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MGF1
MÓDULO 22: URGÊNCIA CIRÚRGICA
Dra. Célia Maia
Revisora científica: Dra. Filomena Soares
Declaração de Conflito de Interesses
Estrutura
1) Abordagem ao Politraumatizado
2) Feridas e Suturas
3) Abdómen agudo
4) Patologia ano-retal aguda
1) Abordagem ao Politraumatizado
1) Abordagem ao Politraumatizado
CONTEÚDOS
• Trauma
o Mecanismos de lesão
• Avaliação Primária
o Preservar a vida – ABCDE
o Pesquisar, reconhecer, estratificar e tratar situações de risco imediato de vida
• Avaliação Secundária
o Pesquisar, reconhecer, estratificar e tratar situações potencialmente fatais na evolução do traumatizado
TRAUMA PENETRANTE
• Transferência de alta energia (projétil) – tecidos circundantes são afastados do trajeto → CAVITAÇÃO
o Destruição mecânica e funcional dos tecidos
o Leva pedaços de roupa e outros materiais para a profundidade da ferida
o Orifício de saída é geralmente maior que o da entrada
• Na Europa:
o 55% são acidentes de viação
▪ Impacto frontal Apesar de cada um destes padrões ter variações, a
▪ Impacto traseiro identificação precisa do tipo de impacto ocorrido
fornece informação essencial para poder
▪ Impacto lateral identificar eventuais lesões resultantes do evento
▪ Impacto rotacional traumático.
▪ Capotamento
• Fratura da bacia
• Fraturas da clavícula • Fratura de costelas • Lesões do baço ( ++ condutor)
• Fratura de costelas • Contusão pulmonar • Lesões do fígado (++ passageiro)
• Compressão de órgãos sólidos • Fratura e luxações vertebrais
(pneumotórax, laceração aorta) (e/ou medulares)
• Lesões Crânio
• A lesão oculta, que pode não ser óbvia em termos de exame primário, deve ser procurada baseando-se no
mecanismo de trauma e/ou a história associada fortemente sugestiva.
• Os seguintes mecanismos podem potenciar e/ou aconselhar a que a vítima seja abordada como crítica:
o Impacto violento na cabeça, pescoço, tronco ou pélvis;
o Incidente de aceleração e/ou desaceleração súbita (colisões, explosões e outros, sobretudo se resultante desse
incidente existir alguma vítima cadáver);
o Queda superior a 3x a altura da vítima;
o Queda que envolva impacto com a cabeça;
o Projeção ou queda de qualquer meio de transporte motorizado ou a propulsão;
o Acidentes de mergulho em águas rasas.
Airway
Via aérea com controlo cervical
Breathing • Expor a totalidade da superfície corporal, sem esquecer a
Ventilação e oxigenação dignidade do doentes
Circulation • Procurar lesões que tenham passado despercebidas
Circulação com controlo da hemorragia externa
Disability • Evitar hipotermia
Estado neurológico
Exposure
Exposição com controlo da temperatura
• A presença de traumatismos associados, nomeadamente acima da clavícula, deve fazer suspeita de TCE!
• No caso particular do TCE, deve ser rapidamente verificada a existência de feridas cranianas, hematomas peri-orbitários
e perdas de líquor (LCR), massa encefálica ou hemorragias pelos ouvidos ou nariz
• Permeabilizar a via aérea com estabilização cervical (através da subluxação ou elevação do maxilar inferior na vítima
inconsciente)
• Fraturas com afundamento e hemorragia associada: NÃO EXERCER pressão na zona do afundamento.
• Exposição de massa encefálica: cobrir suavemente (sem comprimir) com compressas secas. Os objetos empalados não
devem ser removidos.
• Todas as vítimas inconscientes após acidente deverão ser tratadas como traumatizados vertebro-medulares.
• Em lesões cervicais, pode ocorrer paragem respiratória, mesmo algum tempo após o acidente, porque o edema, que se
vai instalando progressivamente, pode afetar zonas mais altas que as atingidas diretamente pelo traumatismo.
• OBJETIVO PRINCIPAL: impedir que a vítima se mova, mantendo um perfeito alinhamento da coluna (segundo o eixo
nariz, umbigo e pés).
o Estas vítimas nunca devem ser mobilizadas sem que estejam totalmente imobilizadas (colete de extração, plano
duro com imobilizadores laterais da cabeça), exceto se houver perigo de vida no local onde se encontram, ou se
houver necessidade de iniciar manobras de suporte de vida.
Orifício de entrada
Armas de fogo Orifício de saída
Aberto (maior)
Nunca tentar a
Objecto empalado
remoção
Marcas
Fechado 85% Equimoses
Abrasões
• A imobilização destas fraturas deve ser feita em maca de vácuo e o transporte até ao hospital deve ser o mais suave
possível.
• Efetuar uma estimativa aproximada das perdas de sangue associadas a fraturas fechadas
o Úmero: - 0,5 a 1L
o Ossos da perna: 0,5 a 1L
o Fémur: 1 a 2,5L
o Bacia até 5L
• Orgânicos
Natureza • Sintéticos
• Monofilamentar
Configuração • Multifilamentar
Reação tecidual
Propriedades
inerentes
Força tensil
• Memória
Manuseabilidade • Elasticidade
• Tensão de nós
Absorbilidade • Absorvível
• Não Absorvível
Princípios básicos em Cirurgia: fios de sutura; Ata Médica Portuguesa 2011; Port 2011; 24(S4): 1051-1056
2.1)Fios de sutura - características
PROPRIEDADES INERENTES – CONFIGURAÇÃO (nº de camadas que compõem o fio)
• MONOFILAMENTOS
o Menor risco de infeção
o Menor traumatismo tecidular
o Manuseamento e nós devem ser realizados com cuidado → danificação do fio pode conduzir a falência da
sutura
• MULTIFILAMENTOS
o Maior força tênsil
o Mais flexíveis
o Mais fáceis de manusear
o Maior capacidade → Risco de infeção aumentado
o Frequentemente revestidos para diminuir risco de infeção e traumatismo tecidular
Princípios básicos em Cirurgia: fios de sutura; Ata Médica Portuguesa 2011; Port 2011; 24(S4): 1051-1056
2.1)Fios de sutura - características
ABSORVÍVEL vs NÃO ABSORVÍVEL
• NÃO ABSORVÍVEL
o Mantém a sua força de tensão após os primeiros 60 dias
o Reação tecidular de encapsulamento do fio por fibroblastos → se encerramento da pele, pontos devem
ser retirados antes da re-epitelização da pele (7-10 dias)
▪ Caso não sejam removidos atempadamente, cosmética da ferida será inferior
• ABSORVÍVEL
o Perde a maioria da sua força de tensão nos primeiros 60 dias → providenciam suporte temporário até a
ferida conseguir suportar o stress normal
o Hidrólise (fios sintéticos) ou proteólise (fios orgânicos)
o Taxa de absorção ≠ Perda de força de tensão
o Revestimentos químicos (ex.: sais crómio) podem diminuir a taxa de absorção
Princípios básicos em Cirurgia: fios de sutura; Ata Médica Portuguesa 2011; Port 2011; 24(S4): 1051-1056
2.1)Fios de sutura - características
FIOS ABSORVÍVEIS
Natureza / Força tensão Reação Duração
Material Configuração previsível Memória tecidular média Utilização
(dias)
Poliglecapro Encerramento subcuticular, tecidos
21 a 28 dias 90 a 120
na 25 profundos contaminados
(Monocryl*
Sintético
Monofilamentar
Polidiaxanona
Até 180 Tecidos moles (profundos)
(PDS II*)
60 a 90 dias
Baixa Baixa
Poliglacti Tecidos moles prof, laqueações vasos,
Sintético 56 a 70
na 910 leito ungueal, cavid. oral
(Vycril*) Multifilamentar 28 a 35 dias
2.1)Fios de sutura - características
Prolene®
Útil para a maior parte das feridas ligeiras que
possam surgir no Centro de Saúde
2.1)Fios de sutura - características
Monofilamento
Mão 4-6/0 Rever em 5-7 dias
Abs/não absorv
Mono/multifilamento
Membro inferior 3-4/0 8-10 dias
Abs/ não absorv
Mono/multifilamento
Abdómen 2-4/0 10-14 dias
Abs/ não absorv
2.2)Fios de sutura – ALTERNATIVAS
• AGRAFOS
✓ Não esmagam os tecidos (microcirculação)
✓ Encerramento da derme – economia de tempo + boa força de tensão
✓ Reação tecidular mínima
✓ Baixo risco infecioso
✓ Bons para feridas grandes no couro cabeludo (não deixam “peladas”)
• COLAS
o Contém acrilatos (mais usado: 2-octilcianoacrilato, Dermabond®)
o Utilizados no encerramento de feridas pediátricas (sem sutura), colheita de veias safenas para bypass
coronário e bleferoplastia
o Uso pela dermatologia – em estudo
✓ Encerramento rápido de feridas superficiais – evita hemorragia e promove coaptação dos bordos
✓ Efeito bacteriostático
✓ Aplicação fácil e indolor
✓ Ausência de marcas de sutura
✓ Não necessitam de remoção
• CARACTERÍSTICAS
o Força (resistência à deformação)
o Ductilidade (resistência à quebra)
o Aguçamento (capacidade de penetrar tecidos)
o Clamping moment (estabilidade da agulha no porta-agulhas)
Intradérmica
2.4) TIPOS DE SUTURA – Suturas interrompidas
• Ponto simples
o Mais comum, mais usado, mais versátil.
o Pode ajustar-se diferentes tensões mediante necessidade da ferida
o Bordos podem ser ajustados mediante necessidade → se bordos invertidos, maior dificuldade técnica
Iowa Head and Neck Protocols; Univsersity Iowa Health Care; Maximum Recomended Doses and duration of local anesthetics
2.6) TIPOS DE FERIDA – quanto o mecanismo lesional
• Cuidados gerais
o Remover corpos estranhos Encerramento com sutura:
o Irrigar abundantemente a alta pressão com NaCl a 0,9% ou iodopovidona • Mordedura de cão na face,
o Deixar ferida aberta (cicatrização por 2ª intenção), nos seguintes casos: (tronco, braços ou pernas)
▪ Lesões por esmagamento • Mordedura de gato na face
▪ Lesões punctiformes
▪ Mordedura de gato (exceto se na face) (Se feridas grandes, sangrantes ou
muito desalinhadas, podem ser
▪ Feridas envolvendo mãos e pés aproximadas com pontos bem
separados mantendo áreas para
▪ Feridas com ≥12 horas (com ≥24 horas, se face) drenagem e irrigação)
▪ Feridas em imunocomprometidos (incluindo diabéticos)
▪ Feridas em doentes com estase venosa
o Reavaliar diariamente: irrigação copiosa + avaliar sinais de infeção
UPTODATE: Animal bites (dogs, cats, and other animals): Evaluation and management., 2021
2.7) MORDEDURAS – cão/gato
• Profilaxia
o Vacina tétano, se <3doses ou desconhecida (de acordo com PNV)
o Vacina VHB e Ig → agressor AgHbs ou AgHbe +
o Profilaxia VIH, se mordedor exposto ao sangue de uma vítima VIH + (articular com Infeciologia)
▪ Necessidade de avaliar se risco alto de exposição a VIH*
o Vacina e Ig Raiva, se epidemiologia sugestiva (articular com Infeciologia/Saúde Pública)
UPTODATE: Animal bites (dogs, cats, and other animals): Evaluation and management, 2021
UPTODATE: Human bites: Evaluation and management, 2021
*UPTODATE: Management of nonoccupational exposures to HIV and hepatitis B and C in adults,2021
2.7) MORDEDURAS – cão/gato
• Profilaxia
UPTODATE: Animal bites (dogs, cats, and other animals): Evaluation and management., 2021
UPTODATE: Human bites: Evaluation and management.
2.7) MORDEDURAS
UPTODATE: Animal bites (dogs, cats, and other animals): Evaluation and management., 2021
UPTODATE: Human bites: Evaluation and management.
3) Abdómen agudo
3) Abdómen Agudo
CONTEÚDOS
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.1) Abdómen agudo - Fisiopatologia
• Componente Visceral
o Inervação pelo sistema nervoso autónomo
o Inervação bilateral
o Dor visceral vaga e mediana (relacionada com a origem embriogénica)
o Dor “surda”, profunda, mal localizada, estabelecimento lento, região central do abdómen
o Fibras C viscerais aferentes localizadas na parede das vísceras ocas e nas cápsulas dos órgãos sólidos
• Componente Parietal/Somática
o Inervação pelos nervos somáticos que suprem a parede abdominal
o Inervação unilateral via nervos somáticos espinhais
o Dor mais localizada e intensa; dor aguda e súbita
o Fibras C e A delta
o Irritação direta do peritoneu parietal (pús; bilis; sangue; urina; conteúdo gastro-intestinal→ sinais de irritação
peritoneal)
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.1) Abdómen agudo - Fisiopatologia
• Dor referida/irradiação da dor
o Dor sentida numa localização distante do órgão que é responsável pela origem da dor.
o Tem origem numa estrutura visceral profunda mas é percebida superficialmente.
o Confluência no mesmo corno posterior da medula de fibras nervosas aferentes provenientes de diferentes áreas
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.1) Abdómen agudo - Fisiopatologia
• Dor migratória
o Migra de uma localização para outra ao longo da evolução do quadro clínico
o Por norma, o local da dor inicial é diferente do local da dor à apresentação
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• CARACTERIZAÇÃO DA DOR
o Início (súbito, gradual) / Tempo de evolução da dor
▪ Dor com mais de 6h de evolução, de intensidade moderada e com agravamento progressivo →
probabilidade de necessitar de tratamento cirúrgico
▪ Dor que diminui após algumas horas→ diminui probabilidade de necessitar de tx cirúrgico
o Fatores de alívio e fatores agravantes
▪ Úlcera duodenal: dor alivia com ingestão de alimentos/anti-ácidos
▪ Cólica biliar: agrava após as refeições
▪ Peritonite: agrava com mobilização, tosse, movimentos respiratórios
▪ Pancreatite: decúbito dorsal (posição agravamento) vs prece maometana (posição alívio)
o Qualidade da dor (cólica; afiada; paroxismos)
o Irradiação
o Localização da dor (quadrante específico ou difusa)
o Sintomas associados à dor
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• CARACTERIZAÇÃO DA DOR
o Qualidade da dor (cólica; afiada; paroxismos)
▪ Dor em queimor → associada a úlcera
▪ Dor dilacerante → dissecção da aorta
▪ Dor em cólica → distensão de tubo oco (distensão intestinal)
▪ Dor afiada → desenvolve-se quando há inflamação/estímulo nocivo (sangue, ácido gástrico, conteúdo
intestinal) contacta com peritoneu parietal
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• CARACTERIZAÇÃO DA DOR
o Localização da dor (quadrante específico ou difusa)
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• CARACTERIZAÇÃO DA DOR
o Sintomas associados à dor → ajudam a estreitar o diagnóstico, especialmente se causas extra-abdominais
▪ Vómitos/náuseas
▪ Pouco específicos, mas a ordem de apresentação dos sintomas pode ajudar
▪ Vómitos surgem após o início da dor → Abdómen agudo (ex: obstrução intestinal)
▪ Vómitos antes da dor → processo “mais médico”
▪ Vómitos auto-limitados → causa mais benigna
▪ Tipos de vómitos
▪ Entéricos/fecaloides → obstrução intestinal
▪ Borra de café ou hematémese → ulcera péptica; varizes
▪ Biliar → inespecífico
▪ Diarreia
▪ Aquosa e copiosa → GEA
▪ Sanguinolenta → DII; colite isquémica, disenteria
▪ Obstrução intestinal incompleta; obstrução cólica (mecanismo de overflow)
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• HISTÓRIA CLÍNICA SUMÁRIA
o Idade
▪ Idosos com doença grave podem apresentar sintomas atípicos
▪ Risco de certas doenças aumentado quando >50 anos (rutura AAA; EAM atípico; cancro colo-retal)
o Sexo
▪ Na mulher em idade fértil → gravidez deve sempre ser excluída
o Cirurgias prévias (bridas, aderências)
o Antecedentes Médicos
▪ Doença CV → aumenta risco de isquemia mesentérica ou de AAA
▪ IC ou FA → aumenta risco de isquemia mesentérica por embolo
▪ VIH → maior risco de pancreatite ou cólica renal
▪ Uso de AINE’s → úlcera péptica
▪ Uso frequente de antibioterapia → Colite por C.difficile
o Medicação habitual
▪ Corticoides (podem mascarar sintomas)
o Consumo de álcool → pancreatite; hepatite; cirrose; PBE
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Sinais Vitais
▪ Tensão Arterial/ Frequência Cardíaca
▪ Temperatura
▪ Hipotensão + taquicardia +pulso filiforme
▪ Febre baixa/moderada
▪ Diverticulite aguda
▪ Apendicite Aguda
▪ Colecistite Aguda ▪ Pensar em doença avançada com peritonite
▪ Febre elevada generalizada → REFERENCIAR AO SU
▪ Pneumonia
▪ Pielonefrite
▪ Colangite
▪ Peritonite avançada
▪ Hipotermia
▪ Choque
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Inspeção
▪ Doente agitado, enrolado → cólica
▪ Doente deitado na cama com joelhos fletidos; doente imóvel; marcha cuidadosa → ponderar peritonite
▪ Sinais de cirurgias prévias; massas pulsáteis; sinais de doença sistémica
o Auscultação:
▪ Ouvir ruídos intestinais durante ~2 minutos (N: 2-12 borborigmos médios por minuto)
▪ Ausência de ruídos → pensar em peritonite ; ileus; oclusão intestinal (embora na fase inicial da oclusão
os RHA são de frequência aumentada e timbre metálico)
▪ Hiperatividade de ruídos → inflamação no trato GI – GEA
▪ Timbre metálico → obstrução mecânica
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Inspeção
Sinal de Cullen:
Equimose na região peri-umbilical → Sinal de Grey-Turner
Hemorragia retroperitoneal Equimose nos flancos→ Pancreatite aguda grave
(pancreatite aguda grave; rutura de gravidez (demora 24-48h a aparecer; taxa de mortalidade
ectópica) considerável)
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Percussão:
▪ Ressonância ou Timpanismo
▪ Distensão gasosa – gástrica ou intestinal
▪ Sinal de Jobert – perfuração de víscera oca (desaparecimento da macicez hepática por hipertimpanismo)
▪ Macicez nos flancos/mudança na área de macicez
▪ Líquido livre intra-abdominal
▪ Se desperta dor → sinal de irritação peritoneal
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Palpação:
▪ Doente em decúbito dorsal, com joelhos fletidos
▪ Deve ser feita no sentido dos ponteiros do relógio
▪ Superficial
▪ Profunda
▪ Pesquisa de defesa ou rigidez → quando um área com dor é localizada, realizar manobras para esclarecer a origem
▪ Dor à descompressão
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Sinais específicos
▪ Apendicite Aguda
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Sinais específicos
▪ Apendicite Aguda
Sinal do obturador:
Rotação interna e passiva da coxa
Sinal do Psoas:
direita fletida
Dor à extensão passiva da coxa
direita, enquanto o observador aplica
contraresistência na anca
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO ▪ Litíase renal
o Sinais específicos
▪ Litíase ureteral
▪ Colecistite Aguda
▪ Pielonefrite aguda
Murphy Vesicular
Murphy renal
Quando doente pára subitamente a inspiração
Dor à percussão da região dorso-lombar
profunda durante a palpação do QSD
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3.2) Abdómen agudo – Abordagem da dor abdominal
• EXAME FÍSICO
o Pesquisa de orifícios herniários (hérnias são causa frequente de oclusão intestinal que muitas vezes passa despercebida)
▪ Anéis inguinais e femorais devem ser pesquisados em ambos os sexos
o Exame retal
▪ Inspeção
▪ Fissuras; abcessos; corrimentos; sinais de hemorragia
▪ Palpação
▪ Massa retal → neoplasia
▪ Fecalomas
▪ Dedo da luva
▪ Sangue, melenas
▪ Sensibilidade dolorosa
o Exame Ginecológico / avaliação testicular
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3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Aneurisma da Aorta abdominal
o Rutura: causa hemorragia profusa, hipotensão instável;
o Hemorragia pode ser no retroperitoneu → doente pode permanecer normotenso, inicialmente
o Pode apresentar-se com dor lombar e hematúria e confundir-se com nefrolitíase
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Perfuração do Trato GI
o Doença ulcerosa é a causa mais comum! (outras: apendicite, diverticulite, isquemia intestinal, ca. Colon)
o Dor inicial de acordo com origem da perfuração → progressão para dor generalizada, intensa, sem fatores de
alívio
o Naúseas/vómitos; sudorese; febre
o Taquicardia; aumento da PA; febre; abdómen com sinais de ventre agudo
o Fatores de risco: história de úlcera péptica; abuso de AINE’s
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3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Obstrução Intestinal Aguda
o A maioria das obstruções intestinais envolvem o intestino delgado.
o Causas mais frequentes: aderências (50-70%); hérnias encarceradas (15%); neoplasias (15%); Doença de Crohn
muitas vezes apresenta-se com quadros obstrutivos
o Mortalidade depende da rapidez da cirurgia (varia de 8% se cx antes das 36h a 25% se cx após as 36h).
o OBSTRUÇÃO ALTA (delgado)
▪ Dor insidiosa, generalizada.
▪ Nauseas/vómitos, diminuição do transito intestinal
▪ Antec: cirurgias prévias; úlcera péptica; hérnias
▪ EO: abdómen distendido, doloroso, com RHA metálicos; Pesquisar hérnias
o OBSTRUÇÃO BAIXA (cólon)
▪ Dor insidiosa, aumento progressivo
▪ Distensão abdominal, naúseas e vómitos (fecaloides), diminuição do transito intestinal
▪ Antec.: cirurgias prévias; hérnias
▪ EO: abdómen distendido, timpanizado, doloroso; RHA metálicos; FAZER toque retal; Pesquisar hérnias
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3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Obstrução Intestinal Aguda
o OBSTRUÇÃO ALTA OBSTRUÇÃO BAIXA
▪ MCDT’S: ▪ MCDT’S:
▪ Rx abdominal: distensão de ansas do delgado; ▪ Rx abdominal: distensão de ansas do
SEM ansas do colon visíveis; níveis HA delgado (pode não haver) E do colon
visíveis; níveis HA
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3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Vólvulo (torção de víscera oca em torno do seu ponto de inserção)
o Vólvulo sigmoide é o mais frequente.
o Dor abdominal intensa, contínua;
o Náusea; obstipação; Vómitos é pouco frequente!!
o Fatores de risco: uso excessivo de laxantes; tranquilizantes; anti-colinérgicos; anti-parkinsónicos
o RX: sinal de U invertido; sinal de Grão de café
o Tx endoscópico (desrotação)
▪ 1ª linha se ausência
de gravidade
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3.3) Abdómen agudo – Causas de dor abdominal emergente
• Gravidez ectópica
o Sintomas clássicos: dor abdominal + amenorreia + hemorragia vaginal
▪ >30% dos casos sem hemorragia vaginal
o Exame ginecológico não é diagnóstico → Necessidade de eco ginecológica + beta-HCG
o Fatores de risco: DIP; gravidez tubar prévia; cirurgia tubar prévia; endometriose, uso de DIU.
• Placenta abruta
o Hemorragia vaginal + dor abdominal ou dor lombar + contrações uterinas
o Quantidade de hemorragia não correlacionada com grau de separação da placenta
o TODAS as mulheres com contrações uterinas + dor abdominal → SU Obstetricia
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
Gastrointestinal Genito-urinária Trauma Extra-abdominal Outras
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• APENDICITE
o Urgência cirúrgica mais comum no mundo
o Mais frequente em homens
o A causa mais comum é a obstrução por um apendicolito, mas também por tumores, linfadenite mesentérica,
parasitas e sementes
o CLÍNICA:
▪ Sintomas inespecíficos são a apresentação inicial (mal-estar; alterações dos hábitos intestinais)
▪ Anorexia (muito comum) seguida de DOR
▪ Inicialmente peri-umbilical vaga e cólica moderadamente severa e que MIGRA para o ponto de
Mcburney em 4-6horas (torna-se mais aguda e localizada)
▪ Manobras específicas: sinal de Blumberg; Sinal de Rovsing; sinal de psoas; sinal do obturador
▪ Febre baixa e taquicardia
▪ Vómitos (náuseas e vómitos seguem-se à dor abdominal→ permite o dx diferencial de GEA)
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• APENDICITE
o MCDT’s:
▪ Estudo analítico (são uteis no diagnóstico diferencial)
▪ Leucocitose + PCR elevada
▪ Ecografia abdominal
▪ Muito útil em mulheres e crianças (sem radiação)
▪ Revela achados sugestivos MAS operador dependente
▪ TC abdominal
▪ Muito útil quando diagnóstico está em dúvida
▪ DIAGNÓSTICO:
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• COLECISTITE
o 60-70% relatam crises precedentes que resolveram espontaneamente
Agravamento progressivo
Cólica Biliar
(1-5horas) Colecistite
o Cólica biliar:
▪ Vários locais de dor máxima + irradiação (ombro ou escápula direitos; região interescapular)
o Colecistite Aguda:
▪ CLÍNICA:
▪ Dor constante no QSD (mais intensa que cólica) – também pode ter irradiação
▪ Febre baixa (arrepios são comuns)
▪ Anorexia, náuseas/vómitos
▪ Murphy vesicular positivo → acuidade aumenta com ecografia
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• COLECISTITE
o Colecistite Aguda:
▪ MCDT’s:
▪ Estudo analítico (aumento dos Parâmetros inflamatórios + aumento ligeiro das transaminases)
▪ Ecografia
▪ Deteta cálculos em 90% dos casos; distensão, edema + estratificação da parede vesicular; líquido livre
▪ DIAGNÓSTICO
Hipersensibilidade
Febre Leucocitose
no QDS
o Colecistite Enfisematosa:
▪ Rara; Começa por colecistite aguda → isquemia e gangrena → infeção por bactérias produtoras de gás
▪ Mais comum em homens idosos e diabéticos!!
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
o CLÍNICA:
▪ Dor epigástrica intermitente que agrava com as refeições
▪ Sintomas de refluxo (pirose, regurgitação); naúseas; anorexia
▪ EO pode ser norma
o MCDT’S
▪ EDA (avaliação endoscópica com biópsias + pesquisa H.pylori)
o TRATAMENTO:
▪ Importância de evitar alimentos ácidos
▪ Evitar AINE’s
▪ Tratar infeção por H.pylori
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
o TRATAMENTO:
▪ Tratar infeção por H.pylori
▪ Pylera® - 1ª escolha (associar omeprazol 20 2id, 10 dias)
Bismuto 140mg
Metronidazol 125mg
Tetraciclina 125mg 10 DIAS
3cp 4x/dia
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• PANCREATITE
o CLÍNICA:
▪ Dor intensa nos quadrantes superiores do abdómen (++QSD) com irradiação dorsal, em barra, contínua;
agrava com as refeições
▪ Náuseas/vómitos; anorexia
▪ Antec: alcoolismo; litíase vesicular; hipertrigliceridemia
▪ EO: Abdómen doloroso no HD e no epigastro
o MCDT’S
▪ Estudo analítico: aumento PCR; leucocitose; aumento da lípase e amílase
▪ Ecografia abdominal
o TRATAMENTO:
▪ Internamento: pausa alimentar + fluidoterapia
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• COLANGITE AGUDA:
o CAUSAS:
▪ Cálculos (Nos doentes com cálculos biliares, 6-12% tem coledocolitíase) Guidelines de Tokyo:
▪ Estenoses (tumores – via biliar, vesícula biliar, duodeno, pâncreas) Atualmente, usadas para
▪ Pós-CPRE; pós-cirúrgica diagnóstico e estratificação
o CLÍNICA da gravidade da colangite.
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
3.4) Abdómen agudo – Causas mais comuns
• DIVERTICULITE:
o CLÍNICA
▪ Dor constante (mais no QIE), de agravamento progressivo;
▪ Muitos doentes com episódios prévios semelhantes
▪ Naúseas, anorexia, diarreia, febre
▪ EO: dor no QIE, com defesa; febre
▪ Antec. de colonoscopia com divertículos.
o MCDT’S
▪ Estudo analítico: leucocitose + PCR aumentada
▪ Ecografia: espessamento da gordura + líquido
▪ TC abdominal: é o gold-standard (diagnóstico e complicações)
▪ Colonoscopia: não urgente/ não realizada na fase aguda (risco de perfuração)
▪ Realizar 3-4 semanas após, se não houver colonoscopia recente (exclusão de CCR)
o TRATAMENTO:
▪ Não complicada → ambulatório
▪ Complicada (estratificada em graus – Classificação de Hinchey)
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
4) PATOLOGIA ANO-RETAL AGUDA
4) Patologia Ano-retal aguda
CONTEÚDOS
• Doença Hemorroidária
• Fissura Anal
• Fístula Anal
• Abcesso perianal
UPTODATE: Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency departement; jan/2021
4.1) Doença Hemorroidária
• As hemorróidas são estruturas normais do canal anal. São “almofadas” fribromusculares submucosas
• Responsáveis pelo mecanismo de continência; proteção dos esfíncteres anais
• Dividem-se
o Internas: acima da linha pectínea
o Externas: abaixo da linha pectínea
• Localização habitual:
• EPIDEMIOLOGIA:
o Cerca de 5% da população apresenta pelo menos um episódio de DH durante a vida
o Incidência similar entre géneros; pico entre 45-65 anos
Doença Hemorroidária – recomendações (guidelines), Revista Portuguesa de Coloproctologia; jan-abril/2020
4.1) Doença Hemorroidária
• CLÍNICA:
o Avaliar duração e gravidade de:
▪ Retorragias
▪ Prolapso
▪ Prurido anal (dor, por vezes)
o Hábitos intestinais (obstipação; uso de opioides)
o História alimentar (obesidade, ingestão de fibras e água)
o História familiar de adenoma, cancro coloretal ou DII
o EXAME FÍSICO
▪ Numa avaliação inicial, o doente deve ser observado simulando o esforço defecatório
▪ Inspeção ano-perineal
Posição decúbito lateral esq –
▪ Toque retal altamente recomendável
▪ Anuscopia /retoscopia (Para a Cirurgia Geral)
Doença Hemorroidária – recomendações (guidelines), Revista Portuguesa de Coloproctologia; jan-abril/2020
4.1) Doença Hemorroidária – Hemorroides Internas
• ETIOLOGIA:
o Esforço defecatório → ingurgitamento hemorroidário!
o Tratamento cirúrgico
▪ Hemorroides grau III/IV
▪ Doentes em que o tratamento médico conservador e/ou instrumental não determinaram resultados adequados
• TRATAMENTO:
o Até 72 horas → excisão em gomo
o Após 72 horas → tratamento conservador
• LOCALIZAÇÃO:
o As fissuras anais típicas localizam-se na linha média do canal anal (90% na comissura posterior; 10% na anterior)
o Atípicas (1%): apresentação múltipla ou localização lateral → são suspeitas
▪ Excluir: doença de Chron; colite ulcerosa; neoplasia; VIH; DST’s; tuberculose
3. Fístula perianal
• Trajeto anómalo que estabelece comunicação entre o reto/canal anal e um orifício externo na região perianal.
• As fístulas perianais originam-se após drenagem espontânea ou cirúrgica dos abcessos perianais
• 90% tem origem criptoglandular
• Abcesso → Fístula (35-50%)
• Outras causas (10%): DII; sífilis; tuberculose; neoplasia; trauma.
• CLÍNICA:
o Apresentação insidiosa; podem ter drenagem parcial e intermitente
o Dor, tumefação, hemorragia e diarreia
o Abcessos recorrentes ao nível da pele da região perianal.
o Maceração perineal (drenagem que contacta com a pele perianal)
• EXAME OBJETIVO:
o Procurar identificar e caracterizar:
▪ Orifício interno e externo da fístula
▪ Trajeto fistuloso
▪ Deformidades do ânus secundárias a cicatrizes de doença supurativa perianal ou cirurgias anteriores
o Avaliar tonicidade esfincteriana e grau de continência esfincteriana
• MCDT’s:
o RMN: Gold-standard
o Colonoscopia, manometria anoretal, ecoendoscopia (consoante suspeita diagnóstica)
• TRATAMENTO:
o Cirúrgico
A. Colecistite Aguda
B. Pancreatite Aguda
C. Cólica renal
D. Aneurisma da Aorta abdominal
Questões
4. Mulher, 62 anos, obesa e hipertensa. Recorre a consulta Aberta por dor abdominal intensa desde ontem.
Costuma ter dor nos QS’s do abdómen após as refeições mais pesadas, que alivia depois de algumas horas. Mas
desta vez a dor piorou (agora é constante), localizando-se na região epigástrica e com irradiação para o dorso de
ambos os lados. A dor piora quando se deita e alivia se se sentar inclinada para a frente. Também vomitou, está
nauseada e com alguma distensão abdominal.
Palpação: dor nos QS’s, com defesa. Qual o diagnóstico mais provável?
A. Colecistite Aguda
B. Pancreatite Aguda
C. Cólica renal
D. Aneurisma da Aorta abdominal
Questões
5. Enquanto se deslocava para a USF, presencia um acidente automóvel grave: um atropelamento de um jovem
adulto numa passadeira. Decide tentar ajudar. Qual o primeiro passo a avaliar?
A. Condições de segurança
B. Movimentos respiratórios
C. Pulso central
D. Via aérea
Questões
5. Enquanto se deslocava para a USF, presencia um acidente automóvel grave: um atropelamento de um jovem
adulto numa passadeira. Decide tentar ajudar. Qual o primeiro passo a avaliar?
A. Condições de segurança
B. Movimentos respiratórios
C. Pulso central
D. Via aérea
Questões
6. Mulher, 67 anos. Obstipação crónica. Recorre à consulta por dor intensa na fossa ilíaca esquerda com 3 horas
de evolução. Apresenta dor à pressão da FIE, com defesa e agravamento à descompressão.
Tax – 37,8ºC. Qual é o diagnóstico mais provável perante a história clínica?
A. Apendicite aguda
B. Diverticulite aguda
C. Oclusão intestinal
D. Síndrome do intestino irritável
Questões
6. Mulher, 67 anos. Obstipação crónica. Recorre à consulta por dor intensa na fossa ilíaca esquerda com 3 horas
de evolução. Apresenta dor à pressão da FIE, com defesa e agravamento à descompressão.
Tax – 37,8ºC. Qual é o diagnóstico mais provável perante a história clínica?
A. Apendicite aguda
B. Diverticulite aguda
C. Oclusão intestinal
D. Síndrome do intestino irritável
Questões
7. Perante um quadro sugestivo de cólica biliar, qual é o exame de imagem de 1ª linha para o diagnóstico de
colelitíase?
A. Ecografia abdominal
B. Rx simples do abdómen
C. RMN abdominal
D. TC abdominal
Questões
7. Perante um quadro sugestivo de cólica biliar, qual é o exame de imagem de 1ª linha para o diagnóstico de
colelitíase?
A. Ecografia abdominal
B. Rx simples do abdómen
C. RMN abdominal
D. TC abdominal
Questões
8. Sr. Vasco, 50 anos.
Refere vómitos e dor epigástrica violenta, em barra, com irradiação para as costas, com 8 horas de evolução e
agravamento progressivo. Diz que comeu francesinha e bebeu 6 cervejas no jantar do dia anterior.
Teve vómito alimentar, mas vómito não aliviou a dor. Sem outras queixas,
A dor alivia ligeiramente com a flexão anterior do torax. Sem outros antecedentes de relevo, exceto consumo
delevado de bebidas alcoólicas ao fim-de-semana.
Qual o dx mais provável?
A. Apendicite aguda
B. Pancreatite aguda
C. Pielonefrite
D. Pseudoquisto da cabeça do pâncreas
Questões
8. Sr. Vasco, 50 anos.
Refere vómitos e dor epigástrica violenta, em barra, com irradiação para as costas, com 8 horas de evolução e
agravamento progressivo. Diz que comeu francesinha e bebeu 6 cervejas no jantar do dia anterior.
Teve vómito alimentar, mas vómito não aliviou a dor. Sem outras queixas,
A dor alivia ligeiramente com a flexão anterior do torax. Sem outros antecedentes de relevo, exceto consumo
delevado de bebidas alcoólicas ao fim-de-semana.
Qual o dx mais provável?
A. Apendicite aguda
B. Pancreatite aguda
C. Pielonefrite
D. Pseudoquisto da cabeça do pâncreas
Questões
9. Nas suturas da pele, qual a característica que determina a seleção do fio de sutura a usar?
A. Espessura do fio
B. O preço
C. Ser ou não absorvível
D. Ser mono ou multifilamento
Questões
9. Nas suturas da pele, qual a característica que determina a seleção do fio de sutura a usar?
A. Espessura do fio
B. O preço
C. Ser ou não absorvível
D. Ser mono ou multifilamento
Questões
10. Nas suturas na urgência de cirurgia, a anestesia mais frequentemente usada é a lidocaína a 1%, não devendo
ser usada em associação com a adrenalina em que local?
A. Couro cabeludo
B. Face interna da coxa
C. Nariz
D. Sobrancelha
Questões
10. Nas suturas na urgência de cirurgia, a anestesia mais frequentemente usada é a lidocaína a 1%, não devendo
ser usada em associação com a adrenalina em que local?
A. Couro cabeludo
B. Face interna da coxa
C. Nariz
D. Sobrancelha
Questões
11. Sr. Costa vem a consulta Aberta. Tem 62 anos, fumador 20UMA, perturbação do uso do álcool, obesidade, DM
2 e hipertrigliceridemia. Não cumpre medicação habitual. Refere dor abdominal difusa, com início há cerca de
48 horas, que foi progressivamente aumentando de intensidade, referindo que, neste momento, a intensidade
da dor é de 9/10. Tem hipersudorese, refere náuseas e teve dois episódios de vómitos. No EO, tem Tax 36,9ºC,
FC 120/min, PA 110/80mmHg, pele fria e pálida, sudorética. Adota posição antálgica com o tronco fletido.
Abdómen timpânico, sem organomegalias, doloroso a palpação profunda do epigastro e mesogastro. Sinal de
Jobert e Murphy ausentes.
Qual o diagnóstico provável?
A. Disseção da aorta
B. Oclusão intestinal
C. Pancreatite aguda
D. Trombose mesentérica
Questões
11. Sr. Costa vem a consulta Aberta. Tem 62 anos, fumador 20UMA, perturbação do uso do álcool, obesidade, DM
2 e hipertrigliceridemia. Não cumpre medicação habitual. Refere dor abdominal difusa, com início há cerca de
48 horas, que foi progressivamente aumentando de intensidade, referindo que, neste momento, a intensidade
da dor é de 9/10. Tem hipersudorese, refere náuseas e teve dois episódios de vómitos. No EO, tem Tax 36,9ºC,
FC 120/min, PA 110/80mmHg, pele fria e pálida, sudorética. Adota posição antálgica com o tronco fletido.
Abdómen timpânico, sem organomegalias, doloroso a palpação profunda do epigastro e mesogastro. Sinal de
Jobert e Murphy ausentes.
Qual o diagnóstico provável?
A. Disseção da aorta
B. Oclusão intestinal
C. Pancreatite aguda
D. Trombose mesentérica
Questões
12. Homem, 75 anos, recorre ao SU por dor abdominal de inicio súbito, difusa e com cerca de 2h de evolução.
Ao EO: apirético, com abdómen mole e depressível, sem defesa. Qual o diagnóstico mais provável?
A. Apendicite aguda
B. Colecistite
C. Diverticulite
D. Isquemia mesentérica aguda
Questões
12. Homem, 75 anos, recorre ao SU por dor abdominal de inicio súbito, difusa e com cerca de 2h de evolução.
Ao EO: apirético, com abdómen mole e depressível, sem defesa. Qual o diagnóstico mais provável?
A. Apendicite aguda
B. Colecistite
C. Diverticulite
D. Isquemia mesentérica aguda
Questões
13. Numa vítima de trauma, o atendimento inicial obedece à sequência ABCDE.
O que significam as siglas?