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“(...) quem se não contente com fogos de vista há-de pegar no educando e obrigá-lo a
agir, proporcionando-lhe ocasiões de actividade, já que a actividade unicamente pela
actividade se estimula e se conduz. Nem exortações, nem ciências, nem poesias, nem
doutrinas nos dispõem a ser activos: só por meio de acções actuais nos preparamos para
acções futuras... (p. 35)
(...) se a escola lhe não fornece condições para genuínos actos sociais, semelhantes às
que depois, adulto, encontrará, a doutrina moral resulta oca, verbalista, cadavérica e,
pelo tanto, ineficaz; é de necessidade absoluta que o aluno se habitue a cooperar pelo
bem de uma comunidade, e que a escola reproduza o mais possível a estrutura da vida
social adulta. (...) Ou eu falei algaravia ou se vos vai clareando o objectivo do sistema,
que é afazer a rapaziada – na idade em que os hábitos se formam e com os hábito o
carácter – às responsabilidades do civismo. Não é esta uma ciência teórica, mas uma arte
de acção, uma arte prática; tão disparatado se me antolha o querer incuti-lo só com
livros, apotegmas, prelecções, como ensinar por esse modo o jogo do pau, a dactilografia
ou a guitarra (...) (p. 41)
(...) Não vos canseis com os problemas de compêndios e programas: cumpre revolucionar
os próprios métodos, o ambiente social em que a criança vive, apelar para as acções e
para os hábitos pelas acções instituídos.” (p. 84)
A. Sérgio, 1984