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Centro Universitário Maurício de Nassau

Disciplina: Nutrição Animal


Curso: Medicina Veterinária

Aula 8
Energia
Prof a. Michelle Siqueira
Doutora em Zootecnia
Recife, PE
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1. Roteiro da Aula Energia
2. Conceito
3. Energia bruta;
4. Energia digestível;
5. Energia metabolizável;
6. Energia líquida;
7. Energia de produção e de mantença;
8. Métodos para determinação do conteúdo energético dos
alimentos
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Energia é nutriente???
ENERGIA NÃO É NUTRIENTE

• É uma propriedade dos nutrientes de transferir


energia quando oxidados durante o metabolismo.

• É a capacidade de realizar trabalho.

• Que é em Nutrição Máxima produção de ganho


de peso, produção de ovos  melhor
aproveitamento do alimento.
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Energia
ALIMENTO

• Carboidratos
• Proteínas
• Lipídios

CALORIA

JOULE
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Energia
A unidade de energia mais usual é a CALORIA (cal) e a QUILOCALORIA (Kcal)

1 cal = quat° de calor necessária para elevar 1 g de água 1° C (12,5 -13,5°C)

1 kcal = quat° de calor necessária para elevar 1 kg de água 1° C

1 Mcal = quat° de calor necessária para elevar 1 T de água 1° C

1 J = 0,239 cal (1 cal = 4,18 J)

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Energia
O organismo animal possui uma eficiência energética de aprox. 40%.

A perda de energia do metabolismo na forma de calor (60%)  Peixes


HOMEOTERMIA
Animais de sangue frio 
Suínos e Aves  Maior exigência energética Menor exigência
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Energia
Energia bruta de diferentes nutrientes variam, tais como:

• Carboidratos = 4,1 Kcal/g


• Proteínas = 5,7 Kcal/g
• Lipídios = 9,4 kcal/g

A diferença entre esses nutrientes primariamente refletem o estado de OXIDAÇÃO do composto inicial.

A energia química varia inversamente com a relação C/H e o conteúdo de O e N.


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Por exemplo:
Energia

Glicose
Triacilglicerol - Trioleína
C6H1206  1:1
C57H10406  1:9,5
A gordura exige mais oxigênio para a oxidação e fornecem mais calor no processo
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Energia
Partição biológica da energia: EB, ED, EM e EL

Energia bruta (EB) = energia liberada como calor quando uma substância é
totalmente oxidada

• Lipídios = 9,4 kcal/g


• Glicídeos = glicose 3,7 Kcal/g e Amido 4,2 Kcal/g
• Proteínas = 5,7 Kcal/g

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Energia
Energia digestível (ED) = EBcons – EBfezes

Energia metabolizável aparente (EMA) = EBcons – EBfezes, urina, gases

Energia metabolizável verdadeira (EMV) = EBcons – EBfezes, +EFm + EUe

Energia fecal (EF) Energia urinária (EU)

- Fração alimentar - Fração alimentar


- Fração metabólica - Fração endógena
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Energia
Energia bruta (EB) = energia liberada como
calor quando uma substância é totalmente
oxidada

Energia digestível (ED) = EBcons – EBfezes

Energia metabolizável aparente (EMA)=


EBcons – EBfezes, urina, gases

Energia metabolizável verdadeira (EMV)=


EBcons – EBfezes, +EFm + EUe

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Metodologias para avaliar o conteúdo de
energia dos alimentos

Vantagens:
• Apresenta bons resultados;

Desvantagens:

• Obtenção de amostra representativa das fezes, urina ou excretas;


• Grande contaminação das fezes ou excretas por ração, penas, pelos,
descamação da pele e perda de excreta durante a coleta.
• Rápida fermentação das excretas.
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Metodologias para avaliar o conteúdo de
energia dos alimentos
Vantagens:
• Não é necessária a mensuração de consumo de ração, o total de
excretas;
• Evita-se a contaminação das fezes ou excretas;

Desvantagens:
• Variabilidade dos resultados;
• Incompleta recuperação do óxido;
• Substância carcinogênica;
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Protocolo para determinar EMA dos alimentos com aves
– coleta total

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Protocolo para determinar EMA dos alimentos com
suínos – coleta total

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Cálculos

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Protocolo para determinar Energia dos alimentos com
Ruminantes – coleta total
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A digestibilidade aparente A fração metabólica,
representa um valor subestimado, representada por resíduos
pois além do resíduo indigestível da de bactérias oriundas do
dieta apresenta também resíduos processo fermentativo e
de material metabólico da fração substâncias endógenas do
fecal. organismo animal.

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Digestibilidade

Métodos Diretos:

• In vivo, in vitro, in situ

Métodos indiretos:

• Marcadores externos: Cromo, LIPE


• Marcadores internos: FDNi, FDAi, Msi, Lignina
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Métodos Diretos:

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NDT (%) = PBD + FDNcpD + CNFD + 2,25 EED

Em que:

PBD = PB digestível;
FDNcpD = FDNcp digestível; 1 unidade de NDT =
CNFD = CNF digestível; 4,41 Kcal de ED
EED = EED digestível.

EL (energia líquida) = EB – Efezes – Eurina – Egases – Incremento calórico)


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Fatores que afetam os valores de energia
Idade do animal:

• Os valores de EM dos alimentos para aves  aumentam com o avançar da


idade;
• Animais menos eficientes em digerir gordura.

Granolumetria:

• Eficiência de digestão  superfície de exposição às ações das secreções


digestivas;
• Grau de moagem influencia  digestibilidade e disponibilidade dos
nutrientes. (Partículas menores  favorecem > ação digestivas sobre os lipídeos).
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Fatores que afetam os valores de energia
• Aumenta a digestibilidade dos
nutrientes pela ação mecânica e pela
temperatura do processo;

• Esse processo solubiliza parcialmente


as proteínas  melhora a
digestibilidade

• CUIDADO: Excesso de temperatura


pode comprometer a disponibilidade
de alguns AA (lisina)  Reação de
Maillard.
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Considerações Finais
O conhecimento da composição química e da digestibilidade dos
alimentos se faz necessário para que as dietas sejam formuladas de
acordo com os requerimentos nutricionais dos animais e de acordo
com a disponibilidade dos nutrientes presentes nos alimentos
utilizados.

Objetivando diminuir excreções desnecessárias de nutrientes ou


gases no meio ambiente, o que pode contribuir para elevar
impactos ambientais e prejuízos para o produtor.
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Profa. Michelle Siqueira
E-mail: michelle.siqueira2@gmail.com

Até a próxima aula...

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