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Alimentação de equinos

ESAC CTeSP MEETL 2022/2023

Docente Amélia Ramos


ameliaramos@esac.pt

Como alimentar????

 Calcular/Consultar Necessidades/Requisitos nutricionais

 Calcular/Consultar Capacidade de ingestão

 Analisar/Consultar Composição alimentos disponíveis

 Formular ração (Cálculo)

 Definir maneio alimentar


(administração )

Observar/Avaliar
resultados

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Como alimentar????

primeiro….aprender conceitos:

 Unidades empregues para avaliação dos valor


nutricional dos alimentos e/ou necessidades

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Sistemas de valorização energética e


proteica para cavalos
(valorização das necessidades dos animais e dos alimentos)

Sistema Americano (NRC, 2007):


• Energia Digestível, Mcal
• PB + Lisina (g, necessidades e alimentos)

Sistema Francês (INRA 1984, 1994, 2006):


• Energia Limpa, sob a forma de UFC
• MADC (g/kg MS)
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- Mecânico
Capacidade de realizar trabalho
- Químico

Quimíca

Térmica

Mecânica

Eléctrica
Radiante

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Combustão  libertação de calor

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Energia Bruta (EB) ou calor de combustão

Energia contida na matéria orgânica dos alimentos. Energia potencial dos alimentos

Medida por combustão do alimento num equipamento designado por bomba


calorimétrica: a combustão completa transforma a energia química dos
nutrientes em energia calorífica.
A quantidade de calor que resulta, é conhecida como energia bruta ou calor de
combustão do alimento.

• Bomba calorimétrica Adiabática  mensurações mais precisas


• Bomba calorimétrica Balística

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Energia Bruta (EB) ou calor de combustão

Energia contida na matéria orgânica dos alimentos. Energia potencial dos alimentos

1g H20
T = 15,5 ºC
1g H20
T = 14,5 ºC
+1 cal = 4,184 J

• 1000 cal = 1 Kcal


• 1000 Kcal = 1 Mcal = 1 000 000 cal

A unidade SI de energia é o Joule


1 joule = quantidade de energia
dispendida quando 1 kg é movido
1 m por uma força de 1 Newton.

1 cal = 4,184 J
1 J = 0,239 cal
(Na nutrição Humana 1 Caloria = 1 Kcal, na nutrição animal essa nomenclatura não é usada)
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Energia Bruta (EB) ou calor de combustão

Os constituintes orgânicos alimentos apresentam diferentes valores médios de EB:


Hidratos de carbono  4.1 Kcal/g MS
Prótidos  5.65 Kcal/g MS
Lípidos  9.3 Kcal/g MS

Assim, conhecendo-se a composição química do alimento, a sua EB pode também


ser estimada de forma aproximada mediante fórmulas.

Alimentos forrageiros: EB (Kcal/kg MO) = 4531 + ∆ + 1.735 PB


[INRA, 1980] ∆ = factor de correcção variável com o alimento
o teor de PB deve estar expresso em g/kg de MO

Alimentos concentrados: EB (Kcal/kg MS) = 5.72 PB + 9.5 EE + 4.79 FB + 4.17 ENA + ∆


[INRA, 1980] ∆ = factor de correcção variável com o alimento
teores de PB, FB, EE e ENA expressos em g/kg de MS

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Energia Bruta (EB) ou calor de combustão

A maioria dos alimentos contém ≈ 18,5 MJ/kg MS (4,4 Mcal/kg MS) ≈ 4,8 Mcal/kg MO.

valor mais estável

Alguns valores médios


de EB:

Apenas os alimentos ricos em


lípidos ou em cinzas
apresentam valores muito
superiores ou inferiores,
respectivamente. [6]

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Energia Bruta (EB) ou calor de combustão

… mas nem toda a EB ingerida é utilizada pelo animal…

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Energia Bruta
(EB)

Energia Digestível E.
(ED) Fezes

Energia metabolizável E. E.
(EM) urina g. ferm

Incremento calórico
Energia Limpa
Porção da EM que é utilizada para a digestão
(EL) I.C. e metabolismo dos nutrientes

EL produção:
EL manutenção • Crescimento
- Metabolismo basal • Lactação
• Gestação
- Actividade de manutenção
• Reprodução
- Conservação temperatura corporal • Trabalho, …
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Sistemas de valorização energética para cavalos
(valorização das necessidades dos animais e dos alimentos)

Sistema Americano (NRC, 2007):


• Energia Digestível, Mcal

Sistema Francês (INRA 1984, 1994, 2006):


• Energia Limpa, sob a forma de UFC (Unidade
Forrageira Cavalo)
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O sistema da Unidade Forrageira Cavalo (cheval): UFC UFC

forma de expressão do valor energético dos alimentos relativamente a um alimento de


referência: a cevada.
Composição 1 kg cevada referência
sistema de utilização prática, que evita o termo MS 87%
caloria ou outras unidades de energia, por vezes
abstractas para os utilizadores. EB 3859 kcal
dE 0,80
Refere-se ao valor energético de uma cevada de
referência, designada por unidade forrageira dMO 0,83
ED = EB x dE = 3859 x 0,80 =
3087 Kcal
EM/ED 0,931
EL m = EB x dE x EM/ED x km
EL m = 3859 x 0,80 x 0,93 x 0,785
= 2256 ≈ 2250 Kcal

A unidade forrageira é o valor de energia limpa de 1 kg da cevada de referência (kg


alimento bruto).
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O sistema da Unidade Forrageira Cavalo (cheval): UFC
UFC

Quantidade de energia limpa fornecida por 1 kg de cevada de referência distribuída a


um equino em manutenção (ELm)

Corresponde a 2250 kcal de ELm

ELm de 1 kg MS alimento (kcal)


Valor energético de um alimento em UFC / kgMS =
2250

Ex: farelo de trigo que forneça 1986 kcal/kgMS

UFC/kg MS = 1986/2250= 0,88 UFC por kg MS farelo

 A unidade forrageira cavalo (UFC) é utilizada para expressar os valores energéticos (em
energia LIMPA) dos alimentos & dos requisitos nutricionais.

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Como calcular o valor de UFC de dado alimento?


Previsão do valor de UFC (/kg MS) de forragens e alimentos concentrados a partir da sua
composição química e conteúdo em matéria orgânica digestível ou energia digestível.

Forragens (n= 47) R2 RSD

UFC = 0,825 – 1,090 (FB/100) + 0,555 (PB /100) 0,832 0,043

UFC = 0,568 – 0,650 (FB /100) + 0,687 (PB/100) + 1,804 (HCcit/100) 0,922 0,031

UFC = - 0,124 + 0,254 (HCcit/100) + 1,330 (dMO/100) 0,988 0,012

UFC = - 0,056 + 0,562 (HCcit/100) + 0,0619 ED 0,996 0,007

Concentrados (n= 51)


UFC = 0,815 – 0,947 (FB/100) + 0,0345 (PB /100) + 0,582 (HCcit/100) 0,931 0,060

UFC = 0,131 – 0,628 (FB/100) - 0,282 (PB /100) + 1,340 (dMO/100) 0,967 0,041

UFC = - 0,730 - 0,722 (PB/100) + 0,572 (MO/100) + 0,0941 ED 0,979 0,033

UFC = - 0,134 + 0,274 (FB/100) – 0,362 (PB/100) + 0,316 (HCcit/100) + 0,0755 ED 0,955 0,017

FB = Fibra Bruta (% MS); PB = Proteína Bruta (% MS); HCcit = Hidratos de Carbono citoplasmaticos (% MS);
MO = Matéria Orgânica (% MS); dMO = MO digestível (% MS); ED = Energia digestível (MJ/kg MS);
[9]
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Como calcular o valor de UFC de dado alimento?
Previsão do valor de UFC (/kg MO) de ALIMENTOS COMPOSTOS a partir da sua
composição química

Alimentos Compostos (UFC por kg MO) R2 RSD


UFC = 1,326 – 1,937 FBo - 0,135 PBo 0,956 0,060
UFC = 1,333 – 1,684 ADFo - 0,096 PBo 0,958 0,060
UFC = 1,173 - 1,605 FBo + 0,051 PBo + 0,215 AMIo 0,976 0,043
UFC = 1,181 – 1,397 ADFo + 0,082 PBo + 0,214 AMIo 0,978 0,040
UFC = 1,219 -0,852 ADFo - 0,287 NDFo –0,857 LIGo +0,034 PBo +0,207 AMIo 0,988 0,031

MO = Matéria Orgânica; FB = Fibra Bruta (kg/kg MO); PB = Proteína Bruta (kg/kg MO); ADF =
Fibra Acido-detergente (kg/kg MO); NDF = Fibra Neutro-detergente (kg/kg MO); LI = Lenhina
(kg/kg MO); AMI = Amido (kg/kg MO)

[9]
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Sistemas de valorização energética e


proteica para cavalos
(valorização das necessidades dos animais e dos alimentos)

Sistema Americano (NRC, 2007):


• Energia Digestível, Mcal
• PB + Lisina (g, necessidades e alimentos)

Sistema Francês (INRA 1984, 1994, 2006):


• Energia Limpa, sob a forma de UFC
• MADC (g/kg MS)
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Equações de previsão do teor de Energia Digestível (ED) de
alimentos (NRC, 2007):

• Concentrados
ED (Mcal/kg MS) = 4,07 – 0,055 x ADF

• Forragens
ED (Mcal/kg MS) = 2,118 + (0,01218 x PB) – (0,00937 x ADF) – [0,00383 x (NDF – ADF)] +
(0,04718 x GB) + (0,02035 x ENA) – (0,0262 x Cinzas)

• Gorduras e óleos
ED (Mcal/kg MS) = [-3,6 + (0,211 x PB) + (0,421 x GB) +(0,015 x FB) + (0,189 x ENA)]/4,184

PB, GB, NDF, ADF, ENA em % da Matéria Seca (MS)

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Valorização azotada em Equinos


MADC (matérias azotadas digestíveis cavalo) terminologia utilizada pelos Franceses
ou
Proteína Digestível Cavalo (PDC) tradução mais frequente para Português

O valor de MADC tem em conta:


 Teor de MAT (Matéria Azotada Total = Proteína bruta, PB) dos alimentos
 Digestibilidade real da PB (ou MAT) no intestino delgado (dN)
 Taxa de recuperação dos aminoácidos (microrganismos + alimentares) absorvidos ao nível do IG (k)

MADC de um alimento = PB x dN x k

Concentrados k=1
Forragens verdes k = 0,9
Forragens desidratadas e k = 0,85
K varia consoante os
fenos
alimentos:
Palhas e subprodutos k = 0,85
ricos em lenhina
Silagens de boa qualidade k = 0,7
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Equações de estimativa do valor de MADC em forragens:

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Equações de estimativa do valor de MADC em alimentos compostos:

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Como alimentar????

 Calcular/Consultar Necessidades/Requisitos nutricionais

 Calcular/Consultar Capacidade de ingestão

 Analisar/Consultar Composição alimentos disponíveis

 Formular ração (Cálculo)

 Definir maneio alimentar


(administração )

Observar/Avaliar
resultados

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 Necessidades/Requisitos nutricionais

 Energia
 Proteína (aa = aminoácidos)
 Minerais
 Elementos nutritivos
 Vitaminas
 Ácidos gordos essenciais
 Fibra
variam com:  Água
• Peso vivo
• Estado fisiológico (crescimento, gestação, lactação, trabalho)
• Indivíduo (raça/metabolismo individual…)

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Pesagem

ou
Conhecer o peso vivo do animal
Estimativa

PV (kg) = [Perímetro torácico (cm)2 x comprimento (cm)]/11,877

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 Capacidade de ingestão

 Energia
 Proteína (aa)
 Minerais
 Elementos nutritivos  Vitaminas
 Ácidos gordos
 Fibra essenciais
variam com:  Água
• Peso vivo Estado Fisiológico NRC, 1989 INRA, 1990

• Estado fisiológico Manutenção 1,5-2 1,4-1,7

• Indivíduo
Gestação Inicio
10º Mês
1,2-1,7
1,3-1,8
Matéria Seca
11º Mês 1,5-2 1,5-2,2
Lactação 1º Mês 2-3 2,4-3
2-3º Mês 2-2,5 2-3
≥ 4º Mês 1,6-2,5 Níveis de consumo, em kg
Crescimento 3-6 meses 2-3,5 de MS/100 kg de PV (ou %)
8-12 meses 2-3 1,7-2,5
20-24 meses 1,7-2,5 1,6-2,2
32-36 meses 1,6-2,2
Trabalho Ligeiro 1,5-2,5 1,9-2,3
Médio 1,7-2,5 2,1-2,7
Intenso 2-3 2-2,4 [15]
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 Capacidade de ingestão

Ingestão Voluntária (de alimento em MS)


Variável entre 1,5 % a 3% (alguns autores referem até 4%) do peso vivo (PV); relacionada
com as necessidades nutricionais

1,5 % do PV  Manutenção
1,5 – 2% do PV  Gestação
1,5 – 2,5 % do PV  Trabalho
3 % PV  Lactação

Para um animal de 500 kg

10-11 kg MS “normal”
15 kg MS (lactação)

Supondo um feno com 14% MS


H20 = 100-14= 86%

10-11 kg MS logo 10/0,86=11,6 kg a 11/0,86=12,8 kg feno


15 kg MS logo 15/0,86 =17,5 kg feno [15]

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 Capacidade de ingestão
Capacidade de ingestão diária de cavalos (kg MS/100kg PV) segundo diversos autores

[4]

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 Capacidade de ingestão

Ingestibilidade 1 das principais forragens para manutenção de cavalos ou


poldros
Quantidades ingeridas *

Alimentos kg MS/100 kg PV Kg de MS
para cavalo de 500 kg
Forragens verdes de prados naturais 1,8-2,1 9-10,5
Feno de prados naturais ou gramíneas 1,7-2,1 8,5-10,5
Feno de leguminosas 2,1-2,3 10,5-11,5
Palhas 1,2-1,5 6-7,5
Silagem de milho bem conservada

Até 25% de MS 0,9-1,2 4,5-6


6-8
Até 30% de MS 1,2-1,6

Silagem de erva bem conservada (prado natural)

Até 25% de MS 1,2-1,5


6-7,5
Até 35% de MS 1,4-1,7 7-8,5

1 ingestão máxima quando a forragem é oferecida exclusivamente e ad libitum


* Variação segundo a qualidade da forragem distribuida
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 Necessidades/Requisitos nutricionais

Proteínas

http://profs.ccems.pt/OlgaFranco/10ano/biomoleculas.htm
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 Necessidades/Requisitos nutricionais Proteína
Os requisitos em aminoácidos pelos cavalos são mal conhecidos. No entanto, os equinos
parecem ter necessidades particulares de lisina (0.65% adultos ; 0.8% poldros) e treonina (0.5%)

Mas suas necessidades proteicas são aparentemente mais baixas que animais ruminantes com
pesos semelhantes e em situações fisiológicas semelhantes
Cavalo em trabalho 11% PB. Cavalo em crescimento 14-15%. 1 bovino nas mesmas situações
precisa de mais.

Necessidades proteicas
Qualidade da proteína: teor de aminoácidos essenciais e não essenciais que
compõem as proteínas da dieta
teor de energia da dieta: densidade energética da dieta

Os requisitos ou as recomendações proteicas podem aparecer de diferentes formas:

 Quantidade total diária de proteína a fornecer


 Proporção de proteína a fornecer na dieta ou ração, ou seja; % na dieta ou g/kg
(significando g de PB por cada kg de dieta)
 Proporção de proteína a fornecer por energia consumida, ou seja; g por calorias,
concretamente g/UFC ou g/Kcal
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 Necessidades/Requisitos nutricionais Proteína


Adultos Éguas (2) Jovens

Manutenção Gestação Lactação Crescimento


(últimos 3 Inicio após 3 Desmame 12 meses
meses) (1º 3 meses) meses)
Energia Digestível 2 2.85 2.2-2.4 2.6 2.45 2.9 2.8
(Mcal/kg)

Proteína Bruta (%) 8 11.4 10-11 13 11 14.5 12.5

Proteína Bruta 80 114 100-110 130 110 145 125


(g/kg)

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 Necessidades/Requisitos nutricionais

Proteína Peso Cavalo

Estado Fisiológico 450 kg 500 kg 600 kg

PB (g) MADC (g) PB (g) MADC (g) PB (g) MADC (g)

Manutenção 596 275 656 295 776 340


70 g MADC/UFC  Cobrição 745 820 970
Ligeiro 480 500
Médio 550 570
Intenso 620 640
70-85 g MADC/UFC Gestação 8º -9º Mês 727 315 801 340 947 395
10º Mês 740 425 815 460 965 535
11º Mês 787 445 866 485 1024 565
90 g MADC/UFC  Lactação 1º Mês 865 950 1125
2-3º Mês 1284 700 1427 770 1711 910
Pré-desmame 130 g;
≥ 4º Mês 944 605 1048 660 1258 780
Pós- desmame 110-
120g MADC/UFC;  Crescimento 8-12 meses 863 560 851 590 1023 660
20-24 meses 1015 380 117 420 1372 480
70 g MADC/UFC  Trabalho Muito Ligeiro 350 370 415
Ligeiro 745 450 820 470 970 510
Médio 894 515 984 540 1164 580
Intenso 1192 470 1312 490 1552 530
PB = Proteína Bruta; MADC = Matéria azotada digestível cavalo também designada Proteína Digestível cavalo = PDC;
UFC = Unidade forrageira Cavalo) INRA 1990, [15]
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 Necessidades/Requisitos nutricionais
 Energia  Proteína (aa)
 Minerais
 Elementos nutritivos  Vitaminas
 Água  Ácidos gordos
essenciais
 Fibra
Lípidos
Teor normal das dietas 3 a 4%. Pode ser aumentada para 10% .
teor energético dietas, c/ redução incidência cólicas (por teor amido a fornecer).
Muito digestível

NRC (1989): Necessidades de ac. gordos essenciais (ácido linoleico e linolénico) não
conhecidas.
Recomendações  0,5% de acido linoleico na MS (necessidades provavelmente <)

Vitaminas:
A (equinos não utilizam bem os carotenóides; fenos pobres em pro-vitA
D (importante para prevenir doenças ósseas)
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 Necessidades/Requisitos nutricionais
A energia provém da digestão e metabolismo dos nutrientes orgânicos da dieta como
Energia os hidratos de carbono (com destaque para o amido), lípidos e proteínas, bem como
dos ácidos gordos voláteis (AGV) produzidos no intestino grosso por fermentação
microbiana das fibras (principalmente celulose e hemiceluloses)

Os requisitos ou as recomendações energéticas, à semelhança das proteicas, também


podem aparecer de diferentes formas:

 Quantidade total diária de energia a fornecer (em calorias ou joules, em energia


limpa ou digestível, em UFC ou Mcal)
 Proporção de energia a fornecer na dieta ou ração, ou seja; calorias/kg, geralmente
em UFC/kg ou Mcal/kg
Exemplos:
Adultos Éguas (2) Jovens

Manutenção Gestação Lactação Crescimento


(últimos 3 Inicio após 3 Desmame 12 meses
meses) (1º 3 meses) meses)
Energia Digestível 2 2.85 2.2-2.4 2.6 2.45 2.9 2.8
(Mcal/kg)
Proteína Bruta (%) 8 11.4 10-11 13 11 14.5 12.5
[15]
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 Necessidades/Requisitos nutricionais

Energia 450 kg
Peso Equino
500 kg 600 kg

ED (MCAL) UFC ED (MCAL) UFC ED (MCAL) UFC


Estado Fisiológico

Manutenção 14.9 3.9 16.4 4.2 19.4 4.8


Cobrição Ligeiro 6.6 6.9
Médio 18.7 20.5 7.3 24.3 7.5
Intenso 8 8.3
Gestação 8º -9º Mês 16.5 4.6 18.2 5 21.5 5.7
10º Mês 16.8 5.2 18.5 5.7 21.9 6.6
11º Mês 22 5.3 19.7 5.8 23.3 6.7
Lactação 1º Mês 25.6 9.8 28.3 11 33.7 12.6
2-3º Mês 22 8.4 24.3 9.2 28.9 10.7
≥ 4º Mês 6.9 7.5 8.7
Crescimento 8-12 meses 19.2 5.1 21.3 5.5 6.2
20-24 meses 23.9 6.3 26.3 6.8 25.1 7.8
32-36 meses 5.9 6.5 32.3 7.6
Trabalho Muito Ligeiro 5.1 5.4 6
Ligeiro 18.7 6.6 20.5 6.9 24.3 7.5
Médio 22.3 7.6 24.6 7.9 29.1 8.5
Intenso 29.8 6.9 32.8 7.2 38.8 7.8

[15]
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Necessidades/Requisitos nutricionais

 influenciam a velocidade do trânsito digestivo ( );


Fibras:  condicionam o desenvolvimento da flora microbiana

importante do nível de fibra leva a de outros nutrientes (AA e vitaminas). Deficiência


pode ocasionar diarreias e cólicas (INRA 1990)

Dieta excessivamente fibrosa, pode levar a que o animal atinja toda a sua capacidade
de ingestão, sem conseguir cobrir as suas necessidades de nutrientes

• 0,4-0,5kg forragens grosseiras/100kg PV (Tisserand 1979)


• 1 kg forragens grosseiras/100kg PV (NRC 1989)  5 kg MS forragens em cavalo 500 kg
• 1,5-2% do PV em forragens (NRC 2007)  7,5-10 kg MS forragens em cavalo 500 kg
• 20% Fibra ração
• 15-18% Fibra Bruta

Mínimo Óptimo Máximo


FB 15 17 ≥ 25-30
Taxa recomendada de fibras na ração
de equinos (%) NDF 18 20 ≥ 30-35
[15]
ADF 10-11 12-13 ≥ 20-25
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 Necessidades/Requisitos nutricionais
 Energia
 Proteína (aa)
 Minerais
 Elementos nutritivos
 Vitaminas
 Ácidos gordos
essenciais
 Água  2 a 5 L/kg MS; 20 a 75 L/dia

 Fibra  15 a 18% FB (20%)

Minerais:
Ca, P, Mg (2 x + Ca que P; Mg 1/3 do P) Ca:P  1,6 :1 (em termos médios).
Ca deve ser sempre > que P, 2:1
Cu, Zn, Selénio
Contrariamente a outros animais, nos equinos ocorre uma importante absorção de P no IG;  permite
absorção do P que terá estado sob a forma de fitatos, e tenha sido libertada na fermentação cecal)

0,6% Recém –desmamado


0,4% 1 ano idade
Necessidades Cálcio
0,25% adultos
0,8 a 1 g Ca/kg leite lactação
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Água

Mínimo 5 L/100 kg PV 2 a 5 L água/kg MS ingerida


Necessidades dependem:
Natureza dieta, tamanho animal, clima (temperatura e humidade),
estado fisiológico, intensidade trabalho

Lactação ou sudação (trabalho): necessidades de 50 a 200% 20 a 75 L/cavalo/dia

Segundo, NRC 2007 água de bebida


Cavalo 500 kg, trabalho mínimo, tempo fresco: 25 L Complementa a água
Cavalo 500 kg, trabalho 1 h , calor: 72 L contida nos alimentos
Égua lactação 500 kg: 60-70 L (12-14 L/kg PV)

água de qualidade:
• Própria para consumo
• Palatável

Sempre disponível
 Excepção: após trabalho/exercício

 Animal deverá arrefecer antes de beber a água que deseja (excesso de água fria por um cavalo
quente poderá causar cólica) [7, 15]
 Desequilíbrio hídrico –mineral: soluções electrolíticas hidratantes (habituação prévia)
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Água
Consumo de água de bebida (a uma temperatura ambiente de 15ºC)
Estado fisiológico Natureza do regime kg água/kg Kg água/dia e Kg água /dia
alimentar MS ingerida por 100kg de PV Cavalo 500kg
Cavalo em repouso Regime misto* 25 a 30
3 - 3,5 5-6
Cavalo em crescimento (Forragem+concentrado)

Égua inicio gestação Regime à base forragens 3,5 - 4 6-7 30 a 35


Égua início lactação Regime misto* 4,5 10 - 11 50 a 55

Égua final lactação Regime à base forragens 4 9 - 10 45 a 50

Cavalo trabalho ligeiro 3-4 6-7 30 a 35


Regime misto*
Cavalo trabalho médio (Forragem+concentrado) 4 8-9 40 a 45

Cavalo trabalho intenso 4,5 - 5 9,5-10,5 47,5 a 52,5


* Regime que inclui no mínimo 15 a 20% de concentrado [7]

Alimentos contendo > 40% de água, contêm água suficiente para


satisfazer as necessidades de um cavalo num ambiente
moderado  Cavalo em pastagem em crescimento
(“verde”, “fresca”) não necessitaria de beber água, embora
a maioria beba, se esta estiver disponível e for palatável.

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Água

Características da água de bebida

Critério Valor aceitável Imprópria para


consumo
pH 6-7,5 <2 e > 11
Acido sulfídrico (ou
hidrogénio sulfurado ou Teste Negativo Teste Positivo
sulfeto de hidrogénio, H2S)
Amónia < 2 mg/l > 3 mg/l
Nitratos ---- > 30 mg/l
Nitritos ---- >0,5 mg/l
Ferro < 0,2 mg/l >3 mg/l
Sal (NaCl) < 2 g/l >8 g/l
Sulfatos ---- >250 mg/l
Bactérias fecais: E. Coli,
Teste Negativo
Streptococcus, Salmonella
[7]
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Características da água de bebida

Elemento mineral Limite superior admissível (mg/l)


Arsénico 0,2
Cádmio 0,05
Crómio 1
Cobalto 1
Cobre 0,5
Flúor 2
Chumbo 0,1
Mercúrio 0,01
Níquel 1
Nitratos 100
Nitritos 10
Vanádio 0,1
Zinco 25

[12]
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Necessidades Gerais ÉGUAS (French horse feed evaluation systems)

Éguas (500 kg) gestação Lactação

Estado UFC UFC MADC Ca (g) P Mg (g) Na (g) Ingestão


fisiológico da (baixo (alto (g) (g) diária (kg
égua nível 1) nível 2) MS) *
Seca ou inicio 3.8 4.6 295 25 15 7 12 6-8.5
gestação
gestante
8º e 9º mês 4.1 5 340 29 18 7 12 6.5-9

10º mês 4.7 5.7 460 38 26 7 12 7-10.5

11º mês 4.8 5.8 485 39 28 7 12 7.5-11

lactante
1º mês 8.9 10.7 950 61 55 10 15 12-15
2º e 3º mes 7.6 9.2 770 47 40 9 14 10-15

4º mês até 6.1 7.5 660 39 32 8 13 8-12.5


desmame

1 Para éguas cujos produtos se destinem à competição, excepto se estiverem gordas (nota cc 4 ou >) e para as outras éguas que
tenham cc< 2,5. 2 Outros casos

* Valores mais baixos em dietas com elevadas proporções de concentrados e valores mais altos em dietas baseadas em feno

[7]
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Necessidades (French horse feed evaluation systems)


desporto Lazer
Cavalo (500 kg)

Equinos com UFC MADC Ca (g) P Mg (g) Na (g) Ingestão diária


500 kg 1 (g) (g) (kg MS) *
Manutenção
repouso 4,2 295 25 15 7 12 7-8,5

Trabalho
Muito ligeiro 2 4 5,4 370 28 16 8 22 8,5-9,5

Ligeiro 2 4 6,9 470 30 18 9 37 9,5-11,5

Médio 2 4 7,9 540 35 19 10 47 10,5-13,5

Intenso 3 7,2 490 35 19 10 40 10-12

1 Nutrientes para animais castrados e éguas. No caso de garanhões adicionar 0,4 UFC e 30 g MADC
2 Considera-se que o cavalo trabalha 2h/dia (media observada nos centros equestres)
3 Considera-se que o cavalo trabalha 1h/dia
4 No caso de um passeio de curta duração, considera-se trabalho muito ligeiro uma hora de saída e um trabalho ligeira 2 h de
saída. Em caso de caminhada considera-se trabalho ligeiro uma duração de 2 a 4 h e um trabalho médio para um duração
maior que 4 h

* Valores mais baixos em dietas com elevadas proporções de concentrados e valores mais altos em dietas baseadas em feno
[7]
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Necessidades (French horse feed evaluation systems)
Cavalos com peso adulto de 500 kg
crescimento

Idade PV durante Crescim. Ganho UFC MADC Ca P (g) Mg Na Ingestão


meses período (kg) médio (g) (g) (g) (g) diária (kg
(g/dia) MS) *
8-12 280 Moderado 400-500 4.5 440 28 16 9 9 5.0-7.5

20-24 440 150-200 6.0 330 28 16 9 12 7-9,5

32-36 470 0-100 6.0 260 25 15 8 12 7.5-10

Idade PV durante Crescim. Ganho UFC MADC Ca P (g) Mg Na Ingestão


meses período (kg) médio (g) (g) (g) (g) diária (kg
(g/dia) MS) *
8-12 320 Óptimo 700-800 5.5 590 39 22 10 12 5.5-8.0

20-24 470 400-500 6.8 420 36 20 10 13 7.5-10

32-36 490 150-200 6.5 330 30 18 10 12 8-11

* Valores mais baixos em dietas com elevadas proporções de concentrados e valores mais altos em dietas baseadas em feno

[2]
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Como alimentar????

 Calcular/Consultar Necessidades/Requisitos nutricionais

 Calcular/Consultar Capacidade de ingestão

 Analisar/Consultar Composição alimentos disponíveis

 Formular ração (Cálculo)

 Definir maneio alimentar


(administração )

Observar/Avaliar
resultados

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Formulação rações
alimentos que
podem satisfazer
essas necessidades

• Pastagens ou Forragens exclusivamente

• Pastagens ou Forragens + concentrados


As forragens satisfazem a maioria das necessidades nutricionais, geralmente com menor
custo e contribuindo para a satisfação das necessidades comportamentais

 Pastagens: O conteúdo em nutrientes relativamente baixo (por elevado teor de


água ou de fibra) é compensado com um aumento de ingestão
 Preferência por gramíneas relativamente a leguminosas.

 Alimento Geralmente composto por fonte energética (cereal) + fonte proteica


concentrado: (proteaginosa ou bagaço de oleoproteaginosa) + fonte de fibra (Luzerna
desidratada granulada)
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Formulação rações

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Guia para a composição das rações
Animal Estado fisiológico % Observações sobre
Objectivo zootécnico qualidade forragem *
Forrag. Concent.
Gestação B ad lib. MB restringida
Éguas 50 - 95 5 - 50
Lactação M. ad lib. MB restringida
Repouso 85-95 5-15
Garanhões Palha restrin. + M a MB restringida
Serviço 60-70 30-40

1º Cresc. Óptimo 40-65 35-60 B a MB ad lib. ou E restringida


ano Cresc moderado 65-90 10-35 M a B ad lib.

Cavalo de sela 2º Cresc. Óptimo 75-80 20-25 Palha restrin. + M a MB restringida


em crescimento ano Cresc moderado 80-85 15-20 M ad lib. ou B restringida

3º Cresc. Óptimo 80-85 15-20 B restringida


ano Cresc moderado 85-90 10-15 Palha ad lib + Feno B restringida
Cavalo trabalho
Sela Repouso a trabalho 35-95 5-65 Feno B a MB restring+ Palha restringida
tiro intenso 55-95 5-45 Feno M a MB restring+ Palha restringida
*Qualidade da forragem: E (Excelente ); MB (Muito Boa), B (Boa) M (Média)
ad lib = ad libitum = à vontade, sem restrição
Maria Amélia Ramos ESAC [7]
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A propósito de restrição alimentar…  Limitar a sua ingestão com equipamentos


adequados – açaime/buçal de pastagem.
Como o fazer em animais em pastoreio? ex. o easygrazer

? Prende-los com corda?

? Limitar a pastagem disponível


mediante cercas moveis…?

https://easygrazer.com
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Concentração de nutrientes na dieta por kg de MS
(considerando o consumo de MS apresentado no fundo da tabela)
Adultos Éguas Jovens

Repouso Trab. Médio Gestação Lactação Crescimento


Trab. Reprodução
(últimos 3 Inicio 6-12 18-24 32-36
ligeiro meses) meses meses meses
(1º 3 meses)
Energia Limpa – UFC/kg MS 0,45-0,7 0,5-0,75 0,5-0,7 0,6-0,8 0,65-0,95 0,6-0,9 0,6-0,8

Energia Digestível (Mcal/kg 2-2,45 2,4-2,65 2,25-2,40 2,45-2,6 2,8-2,9 2,5-2,65


MS)

Proteína Bruta (%) 8,9-9,8 9,6-11,4 10-11 11-13 12,6- 10,4-


14.5 12.5
Proteína Bruta (g/kg MS) 89-98 96-114 100-110 110-130 126-145 104-125
Proteína- MADC (g/kg MS) 30-50 40-55 35-60 60-65 60-100 35-55 35-35
Lisina (g/kg MS) 3-4 4-5 4,5-5,5 5,5-6 5-10 3,5-5,5 3-3,5

Ca (g/kg MS) 2-3 2,5-4 3,5-4,5 3,5-4 4-6,5 3,5-5 3,5-4,5


P (g/kg MS) 1,7-2,2 1,8-2,8 2,6-3,8 2,8-3,2 2,8-4 2,7-3,5 2,6-2,8

Consumo MS (kg) 7-11,5 10,5-13,5 6,5-11 10-15 4-8 7-10 7,5-11

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Concentração de nutrientes na dieta por kg de MS


(considerando o consumo de MS que figura no quadro anterior)
Adultos Éguas Jovens

Repouso Trabalho Fim Inicio 6-12 18-24 32-36


Trab. ligeiro médio gestação lactação meses meses meses
Macroelementos (g/kg MS)*

Cálcio 3,1 2,9 4,6 4,3 5,5 3,8 3,3

Fósforo 1,9 1,6 3,2 3,7 3 2,2 1,9


Magnésio 0,9 0,9 0,8 0,7 1,6 1,1 1,1

Sódio 2,7 3,2 1,6 1,2 1,8 1,6 1,4

Potássio 4,0 5,0 4,0 - 3 6 1,4

Enxofre 1,5 - 1,5 - 1,5 - -


Microelementos (mg/kg MS)*
Ferro 80-100 80-100 80-100 80-100 80-100 80-100 80-100

Cobre 10 10 10 10 10 10 10

Zinco 50 50 50 50 50 50 50

Manganês 40 40 40 40 40 40 40

Cobalto 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3

Selénio 0,1-0,2 0,1-0,2 0,1-0,2 0,1-0,2 0,1-0,2 0,1-0,2 0,1-0,2

Iodo 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 0,1-0,3

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CTeSP MEETL 2022/2023
Concentração de nutrientes na dieta por kg de MS
(considerando o consumo de MS que figura no quadro anterior)
Adultos Éguas Jovens

Repouso Trab. Fim Inicio 6-12 18-24 32-36


Trab. Lig médio gestação lactação meses meses meses
Vitaminas (*)

(A) Retinol (UI) 3250 3750 4200 3500 3450 3500 3500

(D) Calciferol (UI) 400 600 600 850 400 600 600
(E) Tocoferol (UI) 8 10 11 7 7 10 10

(B1) Tiamina (mg) 2,5 2,5 2,5 2.5 1,7 2,5 2,5

(B2) Riboflavina (mg) 4 4 4,2 4,2 2,8 4 4

(PP) Niacina (mg) 12 12 12,5 12,5 8,5 12 12

Ac. Pantoténico (mg) 5 5 5,1 5,1 3,3 4,8 4,8

(B6) Piridoxina (mg) 1,3 1 1,3 1.2 0,8 1,2 1,2

Colina (mg) 65 60 63 84 42 60 60

Ac. Fólico (mg) 1,3 1,2 1,3 1,2 0,8 1,2 1,2

(B12) Cianocobalamina(μg) 13 12 13 8 8 12 12

* Os valores únicos observados nas vitaminas e em alguns minerais foram calculados para o consumo
médio de MS
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Como alimentar????

 Calcular/Consultar Necessidades/Requisitos nutricionais

 Calcular/Consultar Capacidade de ingestão

 Analisar/Consultar Composição alimentos disponíveis

 Formular ração (Cálculo)

 Definir maneio alimentar


(administração )

Observar/Avaliar
resultados

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Não basta preocuparmo-nos com a satisfação das necessidades nutritivas, mas
procurar satisfazer as necessidades comportamentais

Os equinos são diferentes das


restantes espécies zootécnicas.

A sua função social, implica


assegurar a sua saúde, o seu
normal comportamento, a sua
longevidade….

Jean Abernethy
http://www.fergusthehorse.com/
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Relembrando ……… Sistema Digestivo


Estômago: Pequeno (8% TGI)

ID: ≈ 30% TGI


65 a 70% dos nutrientes são aqui absorvidos

IG: Ceco e cólon (65% TGI)


Local de fermentação
Pouca absorção de nutrientes ( ≈ 25%)

Tubo digestivo Estômago Int. Delgado Ceco Cólon + Recto


(litros) (l) % total (l) % total (l) % total (l) % total
Suínos 30 9 30 10 33 2 7 9 30
Equinos 230 15 7 70 30 30 13 115 50
Bovinos 330 230 70 65 20 10 2 25 7

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Sistema Digestivo e Maneio alimentar

 Digesta passa no estômago e ID em ≈ 1 - 2 horas

 Estômago de dimensão reduzida + taxa de passagem rápida

Poucas quantidades de alimento,


“Snack-eater” muitas vezes ao dia
refeições curtas (mas várias)

Não há limitações da ingestão como acontece nos ruminantes, pelo “tamanho da


partícula”, o que torna os equinos MUITO EFICIENTES

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Comportamento alimentar
[15]
Equinos no seu habitat natural  2/3 tempo é passado a ingerir erva.

16 a 18 h a comer/dia movimentando-se Consumo de alimento:


3 a 5 sequencias diárias de 2 a 3h cada,
desde o nascer ao pôr do sol [15]

O pastoreio ocupa, em media 1/3 da noite, representando 20 a 50% da ingestão total [15]

Equinos passam mais 50% do tempo a comer que os bovinos (Menard et al., 2002)
Têm uma ingestão de 63% mais MS que os bovinos

50- 70% tempo a ingerir


Em liberdade
20-30% em repouso ou inactivado

Uma das espécies animais mais selectivas.


“Vai escolhendo, vai andando”

Tendo opção, preferem herbáceas às arbustivas. Tendo disponibilidade


de pasto herbáceo, é essa a sua escolha. Quando não há, substituem-no. Grazer – herbáceas
Preferência por gramíneas relativamente a leguminosas. Browser - arbustivas
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Comportamento alimentar
Equinos em estabulação:
 com dieta rica em feno e pobre em alimentos concentrados, a duração do consumo
[15]
das forragens atinge mais de 10h .
Por sua iniciativa dividirá o consumo diário em 10 a 12 pequenas refeições, separadas
por intervalo máximo de 3 a 5 h e bem repartidas durante o dia, com pelo menos 1/3
da ingestão ocorrendo durante a noite. [15]

Mastigam muito bem as


forragens, levando
tempo para a sua
ingestão.

dormir
[15]

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Comportamento alimentar
Em estabulação:
Supondo 2 a 3 refeições /dia No máximo o animal levará umas 9h a
Forragem (feno) + concentrado comer…em liberdade levaria 16h a comer….

Não basta preocuparmo-nos com a satisfação das necessidades nutritivas, mas


procurar satisfazer as necessidades comportamentais
Há que adoptar estratégias que entretenham o animal, para que não apresentem
comportamentos estereotipados

Forragem – Sempre à disposição

Dificultar a tarefa? 

Utilizar “Slow-feeders”: manjedouras que dificultam o acesso à forragem

easigrazer https://www.youtube.com/watch?v=WFr0FFXe-IQ
Hay pillow https://www.youtube.com/watch?v=y7Eulha4F1o

Porque não fornecer 2 fenos diferentes? Os animais apreciam a


variedade, entretêm-se (despendem tempo) a escolher.

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Comportamento alimentar
Redes para feno penduradas – impedem que caia (ao ficar sujo com
fezes ou urina já não é comido; menos reinfestação parasitária)

http://www.youtube.com/watch?v=iqjJpF4BvkQ

Embora , na natureza, o cavalo também escolha alimentos em arbustos ou


árvores, o mais frequente é comer do chão.

Assim considera-se mais adequado que o animal coma do


chão, ou mais próximo do chão, seja por estar a executar um
movimento muito natural (saúde mental), seja por não estar
continuamente a esticar o pescoço e cabeça (saúde física
músculo-esquelética).
Comer em posição levantada trabalha músculos do pescoço e
cabeça distintos que comer próximo a/do chão. Causa tensão
muscular.
Tem também a vantagem de ↓ risco de entrada de partículas para olhos ou sist. Respiratório.

As redes de feno destinadas a ser penduradas não devem ser simplesmente postas no chão,
pois cavalo pode enfiar lá os membros. Deverão ser especificas para o chão (“almofadas) ou
arranjar forma de as prender bem numa manjedoura baixa.
Hay pillow https://www.youtube.com/watch?v=y7Eulha4F1o
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Enriquecimento ambiental- equinos

Homemade 2’45’’

Winter boredom 1’26’’

Yes horses like to play 54’’

Equine Enrichment Activity https://www.youtube.com/watch?v=S4uOdPSUVh0 2’21’’

https://www.youtube.com/watch?v=tH9Hbgg_Sxw
Stall Enrichment Ideas 5’19’’

https://www.kraemer.de/Stalleinrichtung/Stallzubehoer-
Reitplatzzubehoer/Pferdespielzeug/Spielball-Have-Fun
Comportamento alimentar

“Slow-feeders”

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Comportamento alimentar
Concentrados Várias distribuições /dia
Ex: Tempo que um animal leva a comer 1 kg do mesmo alimento sob diferentes formas

Mistura Granulado
≈ 18min/kg ≈ 8min/kg
(6 a 9 min/kg)
[15]

No que toca ao “entretenimento” do cavalo, a mistura de matérias-primas torna-se interessante, pois como
o animal demora mais tempo a comer (porque escolhe) fica mais tempo entretido…(as desvantagens são a
possível rejeição de matérias-primas menos apetecíveis e possível perda das pré-misturas minerais e
vitamínicas)

Em liberdade, o animal chega a escolher 50 espécies diferentes: gosta de variedade nas


dietas.
Mas atenção à introduzir alimentos de alimentos novos. Deve ser feita gradualmente!

E porque não “deitar” o concentrado por cima da forragem?


Fica “perdido lá no meio” e os animais entretêm-se a procurá-lo…

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Comportamento alimentar
Apresentação física de alimentos concentrados
Flocos
Farinha
(Farinado) A floculação ou expansão permitem o do
volume da dieta,  o tempo de ingestão, 
Não desejável para equinos. Pulverulência pode a ocupação do animal. O tratamento térmico a
provocar transtornos respiratórios e/ou oculares. que os grãos são submetidos a digestibilidade
Preferível fazer moenda grosseira e, ou imergir o grão do amido.
em água, ou usar farinado para fazer “mashes” ou Inconveniente dos flocos: do volume do
“sopas”. conteúdo gástrico se o abeberamento for
permitido erradamente após a refeição

“Sopas” “Papas” “Mashes”


Grânulos ou Pellets
desde que sejam asseguradas condições
de higiene para prevenir alterações (Granulado)
químicas, bacterianas e fúngicas. Foi observado que
o cavalo continua a mastigar desde que a relação de Consumidos rapidamente.
água: farinha seja inferior a 3:4. O interesse destas Elevado consumo, associado a partículas finas
preparações liquidas são o da ingestão de água, que compõem os grãos podem levar a
afim de estimular excreção urinária e favorecer fermentações ou inchar no estomago.
desintoxicação de equinos fatigados, doentes ou Necessário cuidado com o abeberamento que
convalescentes deve ser antes ou durante a refeição.
[15]
Imagens:http://www.equideos.com/nutrition/cereales/flocons.html
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Regras do maneio alimentar diário


Alimentar em função do PV, condição corporal, situação fisiológica e trabalho
realizado

Cumprir horários; manter rotinas

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Regras do maneio alimentar diário
 Água à disposição. Fornecida antes do alimento (3 a 5 L/kg MS) (20-75 L/dia) ou
então durante. Não após a refeição.

 Incluir sempre forragem (mínimo 1% PV;  5kg para cavalo 500 kg)

 Fornecer forragem antes do alim. concentrado comercial

 Preferencialmente fornecer forragens ad libitum

 Preferencialmente fornecer forragens a nível do solo (não directamente)

 Não ultrapassar 50 % de alim. concentrados no total da dieta (> 50% alim. forrag.)

 Refeições curtas (pequenas), mas várias ao dia (mínimo recomendável  2 a 3x)

 Não ultrapassar 0,5% do PV (peso vivo) numa refeição ( 2,5kg para cavalo 500kg).

 Mudanças graduais de dietas. Introduções lentas e progressivas de alimentos novos


(8 dias)

 Não avaliar alimentos em função do seu volume, mas do seu peso


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Maneio alimentar
Estratégias para reduzir a velocidade de consumo de alimento concentrado

 Espalhar alimentos em camadas fina (“ao comprido”)


 Compartimentar a manjedoura
 Colocar pedras grandes na manjedoura
 Misturar forragem finamente cortada/picada aos grãos ou
grânulos
 Fraccionar a distribuição de alimento concentrado em múltiplas
refeições, eventualmente recorrer a distribuidor automático de
alimentos.

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Cereais: Concentrados energéticos

• Muito abundante nos grãos de cereais.


AMIDO • Fonte de energia importante.
• Mas se em excesso pode ser causa de graves problemas!!!!
Deverá ser dado em quantidade e/ou forma física de
modo a que pouco ou nenhum amido chegue ao IG.

Geralmente recomendação de cereais na ração diária é:


< 15 % em cavalos em manutenção [14]
< 25 % em cavalos em trabalho ligeiro
< 35 % em cavalos em trabalho médio

Ingestão amido < 0,25% Peso Vivo (PV)-----1,25 kg para um cavalo 500kg
O limite superior recomendado para ingestão de amido é 2 g/kg de PV a cada refeição.
[14]

Significa para um cavalo de 500 kg, um máximo de 1 kg de HC solúveis por refeição

Mas outros autores recomendam valores inferiores


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Cereais: Concentrados energéticos

Os valores observáveis na bibliografia como sendo as


AMIDO recomendações máximas variam…

Um estudo com 201 cavalos, na Dinamarca [17], relacionando a alimentação e o risco de


úlceras no estômago, concluiu:

o Fornecer > 2g amido/ kg PV /dia  logo 1 kg de amido/dia para um cavalo de 500 kg;
equivalente a 2 a 3 kg de alimento concentrado / dia
ou (dependendo do seu teor de amido, 50% a 33%)
o Fornecer > 1g amido/ kg PV /refeição  logo 0,5 kg de amido/refeição para cavalo 500
kg; equivalente a 1 a 1,5 kg de alimento concentrado
/ refeição (dependendo do seu teor de amido, 50% a
o Dar palha como única forragem 33%)
Aumenta o risco de úlceras
o Não ter água disponível na boxe ou parque
no estômago
o Fazer intervalos entre refeições forrageiras > 6h
[17]
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Concentrados energéticos: subprodutos cereais

Germinação: transformação do
Grãos de cerais amido em dextrinas e maltose
germinados .._ portanto ↓ teor amido , ↑
digestibilidade, ↓ propensão a
cólicas

Propriedades emolientes no tubo digestivo. Dado o seu poder de


Farelos, embebição e riqueza em fibra, facilitam o transito digestivo. Se ingeridos
Sêmeas em seco, absorvem o seu peso em água no estômago, duplicando de
volume-atenção!
[15]
1 a 1,5 kg /dia ou 10 a 15 % ração.
1l corresponderá ≈ 250 g

Os grãos de cereais e seus farelos e sêmeas são bastante desequilibrados no teor de Ca e P.


portanto cuidado para não fornecer muita sêmea (não ultrapassar 20 a 30% da ração diária [14])

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Tables de
composition…
INRA 2002
Composição química média de vários grãos
% produto bruto
Trigo Aveia
Trigo Cevada Milho Triticale Centeio Aveia Sorgo Arroz
duro descascada
MS 86,8 87,6 86,7 86,4 87,3 87,3 88,1 85,6 86,5 87,4
PB 10,5 14,5 10,1 8,1 9,6 9,0 9,8 10,6 9,4 8,0
FB 2,2 2,7 4,6 2,2 2,3 1,9 12,4 4,0 2,4 0,5
GB 1,5 1,8 1,8 3,7 1,4 1,2 4,8 2,5 2,9 1,2
Cinzas 1,6 1,9 2,2 1,2 1,9 1,8 2,7 2,1 1,4 1,0
NDF 12,4 14,4 18,7 10,4 12,7 14,1 33,1 11,6 9,4 0,8
ADF 3,1 3,7 5,5 2,6 3,2 3,1 15,1 4,6 3,8 0,6
ADL 1,0 1,1 1,0 0,5 1,0 0,9 2,5 1,7 1,1
Amido 60,5 55,5 52,2 64,1 59,9 53,8 36,0 52,6 64,1 75,9
Açucares 2,4 2,7 2,1 1,6 2,7 3,2 1,1 1,2 1,1 1,3
EB (Kcal/kg) 3780 3880 3810 3860 3760 3750 4100 3840 3900 3760
ED (Kcal/kg)
UFC 1,07 1,06 0,99 1,12 1,06 1,05 0,87 0,98 1,07 1,16
MADC ou
PDC (g/kg)
86 117 82 65 78 63 79 86 76 65
Lisina (g/kg) 3,1 3,8 3,8 2,4 3,9 3,5 4,1 4,4 2,2 3
Ca (g/kg) 0,7 0,8 0,7 0,4 0,7 1 1,1 0,9 0,3 0,1
P (g/kg) 3,2 3,4 3,4 2,6 3,5 3 3,2 2,9 2,8 2
P fítico/P
total (%)
65 55 75 65 65 55 55 70 80
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Usar após hidratação.


Polpa de Beterraba (desidratada)
Nos últimos anos, a sua utilização vem crescendo,
Beet Pulp
particularmente para cavalos séniors.
Rica em fibra facilmente fermentescível (=fermentável).
Interessante para animais com problemas de dentição, que já não
comam tanto feno. Mais calórica que feno.
Por vezes no seu processamento é adicionado melaço.
Importante distinguir se estamos perante polpa simples (plain) ou que tem melaço (molasses)

MS 7-12 %
Fibras ≈ 50 % NDF; ≈ 24% ADF; ≈ 20% FB. pouca lenhina (< 3%)
Açucares < 10% (≈ 6%), se não houve reintrodução de melaço. Depende da
https://www.feedipedia.org/node/24378
qualidade do processo de extração e da reintrodução de melaço.
Polpas em que tenha havido adição de melaço não devem ser dadas Pode ser vendida em grânulos
a cavalos diagnosticados com resistência à insulina. (pellets) ou pedacinhos (flocos)
Minerais 7-15%, pode ter elevado teor de Ca, embora < luzerna
PB 9% Amido < 1%; GB < 1%

Fornecer até o equivalente a 50% de forragem/dia. ≈ 0,5 a 1% PV


Considerando cavalo a consumir 2% seu PV em forragem (cavalo 500kg
PV consumirá ≈ 10 kg MS/dia forragem; polpa beterraba (seca) 5 kg. 1% PV

Recomendável suplementação vitamínica e mineral, nessa situação (a de


https://thehorse.com/18818/pros-and-cons-of-feeding-horses-beet-pulp/
dar muita quantidade diária)
https://thehorse.com/148325/beet-pulp-faqs/
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Polpa de Beterraba (desidratada)
Beet Pulp

Usa-se geralmente após hidratação, constituindo uma boa forma de garantir que o animal
consome mais água.
Além disso, tem a vantagem de amolecer os pellets ou grânulos (que são muito duros) ou de
evitar a pulverulência dos flocos. Portanto embora não seja obrigatório hidrata-la, é vantajoso
fazê-lo.

1 parte de polpa: 2 a 3 partes de água, fica uma papa com alguma água. Se quisermos uma
consistência mais liquida (“sopa”) adicionar mais água.

Em água morna 30-60 min para hidratar, se estiver sob a forma de pedaços pequenos. Se
estiver em pellets, leva mais tempo. Com água fria, leva mais tempo.

No Inverno, pode ser difícil a sua hidratação se a água estiver muito fria. Se se usar água
fervente não a verter diretamente na polpa. Adicionar agua fria à polpa antes e só depois a
agua fervente. Arrefecer antes de administrar. O material humedecido mantem-se bom umas
horas (12h; 24h, se tempo fresco).
Mas com calor e/ou humidade pode estragar-se facilmente nesse período. … Se odor
avinagrado, azedo, bolororento  rejeitar.
https://thehorse.com/18818/pros-and-cons-of-feeding-horses-beet-pulp/
Maria Amélia Ramos ESAC CTeSP MEETL 2022/2023

Polpa de Beterraba (desidratada)


Beet Pulp

Speedi-Beet- teoricamente em 10
minutos hidrata-se, juntando-se a
5x o seu peso em agua.
https://www.britishhorsefeeds.com/speedi_beet_pr
eparation.php

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Polpa de Beterraba (desidratada)
Beet Pulp
https://www.pavo.pt/essentials/produtos/pavo-speedibeet

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https://www.britishhorsefeeds.com/fibre_beet_preparation.php

Polpa de Beterraba (desidratada)


Beet Pulp

Fibre-Beet- hidrata-se em 45
ou 15 minutos (em função de
uso de agua fria ou quente),
juntando-se a 3x o seu peso
em agua.

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Bibliografia:
[1] McDonald, P., Edwards, R., Greenhalgh, J., Morgan, C. 2002. Animal nutrition, 6ª Ed. Prentice Hall.
[2] Martin-Rosset, Vermorel, Doreau, Tisserand, Andrieu, 1994. The French horse feed evaluation systems and recommended allowances for
energy and protein. Livestock production science, 40, 37-56.
[3] Nutrient Needs of Horses .Oklahoma Cooperative Extension Service, ANSI-3997.
http://pods.dasnr.okstate.edu/docushare/dsweb/Get/Document-2067/F-3997web.pdf
[4] Pedro Pérez de Ayala y Esquivias, 1995. NUTRICION Y ALIMENTACION DEL CABALLO, XI CURSO DE ESPECIALIZACION FEDNA, BARCELONA, 7 e
8 Nov. 1995
[5] Hothersall B & Nicol C (2009) Role of Diet and Feeding in Normal and Stereotypic Behaviors in Horses. Veterinary Clinics of North America:
Equine Practice 25, 167-181
[6] http://www.effem-equine.com/Waltham%20%20Horse/nutritional_aspects/weighing_your_horse.html
[7] Martin-Rosset, W. 1993. La alimentacion de los caballos. INRA
[8] Olafur Gudmundsson, 1998. Evaluation of feed for horses. Nova Course on the icelandic horse and the horse breeding and management.
Iceland
[9] M. Vermorel, W. Martin-Rosset, 1997. Concepts, scientific bases, structure and validation of the French horse net energy system (UFC).
Livestock Production Science 47 (1997) 261-275
[10] D. Micol, W. Martin-Rosset,C. Trillaud-Geyl , 1997.Systèmes d’élevage et d’alimentation à base de fourrages pour les chevaux. INRA Prod.
Anim.,1997, 10 (5), 363-374
[11] A. S. Santos, A. Silvestre, 2008. A Study of Lusitano Mare Lactation Curve with Wood’s Model. J. Dairy Sci. 91:760–766
[12] Nutrient requirements of horses, fifth revised edition, 1989. NRC
[13] Pedro Ayala Y Esquivias, 1995. Recomendaciones en alimentacion y racionamiento en equidos. In: Alimentos y racionamiento , Capítulo XXI,
Zootecnia, Tomo III, Carlos Buxadé, Coord., Mundi-Prensa.
[14] Rueda Nuñez, V., Rico Gómez, M, Roldán Rueda, M., 2006. Guia didáctica de nutricion de caballos. Universidad de Santiago de Compostela.
[15] Roger Wolter, 1994. Alimentation du cheval. Editions France Agricole.
[16] Martin-Rosset, W. 2011. Alimentation des chevaux: Tables des apports alimentaires Inra 2011, Editions Quae.
[17] Luthersson N, Nielsen KH, Harris P, Parkin TD. Risk factors associated with equine gastric ulceration syndrome (EGUS) in 201 horses in
Denmark. Equine Veterinary Journal. 2009 Sep;41(7):625-30. doi: 10.2746/042516409x441929. PMID: 19927579.
[18] Nutrient requirements of horses, sixth revised edition, 2007. NRC

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http://www.fergusthehorse.com/

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