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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA

FILOMENA ADELINO

DIFICULDADE DE LEITURA NO SEGUNDO CICLO DO


ENSINO PRIMARIO ( 4ª, 5ª E 6ª CLASSES) NO SISTEMA
NACIONAL DE EDUCAÇÃO - ESTUDO DE CASO ESCOLA
PRIMARIA DE TATARIA II.

Gurué
2023
FILOMENA ADELINO

DIFICULDADE DE LEITURA NO SEGUNDO CICLO DO ENSINO


PRIMARIO ( 4ª 5ª E 6ª CLASSES) NO SISTEMA NACIONAL DE
EDUCAÇÃO - ESTUDO DE CASO ESCOLA PRIMARIA DE
TATARIA II.

Projecto de pesquisa a ser submetido na Universidade


Licungo, no curso de Licenciatura em Ensino de
Lingua Portuguesa, na Cadeira de MEIC leccionada
pelo Docente: Enisio Guilhermina Cuamba

Gurué
2023
ÍNDICE

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

1. Introdução ......................................................................................................................................... 4

1.2. Problematização ............................................................................................................................ 5

1.3. Justificativa .................................................................................................................................... 5

1.4. Objectivos ...................................................................................................................................... 6

1.4.1.Objectivo Geral ........................................................................................................................... 6

1.4.2.Objectivos Específicos ............................................................................................................... 6

1.5. Perguntas especificas.................................................................................................................... 6

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 7

2.2. Conceito de leitura ........................................................................................................................ 7

2.3. Como minimizar os problemas actuais na qualidade de leitura e escrita .............................. 8

2.4. Importância da leitura no processo ensino-aprendizagem ...................................................... 9

2.5.Causas que originam dificuldades de leitura ............................................................................ 10

2.6.As possíveis soluções para resolver o problema de leitura no segundo ciclo do ensino .... 11

CAPITULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 14

3.2. Tipos de Pesquisa ....................................................................................................................... 14

3.3. População em Estudo ................................................................................................................. 15

3.3.1. Processo de amostragem......................................................................................................... 15

3.3.2. Tamanho da amostra ............................................................................................................... 15

3.4. Processo de colecta de dados .................................................................................................... 16

3.5. Técnicas de Análise dos dados ................................................................................................. 16

3.6. Duração do inquérito .................................................................................................................. 17

3.7. Cronograma das actividades...................................................................................................... 17

3.8. Plano Orçamental........................................................................................................................ 17

4. Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 18


CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução

O presente Projecto irá abordar-se em torno das dificuldades de leitura no segundo ciclo do
ensino primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EPC de Tataria II. Destacar que as dificuldades de
escrita é um desafio que se deve abordar de forma compreensiva, conduzindo a uma conexão
que leve a algo compreensível. Portanto, cabe ao professor diagnosticar o tipo de problema
que o seu aluno está enfrentando, quando o professor perceber que seu aluno não está tendo
um bom rendimento escolar, é preciso entender os fundamentos dessa complexidade, ao invés
de achar que o seu aluno é incapaz.

Portanto este projecto de pesquisa pretende fazer abordagem em torno da essência das
dificuldades de leitura no segundo ciclo do ensino primário nas 4ª, 5ª, 6ª classes. Porem a
importância da leitura no processo de desenvolvimento da criança são factores essenciais no
desenvolvimento intelectual, pessoal e social abrangendo percepções primordiais de visão do
mundo.

A importância da leitura no contexto educacional contribui para o desenvolvimento de


aptidões da criança buscando evidenciar a utilidade da leitura e escrita para o seu
enriquecimento pessoal, cultural e social tornando-o sujeito crítico, inserido de modo
dinâmico na sociedade.

É responsabilidade da escola inserir o aluno na cultura letrada, mas é o ser humano que
constrói o seu próprio conhecimento durante todos os momentos de sua vida, dentro e fora da
escola. Independentemente do suporte, é dever da escola oferecer aos alunos caminhos de
aprendizagem, sendo ele uma criança que apresente dificuldade de aprendizagem ou não, pois
ela também tem o direito de adquirir conhecimentos de incapacidade, que leva a frustração.
Faz-se necessário que o professor olhe para o seu aluno de forma primordial, desenvolvendo
técnicas que permita que a criança tenha sucesso na sua aprendizagem.

Contudo, em termos estruturais, o projecto está estruturado em quatro (4) fases


nomeadamente: introdutória que compreende desde a introdução até a relevaria do estudo, a
da fundamentação teórica, a da abordagem metodologia e as referências bibliográficas.

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1.2. Problematização

A interpretação da leitura é capaz de transformar a vida do indivíduo, proporcionando a


constante busca de conhecimento e necessitando afirmar sua posição social e cultural. O
professor, é o profissional mediador do conhecimento, sendo assim, a escola deve incentivar
a leitura, de forma que colabore para que o aluno tenha um bom desempenho em todos os
campos da compreensão. De acordo com o que se tem vivenciado no quotidiano escolar, é
que existem um grosso número de crianças quem não tem domínio na leitura nas classes que
não justiçam tal realidade. Portanto este facto é de extrema preocupação para as escolas e o
próprio ministério de educação e desenvolvimento humano.

Portanto, visto que e a escola é um lugar amplo de conhecimento onde deve garantir o direito
a aprendizagem e participação do aluno acreditando ser possível contribuir com esse
processo. No entanto, o conhecimento da leitura e escrita em particular torna-se como uma
grande necessidade de aprendizagem. Quando uma grande parte não tem tais domínios cria
uma preocupação por parte dos gestores escolares. Pois não se justifica existência de uma
grosso número de alunos da 4ª, 5ª, 6ª classe não possuírem domínio na leitura.

Portanto este é o factor que o autor analisou com profundidade e levantou a seguinte questão
científica como ponto de partida da pesquisa:

 Quais são as dificuldades de leitura que alunos enfrentam no segundo ciclo do ensino
primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EP de Tataria II?

1.3. Justificativa

A motivação para realização desta pesquisa com o tema dificuldades de leitura no segundo
ciclo do ensino primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EPC de Tataria II, surge devido a verificação
de um grosso numero de alunos das 4ª, 5ª, 6ª classes que tem sérios problemas na leitura, cujo
durante o período de comunicação, constata-se várias perturbações na articulações e
concordância das palavras da língua portuguesa.

Portanto, importa salientar que as dificuldades de escrita que se apresentam na infância


podem permanecer uma vida inteira acarretando prejuízos nas áreas de desenvolvimento
pessoal, familiar, social e cultural.

Visto que o indivíduo que pratica o hábito de leitura, adquiri mais conhecimentos,
compreendendo o mundo e se torna capaz de actuar como cidadão. O domínio da leitura está

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na capacidade do sujeito colocar em prática os seus conhecimentos necessários para dominar
a técnica do ler e escrever nas mais variadas situações sociais no mundo letrado. Contudo, a
existência de alunos com dificuldade na leitura concretamente na Escola Primária de Tataria
II, motivou o autor a fazer uma pesquisa como uma forma de se inteirar sobre as possíveis
causas e meios de mitigação deste facto.

1.4. Objectivos

1.4.1.Objectivo Geral

 Analisar as dificuldades leitura, segundo ciclo do ensino primário (4ª, 5ª, 6ª classes)
na EP- Tataria II.

1.4.2.Objectivos Específicos

 Mencionar as causas que criam dificuldades de leitura aos alunos;


 Identificar os factores que influenciam negativamente no processo de leitura por parte
de alunos da 4ª 5ª e 6ª classes;
 Apresentar as possíveis soluções para estancar com os problemas de leitura aos
alunos.

1.5. Perguntas de pesquisa

 Quais são as possíveis causas que criam as dificuldades de leitura nos alunos do
segundo ciclo do ensino primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EP de Tataria II.
 Quais são os factores que influenciam negativamente no processo de leitura por parte
de alunos da 4ª 5ª e 6ª classes?
 Que possíveis soluções podem se propor com os problemas de leitura aos alunos da 4ª
5ª e 6ª classe?

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo apresentara os dizeres de autores que versam sobre as dificuldades leitura,
segundo ciclo do ensino primário, assim como os dizeres do autor da pesquisa sobre a sua posição
em relação ao tema.

2.2. Conceito de leitura

Segundo Ferreiro (2002) “a leitura é um processo de compreensão de mundo que abrange


características necessárias do homem, levando a sua qualidade simbólica e capacidade de
interacção com outra palavra no contexto social” (p.16).

Ferreiro (2002) também sustenta que:

A leitura deve ser feita de um jeito divertido para todas as crianças. Ler para
crianças, na infância, traz benefícios transformando-os em facilitadores de
aprendizagem, mostram maior interesse na alfabetização e maior habilidade
em se comunicar. Ler e contar histórias são formas de desenvolver o gosto
pela fantasia, incentivando nos pequenos aspectos que dizem respeito a sua
potencialidade criativa (p.33).

Portanto, pode-se dizer que o principal suporte para a alfabetização é a leitura. A escola possui
um papel importante no desenvolvimento do hábito de ler. Instruir a criança a descodificar a
leitura, é fundamental para formar bons leitores.

A leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a


formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficaz tem sua origem na
prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências
modalizadoras (PCNs, 1997, p. 53).

Portanto, percebe-se que a leitura contribui para a formação do sujeito tornando-o um cidadão
mais consciente, com uma visão ampla do mundo, e ajudando-o na transformação de si e da
realidade em que vive.

A prática da leitura tem como finalidade a formação de leitores e escritores competentes, pois
a possibilidade de produzir textos tem sua origem na prática da leitura (Ferreiro, 2002 p.45).

Martins (1982) cita que “A leitura está geralmente restrita à decifração da escrita, sua
aprendizagem, no entanto, liga-se por tradição ao processo de formação global do indivíduo,
à sua capacitação para o convívio e situação social, política, económica e cultural” (p. 22).

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Portanto percebe-se que uma leitura personalizada ajuda a criar um contexto enunciado do
conto, servindo assim de motivação para que a criança participe da leitura com interesse
facilitando a compreensão e influenciando a forma da criança falar com o adulto. Para
compreender um texto, as crianças necessitam assimilar as informações nele apresentado com
seu conhecimento prévio.

Segundo Teberosky (1985):

A aprendizagem da leitura não acontece da mesma forma para todas as


crianças e, dependendo da maneira como o processo de ensino é conduzido,
pode causar dificuldades na aprendizagem de modo geral. O objectivo mais
importante nas classes iniciais é ensinar a escrever, e a criança com
necessidades de aprendizagem na leitura e na escrita necessita de um cuidado
especial. Um dos maiores problema que acontece na escola é que ela ensina a
escrever sem ensinar o que é escrever, Podendo, portanto, gerar dificuldades
de aprendizagem (p.64).

Soares (2001) completa dizendo que o domínio da leitura está na capacidade de o sujeito
colocar em acção todos os componentes necessários para dominar a língua numa sociedade
letrada. Não basta apenas dominar a técnica de ler e escrever precisa desenvolver
competências (p. 48).

2.3. Como minimizar os problemas actuais na qualidade de leitura e escrita

Nos termos de Fonseca (1995) “O professor é responsável por criar uma estrutura de
envolvimento educacional de forma a promover as capacidades de aprendizagem dos alunos,
provocando, reforçando e optimizando os seus potenciais de adaptabilidade e sociabilidade”
(p. 81-82).

Segundo Silva (2003) é importante que o educador transmita à criança que entenda a razão
das suas dificuldades de aprendizagem e busque métodos adequados para facilitar a
compreensão e o aprendizado. Sendo assim, buscando conteúdos que sejam significativos e
utilizando metodologias que possibilitem a criança fazer relação entre o que está aprendendo
e a sua vida (p.56).

Nesse sentido, Vygotsky (1991) ressalta que “A aprendizagem é o resultado da interacção


dinâmica entre a criança com o meio social, sendo que o pensamento e a linguagem recebem
influência do meio que convivem” (p. 97).

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É necessário que haja afectividade na relação entre professor e aluno, pois a confiança entre
ambos possibilita o professor identificar as necessidades do seu aluno e reformular sua
prática metodológica para uma aprendizagem eficiente.

2.4. Importância da leitura no processo ensino-aprendizagem

Segundo Soares (2001) o primeiro contacto das crianças com a leitura acontece por meio da
leitura auditiva, onde alguém lê em voz alta e outras pessoas acompanham a leitura de forma
silenciosa. A criança acompanha ouvindo e, certamente, construindo associação com a
reprodução de mundo que ela já possui (p.82).

Para Ferreiro (1987):

A leitura tem vários processos, um deles é orientar o aluno a realizar uma


leitura significativa para facilitar a própria compreensão do texto. Dessa
maneira, “Aprender a ler começa com o desenvolvimento do sentido das
funções de linguagem escrita. Ler é buscar significado e o leitor deve ter um
propósito para buscar significado no texto” (, p. 21).

Também salienta que a importância da leitura no processo ensino-aprendizagem, ocorre


diante da necessidade de desenvolvimento no processo educativo. A prática da leitura é de
suma importância, pois é através dela que adquirimos conhecimentos capazes de nos ajudar
no desenvolvimento, enriquecendo nossos pensamentos, aprimorando nosso vocabulário.

Em Freire (1989), vamos encontrar o seguinte esclarecimento:

“A importância do ato de ler” trabalha a temática da leitura, discutindo sua


importância, explicitando a compreensão crítica da alfabetização, reforçando
que a alfabetização demanda esforços no sentido de compreensão da palavra
escrita, da linguagem, das relações do contexto de quem fala, lê e escrever a
relação entre de mundo e leitura de palavra (p. 69).

Compete ao professor, incentivar seus alunos o hábito de leitura, o desenvolvimento do senso


crítico e do raciocínio lógico.

Para Ferreiro (2002) a leitura melhora o aprendizado dos alunos, pois estimula o bom
funcionamento da memória, aprimorando a capacidade interpretativa, pois mantém o
raciocínio activo, além de proporcionar ao leitor um conhecimento amplo e diversificado
sobre os diversos assuntos, ela possibilita melhor compreensão do mundo, permitindo ao
indivíduo uma visão crítica do mundo (p.58).

Segundo Martins (1982) aprender a ler significa aprender a ler o mundo, e a função do
educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando
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realizar a sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades,
fantasias (p. 34).

Como destaca Freire (1989), a “leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a
posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”, uma vez que
ela seria a ponte para o progresso educacional eficiente, proporcionando a formação integral
do indivíduo (p.11-12).

Portanto, de acordo com a linhagem de pensamento do autor acima citado percebe-se que a
maior parte dos conhecimentos humanos é obtida por intermédio da leitura, por isso é preciso
ler muito, continuadamente e com regularidade, pois ler constantemente significa aprender a

Para Bamberger (2002):

A leitura suscita a necessidade de familiarizar-se com o mundo, enriquecer as


próprias ideias e tem experiências intelectuais, o resultado é a formação de
uma filosofia da vida, compreensão do mundo que nos rodeia”. Portanto, é
necessário ensinar as crianças a desenvolver hábitos de leituras, para que
desperte o prazer de e aprenda a analisar e compreender a vida em uma
sociedade letrada (p. 32).

2.5.Causas que originam dificuldades de leitura

A leitura é a actividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação do aluno. Há


muitas crianças com dificuldades de aprendizagem que têm problemas com a leitura.

Na opinião de Ferreiro & Teberosky (1985):

As crianças aprendem a ler participando das actividades de uso da escrita


junto com as pessoas que dominam esse conhecimento. Aprendem a ler
quando acham que podem fazer isso. É difícil uma criança aprender a ler
quando se espera dela o fracasso. É difícil também a criança aprender a ler se
ela não achar finalidade na leitura (p. 72).

Não existe um método ou tipo de material adequado para todas as crianças, portanto, quanto
mais conhecimento e recursos o professor tiver, mais efectivo poderá ser o seu trabalho. É
necessário manter as crianças motivadas para a leitura. A maioria das crianças não tem a
motivação, nem o acesso ao material de leitura em casa.

Como descrito por Ferreiro (1993), as crianças com alterações da percepção visual e auditiva,
apresentam dificuldades na aprendizagem da leitura, porque as informações chegam ao
cérebro de forma destorcida. Essa criança tende a desenvolver uma baixa auto-estima e

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rejeição por tudo que tenha relação a leitura. O professor deve trabalhar levando em
consideração a idade, a maturidade e competência da criança (p. 35).

Para Banberger (2000):

Outra causa frequente do surgimento de dificuldade na leitura é um ensino


inadequado. Isto se refere basicamente à utilização de uma metodologia
incompatível com as necessidades ou fragilidade da criança. É necessário que,
os professores tenham a melhor preparação possível e utilizem estratégias
efectivas no manejo da classe, assim como meios apropriados para
individualizar o ensino, faz-se necessário que o professor reveja seus métodos
de ensino, para que o aluno possa aprender (p.95).

Pode-se dizer que um dos maiores factores que exerce maior influência sobre o sucesso ou
fracasso da aprendizagem da leitura, é a relação professor-aluno. É necessário que o professor
demostre afecto autêntico por seus alunos, confiando nas suas habilidades para melhorar suas
competências leitoras.

Dessa maneira, os (PCNs, 1997), menciona que “um leitor competente só pode constituir-se
mediante a uma prática constate de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve
se organizar em torno da diversidade de textos que circulam socialmente” (p.54).

Contudo, a criança aprende ler lendo, portanto, o professor deve fazer com que esse
aprendizado seja fácil e divertido, sendo necessário que o professor reveja seus métodos de
ensino, para que o aluno vivencie cada situação e aprenda a compreender e assimilar melhor
o que lhes é ensinado. Fazer da leitura uma aprendizagem fácil, significativa, útil, divertida e
frequente.

2.6. As possíveis soluções para resolver o problema de leitura no segundo ciclo do ensino
primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EP de Tataria II.

Segundo Freire (1989) a leitura surgiu a partir da necessidade do homem de criar registos,
armazenar dados para preservar a sua história. A leitura da humanidade se utilizou através de
símbolos que com o passar do tempo foram evoluindo. O uso desses símbolos é considerado
como uma das mais antigas manifestações de leitura produzida com a intenção de sua escrita
(p.87).

Portanto, cabe ao professor, juntamente com o seu aluno, pensar sobre as práticas da leitura, e
verificar que marcas individuais limitam a possibilidade de leitura e que, para facilitar a

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comunicação entre as pessoas da sociedade, se instituiu um código e convencionou um
desenho para as letras.

No momento que a criança é inserida na escola, ela já tenta escrever fazendo rabiscos e por
meios de rabiscos tenta escrever o que pensa. Muitas vezes, o professor não interpreta o que a
criança quis escrever.

Cabe ao professor perguntar ao aluno o que quer dizer o seu escrito e anotar as respostas, para
poder acompanhar o seu desenvolvimento. O professor deve valorizar toda e qualquer
tentativa da leitura, pois é nesse momento que a criança está compreendendo esse sistema da
leitura.

Freire (1991), afirma:

A leitura é uma prática discursiva que na medida em que possibilita uma


leitura crítica da realidade, se constitui como um importante instrumento de
resgate da cidadania e que reforça o engajamento do cidadão nos movimentos
sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação
social (p.68).

O professor escolar não deve ensinar só a técnica de ler e escrever, mas desenvolver a aptidão
do indivíduo, usar a escrita e prática letrada de circulação social. Na construção da escrita, é
importante que as crianças construam seu próprio conhecimento.

No processo de leitura e escrita é preciso deixar que a criança realize suas próprias
descobertas, basta que o professor seja mediador da sua aprendizagem.

Segundo Ferreiro (2002):

A escola pode ser concebida como sistema de código de representação. Como


código, os elementos já vêm prontos e com representação, a aprendizagem se
constitui em uma construção pela criança. Ao trabalhar a escrita como código,
o ensino privilegia os aspectos preceptivos e motor, relação gráfica e som e o
significado é desconsiderado (p.10).

Para Banberger (2000) A construção da leitura é um procedimento de elaboração da criança,


mediado pelo professor e com a interacção dos colegas. A criança precisa ter contacto com
vários tipos de materiais escritos e ser estimulado a manipular esses materiais, para
desenvolver a construção do seu conhecimento (p.59).

Portanto, a apropriação do sistema da escrita é um processo que envolve o domínio do


sistema alfabético-ortográfico quanto a sua compreensão e o uso permanente da escrita nas

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suas práticas sociais. Assim, a construção da escrita é um processo de elaboração pessoal da
construção do conhecimento.

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CAPITULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS

Conforme o Samuel e Simão (2016) a “metodologia é o conjunto de métodos e técnicas


utilizadas para a execução de uma pesquisa”. Entretanto o presente projecto irá se basear nos
seguintes aspectos metodológicos:

3.2. Tipos de Pesquisa

 Quanto à natureza

A pesquisa será de natureza pesquisa aplicada, porque objectivara gerar conhecimentos, sobre
“Dificuldades leitura, segundo ciclo do ensino Primário (4ª, 5ª, 6ª classes) ”, para aplicações
práticas dirigidos à solução de problemas das Dificuldades leitura, no segundo ciclo do
ensino Primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EPC de Tataria II.

 Quanto aos objectivos

Tendo em vista seus objectivos, a pesquisa será exploratória, porque proporcionou maior
familiaridade com o problema, tornando mais explícito, explorando os critérios usados para
solucionar as dificuldades leitura, segundo ciclo do ensino primário (4ª, 5ª, 6ª classes) na EP
de Tataria II.

Pois de acordo com Gil (2008, p.44) as pesquisas Exploratórias visam proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou construir hipóteses. Envolve
levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas experientes com o problema pesquisado;
análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisa
Bibliográfica e Estudo de caso.

 Quanto ao método de abordagem

Irá se usar o método Indutivo, que partira de dados particulares suficientemente constatados
nas Escolas Primaria de Tataria II, pelos gestores escolares e aos membros do Conselho de
Escola, sobre as dificuldades leitura, segundo ciclo do ensino Primário (4ª, 5ª, 6ª classes).

 Quanto à forma de abordagem

A pesquisa será qualitativa. Pois é um método de investigação científica que se foca no


carácter subjectivo do objecto analisado, estudando as suas particularidades e experiencias
individuais. Com a pesquisa qualitativa, os entrevistados estão mais livres para apontar os

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seus pontos de vista sobre determinados assuntos que estejam relacionados com objecto de
estudo.

Numa pesquisa qualitativa, as respostas não são objectivas, e o propósito não é contabilizar
quantidades como resultados, mas sim, conseguir compreender o comportamento de gestores
escolares e aos membros do Conselho da Escola Primaria Tataria II.

 Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica, porque foi desenvolvida com
base em material já elaborado sobre dificuldades leitura, no segundo ciclo do ensino primário
(4ª, 5ª, 6ª classes) na EPC de Tataria II, constituído principalmente de livros, monografias,
dissertações, teses, artigos científicos e textos retirados da Internet.

3.3. População em Estudo

De acordo com Gil (2010), “universo ou população é um conjunto definido de elementos que
possuem determinas características. Comummente fala-se da população como referencia ao
total de habitantes de determinado lugar” (p.90)

Irá constituiu a população da pesquisa, a Comunidade Escolar, sobretudo, os gestores


escolares, alunos e membros do Conselho da Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Tataria II.

Nesse serão identificados alunos, professores, gestores escolares e membros do Conselho da


Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Tataria II

3.3.1. Processo de amostragem

Esta pesquisa terá como amostragem as seguintes: amostragem aleatória simples e


amostragem estratificada.
3.3.2. Tamanho da amostra

A mostragem estratificada caracteriza-se pela selecção de uma amostra de um subgrupo da


população considerada. O fundamento para delimitar subgrupos ou estratos pode ser
encontrado em propriedades como sexo, idade ou classe social.
Quanto aos participantes, a pesquisa terá 15 elementos, sendo 12 alunos da 4ª, 5ª e 6ª classes
e 3 representantes da Direcção da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Molumbo sede.

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3.4. Processo de colecta de dados

 Entrevista

Segundo Gil, (1995), as entrevistas muitas vezes se confundem com as provas orais, pois
ambas colocam professor e aluno face a face. Trata-se, pois de um instrumento adequado para
a avaliação da aprendizagem no domínio afectivo (p.56).

Meria (1989) a entrevista é uma conferência entre duas pessoas em local e hora
antecipadamente combinados, ou é uma conversa efectuada entre dois ou mais interlocutores,
de modo a obter uma determinada informação (p.65).

Será usado o formulário de entrevista, aos membros da comunidade escolar Escolas Primaria
do 1º e 2º Grau Molumbo sede e gestores da mesma, que proporcionarão uma interacção
efectiva entre o autor e os informantes da pesquisa, e permitira colher as informações
referentes aos critérios usados para ultrapassar as dificuldades de leitura verificadas nos
alunos.

 Consulta Bibliográfica

Com vista a se aprofundar os conteúdos a serem estudados ira se optar por se fazer a consulta
bibliográfica, onde serão analisadas informações a partir de fontes secundárias que abordam
de diferentes maneiras o tema escolhido para o estudo.

Estas fontes são constituídas por livros, artigos, documentos monográficos, entre outros
locais que apresentam um conteúdo documentado. Desta forma, além de traçar um histórico
sobre o objecto de estudo, a pesquisa bibliográfica também ajuda a identificar contradições e
respostas anteriormente encontradas sobre as perguntas formuladas.

3.5. Técnicas de Análise dos dados

Para a análise dos dados, ira se usar o software Excel (modelo 2007), o que permitira a
organização das informações que serão obtidas durante o trabalho de campo em
representações gráficas e de tabelas, que serão transferidos para o Word para a formação e
interpretação dos resultados.

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3.6. Duração do inquérito

O inquérito terá a duração de 15 dias onde foram colhidas de uma forma detalhada as
informações das possíveis respostas relacionadas ao problema em causa.

3.7. Cronograma das actividades

Ordem Actividade Agosto Setembro


Semana do mês Semana do mês
1ᵃ 2ᵃ 3ᵃ 4ᵃ 1ᵃ 2ᵃ 3ᵃ 4ᵃ
01 Identificação do tema
02 Elaboração do projecto
03 Entrega do projecto para correcção
04 Elaboração de questionário
05 Inquérito
06 Complicação de dados para a
elaboração do relatório
07 Entrega do relatório

3.8. Plano Orçamental

Ordem Designação Quantidade Preço unitário Subtotal


01 Resma 2 350 700
02 Caneta 5 10 50
03 Pasta de papéis 2 350 700
04 Agrafador 1 300 300
05 Alimentação 5 300 1500
06 Transporte 2 500 1000
Total 4250

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4. Referências Bibliográficas

Banberger R. (2000). Passado e Presente dos Verbos Ler e Escrever. São Paulo: Cortez.

Ferreiro, E; T, A. (1987). A Psicogénese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas.

Ferreiro, U. (2002). O Processo de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes
Médicas.

Fonseca, V. (1995). Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2. ed. Porto Alegre:


Artmed.

Freire, P. (1989). A importância do ato de ler em três artigos que se completam. 23ª ed. São
Paulo: Cortez

Gil, A. C. (1991). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Atlas.


Gil, A. C. (2010). Como elaborar Projectos de Pesquisa. (5ª Ed.) São Paulo, Brasil. Atlas S.A
Gil, A.C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6a ed., São Paulo, Atlas.
Lakatos, E. M. & Marconi, M.A. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5. ed.). São
Paulo: Atlas. S.A.
Martins, M, H. (1982). O que é leitura. São Paulo: Brasiliense.

Samuel, L. M. & Simão, H.S. M. (2016). Manual de Elaboração de Trabalhos Científicos.


Beira.

Silva, A. (2003). Pedagogia da Autonomia. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra

Soares, H. (2001). A importância da leitura nos anos iniciais escolares. São Paulo.

Teberosky, Y. (1985). A Educação na cidade. São Paulo: Cortez.

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