Você está na página 1de 3

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA DE UM SURFACTANTE

POR CONDUTIMETRIA

1. PRÉ-LABORATÓRIO

1. Como são constituídos e como se classificam os surfactantes?


2. O que é concentração micelar crítica (CMC)?
3. Qual a importância do estudo da C.M.C dos surfactantes?
4. Como se determina a CMC de um surfactante?
5. Cite algumas aplicações do uso das micelas.

2. FINALIDADE:

Determinar, graficamente, a concentração micelar crítica de um surfactante por condutometria.

3. INTRODUÇÃO:

Os surfactantes, também chamados de detergentes, apresentam em sua estrutura molecular uma


região hidrofóbica, que é constituída por uma longa cadeia de hidrocarbonetos e uma região
hidrofílica, que é um grupo polar ou iônico. De acordo com a região hidrofílica os surfactantes
classificam-se em catiônicos, aniônicos e não iônicos.
Em soluções diluídas os surfactantes existem na forma de monômeros, os quais atuam como
eletrólitos fortes. À medida que a concentração aumenta os monômeros formam agregados
(MICELAS) e a concentração mínima de surfactante em que se inicia a formação de micelas é
denominada Concentração Micelar Crítica (CMC). A CMC de um surfactante é uma propriedade
física tão importante como os pontos de fusão e ebulição ou o índice de refração de substâncias puras.
As micelas podem ser usadas como catalisadores ou inibidores no estudo cinético de reações
químicas, e os surfactantes em geral têm grande aplicação na área farmacêutica, em operações
industriais etc.
A CMC de um surfactante é determinada através do estudo da variação de propriedades físicas tais
como tensão superficial, condutância elétrica e outras, em função da concentração do mesmo;
graficamente, uma descontinuidade na curva obtida quando se loca condutância elétrica, medida em
microsiemens (µS), versus concentração milimolar (mM) do detergente, indica o valor da CMC.
Nesta experiência determina-se a CMC de um surfactante aniônico (dodecilsulfato de sódio – SDS –
C12H25SO4Na, 288,38 g/mol) através da mudança no coeficiente angular da curva acima citada.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

A. Prepare 100mL de dodecilsulfato de sódio (SDS) 30mM (surfactante aniônico).


B. Calibre o condutivímetro com auxílio de uma solução padrão de KCl.
C. Coloque na célula de condutância inicialmente 50mL de água; meça a condutância elétrica inicial
da água.
D. Com auxílio de uma bureta adicione a solução estoque do surfactante de 2 em 2 mL até 30 mL
sob agitação. Leia a condutância após cada volume adicionado da solução estoque e calcule a
concentração da solução.

5. RESULTADOS

1. Preencha as lacunas e a tabela abaixo:


Temperatura = ºC; Conc. da sol. Estoque de SDS = mM;
Volume inicial de água = mL; Condut. inicial da água (Li) = µS;

Tabela 1: Dados experimentais da determinação da variação de condutância em função da


concentração de surfactante.
V, ml C, mM Lobs , µ S Lf , µ S

V, ml  Volume de surfactante adicionado, em mL; C, mM  Conc. milimolar da solução resultante;


Lobs , µ S  Condut. elétrica observada da solução resultante, em microsiemens; L f , µ S  Condut.
elétrica final da solução resultante, em microsiemens Sendo Lf = Lobs - Li

Construa o gráfico da condutância elétrica final versus concentração do surfactante e


determine a CMC do dodecilsulfato de sódio.

Um modelo para este gráfico deve ter o perfil semelhante ao do apresentado na Figura 01 (página
seguinte), com duas retas distintas que acompanham os dois conjuntos de pontos diferentes e se
cruzam num ponto que corresponde, no eixo das abscissas, à CMC procurada.
FIGURA 01 – Gráfico de um experimento de condutometria na determinação da CMC

Você também pode gostar