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Conteúdos de ensino
Concepção dos objectivos de ensino
Estudantes:
Alberto Francisco Sebastião Nhamunda
António André Lucas
André Jordão Vilanculos
Docente:
Dr. Bernardino Manuel
Dondo
2023
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Índice
Introdução...................................................................................................................................................3
Objectivos:..................................................................................................................................................5
Geral:...........................................................................................................................................................5
Específico:...................................................................................................................................................5
Definição teórica.........................................................................................................................................5
Conteúdo de ensino.....................................................................................................................................5
MODELO DOS OBJETIVOS...................................................................................................................10
MODELO DOS CONTEÚDOS................................................................................................................11
Passos para selecção dos conteúdos...........................................................................................................16
Consepção dos objectivos de ensino..........................................................................................................18
Objetivos gerais.........................................................................................................................................18
Objetivos específicos.................................................................................................................................19
Objetivos cognitivos..................................................................................................................................19
Objetivos afetivos......................................................................................................................................19
Objetivos psicomotores.............................................................................................................................19
Objetivos de aprendizagem ao longo da vida............................................................................................19
Conceito de objectivos de ensino-aprendizagem.......................................................................................20
Importância dos objectivos de ensino-aprendizagem.................................................................................20
Objectivos Gerais......................................................................................................................................21
Objectivos específicos...............................................................................................................................22
Objectivos da área cognitiva......................................................................................................................23
Objectivos da área afectiva........................................................................................................................23
Objectivos da área psicomotora.................................................................................................................24
Autores contribuíram para o desenvolvimento do tema dos objetivos do ensino ao longo do tempo........24
Taxonomia de Bloom................................................................................................................................25
Objetivos SMART.....................................................................................................................................25
Modelo Tyleriano......................................................................................................................................25
Abordagem Construtivista.........................................................................................................................26
Abordagem Humanista..............................................................................................................................26
Construção de Mapas Conceituais.............................................................................................................26
Conclusão..................................................................................................................................................27
Introdução
Este Trabalho de pesquisa dá uma visão geral de como o tema, conteúdo de ensino e selecção de
Conteúdos é tratado entre os professores, faz uma abordagem teórica sobre conteúdos de ensino com base
em diversos autores, apresenta propostas para seleccionar conteúdos incluindo o enfoque Histórico-
Cultural e apresenta recomendações para que os professores seleccionem conteúdos de forma científica,
contribuindo para formar o perfil do futuro profissional.
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Objectivos:
Geral:
Falar sobre os conteúdos de ensino e os seus objectivos.
Específico:
Dialogar o tema, e sendo assim, os seus objectivos histórias e sua evolução.
Definição teórica
Conteúdo de ensino
O conteúdo de ensino pode variar dependendo do nível educacional, da disciplina acadêmica e
dos objetivos educacionais estabelecidos. Algumas áreas comuns de conteúdo incluem:
Ciências: Matérias como biologia, química, física e geologia que tratam do estudo dos seres
vivos, das substâncias, da matéria e dos fenômenos naturais.
Matemática: Inclui conceitos como álgebra, geometria, cálculo, estatística, entre outros, que
abrangem as estruturas e relações quantitativas.
Ciências Sociais: Inclui disciplinas como história, geografia, sociologia e economia, que
abordam a compreensão das sociedades humanas, culturas e relações sociaisArtes: Abrange
disciplinas como música, artes visuais, teatro e dança, promovendo a expressão criativa e a
apreciação estética.
Educação Física: Enfatiza o desenvolvimento físico e habilidades motoras dos alunos, bem como
a importância da prática esportiva e do exercício físico.
A escola tem que estar trabalhando com o aluno o que acontece à sua volta, preparando-o para
uma leitura científica dos acontecimentos. O ensino conteudista, bancário já não atende as
necessidades e interesses dos alunos que vivem num meio altamente tecnologizado
(NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. 2001)
A concepção de uma escola voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa,
oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente às
transformações em curso e incorporar-se na vida produtiva e sócio-política torna-se cada vez
mais necessária. Reforça-se, também, a concepção de professor como profissional do ensino que
tem como principal tarefa cuidar da aprendizagem dos alunos, respeitando sua diversidade
pessoal, social e cultural e ligando os saberes teóricos à prática (TALÍZINA, Nina F.1984)
É comum ouvir professores comentando que sua matéria tem muito conteúdo para ser
trabalhado, que o tempo disponível não é suficiente para se trabalhar todo esse conteúdo, que os
alunos não são capazes de assimilar tudo que é trabalhado na disciplina e que não sabem o que
fazer para adequar o tempo disponível ao conteúdo determinado(TALÍZINA, Nina F.1984)
Esses conteúdos podem ser específicos, correspondendo a conceitos, leis, teorias, axiomas,
procedimentos, métodos e técnicas específicas de uma área do conhecimento; e não específicos,
abrangendo:
Os conteúdos, dentro do processo ensino-aprendizagem, têm sido objeto de estudos por parte de
vários autores e, às vezes, até se encontram posições antagônicas sobre o seu papel nesse
processo.
detrimento, até, do processo de aprendizagem. O conteúdo passa a ser o mais importante e a ele
se submetem professor e alunos.
Esse autor fundamentando-se na Ley de Ordenacion general del sistema educativo - da Espanha
– LOGSE e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino classifica os conteúdos em três
categorias: conceitual, procedimental e atitudinal.
Conteúdo atitudinal é formado pelas normas e valores que, através da função socializadora e
mediadora da escola, possibilitam ao aluno diferentes leituras e interpretações do mundo em que
vive.
Libâneo ( 1994, p.127) faz uma abordagem ampla sobre o tema ressaltando sua relevância não só
na vida escolar mas, também, na formação de uma sociedade justa. Critica a forma estática e sem
significado vital para o aluno como muitas vezes os conteúdos são trabalhados, aspecto apenas
conceitual, não valorizando a capacidade e habilidade do aluno para adquirir conhecimentos,
aspecto procedimental e separados das condições sócio-culturais e individuais do aluno, aspecto
atitudinal.
Afirma que o ensino dos conteúdos é um processo dinâmico, uma ação recíproca entre matéria,
ensino e estudo dos alunos. Os conteúdos devem ser significativos, isto é, interessantes,
expressivos, incluir elementos da vida dos alunos para serem assimilados de forma ativa e
consciente. O domínio de conhecimentos, conteúdos conceituais e das habilidades, conteúdos
procedimentais, visa ao desenvolvimento das funções intelectuais como o pensamento
independente e criativo.
Libâneo define conteúdo de forma abrangente incluindo não só conhecimentos mas habilidades,
hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social visando sempre sua aplicação na vida
prática dos alunos. Conteúdo, para ele, engloba conceitos, idéias, fatos, processos, princípios, leis
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As várias teorias da educação assumem posições diferentes sobre a questão dos conteúdos
escolares. A Escola Tradicional enfatiza a transmissão de conhecimento sistematizado e
organizado como verdades sobre a sociedade e o indivíduo. A cultura acumulada pela
humanidade deve ser aprendida.
Na teoria construtivista os conteúdos selecionados por especialistas não são muito valorizados
uma vez que é o aluno que determina o que tem sentido no contexto em que está operando e que
problemas são importantes para ele.
Nogueira apresenta algumas questões que ajudam o professor a selecionar conteúdos tornando-os
exeqüíveis, significativos, contextualizados e dotando-os de uma roupagem didática:
- Que habilidades e atitudes pretendo formar em meus alunos trabalhando esse conteúdo?
Uma reflexão sobre essas perguntas leva o professor a repensar a forma como tem selecionado os
conteúdos e a importância deles para o aluno, para sua formação como cidadão e como
profissional. Um conteúdo que não é trabalhado procedimentalmente e atitudinalmente, que não
tem significado para a vida do aluno deve ser questionado quanto a sua relevância e, talvez, nem
sequer fazer parte do Plano do professor.
O princípio básico para selecionar o conteúdo são os conhecimentos e modos de ação que
surgem da prática social e histórica dos homens revelando um vínculo entre o aluno, sujeito do
conhecimento, e sua prática social de vida.
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Como a herança cultural é rica e complexa cabe à escola selecionar o que deve ser objeto de
estudo, isto é, o conteúdo a ser trabalhado pelo aluno. Este conteúdo, segundo Libâneo, é
composto por quatro elementos:
É interessante notar que Libâneo ressalta muito o caráter social dos conteúdos e a participação
na prática social, o que vai exigir do aluno o domínio de conhecimentos básicos e habilidades
intelectuais e, do professor, uma seleção de assuntos vivos e significativos e a consideração das
condições de rendimento escolar dos alunos.
- ação;
- indicador de qualidade;
- conceitos - habilidades
- leis - valores
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- procedimentos específicos
A Doutora Hermínia Hernández Fernández (2001 a) considera que os conteúdos devem agrupar
três tipos de atividades no processo docente que são a atividade acadêmica, a atividade
trabalhista e a atividade de pesquisa.
Os conteúdos estão ligados aos objetivos que se deseja alcançar e aos métodos de ensino que
possibilitarão atingir tais objetivos. Devem preparar os alunos para solucionar problemas e
trabalhar em equipes, comunicar-se, emitir juízos de valor, assumir posição de líder e de
subordinado, desenvolver valores e qualidades de personalidade e desenvolver uma cultura
científica, ética profissional e responsabilidade social.
Corral y Nuñes, citados por Hernández (2001 b) estabelecem três tipos de correspondência entre
conteúdos e objetivos do perfil:
- conteúdos selecionados pela lógica da profissão: que modelam a tarefa profissional. Seria o
caso da disciplina Metodologia do Ensino Fundamental modeladora do perfil do pedagogo;
De acordo com a teoria da atividade, para se formar profissionais faz-se necessário vincular os
conteúdos programáticos com a realidade em que o aluno irá atuar através da análise da atividade
profissional A atividade é entendida como um processo que possibilita ao homem, sujeito,
relacionar-se com o objeto da realidade. É constituída por:
- os meios materiais ou ideais usados pelo sujeito para chegar ao produto final;
- objetivos da ação que estabelecem uma relação entre os componentes da atividade, levando-a
ao resultado final.
- dos conteúdos gerais essenciais a partir dos quais se pode integrar e explicar outros
particulares;
Pelo exposto vê-se que selecionar conteúdos não é tarefa simples, requer do professor, além de
vasto conhecimento, noção clara do tipo de homem e profissional que sua disciplina ajuda a
formar e a orientação de uma linha de pensamento ou corrente pedagógica.(VIGOTSKY, L.S.p.
1-17.ALARCÃO, Isabel (org.). 1996)
- partir dos objetivos gerais do perfil e, a partir deles, determinar o papel que a disciplina
desempenha na formação profissional, identificar os conceitos e procedimentos gerais e
específicos da profissão que essa disciplina deve ajudar a formar;
- outras disciplinas com as quais a que está em questão se vincula e pode contribuir e o conjunto
de conhecimentos e procedimentos que requerem; e
Talízina (1984) propõe que o planejamento curricular deve considerar duas premissas
fundamentais: as exigências da teoria geral da direção e as regularidades do processo de
assimilação dos conhecimentos durante a atividade de ensino-aprendizagem.
Os objetivos determinam a seleção dos conteúdos de ensino em cada nível e, com o modelo do
processo de assimilação, determinam os métodos de ensino.
A ênfase no modelo dos objetivos suscita um conjunto de necessidades que se deve satisfazer
através desses objetivos como:
A determinação dos objetivos finais do perfil profissional deve vincular o ensino com a vida
refletindo as condições sociais históricas nas quais transcorre a atividade profissional. O modelo
de objetivos formulado em termos de tarefas profissionais permite elaborar o plano de estudo de
uma carreira visando formar o sistema de capacidades e valores que possibilitem a realização de
uma atividade profissional com sucesso.
O modelo dos conteúdos de ensino apresenta dois grandes blocos que são os conteúdos
específicos e os não específicos
Tanto os conteúdos específicos como os não específicos são trabalhados relacionados com os
objetivos da carreira, do curso, da disciplina.
Na relação entre objetivo e tarefa está a principal diferença entre a Teoria da Atividade e as
demais teorias. É essa relação que faz com que os conteúdos sejam trabalhados de forma
interligada e voltados para a atividade que será desenvolvida no futuro.
Os modelos de objetivos e de conteúdos não são excludentes, uma vez que definidos o perfil e os
objetivos finais e intermediários os conteúdos selecionados para atingí-los podem ser trabalhados
no aspecto específico e não específico, suscitando, também, objetivos que podem contribuir para
a formação do perfil.
Partindo de uma análise reflexiva sobre a proposta de conteúdos apresentada pela LOGSE e seus
seguidores e o enfoque Histórico-Cultural, apresentamos nossa proposta baseada neste enfoque,
adotando o Modelo dos Conteúdos, apresentado por Talízina, por considerar que permite
conciliar os objetivos com os conteúdos e trabalhar, de maneira integrada, como um todo, os
conteúdos específicos e não específicos, tornando as aulas dinâmicas e significativas através das
tarefas que os alunos executam, ligadas à atividade profissional para a qual estão se preparando e
possibilitando formar o homem, o cidadão e o profissional .
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1.Analisar a atividade profissional que será desempenhada pelo aluno, identificando sua relação
com os objetivos terminais e parciais do curso;
- caráter científico: trabalhar fatos, idéias, métodos, conhecimentos básicos que os alunos
necessitam dominar da disciplina para exercerem a profissão escolhida;
- sistematicidade: escolha dos conteúdos que tenham uma ordenação numa seqüência lógica,
coerente com o desenvolvimento do curso e o tipo de atividade que será realizada pelo aluno;
- conexão com outros conteúdos da mesma disciplina com os quais contribui para a formação
do homem e do profissional;
- quais são os valores que devem ser formados nesse homem, nesse cidadão e nesse
profissional?
4.Tempo disponível: é outro critério a ser considerado na seleção de conteúdos pois não adianta
escolher um número grande de assuntos se não se dispõe de tempo suficiente para trabalhar
todos eles. Assim, faz-se necessário uma triagem e escolha do que realmente é básico para a
profissão e que pode ser bem trabalhado no tempo que se dispõe;
6. A lógica da profissão: conteúdos que modelam a tarefa profissional que será desempenhada
pelo aluno;
Para que o Modelo dos Conteúdos, que envolve os conteúdos específicos e os não específicos,
possa ser aplicado com sucesso faz-se necessário preparar os professores e para isso se propõe:
- seleção de conteúdos com base na lógica da profissão, na lógica das etapas de realização das
tarefas profissionais e na lógica das ciências historicamente constituídas.
A adoção dessas medidas culminará no preparo dos professores para selecionarem conteúdos que
contribuam para formar o perfil profissional, preparar melhor os alunos para atuarem no campo
profissional e melhorar o nível da educação formal oferecida.
A concepção dos objetivos do ensino pode variar de acordo com as teorias educacionais, as
abordagens pedagógicas e as metas educacionais estabelecidas em cada contexto. Alguns dos
principais conceitos relacionados aos objetivos do ensino são:
Objetivos gerais
São metas amplas e abrangentes que expressam o que se espera que os alunos alcancem em um
determinado período de tempo, como ao final de um ano letivo ou de uma etapa de ensino. Esses
objetivos são mais abstratos e podem estar alinhados com as diretrizes curriculares ou as metas
educacionais nacionais.
Objetivos específicos
São metas mais detalhadas e específicas, relacionadas a conteúdos e habilidades específicas que
os alunos devem dominar. Os objetivos específicos geralmente estão associados a cada unidade
de ensino e são úteis para orientar o planejamento de aulas e a seleção de atividades
educacionais.
Objetivos cognitivos
Referem-se ao desenvolvimento do conhecimento e do pensamento dos alunos, incluindo a
compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação do conteúdo.
Objetivos afetivos
Dizem respeito ao desenvolvimento das atitudes, valores e crenças dos alunos, buscando
fomentar aspectos como respeito, responsabilidade, empatia e autoestima.
Objetivos psicomotores
Estão relacionados ao desenvolvimento das habilidades físicas e motoras dos alunos, como
destreza manual, coordenação, equilíbrio e expressão corporal.(ARENDS, Richard I. Lisboa,
Edições 70, 1977)
Nb:A definição clara dos objetivos do ensino é essencial para orientar o planejamento das
atividades pedagógicas, a seleção de recursos educacionais e a avaliação do progresso dos
alunos. Além disso, objetivos bem estabelecidos ajudam a tornar o processo de ensino mais
eficiente, significativo e alinhado com as necessidades e expectativas dos estudantes.
Por outras palavras, pode dizer-se que objectivo de ensino-aprendizagem é o que se espera que o
aluno aprenda em determinadas condições de ensino. São os objectivos que orientam quais os
conteúdos que devem ser trabalhados e quais os encaminhamentos didácticos necessários para
que isso ocorra.
Observe-se que, nesta acção do professor referente a planificação do ensino, é preciso definir
primeiro os objectivos de ensino-aprendizagem, para depois selecionar e organizar os conteúdos.
Pelo que, um objectivo “fixa um produto esperado, isto é, uma capacidade. Uma atitude, um
saber relativo a objectos e conteúdos determinados no término de uma duração limitada.
Neste sentido, os objectivos podem definir-se como o que os alunos devem ser capazes de fazer
no fim de um período de aprendizagem e que anteriormente não eram capazes de fazer; ou, dito
noutros termos, “um objectivo exprime uma intenção, descreve uma mudança do ensinado,
mudança que pode consistir na aquisição de uma nova capacidade e no aperfeiçoamento ou no
desenvolvimento de uma capacidade já existente, parcialmente dominada ou no bom caminho de
vir a sê-lo. Mais, essa mudança é identificável como tal, esperada, deliberadamente perseguida e
julgada desejável, o que faz concluir que o objectivo é o produto de uma aprendizagem.
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Permite-nos ter uma ideia precisa do conteúdo do programa, o grau de profundidade com que as
matérias serão tratadas.
Assegura a pertinência dos programas e fazem com que este se adeque às necessidades da vida
prática.
Cobre, não só a área cognitiva (conhecimento ou saber,) mas igualmente as áreas psicomotora
(habilidade ou saber fazer) e afectiva (atitude ou o saber ser, estar).
Ajuda o professor na selecção dos meios mais adequados para a realização do seu trabalho.
O professor precisa determinar inicialmente o que o aluno será capaz de fazer ao fim do
aprendizado. Se ele não define os objectivos, não pode avaliar os resultados de sua actividade de
ensino, nem escolher os procedimentos mais adequados.
Serve para direcionar o que o aluno deve saber e saber fazer em termos de conduta final.
Faz sentido que, após a reflexão inicial tida com os seus colegas tenha se apercebido que os
objectivos de ensino-aprendizagem classificam-se em educacionais (gerais) e instrucionais
(específicos).
Objectivos Gerais
São chamados mediatos, porque só se conseguem alcançar a longo prazo.
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Sempre são formulados visando o que se espera que seja aprendido ao término de um conteúdo
ou unidade temática programática.
Por exemplo, os objectivos referidos num plano de curso de uma disciplina poderão ser
formulados da seguinte maneira: “Compreender o ensino de história como sendo importante para
o exercício da cidadania; ou poderia se dizer: conhecer a história como conhecimento passado
que facilita a compreensão do futuro, etc”.
É preciso atentar que os objectivos não sejam alcançados no final de uma aula, mas sim de um
curso que dura anos ou meses.
Os objectivos gerais indicam acções bem amplas e não especificam as acções ou actividades em
termos comportamentais, onde o aluno deve demonstrar ao professor que aprendeu os conteúdos
que lhes foram ensinados.
Objectivos específicos
Os objectivos específicos são próprios para uma aula.
São também chamados de imediatos, porque são muito pontuais em relação aos conteúdos
trabalhados aula por aula.
Por exemplo, o professor de matemática dá uma aula sobre as fracções e coloca para a sua aula o
seguinte objectivo: resolver correctamente os problemas de fracções.
Perante tal objectivo, o aluno tem de dar uma resposta a este objectivo, resolvendo correctamente
os problemas ou exercícios que envolvem fracções.
Agora que discutiu sobre a classificação dos objectivos de ensino-aprendizagem, resta salientar
que, geralmente, ao planificar uma aula, o professor deve proceder à formulação dos objectivos,
sendo recomendável operacionaliza-los, ou seja, colocá-los sob a forma de objectivos especificos
(também designados operacionais).
Para esse efeito, ao formular (definir ou redigir) os objectivos de aprendizagem, deve-se ter em
mente que os alunos ficarão a saber mais claramente o que se espera deles se essas expectativas
forem indicadas com uma acção que eles possam realizar.
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De preferência, essa acção deverá poder ser imediatamente avaliada como tendo sido realizada,
consoante o nível de desempenho específico. Tal implica a utilização de “verbos de acção” na
declaração de objectivos específicos.(Fonte:http://ead.mined.)
Por outro lado, uma outra possibilidade de classificação dos objectivos de ensino-aprendizagem
é por domínios.
análise: a divisão do material em partes significativas, de tal modo que seja possível determinar a
relação entre elas;
Em muitos casos, é mais fácil pensar nestes níveis como constituindo três amplas categorias
cognitivas:
generalizar ou integrar os valores num sistema de valores próprio, de tal modo que estes possam
orientar a vida da pessoa.
automatizar a aptidão;
Ralph W. Tyler - Foi um educador e autor que teve grande influência na concepção de objetivos
educacionais no século XX. Ele é conhecido pelo livro "Princípios Básicos de Currículo e
Instrução", publicado em 1949, onde discutiu a importância de estabelecer objetivos claros como
ponto de partida para o planejamento curricular.
Robert Mager - Foi um autor e especialista em design instrucional. Em 1962, publicou o livro
"Preparing Instructional Objectives", onde apresentou uma abordagem sistemática para a
formulação de objetivos educacionais específicos e mensuráveis.
Hilda Taba - Foi uma educadora e autora conhecida pelo livro "Curriculum Development:
Theory and Practice", publicado em 1962. Ela defendia a importância de estabelecer objetivos
educacionais como parte essencial do processo de planejamento curricular.
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Taxonomia de Bloom
A taxonomia de Bloom, desenvolvida por Benjamin S. Bloom e colaboradores em 1956, é uma
das teorias mais conhecidas sobre objetivos educacionais. Ela classifica os objetivos em seis
níveis, organizados de forma hierárquica, de acordo com a complexidade cognitiva:
Objetivos SMART
Essa abordagem, popular na área do planejamento e gestão, sugere que os objetivos devem ser
Específicos (Specific), Mensuráveis (Measurable), Alcançáveis (Attainable), Relevantes
(Relevant) e com Prazo (Time-bound). Essa estrutura ajuda a tornar os objetivos mais precisos e
facilita a avaliação do progresso.
Modelo Tyleriano
Ralph W. Tyler, em seu livro "Princípios Básicos de Currículo e Instrução", propôs um modelo
de planejamento curricular que coloca os objetivos educacionais como ponto de partida. Esse
modelo sugere que os educadores devem estabelecer objetivos claros, definir os meios para
alcançá-los e, posteriormente, avaliar o grau de sucesso em atingir esses objetivos.
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Abordagem Construtivista
Dentro de uma perspectiva construtivista, os objetivos educacionais são vistos como processos
de construção de conhecimento pelos próprios alunos. O papel do educador é criar ambientes de
aprendizagem desafiadores e interativos que promovam a construção do conhecimento pelos
estudantes.
Abordagem Humanista
Nessa abordagem, os objetivos educacionais também têm uma dimensão afetiva, focando no
desenvolvimento holístico dos estudantes, incluindo seus interesses, motivações e emoções. A
educação é vista como um processo que promove o crescimento pessoal e a autorrealização.
Em suma, a concepção de objetivos do ensino é uma parte crucial do processo educacional, pois
fornece a direção para o planejamento curricular, a seleção de estratégias de ensino e a avaliação
do aprendizado dos alunos. Uma abordagem cuidadosa na definição dos objetivos ajuda a
garantir que a educação seja significativa, relevante e alinhada com as metas educacionais e as
necessidades dos estudantes (REGO, Teresa Cristina. Vigotsky, 2001)
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Conclusão
Este trabalho mostra como a seleção de materiais é tratada por professores, faz um estudo teórico sobre
materiais didáticos baseado em muitos autores, mostra propostas para selecionar materiais didáticos
seguindo o método histórico-cultural e recomendações para os professores selecionar materiais de
maneira científica, contribuindo para o Construindo o perfil profissional.
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Referência bibliográfica
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos. São Paulo: Érica, 2001.
REGO, Teresa Cristina. Vigotsky: uma perspectiva histórico cultural da educação. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2000.
ALVES, Rubem. Conversas com Quem Gosta de Ensinar. São Paulo, Cortez Editora, 1981.
AMARAL, Maria João, MOREIRA, Maria Alfredo, & RIBEIRO, Deolinda. “O papel do
supervisornodesenvolvimentodoprofessorreflexivo.Estratégiasdesupervisão”.
ARENDS, Richard I. Aprender a Ensinar. Lisboa, editora McGraw Hill, 1993. BARBIER,Jean-
Marie.AvaliaçãoemFormação.Porto,EdiçõesAfrontamento,1985. BARDIN, Lawrence. Análise
de Conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1977.