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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

Curso de Pedagogia

ESTUDO DE CASO - SITUAÇÃO PROBLEMA

Autora: Profª. Denise Matias

Em uma escola de educação básica da Rede Pública do interior de Minas Gerais,


estudam na classe 35 alunos. A professora da turma do 1º ano do Ensino Fundamental
não tem o hábito de trabalhar com jogos e brincadeiras. Sua práxis é baseada em aula
expositiva, atividades em folhas e exercícios a serem copiados do quadro pelos alunos.
Ela gosta de transmitir conhecimentos. A ludicidade é pouco utilizada no cotidiano.
Sua prática educativa tem como base o livro didático que por sua vez não é
produzido na região, oferecendo dessa forma conteúdos poucos significativos para os
alunos.

A tecnologia poderia ser usada como recurso para agregar novas formas de
aprendizado e conteúdos presentes no cotidiano das crianças, entretanto, a professora ao
levar os alunos para o laboratório de informática permite que eles utilizem os recursos
aleatoriamente sem objetivos educativos prévios, bem como, sem a elaboração dos
objetivos de aprendizagem.
Na turma, a professora identificou uma aluna que do seu ponto de vista apresenta
problemas de aprendizagem. Chamaremos essa aluna de Rúbia.
A fim de buscar alternativas para resolução do problema de aprendizagem de Rúbia,
no dia da reunião de pais, a professora convidou a mãe a permanecer na Instituição
para conversar sobre o desempenho da criança.
De acordo com a docente, Rúbia não apresenta dificuldades para aprender o
conteúdo. Ele participa das aulas, realiza as atividades propostas e seu desempenho
quantitativo está acima da turma. É sociável, não apresenta traços de agressividade e seu
comportamento não destoa entre as demais crianças. Entretanto, ela não gosta de copiar
do quadro tudo o que é repassado. Ao final do dia, seus cadernos e livros estão
incompletos.
Após ouvir atentamente a professora de Rúbia, a mãe relatou que em casa, a

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Criança faz os deveres sozinha não necessitando de apoio familiar para finalizar as
atividades. Ao terminar as tarefas verifica tudo, e quando necessário, faz as intervenções.
Explicou também que as intervenções são raras.
Na matemática a criança realiza os cálculos com rapidez, adora ler histórias e
dramatizá-las, gosta de artes, de pintar e fazer seus próprios desenhos, porém, tem
preguiça de colorir desenhos prontos e copiar as leituras que a professora passa como
tarefa de casa todos os dias, para que a letra fique bonita.
Ao final da conversa, a professora explicou para a mãe que tem certeza que
Rúbia apresenta déficit de atenção severo, já que não consegue copiar as leituras e
nem colorir os desenhos.
Endossou ainda, que Rúbia não consegue manter atenção quando ela está
explicando o conteúdo distraindo-se com facilidade. Esclareceu que ela só gosta de
participar de atividades em grupo, de jogos, de teatro, competições, de contar histórias e
durante as brincadeiras gosta de inventar “experiências malucas” deixando a sala de sua
alvoroçada.
Como a professora não encontrou na escola nenhum laudo médico, indicando que
Rúbia apresentasse algum transtorno ou dificuldade de aprendizagem, sugeriu a mãe que
procurasse imediatamente um médico para avaliar o quadro da criança, e que se o
médico não receitasse nenhum medicamento, que ela solicitasse a ele Ritalina ou
Venvanse, a fim de melhorar o desempenho nas atividades de cópias, e manter Rúbia
mais quieta. Assegurou a mãe que essa seria a melhor alternativa.

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