-3,5 kg/ano
● Resumo:
○ 2x peso nascimento com 5 meses
○ 3x peso nascimento com 1 ano
○ 4x peso nascimento com 2 anos
● Interpretação curva:
≥ -2 e ≤ +2 Peso adequado
ESTADO NUTRICIONAL
● Gráfico 0-19 anos
≥ -3 e < -2 Magreza
≥ -2 e ≤ +1 Eutrofia
VACINAS
● Nascimento: BCG e Hepatite B
● 2 meses: VIP, Penta, Pneumo-10, rotavírus
● 3 meses: Meningo C
● 4 meses: VIP, Penta, Pneumo-10, rotavírus
60
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
● 5 meses: Meningo C
● 6 meses: Penta, VIP / Influenza
● 9 meses: Febre amarela
● 12 meses (três melhores presentes): Tríplice viral, Meningo C, Pneumo 10
● 15 meses (a debutante vomita tequila): Hepatite A, DTP, VOP, Tetraviral
● 4 anos: DTP, VOP, Varicela, febre amarela
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PRESENCIAL
ALIMENTAÇÃO
● Aleitamento materno exclusivo até 6 meses > introdução alimentar com
alimentos amassados / picados, introduzir e aumentar consistência de forma
progressiva, sem suco ou alimentos açucarados antes de 1-2 anos
● Pega adequada: lactente com corpo e barriga voltados para a mãe, tronco bem
apoiado e alinhado, lábios evertidos, boca aberta abocanhando grande parte da
aréola, queixo tocando a mama, nariz livre, bochechas enchendo ao sugar
● Armazenamento leite ordenhado: 12h na geladeira e 15 dias no freezer,
descongelar em banho-maria
Suplementação de vitamina D: indicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria em
lactentes em aleitamento materno exclusivo, uso de fórmula láctea < 1000 ml/dia,
ausência de ingesta de 600UI/dia de cálcio na dieta, ausência de exposição solar regular
○ < 12 meses: 400UI/dia
○ > 12 meses: 600UI/dia
Suplementação ferro:
Recomendações da SBP:
● Recém-nascido a termo, peso adequado para idade gestacional, em aleitamento
exclusivo por 6 meses, sem fator de risco: 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando
aos 180 dias de vida e mantido até 24 meses
● Recém-nascido a termo, peso adequado para idade gestacional, independente da
alimentação, com fator de risco (insuficiência placentária, síndrome hemorrágica
no 3º trimestre de gestação, má nutrição materna, falta de suplementação de ferro
da gestante e lactante, clampeamento de cordão umbilical < 1 minuto, necessidade
de reanimação neonatal, perda sanguínea materna, velocidade de crescimento
elevada, mão com anemia ou ferropenia): 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando
aos 90 dias de vida e mantido até 24 meses
● Recém-nascido a termo com peso < 2500g: 2 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando
aos 30 dias de vida e mantido por 12 meses seguido de 1 mg/kg/dia até 24 meses
● Recém-nascido prematuro com peso < 1500g: 3 mg/kg/dia de ferro elementar
iniciando aos 30 dias de vida e mantido por 12 meses seguido de 1 mg/kg/dia até
24 meses
● Recém-nascido prematuro com peso < 1000g: 4 mg/kg/dia de ferro elementar
iniciando aos 30 dias de vida e mantido por 12 meses seguido de 1 mg/kg/dia até
24 meses
Recomendações Ministério da Saúde
● Para crianças nascidas com < 37 semanas de idade gestacional ou menos 2500g,
seguir indicação da SBP
● Criança em aleitamento materno exclusivo até 6 meses nascida a termo e com
peso adequado para idade gestacional: 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando
aos 6 meses e mantido até 24 meses
● Criança se aleitamento materno exclusivo nascida a termo e com peso adequado
para idade gestacional: 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando aos 4 meses e
mantido até 24 meses
62
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DNPM
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
sufocação, quedas, intoxicação, queimadura,
< 6 meses
afogamento
Berço seguro: até 1 ano bebê deve dormir em berço próprio no quarto dos pais com
barriga para cima, cabeça descoberta, colchão firme e berço com grades elevadas, sem
objetos soltos no berço
Transporte em carro:
● < 1 ano: bebê conforto voltado para trás
● 1-4 anos: cadeirinha voltada para frente
● 4-7,5 anos: assento elevador
● 7,5-10 anos: cinto de segurança no banco traseiro
● > 10 anos: pode usar assento dianteiro
63
PEDIATRIA prac ti c u s
PRESENCIAL
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Atendimento de puericultura em unidade básica de saúde
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de medicação e vacina
- Laboratório de análises clínicas
- Farmácia
DESCRIÇÃO DO CASO
Mãe leva seu filho de 5 anos para consulta ambulatorial devido a queixa de dificuldade
para evacuar há 3 meses.
64
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 1
CADERNETA DA CRIANÇA
Nome: Fernando
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO
Bom estado geral, hidratado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico, eutrófico
Oroscopia: sem alterações
Otoscopia: sem alterações
Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios, sem desconforto respiratório. FR 24 ipm
Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros.
Pulsos cheios e simétricos. FC 103 bpm
Abdome: plano, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem
visceromegalias. Doloroso à palpação de fossa ilíaca esquerda com massa endurecida
palpável na região
Genitália típica masculina sem lesão
Presença de plicosa em região parianal
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 3
EXAMES LABORATORIAIS
Paciente : Fernando
Protocolo : 001.002.003
Idade : 3 anos
Solicitante : Mundo Revalida
PARASITOLÓGICO DE FEZES
Material: FEZES
POSITIVO
Ovos de Ascaris lumbricoides
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS
Parcialmente
Inadequado adeq
Adequado
ANAMNESE
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS
Parcialmente
Inadequado adeq
Adequado
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS
Parcialmente
Inadequado adeq
Adequado
DIAGNÓSTICO
CONDUTA
Adequado: informa 2 ou 3
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS
Parcialmente
Inadequado adeq
Adequado
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
FALAS DO ATOR
- 1 a 2 evacuações por semana
- fezes endurecida em cíbalos
- tem dor para evacuar
- as vezes tem sangramento em papel higiênico
- não tem perda de conteúdo fecal na roupa
- teve dificuldade para desfraldar devido a constipação
- não tem alterações urinárias
- bebe pouca água e não come verduras
- sem comorbidades
- depois que candidato dá a conduta, informa que tem exame de fezes solicitado
por outro médico em consulta anterior
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
AVALIAÇÃO INICIAL
História:
● Procurar eventos desencadeantes
● Entender como foi o processo de desfralde
● Recordatório alimentar e ingesta hídrica
● Questionar necessidade de tratamentos prévios
● Antecedentes de familiares
● Realização de manobras de retenção
Exame físico:
● Toque retal: não fechar critérios de Roma para constipação funcional, sinal de
alarme, baixa resposta ao tratamento
● Avaliação do estado nutricional
● Avaliar períneo / região lombossacra / membros inferiores > disrafismo espinhal?
Sinais de alarme:
● Atraso na eliminação de mecônio (> 48 horas de vida)
● Alterações anatômicas
● Baixo ganho ponderal / perda ponderal / desnutrição
● Hiporexia
● Náuseas, vômitos
● História familiar de doença do TGI / hipotireoidismo
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PEDIATRIA prac ti c u s
PRESENCIAL
PUBERDADE
INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
- Ambulatório de pediatria de hospital secundário
INFRAESTRUTURA
- Consultórios para atendimento
- Sala de medicação e vacina
- Laboratório de análises clínicas
- Farmácia
- Radiologia com radiografia e ultrassonogragia
DESCRIÇÃO DO CASO
Mãe comparece a consulta com sua filha de 9 anos com relato que criança já apresentou
menarca
73
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 1
EXAME FÍSICO
Bom estado geral, hidratado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico
Oroscopia: sem alterações
Otoscopia: sem alterações
Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos
adventícios, sem desconforto respiratório. FR 20 ipm
Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros.
Pulsos cheios e simétricos. FC 92 bpm
Abdome: plano, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem
visceromegalias ou massas palpáveis
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 2
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 3
EXAMES LABORATORIAIS
Paciente : Amanda
Protocolo : 001.002.003
Idade : 9 anos
Solicitante : Mundo Revalida
LH / FSH
Material: SANGUE
Valor de referência
LH……………………………: 20 /L < 6,9 U/L
FS……………………………: 7 mUI/ml 0,02 a 3 mUI/mL
ESTRADIOL
Material: SANGUE
Valor de referência
ESTRADIOL………...………: 70 pg/mL 6 a 27 pg/mL
Notas:
Valores de referência de acordo com idade e sexo
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
IMPRESSO 3
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICO
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESEMPENHO OBSERVADO
CONDUTA
REALIZAÇÃO DE TAREFAS
80
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
FALAS DO ATOR
- menarca há 3 semanas
- telarca há 2 anos
- está crescendo muito no último ano
- nega sintomas neurológicos
- nega uso de medicações
- nega comorbidades
- nega padrão familiar semelhante
- depois que o candidato informa o diagnóstico, pergunta principal hipótese
diagnóstica
81
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
PUBERDADE
ESTÁGIOS TANNER
82
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESENVOLVIMENTO EM MENINAS
● LH e FSH liberados pela hipófise estimulam o ovário a produzir estrógeno e
progesterona que levam a:
○ Aumento da mama, útero e ovário
○ Aceleração do crescimento
○ Avanço da idade óssea
● Andrógenos produzidos pela adrenal levam a surgimento de pelos, odor axilar e
acne
● Início da puberdade: telarca (8-13 anos)
● Menarca: 2 a 2,5 anos após telarca
● Estirão de crescimento: em M3, velocidade de crescimento de 8-12 cm/ano
83
PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
DESENVOLVIMENTO EM MENINOS
● LH e FSH liberados pela hipófise estimulam os testículos a produzirem testosterona
que leva a:
○ Desenvolvimento genital, pelos faciais, mudanças vocal, aceleração de
crescimento
● Estrógeno produzido pela conversão periférica leva a Ginecomastia em alguns
meninos além de avanço de idade óssea
● Início da puberdade: aumento do volume testicular maior ou igual 4 ml (9-14 anos)
● Estirão de crescimento: em G4, velocidade de crescimento de 9-14 cm/ano
Ginecomastia puberal
PUBERDADE PRECOCE
Ocorre em meninos < 9 anos e meninas < 8 anos
Variações benignas
● Aceleração constitucional da puberdade: começa o desenvolvimento puberal de
forma precoce (idade óssea um pouco avançada) mas sem prejuízo da estatura
final e apresenta padrão familiar semelhante. É um diagnóstico de exclusão
● Pubarca / adrenarca precoce: surgimento de pelos pubianos e axilares e odor
axilar de forma precoce, sem estímulo estrogênico e androgênico associados
Puberdade precoce central (verdadeira)
● Ativação do eixo de forma precoce com produção de GnRh e consequente produção
de FSH e LH
● Sempre isossexual e seguindo a mesma ordem de eventos da puberdade normal
● Etiologias:
○ Idiopático em 90% das meninas e 60% dos meninos
○ Lesão SNC: hamartoma hipotalâmico
○ Doenças genéticas
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
● Investigação:
LH / FSH aumentados
LH / FSH diminuídos
PUBERDADE ATRASADA
Ocorre em meninas com ausência de telarca após 13 anos e meninos sem gonadarca
após 14 anos
Variações da normalidade
● Atraso constitucional da puberdade: começa o desenvolvimento de forma
atrasada (idade óssea um pouco atrasada) mas sem prejuízo da estatura final e
com padrão familiar semelhante. Mantém velocidade de crescimento compatível
com de criança pré púbere.
Hipogonadismo hipogonadotrófico
● Gônada não produz esteróides por ausência de estímulo das gonadotrofinas (LH e
FSH) = Central
● Etiologias:
○ Síndrome de Kallman
○ Displasia séptico-óptica
○ Hipopituitarismo
○ Tumores: craniofaringioma
● Investigação:
LH / FSH diminuídos
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PEDIATRIA p ra c tic us
PRESENCIAL
Hipogonadismo hipergonadotrófico
● Glândula não produz esteróides levando a aumento das gonadotrofinas por
mecanismo de Feedback = Periférica
● Etiologias:
○ Síndromes de Klinefelter
○ Síndrome de Turner
○ Síndrome de Noonan
○ QT gonadotóxica, RT em pelve
○ Orquite
● Investigação:
LH / FSH aumentados
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