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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Importância da Administração na Execução do Orçamento Público

Jesus Vilinho Abeque – Cód. nº: 708201849

Curso: Administração Pública

Disciplina: Administração e Execução do


Orçamento

Ano de Frequência: 3º Ano

Gurué, Abril de 2022


FOLHA PARA RECOMENDAÇÕES DE MELHORIA
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Índice

1. Introdução............................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 1

1.1.1. Geral ............................................................................................................................. 1

1.1.2. Específicos ................................................................................................................... 1

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 1

2. Importância da Administração na Execução do Orçamento Público .................................. 2

2.1. .............................................................................................................................................. 2

2.2. Administração Pública ..................................................................................................... 2

2.2.1. Breve histórico ............................................................................................................. 2

2.2.2. Conceitos ..................................................................................................................... 3

2.3. Orçamento Público .......................................................................................................... 4

2.3.1. Evolução Conceitual .................................................................................................... 4

2.3.2. Receita Pública ............................................................................................................ 5

2.3.3. Despesa Pública ........................................................................................................... 6

2.3.4. Princípios Orçamentários ............................................................................................. 7

2.3.5. Processo Orçamentário ................................................................................................ 7

2.3.6. Processo de Elaboração do Orçamento ........................................................................ 7

2.4. A Importância da Gestão Pública .................................................................................... 8

2.4.1. Exercício de Cidadania ................................................................................................ 8

2.4.2. Acesso a Informação .................................................................................................... 8

Conclusão ................................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 10


1. Introdução

O presente trabalho com o tema “Importância da Administração na Execução do Orçamento


Público” pretende de forma objectiva compreender de forma académica sobre importância da
administração na execução do orçamento público, tendo em conta que a administração pública
é o instrumento do Estado de colocar em prática as políticas e os programas de governo,
executando tarefas que os órgãos governamentais do Estado lhe conferem. Em sentido
objectivo, material ou funcional a administração pública corresponde ao exercício de
actividade administrativa.

O processo orçamentário também conhecido como ciclo orçamentário, é definido como um


processo contínuo e simultâneo, através do qual se e labora, aprova, executa e controla
programação de dispêndios do sector público nos aspectos físicos e financeiros.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

Compreender de forma académica sobre importância da administração na execução do


orçamento público.

1.1.2. Específicos

• Descrever de forma a compreender sobre o processo de elaboração do orçamento


público;
• Debruçar sobre os princípios e importância na administração e gestão do orçamento
público.

1.2. Metodologia

Para a operacionalização do presente trabalho usar-se a pesquisa bibliografia, procedimento


adequado para este tipo de pesquisa, pois, consiste na leitura e analise das diferentes
contribuições que desdobram o assinto acima referido. Assim, pode afirmar Marconi &
Lakotos, um dos seus livros com finalidade de conhecer as diferentes contribuições científicas
disponíveis e servir-se delas para a definição do problema e formulação das hipóteses para o
êxito da pesquisa, na análise e interpretação dos dados e informações relacionados com as
diferentes contribuições dos livros editados.
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2. Importância da Administração na Execução do Orçamento Público

2.1. Administração Pública

2.1.1. Breve histórico

Nos anos 90 deu-se início à grande reforma administrativa do Estado que até então se
mostrava capaz de combater a corrupção e o nepotismo no Estado Liberal, por meio da
administração pública burocrática, porém, este modelo de gestão não apresentava mais o
mesmo desempenho na realização das actividades exclusivas de Estado e principalmente no
oferecimento dos serviços sociais de educação e saúde.

A administração pública burocrática passou a ser ineficiente e, por consequência, incapaz de


atender satisfatoriamente os clamores dos cidadãos clientes no grande Estado Social do século
XX, tornando imprescindível sua substituição por uma administração pública gerencial.

A busca pela administração pública gerencial fez com que o Estado que promovia
directamente o desenvolvimento económico e social se transformasse em um Estado que
apoia, financia e regula com a utilização de instrumentos como a terceirização e a criação da
Administração indirecta e descentralizada.

As empresas públicas e sociedades de economia mista não dependentes ou simplesmente,


empresas estatais, não se submetem ao limite global de endividamento nos casos em que a
operação de crédito é garantida formal e exclusivamente por duplicadas de venda mercantil ou
de prestação de serviços, de emissão da própria beneficiária do crédito. Estas empresas
possuem um pouco mais de liberdade para contrair empréstimos bancários e financiamentos
para aplicarem em sua actividade, porém, ainda encontram grandes dificuldades.

Em suma, esse foi o modelo preconizado para controlar o endividamento público. Há que ser
considerado que o contingenciamento de crédito conquistou resultados significativos, como o
controle mais efectivo do endividamento público, melhor gestão dos recursos disponíveis e
recuperação da credibilidade do sector público enquanto credor.

Todavia, não houve apenas aspectos positivos. Com as limitações impostas pelo
contingenciamento de crédito, as empresas estatais, tanto exploradoras de actividade
económica como prestadoras de serviço público, tiveram dificuldades em continuar investindo

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em infra-estrutura e em melhorias dos serviços o que ocasionou retardo em sectores
importantes como saneamento básico, aeroportos e energia eléctrica.

2.1.2. Conceitos

Inicialmente para melhor entendimento da Administração Pública é necessário compreender o


conceito de Estado, no qual está inserida a concepção moderna de organização e
funcionamento dos serviços públicos.

Dentre vários conceitos e definições de Estados podemos citar os mais comuns,

Definição etimológica feito por Dallari (1995), onde a palavras tem origem
latina, status que significa estar firme, denotando situação permanente de
convivência e ligada à sociedade política;

Definição sociológica por Paulo Bonavides (2000), Corporação de um povo,


assentada em um território e dotada de poder mando originário.

Não obstante os outros conceitos válidos, o apresentado por Bonavides (2000), traz a
vantagem de observarmos os três os elementos básicos da formação de um Estado: Povo,
Território e Governo Soberano.

Conforme a Teoria Geral do Estado, onde quer que haja o exercício de um poder político,
legitimado por uma ordenação de direito, escrita ou não, rudimentar ou complexa, haverá um
Estado, cuja amplitude e autonomia se estabelecem em relação a outras organizações
análogas, por força de ordenação superior.

A Administração Pública é o instrumento do Estado de colocar em prática as políticas e os


programas de governo, executando tarefas que os órgãos governamentais do Estado lhe
conferem.

Segundo Hely Lopes (2009),

“numa visão global, a Administração, é, pois, todo o aparelhamento do


Estado preordenado à realização dos serviços visando à satisfação das
necessidades colectivas” (p.3).

Também podemos definir a Administração Pública como estrutura e instrumento do qual


dispõe o Estado para por em prática as opções políticas do governo. Destarte a Administração
Pública pode assumir dois sentidos: subjectivo e objectivo.

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Em sentido formal, subjectivo ou orgânico a Administração Pública compõe-se do conjunto
de órgãos, agentes e pessoas jurídicas (entidades) tendentes a realizar actividades
administrativas, ou seja, é toda máquina destina à actividade administrativa do Estado.

Em sentido objectivo, material ou funcional a administração pública corresponde ao exercício


de actividade administrativa. Nesse sentido toda a actividade da administração pública está
directamente relacionada ao desempenho de acções concretas e prestação de serviços tendo
em vista o bem-estar da colectividade, ou seja, da população.

2.2. Orçamento Público

2.2.1. Evolução Conceitual

A origem da palavra orçamento é de origem italiana: “orzare”, que “significa fazer cálculos”,
sendo considerada uma técnica que consiste precisamente em ligar os sistemas de
planejamento e de finanças.

O Orçamento é algo mais que uma simples previsão de receita ou estimativa de despesas, E
deve ser ao mesmo tempo um relatório, uma estimativa e uma proposta.

Outrossim, é um documento por intermédio do qual o chefe do Poder Executivo, como


autoridade responsável pela conduta dos negócios do governo, apresenta-se a autoridade a
quem compete criar fonte de renda e conceder créditos e faz perante ela uma exposição
completa sobre a maneira pela qual o Governo e seus subordinados administram os negócios
públicos, obtendo-se assim um programa de acção coerente e compreensivo para o Governo
como um todo.

Para melhor apreciação conceituação do orçamento público, a análise é dividida em duas


fases: orçamento tradicional e o moderno.

O objectivo principal do Orçamento Tradicional é controlar a s finanças públicas no Poder


Executivo. Os órgãos com poder de controle preocupado em manter o equilíbrio financeiro
colocando as receitas em frente às despesas.

Já o Orçamento Moderno é voltado para o instrumento de administrações a partir daqui os


conceitos vão se aproximando da realidade, ou seja, a previsão da receita é a estimativa da
despesa.
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O reconhecimento do gasto público iniciou a partir de 1930, com a doutrina Keynesiana,
considerando o orçamento como instrumento de política fiscal do Governo.

A planificação nos instrumentos administrativos foi de grande importância, pois contribui


para incorporar utilizada para aplicação de recursos escassos, principalmente no controle da
execução e na avaliação de resultados consiste em um plano de trabalho expresso no conjunto
de acções a sem desenvolvida (Programa) e pelos recursos necessários a sua execução
(Orçamento).

2.2.2. Receita Pública

Segundo Gonsalves (2010, p. 23), a receita publica distingue-se em receitas orçamentarias e


receita extra-orçamentais. A receita extra-orçamentais é representada no balanço patrimonial
como passivo financeiro, constituída por recursos de terceiros transmitidos pelos cofres
públicos já em receitas correntes e receitas de capital.

Pereira et all (2010, p. 213), define a receitas públicas como abrangendo todas as somas em
dinheiro ou recursos equivalentes, cujos beneficiários é o Estado ou uma entidade pública
administrativa, e que tem como finalidade principal satisfazer as necessidades financeiras e
outros fins públicos relevantes.

Sousa Franco (2012), p.299) diz que as receitas públicas podem ser assim genericamente
definidas como qualquer recurso obtido durante um dado período financeiro, mediante o qual
o sujeito público pode satisfazer as despesas públicas que estão a seu cargo.

Segundo a Lei 9/2002, 12 de Fevereiro, são receitas públicas todos os recursos monetários ou
em espécie, independentemente da sua origem ou natureza, desde que esteja à disponibilidade
do Estado, com excepção daqueles recursos cujo o Estado é mero depositário temporário.

Segundo Ribeiro, (1997, p.239), são receitas públicas as que aumenta o património do Estado
e pode prover da venda de produtos e da prestação de serviço a preço contratualmente
estabelecido.

Contudo, apos conceitos acima citados, o que mais se enquadra para a presente pesquisa, é o
da Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro, porque é ela que regula as normas vigentes no processo de

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realização das despesas públicas na República de Moçambique e sobre tudo nas Instituições
públicas, como é o caso do objecto do estudo.

2.2.3. Despesa Pública

É um conjunto de dispêndios realizados pelos os entes públicos para o funcionamento dos


serviços prestados pela colectividade.

Segundo o Diploma Ministerial nº 181/2013 de 14 de Outubro, constitui despesas pública


todo dispêndio de recurso monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou
natureza, suportado pelo estado, com reserva para aqueles em que o beneficiário se encontra
obrigado a reposição do mesmo. E estão desdobradas nas seguintes categorias económicas.

Alberto (2012, p. 1), “despesa pública” é o gasto ou dispêndio de bens por parte de entes
públicos para criarem ou adquirirem bens ou prestam serviços susceptíveis de satisfazer
necessidades publicas; elas concretizam o próprio fim de actividade financeira do estado –
satisfação de necessidades”.

De acordo com o fraco (2012, pl), são despeças publicas constituídos em termos de poder
abranger realidades tão distintas como, o pagamento de um funcionário publico, a construção
de uma estrada a concessão de um subsídio a uma empresa, a amortização de um empréstimo
anteriormente contraído pelo estado.

Para Teixeira Ribeiro (1997, p.135) despesas publicas encontram-se relacionados com o
número dos habitantes. Se este é maior, o estado ainda que produza novas espécies de bens
nem aperfeiçoe a produção das antigas tem de fazer maior despesa. Tomam se necessários
mais bem sem-públicos: mais escolas, mais hospitais, mais estradas. Sem abstrairmos das
vantagens da produção grande.

Dos conceitos acima citados, a versão do Diploma Ministerial nº 181/2013 de 14 de Outubro


adequa-se perfeitamente nesta pesquisa, por ter se referenciado os preceitos plasmados em
consonância com as despesas públicas, como sendo dispêndio de recurso monetários ou em
espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza suportado pelo estado.

Contudo, as despesas públicas têm grande relevância para a Administração Pública, pois está
envolvida em situações singulares, como, por exemplo, o estabelecimento de limites impostos
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pela Lei de Responsabilidade Fiscal, além de possibilitar a realização de estudos e análise da
qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal das contas.

2.2.4. Princípios Orçamentários

Os Princípios Orçamentários visam estabelecer regras básicas, com objectivo de atribuir a


racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle
do Orçamento Público. Estes são válidos a todos os Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, estabelecidos pelos os entes Estados, Distrito e Municípios.

2.2.5. Processo Orçamentário

O processo orçamentário também conhecido como ciclo orçamentário, é definido como um


processo contínuo e simultâneo, através do qual se e labora, aprova, executa e controla
programação de dispêndios do sector público nos aspectos físicos e financeiros. Envolve um
período muito maior que o exercício financeiro (ano civil), tenha de ver que abrange todas as
fases do processo.

Não é visto como auto-suficiente por ser um ciclo se renova anualmente com a elaboração
orçamentária por um prazo médio que por sua vez detalha o plano de longo prazo, quando
integrado ao processo de planejamento tem uma maior aplicação.

2.2.6. Processo de Elaboração do Orçamento

Segundo a Circular nº 01/GAB-MF/2010, é a partir de 01 de Outubro de cada ano, que está


disponível o Modelo de Elaboração Orçamental, a tabela de receitas de cada órgão ou
instituição gestora do facto gerador, onde estão previstas todas receitas consignadas e próprias
de cada órgão /instituição do estado, para o exercício económico seguinte, encaminhada a
Assembleia da República.

A Direcção Nacional do Orçamento, ate 05 de Outubro de cada ano, enviará à Direcção Geral
da Administração Tributaria a base de dados com Células Orçamentais de Receitas e
respectivos valores das receitas internas inscritas na proposta do orçamento do estado para o
exercício económico seguinte, encaminhando a Assembleia da República.

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2.3. A Importância da Gestão Pública

2.3.1. Exercício de Cidadania

A cidadania está ligada a noções de direitos, principalmente aos direitos políticos, em que o
indivíduo participa de modo directo ou indirectamente na formação do governo e na sua
administração, indirectamente através do voto, e quando concorre a um cargo público
considerada de forma directa.

No entanto, dentro da democracia onde existem direito como em contrapartida os deveres,


uma vez que a colectividade dos direitos de indivíduo é garantindo a partir dos cumprimentos
dos deveres dos demais componentes da sociedade.

Para Dallari (1998), a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a


possibilidade de participar activamente da vida e dos governos de seu povo.

No entanto, o que ocorre quando não há formação do indivíduo e assim não possui
instrumentos necessários ao exercício da cidadania e o ser humano que não possui cidadania
fica excluído da vida social e de tomada de decisões, e ainda se encontra na posição de
inferioridade dentro do grupo social que pertence. (Dallari, 1998).

2.3.2. Acesso a Informação

O direito ao acesso a informação é necessário para que haja a democratização do processo


orçamentário, bem como a participação da sociedade e do controle social.

A base dos orçamentos da União, dos Estados e Municípios deve estar disponível para
consulta e acompanhamento da população, inclusive pela internet.

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Conclusão

Em torno das investigações com base nas leituras dos estudos feitos em algumas patentes nas
referências do presente trabalho conclui-se que, um dos pressupostos dos administradores
públicos é a utilização dos instrumentos necessários para uma actuação responsável na
utilização dos recursos públicos, e consequentemente os meios oferecidos para o
acompanhamento do cidadão.

A nova abordagem com o novo padrão da gestão pública forçou a mudança os costumes
políticos antigos, com gastos exagerados sem previsão de receita e endividamento
irresponsável, em anos atrás.

Em sentido objectivo, material ou funcional a administração pública corresponde ao exercício


de actividade administrativa. Nesse sentido toda a actividade da administração pública está
directamente relacionada ao desempenho de acções concretas e prestação de serviços tendo
em vista o bem-estar da colectividade, ou seja, da população.

Contudo, a execução do orçamento público tem grande relevância para a Administração


Pública, pois está envolvida em situações singulares, como, por exemplo, o estabelecimento
de limites impostos, além de possibilitar a realização de estudos e análise da qualidade do
gasto público e do equilíbrio fiscal das contas.

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Referências bibliográficas

Lakatos, E. M.; Marconi, M. de A. (1992), Metodologia do Trabalho Científico. 4. Ed. São


Paulo: Atlas.

Santos Gonçalves e Marques. (1997). Intervenção do Estado na economia. Àvices Editora.

Texeira António Braz. (1990). Finanças Públicas e Direito Financeiro. AAFDL. Lisboa.

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