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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

Projeto de Pesquisa

A Barreira de Proficiência no Desenvolvimento

Motor

Pesquisador: Prof. Dr. Matheus Maia Pacheco

PORTO VELHO

2023
A Barreira de Proficiência no Desenvolvimento Motor

Resumo

O desenvolvimento motor é um processo dito progressivo e sequencial. Estes

termos indicam uma dependência na aquisição de novos comportamentos de

experiências anteriores. Uma hipótese na área que captura a essência desta dependência

é a Barreira de Proficiência: a aquisição de habilidades motoras culturalmente definidas

(e.g., esportivas, de lazer, trabalho) é determinada pelo nível de habilidade

(proficiência) em padrões fundamentais de movimento. Especificamente, portanto, a

aquisição de habilidades esportivas (iniciação esportiva) seria determinada pela barreira

de proficiência. Considerando fatores motivacionais inerentes á aprendizagem motora e

engajamento em atividades (percepção de competência, autoeficácia) e os consequentes

efeitos na saúde deste engajamento (e.g., aptidão física, estado nutricional), a passagem

sobre a barreira de proficiência teria um efeito “cascata” positiva sobre vários domínios

do comportamento. Isto é, aqueles com maior proficiência estariam aptos a aprender

habilidades esportivas, se perceberiam aptos e, por isso, engajariam em atividades

físicas relacionadas, melhorariam sua aptidão física e estado nutricional. O presente

projeto irá investigar os primeiros componentes (aprendizagem de habilidades

esportivas, fatores motivacionais) deste efeito cascata da Barreira de Proficiência em

quatro modalidades esportivas.


Introdução

O desenvolvimento motor é descrito como “mudanças no comportamento motor

ao longo da vida e os processos que baseiam essas mudanças” (1). Um dos pilares de

grande parte dos modelos de desenvolvimento atuais é a noção de que o

desenvolvimento é sequencial (e.g., (2–4)). Isto implica que existiria uma dependência

na aquisição de novos comportamentos de experiências (aprendizagem/ aquisição)

anteriores.

Em 1980, Vern Seefeldt (4) notou que crianças que não exibiam padrões de

movimentos considerados habilidosos nas “habilidades motoras fundamentais” tinham

maior dificuldade em aprender habilidades mais “avançadas” ou “específicas”. Essas

habilidades motoras fundamentais seriam habilidades mais genéricas em termos de

objetivo e contexto (5) englobando padrões mais simples do chutar, rolar uma bola,

arremessar e correr (para uma lista mais abrangente, veja (6,7)). As tais habilidades mais

avançadas e/ou específicas seriam habilidades culturalmente definidas, ou, considerando

o presente projeto, habilidades esportivas (veja (4,8)). A partir da dificuldade

demonstrada pelas crianças, Seefeldt considerou que haveria um nível mínimo de

habilidade (ou proficiência) nas habilidades fundamentais que delimitariam a

possibilidade de aprendizagem das habilidades mais específicas. Seefeldt denominou

este nível mínimo de “Barreira de Proficiência”.

Estes modelos, e a noção de dependência sequencial do desenvolvimento motor,

são pervasivos na área de educação física e esporte. Isso seria de se esperar: caso

verdadeira, a dependência de experiências (e aprendizagem) anterior na aquisição de

habilidades esportivas (iniciação esportiva) seria fator limitante para aqueles de baixa

proficiência (9,10). Essa limitação não seria “local”; se espera que as habilidades

motoras fundamentais formam uma base para uma gama (maior em número) de
habilidades motoras específicas do esporte. Por exemplo, o padrão fundamental de

movimento do chute (veja (11,12)) poderia ser descrito como base para os chutes

altamente especializados do futebol (e.g., chute com o lado do pé, chute de “trivela”,

chute “chipping”), futebol americano (e.g., “field goal”) ou rugby.

Modelos atuais (13) consideram essa situação de forma ainda mais grave. Caso

um indivíduo tenha dificuldade nas tarefas motoras que tenta desempenhar, esse iria se

perceber não competente ou não eficaz. Essa percepção – fator motivacional importante

para a prática (13–15) –, por sua vez, poderia resultar em falta de engajamento em

tarefas motoras, levando a uma queda na participação da atividade física. Isto,

finalmente, resultaria em menor aptidão física e pior estado nutricional (e.g., sobrepeso,

obesidade). Isto é, a barreira de proficiência poderia ser o limiar que dividiria uma

cascata de efeitos positivos ou negativos no desenvolvimento do indivíduo (16,17).

Apesar de ser intuitivo, poucos aspectos da barreira de proficiência e cascatas no

desenvolvimento motor foram apropriadamente testados. Sobre a barreira, de fato,

existe uma relação entre habilidade em tarefas mais simples e aprendizagem de

habilidades mais complexas (considerando amplamente o sentido de simples e

complexo) (9,10,18,19) e entre ser habilidoso (em diversas habilidades) e apresentar

aptidão física (16,17). Mas, os resultados ainda não são generalizáveis. Considerando o

conceito de cascatas, os resultados na área motora também são insuficientes. De fato,

muitos modelos apontam resultados favoráveis apresentando que determinados marcos

motores favorecem o aparecimento de marcos cognitivos e sociais (REFS). Entretanto, a

ideia de cascatas no desenvolvimento intra desenvolvimento motor (i.e., marco motor

favorecendo outros marcos motores) foi apenas discutida de forma especulativa antes da

primeira infância (e.g., (20)).


Mais importante é o fato de que a percepção acerca da própria habilidade

(percepção de competência, autoeficácia, veja (15)) é pouco relacionado à barreira e

cascatas do desenvolvimento motor. Isto é demasiadamente problemático pois, em

grande parte dos modelos (13,14), a percepção de competência seria o “mecanismo”

pelo qual o indivíduo se engajaria em novas habilidades e atividades (veja também

(21)). Assim, apesar da larga aceitação acerca do “princípio” de dependência no

desenvolvimento motor, toda a estrutura teórica que relaciona experiências anteriores e

a aquisição de habilidades mais complexas no desenvolvimento é ainda muito frágil.

O presente projeto pretende, então, investigar as relações da aquisição de

habilidades motoras fundamentais na aprendizagem de novas habilidades, assim como

na percepção de competência e autoeficácia do aprendiz. Como será descrito nos planos

de trabalho, o projeto irá verificar se há suporte para a ideia da barreira de proficiência

(replicando um estudo anterior e realizando um novo), testar predições longitudinais

(cascatas do desenvolvimento), e verificar se a percepção de competência e autoeficácia

se relacionam com as mudanças no desenvolvimento.

Foram escolhidas duas tarefas motoras (driblar do basquete e passagem da

barreira do atletismo) por diferenças da relação com as habilidades fundamentais que as

baseiam. O driblar do basquete seria, de acordo com alguns autores (9,10), uma

combinação entre as habilidades fundamentais do quicar uma bola (estacionário) e

correr. Já a passagem da barreira seria uma “diferenciação” ou especialização da

habilidade fundamental de saltar obstáculos (descrito em (6)). Assim, o projeto

considerará diferentes dinâmicas de um mesmo processo.


Objetivo Geral

Investigar a relação níveis de habilidade motora nas habilidades motoras

fundamentais se relacionam com aspectos motores (desempenho e aprendizagem em

novas habilidades) e motivacionais (percepção de competência e autoeficácia)

possibilitando efeitos cascata no desenvolvimento.

O presente projeto tem aderência com áreas prioritárias do Ministério da Ciência

Tecnologia e Inovação (portaria 5109/2021: V - para Qualidade de Vida [I Saúde]) e aos

objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (3 - Saúde

e bem-estar).

Objetivos Específicos

Investigar se a barreira de proficiência é preditora da percepção de competência,

autoeficácia, percepção de aprendizagem, e da aprendizagem de uma habilidade

esportiva (drible do basquete).

Investigar se a passagem sobre a barreira de proficiência é preditora da

percepção de competência, autoeficácia, percepção de aprendizagem, e da

aprendizagem de uma habilidade esportiva (corrida sobre barreiras).

Métodos

Amostra

De acordo com análise anterior (considerando os dados de (10)), o número

estimado de participantes (por projeto) para demonstrar a barreira de proficiência (na

mesma habilidade e grupo etário anterior) seria de no mínimo 25 participantes.

Considerando que iremos realizar um estudo experimental, duplicamos esta amostra.


Para garantir efeitos menores, recrutaremos, considerando os dois planos de trabalhos

que acompanham este projeto, cerca 200 participantes entre 6 e 10 anos de idade.

O recrutamento será realizado, prioritariamente, dentro do público do projeto de

extensão “Projeto Esporte de Base e Saúde” gerenciado pelo Grupo de Estudos em

Desenvolvimento Motor (GEDEM) do Departamento de Educação Física da

Universidade Federal de Rondônia. Não há qualquer requerimento de participação neste

projeto de pesquisa para a participação no projeto de extensão. Indivíduos externos ao

projeto com interesse na participação serão permitidos.

Todos os procedimentos éticos serão respeitados. O projeto foi submetido ao

Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Rondônia. Informaremos

participantes e seus respectivos responsáveis dos objetivos do estudo e esses assinarão,

respectivamente, Termos de Assentimento Livre e Esclarecido e Termos de

Consentimento Livre e Esclarecido.

Procedimentos, Materiais e Tarefa

Os procedimentos e tarefa foram organizados em termos de cada plano de

trabalho.

Plano de trabalho 1. Barreira de proficiência para aprendizagem do drible no

basquete. Os participantes irão realizar tarefas de quicar uma bola, correr, e driblar no

basquete e serão avaliados sobre a percepção deles acerca de suas próprias capacidades.

Especificamente, os participantes serão aleatoriamente divididos em dois grupos:

prática fundamental (GPF) e prática específica (GPE). Todos os indivíduos realizarão

pré-teste, intervenção e pós-teste. Os grupos realizarão os mesmos pré- e pós-testes e

serão diferenciados em sua intervenção.

Pré- e Pós-Testes. Os testes que comporão os pré- e pós-testes tem duas

dimensões: percepção de competência e motores. Os testes de percepção de


competência serão questionários avaliando como os indivíduos percebem suas

competências na realização do quicar, correr, driblar do basquete, e o drible avançado.

Os questionários serão adaptados de Bandura (22) (veja também (23,24)) e Lopes e

colegas (25) para avaliar a percepção do participante para realizar determinado padrão

de movimento e para atingir determinado desempenho. O questionário será aplicado

pelo experimentador seguindo o procedimento (em escada) utilizado em avaliações

psicofísicas do mesmo gênero (26). Após o questionário, os participantes realizarão os

testes de quicar, correr e driblar no basquete (assim como em (9,10)). Todos os

indivíduos serão testados separadamente.

Intervenção. A intervenção será realizada em 14 sessões, 30 minutos, duas vezes

por semana. A quantidade de sessões aumenta, em pelo menos 1.5 vezes, a quantidade

de prática de outros estudos buscando garantir mudança no desempenho dos indivíduos.

O GPF irá realizar uma intervenção focada na aquisição/ aprimoramento das

habilidades básicas de quicar uma bola de basquete e correr, de forma separada. As

habilidades serão praticadas com variações no implemento (no caso do quicar; e.g.,

massa da bola, tamanho da bola) e execução (para ambas as habilidades; e.g., frequência

de quiques, velocidade da corrida). Essas variações ocorrerão para manter motivação

dos indivíduos e seguindo orientações acerca de um aprendizado mais “robusto” destas

habilidades (27,28).

O GPE realizará uma intervenção focada na aquisição/ aprimoramento da

habilidade específica do driblar em velocidade. Assim como no grupo GPF, a habilidade

será realizada com variações no implemento e na execução.

Materiais. Para a realização dos pré- e pós-testes motores, utilizaremos quatro

câmeras (celulares IPhone XR ®, Apple, Estados Unidos da América) em tripés

posicionados em um semicírculo de raio de 4 metros em ângulos de 30º, 60º, 120º e


150º relativos à posição onde o indivíduo realizará os testes. Ainda, estes estarão

sincronizados em um laptop a partir do aplicativo OpenCap ® (29). Os testes serão

realizados com uma bola de basquete oficial.

Plano de trabalho 2. Barreira de proficiência para aprendizagem da corrida

com barreiras do atletismo. Os participantes irão realizar tarefas de correr, saltar

obstáculos, fazer a passagem sobre a barreira na corrida, e saltar sobre a barreira e serão

avaliados sobre a percepção deles acerca de suas próprias capacidades. Os

procedimentos e design geral do plano é similar ao Plano de trabalho 1. Desta forma,

apenas descrevemos os aspectos de forma sumarizada para apontar as diferenças entre

eles.

Os participantes serão aleatoriamente divididos em dois grupos: prática

fundamental (GPF) e prática específica (GPE).

Pré- e Pós-Testes. Os testes de percepção de competência serão questionários

avaliando como os indivíduos percebem suas competências na realização do correr,

saltar obstáculos, fazer a passagem sobre a barreira na corrida, e saltar sobre a barreira.

Intervenção. A intervenção será realizada em 14 sessões, 30 minutos, duas vezes

por semana.

O GPF irá realizar uma intervenção focada na aquisição/ aprimoramento das

habilidades básicas de correr e saltar obstáculos, de forma separada. As habilidades

serão praticadas com variações na execução (e.g., altura da barreira, velocidade da

corrida). O GPE realizará uma intervenção focada na aquisição/ aprimoramento da

habilidade específica do fazer a passagem sobre a barreira na corrida. Assim como no

grupo GPF, a habilidade será realizada com variações no implemento e na execução.

Materiais. Para a realização dos pré- e pós-testes motores, utilizaremos quatro

câmeras (celulares IPhone XR ®, Apple, Estados Unidos da América) em tripés


posicionados em um semicírculo de raio de 4 metros em ângulos de 30º, 60º, 120º e

150º relativos à posição onde o indivíduo realizará os testes. Ainda, estes estarão

sincronizados em um laptop a partir do aplicativo OpenCap ® (29). Os testes serão

realizados com uma barreira de tamanho adaptável e com um colchão de aterrissagem

para grandes saltos.

Análise dos Dados

Dados de Questionário. Os questionários de percepção de competência geram

dados ordinais classificando a percepção de execução de padrões motores do

participante (“Muito bom”, “bom”, “ruim”, “muito ruim”). Estes dados serão anotados e

digitalizados para as análises.

Os questionários de percepção de desempenho (autoeficácia) geram escalas de 0

a 10 para a confiança na realização de determinada atividade com determinados

parâmetros (e.g., correr uma distância de 100 metros em menos de 15 segundos). Estes

dados serão transformados em uma curva logística que permite identificar o ponto de

transição entre “não acredita atingir” até “acredita atingir” (veja (23,24)).

Dados dos testes motores. Os testes motores serão avaliados de três formas:

medidas de desempenho, checklist e cinemática. As medidas de desempenho serão

relacionadas à quantidade de realizações ou tempo para execução em uma dada tarefa.

Os checklist avaliarão, de forma qualitativa, se o padrão de movimento (em um dado

teste) apresenta características de um padrão de movimento considerado eficiente (veja

(6,12)). A análise cinemática avaliará, de forma detalhada, as mudanças na cinemática

angular de cada padrão de movimento – sem juízo de valor (normalmente atribuído nos

checklists).

Análise Estatística. Para ambos os planos de trabalho, temos três aspectos

centrais de análise: 1) caracterização da barreira de proficiência, 2) mudança no


desempenho da habilidade específica dada a barreira de proficiência, e 3) relação entre

desempenho nas habilidades e a percepção de competência.

Caracterização da barreira de proficiência: Para caracterização da barreira de


proficiência (relação entre [HE] e as habilidades fundamentais [HMF]), ajustamos a
seguinte curva logística:
HE=α + ( β−α ) / ( 1+ exp ( −δ∗( HMF−σ ) ) )
onde α representa a média de desempenho na HE para aqueles abaixo da barreira de

proficiência, β representa a média de desempenho na HE para aqueles acima da barreira

de proficiência, δ representa a inclinação da curva na relação entre as variáveis no nível

da barreira de proficiência, e σ representa o nível da barreira. A curva será ajustada com

os dados do pré-teste.

O ajustamento da barreira será comparado a um ajustamento sem barreira (curva

linear simples). Isso será realizado a partir da comparação do BIC (30) assim como

realizado em (9,10).

Mudança no desempenho da habilidade específica dada a barreira de

proficiência: A partir da classificação dos participantes acima e abaixo do valor σ

(encontrado no passo anterior), iremos verificar se somente aqueles que estão acima da

barreira irão conseguir melhorar seu desempenho na intervenção. Isto é, testaremos

diretamente a hipótese da barreira de proficiência.

Relação entre desempenho nas habilidades e a percepção de competência:

Iremos verificar se a mudança no desempenho entre pré- e pós-testes é preditor da

mudança na percepção de competência na realização dos testes praticados e não

praticados.

Todos os dados serão processados e analisados em Matlab 2023a e JASP 0.17.1.


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