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Síndrome de Turner
(Monossomia do X; disgenesia gonadal)
Por Nina N. Powell-Hamilton , MD, Sidney Kimmel Medical College at Thomas Jefferson University
Na síndrome de Turner, as meninas nascem com um dos dois cromossomos X parciais ou completamente ausentes. O diagnóstico
baseia-se em dados clínicos e confirmado pelo cariótipo. O tratamento depende das manifestações e pode incluir cirurgia para
correção de anomalias cardíacas, uso do hormônio de crescimento para tratar a baixa estatura e reposição estrogênica para a
ausência dos sinais puberais.
(Ver também Visão geral das anomalias cromossômicas e ver Visão geral das anomalias cromossômicas sexuais.)
A síndrome de Turner ocorre em cerca de 1/2.500 nascimentos femininos em todo o mundo. Entretanto, 99% dos fetos 45,X abortam
espontaneamente.
Em torno de 50% das meninas afetadas têm cariótipo 45,X; aproximadamente 80% têm perda do X paterno. A maioria dos outros 50% é mosaica (p.
ex., 45,X/46,XX ou 45,X/47,XXX). O fenótipo entre os mosaicos pode ser variável, desde o quadro típico da síndrome de Turner até o normal.
Ocasionalmente, as meninas afetadas têm um X normal e um X em forma de anel. Algumas meninas afetadas têm um X normal e um
isocromossomo de braço longo formado pela perda do braço curto e desenvolvimento de um cromossomo com dois braços longos do
cromossomo X. Essas meninas tendem a apresentar muitos aspectos do fenótipo de Turner, do que se infere que o braço curto do cromossomo X
parece ter papel importante na determinação do fenótipo.
Fisiopatologia
As anomalias cardíacas incluem coarctação da aorta e valva aórtica bicúspide. Com a idade, surge a hipertensão arterial, mesmo sem coarctação.
As anomalias renais e hemangiomas são frequentes. Ocasionalmente, ocorrem telangiectasia no trato GI, resultando em sangramento ou perda
proteica. Ocorre perda auditiva; estrabismo e hipermetropia (hipermetropia) são comuns e aumentam o risco de ambliopia. Tireoidite, diabetes
mellitus e doença celíaca são mais comuns do que na população geral.
Os lactentes têm alto risco de desenvolverem deslocamento do quadril. Cerca de 10% dos adolescentes apresentam escoliose. Osteoporose e
fraturas são relativamente comuns em mulheres com a síndrome de Turner. A disgenesia gonádica (os ovários são substituídos por fitas ou
estroma fibrosos bilaterais e não há desenvolvimento de óvulos) acontece em 90% dos casos em mulheres. Entre 15% e 40% das adolescentes com
síndrome de Turner têm puberdade espontânea, mas apenas 2 a 10% têm menarca espontânea.
O retardo mental é raro, mas muitas meninas têm diminuição de habilidades de percepção, deficit de atenção/hiperatividade e não conseguem
boa pontuação nos testes e em matemática, mesmo que alcancem melhor resultado nos testes verbais ou de inteligência.
Sinais e sintomas
Muitos neonatos são levemente afetados; entretanto, alguns apresentam acentuado linfedema do dorso das mãos e dos pés e linfedema ou
pregas lisas de pele redundante na nuca. Outras anomalias frequentes incluem pescoço alado e tórax largo, mamilos invertidos e hipertelorismo
mamário. Meninas afetadas muitas vezes apresentam baixa estatura em comparação à aquela dos familiares.
Mais raramente aparecem implantação baixa de cabelos na nuca, ptose, inúmeros nevos pigmentados, 4º metacarpo e metatarso curtos, coxins
dos dedos proeminentes com estrias nos dermatóglifos da ponta dos dedos e hipoplasia ungueal e cúbito valgo. Ocorre ângulo de carregamento
aumentado no cotovelo.
Características físicas da
síndrome de Turner
Síndro
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Os sintomas das anomalias cardíacas dependem da gravidade. A coarctação da aorta pode causar hipertensão sanguínea nos membros superiores,
diminuição dos pulsos femorais e pressão arterial baixa ou ausente nos membros inferiores.
A disgenesia gonádica resulta em impossibilidade de desenvolver puberdade, tecido mamário e menarca. Outros problemas médicos associados à
síndrome de Turner aparecem com a idade e podem não ser aparentes na triagem.
Diagnóstico
Aparência clínica
Testes citogenéticos por cariotipagem, análise FISH e/ou análise cromossômica por microarranjo
Ultrassonografia renal por ocasião do diagnóstico e, anualmente, análise urinária, ureia, creatinina, para pacientes com anomalias do sistema
renal
Teste de tolerância à glicose pode ser anormal; glicemia em jejum e perfil lipídico anuais durante a idade adulta (mais cedo se indicado)
Tratamento
Tratamento das condições comórbidas
Pontos-chave
As manifestações variam, mas baixa estatura, pescoço alado, tórax largo, disgenesia gonadal e anomalias cardíacas (comumente
coarctação da aorta e valva da aorta bicúspide) são comuns; deficiência intelectual é rara.
O risco de câncer gonadal é maior; frequentemente recomenda-se a remoção profilática das gônadas, embora isso seja
controverso.
Fazer triagem de rotina específica para a idade a fim de detectar condições clínicas associadas (p. ex., anomalias cardíacas e
renais).
Administrar estrogênio para iniciar a puberdade seguido de pílulas anticoncepcionais com progesterona para manter as
características sexuais secundárias.
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