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MEDICINA PUC-PR

Gabriela Blum
- Va l v a s a t r i o v e n t r i c u l a r e s : m i t r a l
Sistema Cardiovascular (esquerda) e tricúspide (direita) >
permanecem fechadas durante a sístole
- O mediastino é o local na cavidade e abertas durante a diástole em uma
torácica para armazenamento do situação normal;
- Valvas semilunares: aórtica e pulmonar
coração e seus grandes vasos (aorta,
artéria pulmonar, veias pulmonares e > permanecem abertas durante a sístole
veias cavas superior e inferior); e fechadas durante a diástole em uma
situação normal;
- Quando as valvas cardíacas fecham, as
bulhas cardíacas B1 (sístole) e B2
(diástole) surgem em decorrência das
vibrações e do fluxo sanguíneo;
- B3 corresponde a desaceleração
abrupta do fluxo através da valva
mitral > pode ser patológico e indicar
insuficiência cardíaca sistólica;
- B4 corresponde à maior rigidez do
ventrículo esquerdo no fima da
diástole, que diminui a complacência
> pode ser patológico e indicar
- A extremidade inferior do ventrículo insuficiência cardíaca diastólica;
esquerdo forma o ápice do coração, - Ciclo cardíaco:
clinicamente importante porque produz - A sístole é o período de contração
o impulso apical, identificado durante a ventricular, quando o ventrículo
palpação do precórdio como o ponto de esquerdo ejeta o sangue na aorta e o
impulso máximo (PIM) ou ictus cordis; ventrículo direito ejeta o sangue na
- Ictus cordis, em condições normais, é artéria pulmonar;
encontrado no quinto espaço - Depois que boa parte do sangue saiu,
intercostal na linha medioclavicular a pressão começa a cair até que a
esquerda, mas nem sempre é pressão ventricular se torne baixa o
palpável; suficiente para que o sangue venha
- Na dextrocardia o PIM é localizado no do átrio para o ventrículo, constituindo
lado direito do tórax (caso raro); a fase da diástole;
- PIM maior que 2,5 cm é um sinal para - No fim da diástole, a pressão
hipertrofia do ventrículo esquerdo, ventricular aumenta discretamente
muitas vezes observada na HAS ou durante a contração final do átrio;
na miocardiopatia dilatada; - Durante a sístole as valvas
- Radiografia de tórax: atrioventriculares permanecem
fechadas para impedir a regurgitação
do sangue para o átrio;
- Durante a diástole as valvas
semilunares permanecem fechadas

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para impedir regurgitação do sangue - Foco aórtico: segundo espaço
para a aorta ou artéria pulmonar; intercostal direito, ao lado do
- B1 é o fechamento da valva mitral e esterno;
tricúspide > início da sístole; - Foco pulmonar: segundo ou
- B2 é o fechamento da valva aórtica e terceiro espaço intercostal
pulmonar > início da diástole; esquerdo, ao lado do esterno;
- Foco aórtico acessório: quarto
espaço intercostal esquerdo, ao
lado do esterno;
- Foco tricúspide: localiza-se na base
do apêndice xifóide, ligeiramente
para a esquerda (4º EIC);
- Foco mitral: quinto espaço
intercostal esquerdo da linha
hemiclavicular (5º EIC);

- Se o fechamento da valva
pulmonar retardar (durante a
inspiração), B2 desdobra em A2 e
P2, que é o fechamento da valva
aórtica e pulmonar
respectivamente; - Para descobrir qual o tipo de sopro
cardíaco, é preciso observar se está
ocorrendo em B1 ou em B2 e em qual
foco cardíaco é possível auscultar,
para determinar a valva acometida;
- Estenose é a dificuldade da valva em
abrir:
- Estenose aórtica: valva aórtica não
abre completamente na sístole;
- Sopros cardíacos: - Estenose pulmonar: valva pulmonar
- Ocorre por fluxo sanguíneo turbulento não abre completamente na sístole;
e, no geral, indicam valvopatia
- Estenose tricúspide: valva
cardíaca; tricúspide não abre completamente
- Para auscultar existem quatro focos na diástole;
essenciais onde o som de cada valva
- Estenose mitral: valva mitral não
se torna mais audível: abre completamente na diástole;

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- Insuficiência é a dificuldade da valva - A pressão sanguínea no sistema arterial
em fechar: varia durante o ciclo cardíaco, atingindo
- Insuficiência aórtica: valva aórtica um pico na sístole e diminuindo ao
não fecha completamente na menor valo na diástole;
diástole; - Fatores que afetam a pressão arterial:
- Insuficiência pulmonar: valva volume sistólico do ventrículo
pulmonar não fecha completamente esquerdo, distensibilidade da aorta e
na diástole; das grandes artérias, resistência
- Insuficiência tricúspide: valva vascular periférica, sobretudo no nível
aórtica não fecha completamente alveolar, e volume de sangue no
na sístole; sistema arterial;
- Insuficiência mitral: valva aórtica - A pressão venosa jugular (PVJ) reflete a
não fecha completamente na pressão no átrio direito que, por sua
sístole; vez, equivale à pressão venosa central
e à pressão diastólica final no ventrículo
direito. O melhor local para estimar a
PVJ é a veia jugular interna direita, que
conta com o canal mais direto para o
átrio direito;

EXAME DAS VEIAS DO PESCOÇO


- Usado para determinar a pressão
- O coração funciona como uma bomba: venosa jugular e para descobrir como
- O débito cardíaco, que é o volume de são as formas de onda e se elas são
sangue ejetado de cada ventrículo em normais;
1 minuto, é o produto da frequência - O paciente precisa estar deitado e com
cardíaca pelo volume sistólico; a cabeça levemente inclinada para o
- O volume sistólico é o volume ejetado lado oposto ao que se está buscando a
a cada batimento cardíaco; veia jugular;
- A fração de ejeção é a porcentagem - Primeiro é preciso achar a pulsação
do volume ventricular total ejetado venosa, que é diferente da arterial. Uma
durante cada batimento (o normal é veia tem repartições bífidas, muda com
60%); a respiração e com a posição do corpo
- Pré-carga refere-se à carga que e o pulso não é palpável;
distende o músculo cardíaco antes da - Onda A representa a contração arterial
contração. A pré-carga ventricular e acontece antes de S1, enquanto a
direita aumenta com o maior retorno onda V é causada por enchimento atrial
venoso; direito durante a sístole ventricular;
- Pós-carga refere-se ao grau de
resistência vascular à contração
ventricular (tônus da parede da aorta,
das grandes artérias e da circulação
vascular periférica);

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- Observar se a mão tem cianose
periférica ou baqueamento digital
(edema das falanges distais);
- Medir o pulso radial direito usando três
dedos da sua mão por 1 minuto, para
avaliar frequência, ritmo e volume;
- Para detectar um pulso em colapso
levantar braço do paciente acima da
cabeça e depois palpar os dois pulsos
ao mesmo tempo para sentir se há
diferença ou atraso de fluxo em um dos
- Para medir a pressão venosa jugular, é lados;
preciso ver a que distância o nível mais - A artéria braquial pode ser palpada
alto desse impulso venoso está do medial ao tendão do bíceps usando o
ângulo do esterno; polegar da mão esquerda para palpar o
- Usa-se um material horizontal a partir braço esquerdo do paciente;
do ponto mais alto da veia e depois, - Medir a pressão arterial usando um
mede-se a distância desse objeto até o esfigmomanômetro e um estetoscópio;
ângulo do esterno; - Para sentir o pulso carotídeo pressionar
- Ao valor encontrado com a régua, com o polegar entre a laringe e a borda
adiciona-se 5 cm para saber a distância anterior do esternocleidomastóideo
até o átrio; (fazer com o paciente deitado e um lado
- Exemplo: distância do objeto ao ângulo de cada vez). Auscultar a carótida
do esterno é de 2 cm, então a pressão buscando possível sopro;
venosa jugular é 7 cm; - Medir a pressão venosa jugular;
- Procurar por xantelasma, arco senil ou
palidez conjuntival nos olhos;
- Na boca procurar por cianose embaixo
da língua ou cáries dentais que podem
pretender a endocardite bacteriana;
- Colocar a mão sobre o lado esquerdo
do tórax do paciente para ter uma
noção geral do batimento cardíaco e
tentar achar alguma vibração palpável;
- Procurar pelo ápice do coração
geralmente no quinto espaço intercostal
EXAME CARDIOVASCULAR COMPLETO esquerdo medial à linha hemiclavicular;
NORMAL - Exame com o estetoscópio nos cinco
- Na ectospia perceber o estado geral do focos de ausculta buscando qualquer
paciente, se está dispneico, cianótico, alteração na ausculta, fazer com o
estressado ou tem alguma cicatriz; paciente deitado e depois sentado para
buscar alguma alteração aórtica;

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- Auscultar no dorso as duas bases buscando hiperemia reativa ou rubor,
pulmonares; que indicam doença arterial periférica;
- Examinar o sacro para buscar edema
superficial; SOPROS DIASTÓLICOS
- Inspecionar o abdômen buscando por - Estenose mitral:
alguma pulsação visível o cicatrizes. - A valva mitral não se abre;
Palpar a aorta abdominal, que se for - Sopro em ruflar;
muito facilmente palpável pode indicar - Pré-sistólico;
aneurisma, e auscultar a aorta - Mais audível em decúbito lateral
abdominal buscando estenose da esquerdo;
artéria renal, que é uma causa - Pode ser acompanhado de um
frequente de hipertensão; estalido de abertura;
- Examinar os membros inferiores - Alta frequência;
buscando por mudanças de cor, perda - Bulha hiperfonética;
de pelo, cicatrizes ou diferença de - Sintomas associados: sangue
temperatura entre os dois membros acumula no átrio esquerdo e depois
usando o dorso da mão; nas veias pulmonares, isso gera
- Achar o pulso femural logo abaixo do hipertensão pulmonar que causa
ligamento inguinal e no meio do edema pulmonar > paciente
caminho entre a espinha ilíaca ântero- apresenta dispneia;
superior e o tubérculo púbico > pode ser
difícil de sentir em pacientes obesos;
- Palpar simultaneamente o pulso radial e
femural direitos para buscar por atraso
radiofemoral, que pode indicar
coarctação aórtica;
- Auscultar o pulso femural para buscar
por ruídos oriundos de fluxos
turbulentos de sangue;
- Sentir o pulso poplíteo abaixo do joelho
do paciente com o membro inferior
flexionado > se for facilmente palpável - Insuficiência aórtica:
pode indicar aneurisma; - A valva aórtica não se fecha
- Sentir o pulso tibial cerca de 2 cm completamente e o sangue regurgita
abaixo da articulação do tornozelo; da aorta para dentro dos ventrículos;
- Sentir o pulso pedidos entre o primeiro - Ventrículo esquerdo fica dilatado por
e o segundo metatarsianos no dorso do sobrecarga de sangue;
pé; - Consequências: deslocamento e
- Elevar membro inferior do paciente por aumento de ictus, além de presença
2 ou 3 minutos buscando esvaziamento de B4;
ou canalização das veias superficiais. - Sopro em decrescendo;
Em seguida, pedir para o paciente se - Pulso do paciente (B1) > “dança das
sentar com as pernas suspensas carótidas” por estar bem aumentado;

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- Aumento da pressão de pulso (PAS - - Holosistólico;
PAD), por aumento da PAS; - B1 hipofonética, porque é composta
- À longo prazo pode-se observar normalmente por M1 e T1, mas nesse
presença de sopro acessório “Austin caso passa a ter apenas M1;
Flint” > sopro em ruflar, diastólico e - Irradiação para o processo xifóide do
em foco mitral (falsa estenose mitral, esterno;
pois o acúmulo de sangue pode bater - Pressão venosa jugular aumentada >
na valva); acumula sangue no átrio direito e isso
aumenta a pressão central ou PVJ;
- Dependendo da gravidade do caso
pode ocorrer congestão hepática e
edema de membros inferiores;
- PVJ tem onda V aumentada pelo
aumento do volume em átrio
esquerdo;
- Insuficiência mitral:
- Va l v a t r i c ú s p i d e n ã o f e c h a
completamente durante a sístole;
- Holosistólico;
- B1 hipofonética, porque é composta
normalmente por M1 e T1, mas nesse
SOPROS SISTÓLICOS
caso passa a ter apenas T1;
- Estenose aórtica: - Irradiação para a axila esquerda;
- Valva aórtica tem dificuldade de abrir;
- Acumula sangue no átrio esquerdo e
- Sangue acumula no ventrículo
isso aumenta a pressão em veias
esquerdo e este sofre hipertrofia >
pulmonares, por isso, paciente pode
paciente pode apresentar ictus
desenvolver dispneia por hipertensão
propulsivo, pulso “parvus e tardus”
pulmonar e edema;
(baixa amplitude e tardio), irradiação
do sopro para as carótidas e
surgimento de B4;
- Sopro em diamante > cresce e
decresce entre B1 e B2;

- Insuficiência tricúspide:
- Va l v a t r i c ú s p i d e n ã o f e c h a
completamente durante a sístole;

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