Você está na página 1de 4

História do Processo Penal.

Vigência- 1941 Inspirado na legislação Italiana, elaborado na década


de 30, século passado, em pleno regime fascista.

Antes da CF/88, nosso CPP fora elaborado em regime


autoritário. Princípio que norteava o processo penal era o
da presunção da culpabilidade. Não havia igualdade entre
as partes.

Nesta época, nem mesmo a sentença absolutória era suficiente


para restituir a liberdade do réu, dependendo do grau de
apenação da infração penal (antigo art. 596).

Na década de 70, do século passado, mais precisamente nos


anos de 1973 e 1977, houve alterações no CPP, iniciadas com
a lei 5.349/67, com quais houve uma flexibilização.

O PROCESSO PENAL APÓS A CF/88.

Houve uma mudança radical, pois o devido processo


constitucional busca, então, a realização de uma justiça penal
submetida a exigências de igualdade efetiva entre os litigantes.
Portanto, o novo modelo constitucional visa a busca da
verdade real, dando ao acusado a mesma oportunidade que
detém o MP, devendo o poder Judiciário atuar com
imparcialidade.

CONCEITO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

É o conjunto de normas e princípios que regulam a aplicação


jurisdicional do Direito Penal objetivo, as sistematizações dos órgãos de
jurisdição e respectivos auxiliares, bem como da persecução penal.

O direito objetivo ou o direito material, elenca as condutas


puníveis. (direito penal). Concretizadas, elas fazem surgir o dever estatal de
exercer o ius persequendi, para a final vir a ser efetivado o ius puniendi.

O ius persequendi é um direito subjetivo do estado exercido


pelo MP, parcela do estado – administração encarregada de postular,
perante o estado – Juiz, a condenação do infrator. É o promotor de Justiça o
dominus litis, o dono da ação penal pública, o detentor da titularidade do
processo crime.

Esse conjunto de atos coordenados cuja finalidade é a


resolução do litígio, através do pronunciamento do Judiciário, chama-se
processo. Na origem etimológica, processo significa avanço,
encaminhamento, movimento para frente.

Processo advém do latim procedere e significa conjunto de


normas jurídicas e princípios reguladores do instrumento pelo qual se
obtém a exteriorização da vontade concreta da lei.

O ius puniendi é o direito de punir do estado, do qual o Juiz


tem o dever e o direito de punir o infrator.

DIFERENÇAS ENTRE O DIR. PENAL E O


PROCESSO PENAL.

O direito penal é a substância. O processo penal é o


instrumento que coloca a substância a atuar. O direito penal é o corpo; o
direito processual penal á a alma. Não há corpo sem alma, como não existe
alma sem corpo.

O Processo é o instrumento através do qual se aplica o direito


material; o procedimento é o modo operandi, é a maneira de proceder
dentro do processo.

Outros Ramos do Direito Relacionados com o Direito


Processual Penal:

a) Direito Constitucional;
b) Direito Penal;
c) Direito Civil;
d) Direito Administrativo;

Características do Direito Processual Penal


1)Autonomia:
É a ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, uma vez que tem
objeto e princípios que lhe são próprios- NÃO É SUBMISSO AO
DIREITO MATERIAL.
 
2)Instrumentalidade:
O Processo Penal tem como característica ser ele um instrumento para a
realização do Direito Material.

3)Normatividade: é uma disciplina normativa, de caráter


dogmático.

Finalidade:

Há duas finalidades presentes:


a)mediata: se confunde com a própria finalidade do Direito
Penal, que é a manutenção da paz social;

b) imediata: realizabilidade da pretensão punitiva derivada de


um delito, através da utilização da garantia jurisdicional.

Teoria Geral do Processo.

Interesse- É o desejo, a cobiça, a vontade de conquistar algo.


Trata-se de um conceito extrajurídico.

Pretensão- É a intenção de subordinar interesse ao próprio.


Seus elementos são: intenção, persistência e, por fim, ação.

Lide- surge do conflito de interesses qualificado pela


pretensão resistida. No embate criminal, teremos, de um lado, a
pretensão do Estado de fazer valer o direito material, aplicando a
pena ao caso concreto, e, de outro, o status libertatis do imputado,
que só pode ser apenado após o devido processo legal. Referências-
artigos 133 da CF/88 e súmula 523 do STF(ausência de defesa-
nulidade absoluta).
Ação – É o direito subjetivo público de mover a jurisdição, ou
seja, é o direito de o litigante obter a prestação jurisdicional.

Processo- é o instrumento de atuação da jurisdição. É a


principal ferramenta para solucionar os conflitos de interesses que se
apresentam.

Sujeitos processuais: partes e magistrados;

Objeto da relação:
a) Aspecto material: bem da vida;
b) Aspecto processual: provimento jurisdicional desejado.

Você também pode gostar