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Fichas de esquemas
Introdução
a) Competência
b) Performance
Fichas de transcrições
“Finalmente, seja qual for o ambiente lingüístico em que a criança cresça, sejam quais
forem suas condições socioeconômicas, o estado inicial da faculdade da linguagem de
qualquer criança é o mesmo.” (p.98)
“Esse estado inicial tem sido chamado Gramática Universal e é entendido como um
conjunto de princípios lingüísticos determinados geneticamente.” (p. 98)
“É importante ressaltar, também, que essas duas classes de verbos são encontradas em
numerosas línguas e apresentam o mesmo tipo de oração subordinada que as
exemplificadas acima. Portanto, isso significa que as propriedades dessas sentenças
devem ser explicadas por princípios gerais relativos ao modo como as sentenças das
línguas naturais são estruturadas.” (p. 99)
“Outros fatos podem ser ainda arrolados para comprovar que a alteração da estrutura de
argumentos de certos verbos não é um processo isolado característico de um único
verbo.” (p. 105)
“Para entender por que um determinado constituinte pode ou não funcionar como
antecedente de uma expressão nominal dependente é necessário entender o próprio
processo de construção e estruturação hierárquica das sentenças das línguas naturais.”
(p. 108)
“Em outras palavras, sabemos muito mais sobre a língua que falamos do que nossos
professores nos ensinaram.” (p. 109)
“Dessa forma, o conhecimento que temos de nossa língua materna do tipo que foi
descrito no item 2 corresponde à noção de competência. E nossa habilidade no uso
concreto da língua, nas mais variadas situações de fala, corresponde à noção de
performance.” (p. 113)
“Vemos, portanto, que estranhezas causadas por questões de performance são parte do
nosso dia-a-dia, enquanto violações dos princípios que constituem nossa competência
não ocorrem na realidade.” (p. 114)
Fichas de apreciação
Ao salientarem, no primeiro tópico, que a capacidade de comunicação é algo que já
nasce com o ser humano, as autoras, Esmeralda Negrão, Ana Scher e Evani Viotti,
fazem emergir uma importante reflexão acerca do ensino de línguas, principalmente no
que diz respeito à assimilação de idiomas feita por crianças. Ora, como é possível que
uma criança brasileira, que nunca fora à escola ou tivera aulas, compreenda a ordem na
qual estabelecemos a construção de frases em português? Obviamente o processo se
inicia pela memorização de frases.
Contudo, assim como pontuado pelas autoras, a situação aqui descrita vai muito além
de apenas memorização. Além disso, é importante explanar que independente de
nomenclaturas utilizadas para denominar os fatores cruciais que alicerçam tal
conjuntura, observa-se acima de tudo certo desprendimento de fatores sociais,
econômicos e culturais, ao passo em que se analisa o estado inicial da faculdade
comunicativa de qualquer criança.