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Nome Jarleson Matheus Rabelo de Lima Matrícula 22251584

Fichamento do capítulo “A Competência Linguística” de Esmeralda Negrão, Ana


Scher e Evani Viotti

Ficha de indicação bibliográfica

NEGRÃO, Esmeralda; SCHER, Ana; VIOTTI , Evani. A Competência Linguística. In:


FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística: Objetos Teóricos. São Paulo: Contexto,
2007. P. 95-119.

Fichas de esquemas

Introdução

Tópico 2 – Manifestações do Conhecimento Lingüístico

Gramática Universal: princípios rígidos e princípios abertos

Subtópico 2.1: Duas estruturas subordinadas, duas classes de verbos

Subtópico 2.2: Relações entre léxico e sintaxe

a) Verbos que têm um sujeito, um objeto direto e um objeto indireto;


b) Verbos que têm um sujeito e um objeto direto;
c) Verbos que têm um sujeito e um objeto indireto;
d) Verbos que têm apenas um sujeito;
e) Verbos que não têm nem sujeito nem objeto.

Tópico especial: Argumentos dos verbos

Subtópico 2.3 – A interpretação das expressões nominais

Subtópico 2.4 – Interrogativas


a) Paradigmas dos períodos compostos;
b) Paradigmas dos períodos simples;

Tópico 3 – O Conhecimento Lingüístico

a) Competência
b) Performance

Fichas de transcrições

“Podemos dizer, então, que existe um conhecimento lingüístico que se desenvolve


independentemente dos ensinamentos escolares e outro que é aprendido na escola.” (p.
97)

“Finalmente, seja qual for o ambiente lingüístico em que a criança cresça, sejam quais
forem suas condições socioeconômicas, o estado inicial da faculdade da linguagem de
qualquer criança é o mesmo.” (p.98)

“Esse estado inicial tem sido chamado Gramática Universal e é entendido como um
conjunto de princípios lingüísticos determinados geneticamente.” (p. 98)

“É importante ressaltar, também, que essas duas classes de verbos são encontradas em
numerosas línguas e apresentam o mesmo tipo de oração subordinada que as
exemplificadas acima. Portanto, isso significa que as propriedades dessas sentenças
devem ser explicadas por princípios gerais relativos ao modo como as sentenças das
línguas naturais são estruturadas.” (p. 99)

“Se aprender uma língua fosse memorizar listas de palavras e de comportamentos


sintáticos peculiares associados a cada uma delas, a aquisição seria um processo mais
longo do que o observado nos estudos de aquisição, talvez até inatingível, e fortemente
dependente de estimulação adequada, ao contrário do que tem sido demonstrado.” (p.
101)
“Portanto, parece que a classe de verbos monoargumentais, chamados de ‘intransitivos’
na nomenclatura da tradição gramatical, não é homogênea.” (p. 103)

“Portanto, o reconhecimento da existência de duas classes de verbos monoargumentais é


reforçado pelos resultados as simétricos obtidos com sua participação em construções
do mesmo tipo.” (p. 104)

“Outros fatos podem ser ainda arrolados para comprovar que a alteração da estrutura de
argumentos de certos verbos não é um processo isolado característico de um único
verbo.” (p. 105)

“Pronomes como ele(s)lela(s) podem estabelecer sua referência fora do domínio da


sentença, enquanto expressões como si mesmo(s)la(s), para poder referir, dependem
totalmente de uma outra expressão lingüística que com ela co-ocorre na sentença.” (p.
107)

“Para entender por que um determinado constituinte pode ou não funcionar como
antecedente de uma expressão nominal dependente é necessário entender o próprio
processo de construção e estruturação hierárquica das sentenças das línguas naturais.”
(p. 108)

“Em outras palavras, sabemos muito mais sobre a língua que falamos do que nossos
professores nos ensinaram.” (p. 109)

“Dessa forma, o conhecimento que temos de nossa língua materna do tipo que foi
descrito no item 2 corresponde à noção de competência. E nossa habilidade no uso
concreto da língua, nas mais variadas situações de fala, corresponde à noção de
performance.” (p. 113)

“Vemos, portanto, que estranhezas causadas por questões de performance são parte do
nosso dia-a-dia, enquanto violações dos princípios que constituem nossa competência
não ocorrem na realidade.” (p. 114)

Fichas de apreciação
Ao salientarem, no primeiro tópico, que a capacidade de comunicação é algo que já
nasce com o ser humano, as autoras, Esmeralda Negrão, Ana Scher e Evani Viotti,
fazem emergir uma importante reflexão acerca do ensino de línguas, principalmente no
que diz respeito à assimilação de idiomas feita por crianças. Ora, como é possível que
uma criança brasileira, que nunca fora à escola ou tivera aulas, compreenda a ordem na
qual estabelecemos a construção de frases em português? Obviamente o processo se
inicia pela memorização de frases.

Podemos, dessa forma, nos debruçarmos sobre os conceitos de competência e


performance apresentados ao final do capítulo. Competência, nesse sentido, diria
respeito então aos conhecimentos que possuímos de nossa língua materna. Está
totalmente relacionada à língua primeira que aprendemos. Logo, se não nos atermos a
existência de dialetos, uma criança que aprende a falar na China irá desenvolver
competência em Mandarim. Por outro lado, se levarmos em consideração as asserções
de Negrão, Scher e Viotti, a performance está relacionada à habilidade dessa criança em
usar Mandarim nas mais variadas situações.

Contudo, assim como pontuado pelas autoras, a situação aqui descrita vai muito além
de apenas memorização. Além disso, é importante explanar que independente de
nomenclaturas utilizadas para denominar os fatores cruciais que alicerçam tal
conjuntura, observa-se acima de tudo certo desprendimento de fatores sociais,
econômicos e culturais, ao passo em que se analisa o estado inicial da faculdade
comunicativa de qualquer criança.

Ademais, as autoras se põem a explicar de maneira prática as dinâmicas encontradas


dentro da Gramática Universal. A ligação de tal gramática om a situação das crianças
descrita anteriormente fica óbvia a partir do uso de outras conjunturas com o intuito de
exemplificar os conceitos, inegavelmente densos, apresentados a partir do Subtópico
2.1. Não obstante a isso, se torna relevante atenuar que mesmo perante a complexidade
do tema, as autoras não se deixam “desviar” do objeto da explicação em momento
algum.

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