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MARIA ISABEL ALVES DE OLIVEIRA VALLE

FLÁVIA VIEIRA DA SILVA DO AMPARO

UNIDADE DIDÁTICA: LINGUAGENS E ALFABETIZAÇÕES

1ª edição

Rio de Janeiro
Colégio Pedro II / Mestrado Profissional em Práticas em Educação Básica
2014
0

MARIA ISABEL ALVES DE OLIVEIRA VALLE

A formação inicial do professor alfabetizador:


vivências do Laboratório Pedagógico de
Linguagens e Alfabetizações no Curso Normal

Unidade Didática: Linguagens e Alfabetizações

Rio de Janeiro, 2014


Sumário

Apresentação......................................................................................... 2
Sondagem inicial dos alunos (Curso Normal)........................................ 3
Memórias da alfabetização..................................................................... 5
Diagnose inicial: Curso Normal e Alfabetização..................................... 6
Diagnóstico de escrita............................................................................ 8
Visita à escola municipal: aplicação do Projeto Brincadeiras de
criança............................................................................................. 10
Avaliação das experiências vivenciadas com as crianças.....................13
Processo de construção da escrita....................................................... 15
Hipóteses de escrita.............................................................................. 19
Análise das escritas das crianças......................................................... 27
Jogos na alfabetização.......................................................................... 28
Organização da segunda visita à escola............................................... 34
Análise das escritas das crianças......................................................... 38
Projeto Trilhas....................................................................................... 39
Organização da terceira visita à escola................................................ 56
Análise das escritas das crianças......................................................... 59
Encontro com professores alfabetizadores........................................... 61
Diagnose final: Alfabetização................................................................ 62
Bibliografia............................................................................................. 63
Atividades para as crianças................................................................... 64

1
Apresentação
Esta Unidade Didática foi elaborada para utilização no Laboratório Pedagógico de
Linguagens e Alfabetizações, componente curricular do Curso Normal, da rede estadual do
Rio de Janeiro, para os alunos do 3º ano, com carga horária anual de 40 horas. Entretanto,
o material pode ser utilizado para a formação do alfabetizador em outras espaços
formativos.
O material aqui organizado constitui-se numa compilação de atividades direcionadas
à formação teórica do alfabetizador e numa proposta metodológica para aplicação dos
saberes.
Os conteúdos não serão distribuídos em tempos de aula, pois as características das
turmas e dos professores influenciam na organização do tempo de execução das
atividades. Por isso, a organização de cada aula contará com conteúdo, objetivos
específicos e, se necessário, uma proposta de estratégia para o desenvolvimento do
trabalho. O tempo destinado a cada atividade ficará a cargo do professor formador.
Esta Unidade Didática agrega materiais distribuídos pelo Governo Federal às
escolas públicas brasileiras com o intuito de facilitar sua utilização em diferentes regiões do
Brasil, para que os alunos, após formados, quando estiverem atuando nas escolas, tenham
acesso ao material pedagógico e saibam como fazer uso do mesmo e, mais
imediatamente, tenham a oportunidade de utilizar esses materiais durante as atividades de
Estágio Supervisionado no Curso Normal.
Através das aulas aqui propostas, pretendemos oportunizar aos estudantes o
conhecimento da Psicogênese da língua escrita e, a partir desta teoria, pensar em
atividades práticas e aplicá-las, sob a orientação do professor formador, com crianças do
Ciclo de Alfabetização.
Portanto, caberá ao professor formador dos estudantes do CN, o contato com uma
escola municipal que tenha turmas do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos de
escolaridade) para viabilizar a proposta metodológica de formação na prática.
Os estudantes deverão, após os primeiros contatos com os conhecimentos da
Psicogênese da língua escrita, aplicar o diagnóstico de escrita com os alunos do ciclo de
alfabetização e, ao retornar para sua escola de formação, analisar as escritas das crianças
com o apoio do professor formador, dos materiais de apoio e dos textos.
Além disso, é fundamental a criação e aplicação de atividades para compreensão do
sistema alfabético, onde ao professor formador precisa ser referência para os estudantes,
desenvolvendo o papel de professor de profissão como defendem Tardif e Nóvoa.

2
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e
retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
Paulo Freire

Conteúdo: Sondagem inicial dos alunos (Curso Normal)

Objetivos específicos:

 conhecer as dificuldades que os alunos enfrentam;


 refletir sobre o caminho percorrido durante a formação inicial do
magistério;

Estratégia: Dinâmica de grupo e debate.

Caminhar é preciso!

Vamos comparar os três anos de formação do Curso Normal a uma estrada... Ao


iniciar o 3º ano vocês já trilharam um caminho importante, mas ainda não completaram
o trajeto.

No magistério o caminho se faz todo o tempo. Ninguém


chega a um ponto onde não precisa mais caminhar. E, além
disso, o trajeto é marcado pela presença do outro: alunos,
professores, coordenadores, direção, pais e funcionários,
precisam estar juntos no percurso.

Entretanto... enquanto percorremos essa estrada


encontramos obstáculos, pedras, que às vezes até nos
impossibilitam de andar. Nesses momentos nos deparamos com
duas possibilidades: parar ou vencer as barreiras.

Quando decidimos lutar contra os obstáculos que surgem,


precisamos estar bem calçados para suportar as pedras. O que http://madissondesigner.blogspot.com.br/20
11/07/desenhando-o-caminho.html,
precisamos para não pararmos no meio do caminho? O que não capturado em 17/08/14

pode faltar na nossa caminhada? Do que precisamos para


vencer?

Dentro da imagem que representa um pé, vocês deverão escrever três coisas
que precisamos ter para seguir o caminho com êxito. Após a escrita, cada um terá a
oportunidade de socializar com os colegas da turma "o calçado" que não pode faltar
para trilhar esse caminho.

Fique certo: o caminho não acaba na formatura. Continue a trilhar essa estrada...

3
Imagem para realização da Dinâmica: Caminhar é preciso!

Escolha o pé direito ou esquerdo, escreva, recorte e monte, coletivamente, um painel.

httphttp://www.pintarcolorear.org/pies-para-colorear/dibujo-de-pies-para-colorear/#main
Lembre-se:

"Esse caminho não há outro


Que por você faça"

"O caminho só existe


Quando você passa"

Skank, música Acima do sol

4
Conteúdo: Memórias da alfabetização

Objetivos específicos:

 oportunizar aos alunos momentos de recordação do período de sua


alfabetização;
 analisar, coletivamente, as memórias de alfabetização dos alunos,
percebendo semelhanças e diferenças;
 conhecer um livro da literatura infanto-juvenil.

Estratégia: contação de história e produção escrita individual

Vamos compartilhar nossas memórias!


O livro Guilherme Augusto Araújo Fernandes, da autora Mem Fox
(Editora Brinque Book), nos mostra o quanto a memória é
importante em nossas vidas.

Inspirados na história do livro, vamos rememorar!!! Capa do livro - arquivo pessoal de Maria Isabel Valle

Quando você recorda seu processo de alfabetização, quais são suas memórias? O que foi
mais marcante? Escreva aqui suas memórias da alfabetização. Depois, compartilhe com
os colegas e professor.

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Conteúdo: Diagnose inicial: Curso Normal e Alfabetização

Objetivos específicos:
 descobrir os conhecimentos dos alunos sobre a alfabetização;
 promover reflexão sobre a utilização dos métodos de alfabetização;
 conhecer os motivos que levaram os alunos a escolher o Curso Normal;
 perceber se as expectativas iniciais sobre o curso foram/estão sendo
atingidas;

Estratégia: aplicação da diagnose inicial individual.

dicionario-de-sinonimos-online/
capturado em 19/08/14
http://muitadica.com/
Diagnose inicial

NOME: _________________________________________________ IDADE: __________

ALFABETIZAÇÃO
Para você, o que é alfabetizar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Quando se fala em alfabetização, quais autores(as) vêm à sua cabeça?


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Quais estratégias / métodos / teorias de alfabetização você conhece?


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Se você tivesse de assumir uma turma de alfabetização hoje, como professor(a) regente, o
que faria para alfabetizar seus alunos? Justifique suas escolhas.

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Você se sente preparado(a) para alfabetizar? Por quê?


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Quais são suas expectativas para o Laboratório de Linguagens e Alfabetizações?


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CURSO NORMAL
Por que escolheu o Curso Normal?
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Se tiver mais de 30 anos, por que resolveu fazer o Curso Normal nesse momento?
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As expectativas que te levaram a escolher esse curso estão se concretizando? Por quê?
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Indique o que você considera ponto negativo no Curso Normal.
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Indique o que você considera ponto positivo no Curso Normal.
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Você pretende seguir a carreira do magistério? Por quê?
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Quais são seus planos profissionais futuros?
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Conteúdo: Diagnóstico de escrita

Objetivos específicos:

 Compreender o que é um diagnóstico de escrita;


 Observar a realização de um diagnóstico de escrita;
 Aprender a realizar um diagnóstico de escrita;

Estratégia: leitura e discussão de texto / Interpretação de imagens

precocemente-significa-empurrar-a-crianca-para-
http://www.coisademae.com/2013/05/alfabetizar-

o-mundo-adulto-antes-da-hora/crianca-
escrevendo/, capturado em 19/08/14
Sondagem ou Diagnóstico

A sondagem é um dos recursos de que o professor dispõe para conhecer as


hipóteses que os alunos ainda não alfabetizados têm sobre a escrita alfabética. É um
momento em que também o aluno tem oportunidade de refletir enquanto escreve,
com a ajuda do adulto.

A sondagem pode ser uma relação de palavras acompanhadas ou não de


frases, uma produção espontânea de texto ou qualquer outra atividade de escrita,
desde que seja acompanhada de uma leitura imediata do aluno. Por meio da
sondagem podemos perceber se o aluno faz ou não relação entre fala e escrita e, se
faz, de que tipo é a relação.

É de grande valia, para o professor, realizar essas sondagens uma vez ao


mês, pois isso permite conhecer a evolução "histórica” da escrita dos alunos, Trata-se
de uma avaliação diagnóstica do processo de aprendizagem do sistema alfabético,
que não é estática: é o retrato do momento em que foi realizada e pode mudar,
inclusive, de um dia para o outro.

Sugerimos uma sondagem que compreenda uma relação de palavras e uma


frase, considerando o seguinte:

 A relação de palavras deve-se iniciar com um polissílabo e acabar com um


monossílabo.
 Não deve haver repetição de letras nas palavras.
 Não se deve ditar palavras “silabando".

8
 Cada palavra escrita deve ser imediatamente acompanhada da leitura do aluno.
 É importante que o professor registre a escrita e a leitura do aluno, bem corno
outras informações que julgue “relevantes" em una folha à parte.
 Na elaboração da frase, deve-se utilizar pelo menos uma das palavras que
pertencem à relação, para que se possa observar se há estabilidade na escrita.

Exemplificando:
Animais Material escolar Partes do corpo

mariposa, dinossauro, lapiseira, caderno, caneta, sobrancelha, cabeça,


formiga, esquilo, coelho, massinha, livro, lápis, barriga, orelha perna,
tigre, onça, urso, cão, rã. papel, giz. braço, dedo, unha, pé,
mão.
O tigre está na floresta. Comprei um caderno.
O menino machucou o pé.

É fundamental que o professor faça um arquivo das produções mais


significativas dos alunos no decorrer do ano, pois isso lhe dará a oportunidade e
também ao aluno, de conhecer o seu processo de evolução.
OBS: Listas são textos Formados por palavras ou pequenos enunciados dispostos um embaixo do
outro, que definem um campo semântico e tem função pragmática. Por exemplo, uma lista de
compras, lista dos livros do acervo da classe, dos ingredientes de uma receita, etc .
Fonte: PCN- Módulo Alfabetização

Exibição de vídeo:
Diagnóstico na alfabetização inicial

Disponível no canal do Youtube:


http://www.youtube.com/watch?v=gOenpfDWPeA

Questões para debate em grupo:


Quais são as diferenças entre o diagnóstico proposto no texto e no vídeo? E as
semelhanças?

O que pode e o que não pode ser feito, pelo professor, durante o desenvolvimento do
diagnóstico?

Você já viu, nas turmas em que estagiou, professores realizando o diagnóstico de escrita?

Você acredita que será capaz de realizar o diagnóstico e ver a criança escrever como
pensa?

9
Conteúdo: Visita à escola municipal: aplicação do Projeto Brincadeiras de
Criança

Objetivos específicos:

 Aplicar o diagnóstico de escrita com os alunos do ciclo de alfabetização;


 Desenvolver atividades que auxiliem os alunos no processo de
construção da escrita;
 Oportunizar ao professorando o desenvolvimento de uma atividade
prática com o auxílio da professora do Laboratório;
 Vivenciar práticas alfabetizadoras construtivistas;
 Avaliar o desenvolvimento das atividades.

Nesta primeira visita, vamos seguir uma estrutura de projeto


pedagógico já definida. O grupo precisa escolher a história que
utilizará na Leitura para deleite e como executará. Se necessário
pode haver adaptações no projeto.

A seguir encontram-se as propostas para aplicação do Projeto


Brincadeiras de Criança em dois dias, caso haja necessidade de
divisão da turma ou tenha mais de uma turma de 3º ano, Curso
Normal, na escola.

Além disso, constam aqui as atividades que serão desenvolvidas


com os alunos da escola municipal (no final desta Unidade Didática),
paginadas para melhor compreensão das tarefas a cumprir nas
aulas.

Nas próximas visitas, o grupo encaminhará o trabalho com o auxílio


da professora do Laboratório.

10
Proposta 1: Projeto Brincadeiras de Criança
Objetivos:
- conhecer as hipóteses de escrita dos alunos;
- promover atividades de reflexão do sistema alfabético de escrita;
- observar as crianças durante o recreio, percebendo as brincadeiras que priorizam;
Sondagem de Escrita dos nomes de brincadeiras a partir de imagens
escrita
Atividade de Leitura para deleite: escolher uma história e definir sua execução
leitura
Atividade de  Desenhar e escrever, com letras móveis, o nome da brincadeira favorita;
escrita  Construir uma lista de brincadeiras que os alunos conhecem;
 1º e 2º anos - Música: "Desengonçada", de Bia Bedran
 3º ano - Música: "Criança não trabalha", do grupo Palavra Cantada
 Pesquisa, com familiares, sobre as brincadeiras preferidas deles na infância.
Atividade Música: "Desengonçada", Bia Bedran
psicomotora
Avaliação Dos alunos: observação durante o desenvolvimento das atividades;
Dos professorandos: individual, coletiva, seguida de debate no grupo.
Desenvolvimento
 A turma será dividida em tantos grupos quanto forem as turmas do ciclo de alfabetização da
escola (1º, 2º e 3º anos de escolaridade);
 Iniciar com a história, criando momentos de interação com as crianças. Lembre-se: o
professor é modelo de leitor! Leia sempre a história com antecedência antes de levá-la ao
aluno, a fim de se familiarizar com o texto e encontrar os melhores recursos da leitura
quando for apresentar a história em voz alta. A contação de histórias, quando bem feita, é
um importante recurso para o professor.
 Diagnóstico de escrita
o fazer coletivamente, mas garantir que as crianças realizem individualmente e
escrevam "do jeito que acham que deve ser escrito";
o pedir que escrevam com letra bastão (caixa alta);
o mostrar imagens ampliadas e dizer o nome de cada brincadeira (BOLINHA DE GUDE,
AMARELINHA, PULA CORDA, PETECA, PIÃO) ATIVIDADES - página B do anexo;
o quando todos escreverem as palavras, ditar a frase A MENINA BRINCA DE
AMARELINHA, para que escrevam na última linha;
 Propor que desenhem e escrevam, com letras móveis, a brincadeira favorita (ATIVIDADES
- página C do anexo). Nesse momento, a criança escreverá convencionalmente. Por isso,
deverá receber ajuda para construir a palavra com as letras móveis antes de colá-las;
 Ao término, listar todas as brincadeiras conhecidas dos alunos, coletivamente, numa folha
40kg. O professor é o escriba, modelo de escritor;
 1º e 2º anos: Cantar, dançar e realizar as atividades da música "Desengonçada", de Bia
Bedran (ATIVIDADES - página D do anexo);
 3º ano - Cantar e realizar as atividades com a música: "Criança não trabalha", do grupo
Palavra cantada (ATIVIDADES - página F do anexo)
 Explicar a atividade de memórias de brincadeiras, que será tarefa de casa. Solicitar às
crianças que pesquisem, com familiares, sobre as brincadeiras de criança do passado
(ATIVIDADES - página E do anexo);
 Levar as crianças para o pátio proporcionando momento livre, de brincadeiras. O professor
poderá intervir nas brincadeiras a medida que as crianças solicitem ou que haja risco de se
machucarem.

11
Proposta 2: Projeto Brincadeiras de Criança
Objetivos:
- conhecer as hipóteses de escrita dos alunos;
- promover atividades de reflexão do sistema alfabético de escrita;
- observar as crianças durante o recreio, percebendo as brincadeiras que priorizam;
Sondagem/ Ditado de palavras de um mesmo campo semântico (brincadeiras), seguindo as
diagnóstico orientações da teoria psicogenética, descrita por Emilia Ferreiro:
de escrita:
PATINETE – FUTEBOL – CORDA – TREM - EU BRINCO DE PULAR CORDA
Atividade Leitura para deleite: O grupo deverá escolher uma história para ler
de leitura: Leitura de imagem: diferenças entre as imagens (fotografia e pintura)
Parlenda: “Um homem bateu em minha porta”
Música: Pula corda, Trem da Alegria
Atividade Lista das brincadeiras preferidas dos familiares.
de escrita:
Atividade Pular corda.
psicomotora:
Desenvolvimento:
 Apresentação dos alunos e professores (crachás);
 Leitura da história;
 O grupo de professores será dividido para que uma parte realize o diagnóstico de escrita e, a
outra, dê conta do desenvolvimento das atividades;
 Diagnóstico de escrita será realizado em trio (a cada aluno, um professor "comandará" o
diagnóstico, enquanto os outros dois assistem o colega na execução da tarefa). O aluno sairá
da sala para realizar o diagnóstico e, depois, retornará para realizar as atividades;
 Na turma, retomar a atividade distribuída terça-feira, onde as crianças precisavam pesquisar,
com seus familiares, as brincadeiras preferidas deles. Cada criança deverá ler as brincadeiras
de seus familiares enquanto o professor cria uma lista coletiva.
 Distribuir a atividade da parlenda (ATIVIDADES - página G do anexo);
 Deixar os alunos explorarem a folha livremente, sem encaminhamento do professor
(observar o comportamento deles);
 Questionar as diferenças entre as imagens, esclarecendo que há uma fotografia e uma
pintura, procurando sanar as dúvidas que surgirem;
 Responder, oralmente, às questões propostas nesta atividade;
 Perguntar se conhecem o texto e, depois, ler com os alunos;
 Escrever, convencionalmente, CORDA;
 Realizar a atividade de reescrita da parlenda e atividade relacionada às ações (1º e 2º anos:
ATIVIDADES - página H do anexo / 3º ano: ATIVIDADES - página I do anexo). As frases da
parlenda e as letras móveis encontram-se, respectivamente, em ATIVIDADES - páginas K e L
do anexo;
 Somente no 3º ano: realizar a atividade da música: "Pula Corda" (ATIVIDADES página J do
anexo);
 Brincar de pular corda com as crianças, no pátio ou na área externa.

12
Conteúdo: Avaliação da experiência vivenciada com as crianças

Objetivos específicos:

 Experienciar diferentes estratégias de avaliação de uma vivência;


 Compreender que todo planejamento precisa ser avaliado após a
execução;
 Analisar as ações pessoais e coletivas vivenciadas com as crianças.

Estratégia: Avaliação individual e coletiva.

É chegada a hora de avaliar a proposta desenvolvida com os alunos em


processo de construção da escrita. Nossa avaliação será composta por duas
etapas: uma individual e uma coletiva.

Avaliação Individual

Das experiências vivenciadas com as crianças, descreva o que você não curtiu e o
que você curtiu ao lado das respectivas imagens.

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https://futebolenoestadio.wor
dpress.com/tag/globo/,
capturado em 17/09/14

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https://futebolenoestadio.wor _________________________________________________________________________
dpress.com/tag/globo/,
apturado em 17/09/14

13
Avaliação em grupo

Definam qual foi a contribuição da proposta desenvolvida com as crianças


para a formação profissional de vocês.

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http://mixartt.com.br/trabalho-em-
___________________________________________________________________
grupo/, capturado em 23/10/14

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___________________________________________________________________ http://kdfrases.com/frase/111143, capturado em 23/10/14

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Conteúdo: Processo de construção da escrita

Objetivos específicos:

 Compreender a escrita alfabética como um sistema e não como um


código;
 Ter contato com o texto de Emilia Ferreiro;
 Refletir sobre a construção da escrita;

Estratégia: Leitura e discussão em grupo / destaque das palavras-chave

Este fichamento foi feito pela professora Maria Isabel Valle para servir como roteiro
para as reflexões sobre a construção da escrita. Ele não substitui a leitura do livro.

 Leia, em grupo, o fichamento do Prefácio (escrito por Telma Weisz) e do capítulo 1.

 Destaque as palavras-chave do trecho lido.

 Apresente suas dúvidas ao professor e participe das reflexões com a turma.

O fichamento

O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto. O


trabalho de fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na
execução dos trabalhos acadêmicos, a assimilação do conhecimento. De
acordo com diversos autores, o fichamento deve conter a seguinte
estrutura: cabeçalho indicando o assunto e a referência da obra, isto é, a
autoria, o título, o local de publicação, a editora e o ano da publicação.
Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o
fichamento de resumo ou conteúdo e o fichamento de citações.
Fonte: http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-
fichamento.htm, capturado em 19/08/14

15
Fichamento do livro:
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 24 ed (atualizada). São Paulo: Cortez, 2001.

Pági
nas
Este é um livro sobre alfabetização que, contrariando hábitos e expectativas, não traz para o leitor
nem um novo método, nem novos testes, nem nada que se pareça com uma solução pronta. O que
autora nos oferece são ideias a partir das quais torna-se possível o que já era necessário: repensar
a prática escolar da alfabetização.
3 e 4, Prefácio, Telma Weisz

Tradicionalmente a investigação sobre as questões da alfabetização tem girado em torno da


pergunta: “como se ensina a ler e escrever?” A crença implícita era a de que o processo de
alfabetização começava e acabava entre as quatro paredes da sala de aula e que a aplicação
correta de método adequado garantia ao professor o controle do processo de alfabetização dos
alunos.
À medida que um contingente maior de crianças passou a ter acesso à educação, os números do
fracasso foram se tornando mais alarmantes.

As pesquisas de Emilia Ferreiro e colaboradores romperam o imobilismo lamuriento e acusatório e


deflagraram um esforço coletivo de busca de novos caminhos. Deslocando a investigação do
“como se ensina” para o “como se aprende”, Emilia Ferreiro descobriu e descreveu a psicogênese
da língua escrita e abriu espaço – agora sim – para um novo tipo de pesquisa em pedagogia.

A REPRESENTAÇÃO DA LINGUAGEM E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Pági
nas
Estas investigações (que há dez anos vimos realizando ininterruptamente) evidenciam que o
processo de alfabetização nada tem de mecânico, do ponto de vista da criança que aprende.
7 Essa criança, se coloca problemas, constrói sistemas interpretativos, pensa, raciocina e inventa,
buscando compreender esse objeto social particularmente complexo que é a escrita, tal como ela
existe em sociedade.
Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método
utilizado e o estado de “maturidade” ou de “prontidão” da criança. Os dois polos do processo de
aprendizagem (quem ensina e quem aprende) tem sido caracterizados sem que se leve em conta o
terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta
aprendizagem.

Tríade:

9
OBJETO: Sistema de representação alfabética da linguagem

Concepções dos que aprendem (crianças) sobre este objeto Concepções dos que ensinam (professores) sobre este objeto

A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de
10
transcrição gráfica das unidades sonoras.

16
A invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação,
não um processo de codificação. Uma vez construído, poder-se-ia pensar que o sistema de
representação é aprendido pelos novos usuários como um sistema de codificação. Entretanto, não
é assim. No caso dos dois sistemas envolvidos no início da escolarização (o sistema de
representação dos números e o sistema de representação da linguagem) as dificuldades que as
12 crianças enfrentam são dificuldades conceituais semelhantes às da construção do sistema e por
isso dizer, em ambos os casos, que a criança reinventa esses sistemas. Bem entendido: não se
trata de que as crianças reinventem as letras nem os números mas que, para poderem se servir
desses elementos como elementos de um sistema, devem compreender seu processo de
construção e suas regras de produção, o que coloca o problema epistemológico fundamental: qual
é a natureza da relação entre o real e a sua representação?
A consequência última desta dicotomia se exprime em termos ainda mais dramáticos: se a escrita
é concebida como um código de transcrição, sua aprendizagem é concebida como aquisição
técnica; se a escrita é concebida como um sistema de representação, sua aprendizagem se
converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, em uma aprendizagem
16 conceitual.

Quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria escrever um conjunto de
palavras, está nos oferecendo um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para
poder ser avaliado.
Aprender a lê-las (escritas infantis) – isto é, interpretá-las – é um longo aprendizado e requer uma
atitude teórica bem definida. Se pensarmos que a criança aprende só quando é submetida a um
ensino sistemático, e que a sua ignorância está garantida até que receba tal tipo de ensino, nada
poderemos enxergar. Mas se pensarmos que as crianças são seres que ignoram que devem pedir
17 permissão para começar a aprender, talvez comecemos a aceitar que podem saber, embora não
tenha sido dada a elas a autorização institucional para tanto. Saber algo a respeito do objeto não
quer dizer, necessariamente, saber algo socialmente aceito como “conhecimento”. “Saber” quer
dizer ter construído alguma concepção que explicita certo conjunto de fenômenos ou de objetos da
realidade.
O modo tradicional de se considerar a escrita infantil consiste em se prestar atenção apenas nos
aspectos gráficos dessas produções, ignorando os aspectos construtivos. Os aspectos gráficos
têm a ver com a qualidade do traço, a distribuição espacial das formas, a orientação predominante
(da esquerda para a direita, de cima para baixo), a orientação dos caracteres individuais
(inversões, rotações, etc.). Os aspectos construtivos têm a ver com o que se quis representar e
os meios utilizados para criar diferenciações entre as representações.
Do ponto de vista construtivo, a escrita infantil segue uma linha de evolução surpreendentemente
18
regular, através de diversos meios culturais, de diversas situações educativas e de diversas
línguas. Aí, podem ser distinguidos três grandes períodos no interior dos quais cabem múltiplas
subdivisões:
 Distinção entre o modo de representação icônico e o não-icônico;
 A construção de formas de diferenciação (controle progressivo das variações sobre os eixos
qualitativo e quantitativo);
 A fonetização da escrita (que se inicia com um período silábico e culmina no período alfabético)
19 A distinção entre “desenhar” e “escrever” é de fundamental importância.
As crianças não empregam seus esforços individuais para inventar letras novas: recebem a forma
das letras da sociedade e as adotam tal e qual.
Por outro lado as crianças dedicam um grande esforço intelectual na construção de formas de
diferenciação entre as escritas e é isso que caracteriza o período seguinte. Esses critérios de
20
diferenciação são, inicialmente, intrafigurais.
Os critérios intrafigurais se expressam, sobre o eixo quantitativo, como a quantidade mínima de
letras – geralmente três – que uma escrita deve ter para que “diga algo” e, sobre o eixo qualitativo,
como a variação interna necessária para que uma série de grafias possa ser interpretada.

17
O passo seguinte se caracteriza pela busca de diferenciações entre as escritas produzidas
precisamente para “dizer coisas diferentes”. Começa então uma busca difícil e muito elaborada de
modos de diferenciação, que resultam ser interfigurais.

Nesses dois primeiros períodos, o escrito não está regulado por diferenças ou semelhanças entre
os significantes sonoros. É a atenção às propriedades sonoras do significante que marca o
24 ingresso no terceiro grande período desta evolução. A criança começa a descobrir que as partes
da escrita (suas letras) podem corresponder a outras tantas partes da palavra escrita (suas
sílabas). Sobre o eixo quantitativo isto se exprime na descoberta de que a quantidade de letras
com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a quantidade de partes que se
reconhece na emissão oral. Essas “partes” da palavra são inicialmente as suas sílabas. Inicia-se
assim o período silábico, que evolui até chegar a uma exigência rigorosa: uma sílaba por letra, sem
emitir sílabas e sem repetir letras.
Contradições do silábico:
- Contradição entre o controle silábico e a quantidade mínima de letras que uma escrita deve
possuir para ser “interpretável”;
- Contradição entre a interpretação silábica e as escritas produzidas pelos adultos (que sempre
25
terão mais letras do que as que a hipótese silábica permite antecipar).

No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras podem começar a
adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis.
27
O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em via de serem
abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos.
O método não pode criar conhecimento.

É útil se perguntar através de que tipos de práticas a criança é introduzida na língua escrita e
como se apresenta o objeto no contexto escolar. Há práticas que levam a criança à convicção de
que o conhecimento é algo que os outros possuem e que só se pode obter da boca dos outros,
30
sem nunca ser participante na construção do conhecimento. Há práticas que levam a pensar que “o
que existe para se conhecer" já foi estabelecido como um conjunto de coisas fechado, sagrado,
imutável e não-modificável. Há práticas que levam a que o sujeito (a criança neste caso) fique de
“fora” do conhecimento, como espectador passivo ou receptor mecânico, sem nunca encontrar
respostas aos “porquês” aos “para quês” que já nem sequer se atreve a formular em voz alta.
Nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de conceber o
processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem. São provavelmente essas práticas
31
(mais do que os métodos em si) que têm efeitos mais duráveis a longo prazo, no domínio das
língua escrita como em todos os outros.
32
Somente o conhecimento da evolução psicogenética pode nos obrigar a abandonar uma visão
adultocêntrica do processo.
Existe uma polêmica tradicional sobre a ordem em que devem ser introduzidas as atividades de
leitura e de escrita.
35 Se pensarmos que o ensino da língua escrita tem por objetivo o aprendizado de um código de
transcrição, é possível dissociar o ensino da leitura e da escrita enquanto aprendizagem de duas
técnicas diferentes, embora complementares.
A língua escrita é um objeto de uso social, com uma existência social (e não apenas escolar).
Quando as crianças vivem em um ambiente urbano, encontram escritas por toda parte (letreiros da
37
rua, vasilhames comerciais, propagandas, anúncios da tevê, etc.). No mundo circundante estão
todas as letras, não em uma ordem preestabelecida, mas com a frequência que cada uma delas
tem na escrita da língua. Todas as letras em uma grande quantidade de estilos e tipos gráficos.
Ninguém pode impedir a criança de vê-las e se ocupar delas.
38 A criança vê mais letras fora do que dentro da escola.
Do que foi dito fica claro, do nosso ponto de vista, que as mudanças necessárias para enfrentar
sobre as bases novas a alfabetização inicial não se resolve com um novo método de ensino, nem
40
com novos testes de prontidão nem com novos materiais didáticos (particularmente novos livros de
leitura).
Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age
sobre o real para fazê-lo seu.
41
Um novo método não resolve os problemas.
Os testes de prontidão também não são neutros.

18
Conteúdo: Hipóteses de escrita

Objetivos específicos:

 Conhecer as hipóteses de escrita que as crianças constroem durante o


processo de alfabetização;
 Compreender as características de cada hipótese de escrita;
 Sistematizar esses conhecimentos na construção de um quadro;

Estratégia: leitura e construção de um quadro de sistematização

Hipóteses de escrita

No período pré-
silábico, a criança ainda
não entende que o que a
escrita registra é a
sequência de “pedaços
sonoros” das palavras.
Num momento muito inicial,
a criança, ao distinguir
desenho de escrita,
começa a produzir
rabiscos, bolinhas e
garatujas que ainda não
são letras. À medida que
vai observando as palavras
ao seu redor (e
aprendendo a reproduzir
seu nome próprio ou outras
Exemplos de escritas de crianças com hipóteses pré-silábicas
palavras), ela passa a usar letras, mas sem
estabelecer relação entre elas e as partes orais da palavra que quer escrever. Pode, inclusive,
apresentar o que alguns estudiosos chamaram de realismo nominal, que a leva a pensar que
coisas grandes (casa, carro) seriam escritas com muitas letras, ao passo que coisas pequenas
(formiguinha, por exemplo) seriam escritas com poucas letras. Nessa longa etapa pré-silábica, sem
que os adultos lhe ensinem, a criança cria duas hipóteses absolutamente originais:

• a hipótese de quantidade mínima, segundo a qual é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras
para que algo possa ser lido;
• a hipótese de variedade, ao descobrir que, para escrever palavras diferentes, é preciso
variar a quantidade e a ordem das letras que usa, assim como o próprio repertório de letras que
coloca no papel. De modo parecido, a criança passa a conceber que, no interior de uma palavra, as
letras têm que variar. A figura acima apresenta escritas pré-silábicas produzidas por diferentes
alunos, no final da educação infantil. Se pedirmos à criança que leia o que acabou de escrever,
apontando com o dedo, nessa etapa, ela geralmente não busca fazer relações entre as partes
escritas (letras, agrupamentos de letras) e as partes orais das palavras em foco.

19
No período silábico, ocorre uma revolução. A criança descobre que o que coloca no papel
tem a ver com as partes orais que pronuncia, ao falar as palavras. Mas, nessa etapa, ela acha que
as letras substituem as sílabas que pronuncia. Num momento de transição inicial, a criança ainda
não planeja, cuidadosamente, quantas e quais letras vai colocar para cada palavra, mas demonstra
que está começando a compreender que a escrita nota a pauta sonora das palavras, porque, ao ler
o que acabou de escrever, busca fazer coincidir as sílabas orais que pronuncia com as letras que
colocou no papel, de modo a não deixar que sobrem letras (no que escreveu). Esse tipo de
hipótese é ilustrado pela primeira escrita apresentada na figura abaixo. As escritas silábicas
estritas, que aparecem depois, seguem uma regra exigente: uma letra para cada sílaba
pronunciada. Tais escritas podem ser de dois tipos:

• silábicas quantitativas ou “sem valor sonoro”, nas quais a criança tende a colocar, de forma
rigorosa, uma letra para cada sílaba pronunciada, mas, na maior parte das vezes, usa letras que
não correspondem a segmentos das sílabas orais da palavra escrita. Esse tipo de escrita, que não
observamos em todas as crianças, também é ilustrado na figura 3;
• silábicas qualitativas ou “com valor sonoro”, nas quais a criança se preocupa em colocar
não só uma letra para cada sílaba da palavra que está escrevendo, mas também letras que
correspondem a sons contidos nas sílabas orais daquela palavra.

Assim, como ilustra o último tipo de escrita apresentado pela figura acima, é comum as
crianças colocarem as vogais de cada sílaba. Mas, em alguns casos, elas também podem colocar
consoantes, como P T K para peteca.
Apesar da grande evolução que conseguiu, a criança vai sofrer uma série de conflitos ao ver
que sempre escreve as palavras com menos letras do que as usadas pela professora ou por
meninos e meninas já alfabetizados. Ao tentar escrever as palavras bota e sopa, ela pode registrar
no papel, para cada palavra, apenas as vogais O A e ficar “embatucada”, diante de hipóteses que
tinha elaborado antes: como podem duas coisas diferentes serem escritas com as mesmas letras e
estas aparecerem na mesma ordem? Como pode ser palavra algo que tem tão poucas letras?

No período silábico-alfabético, um novo e enorme salto qualitativo ocorre e a criança


começa a entender que o que a escrita nota ou registra no papel tem a ver com os pedaços
sonoros das palavras, mas que é preciso “observar os sonzinhos no interior das sílabas”. Alguns
estudiosos consideram que tal etapa de transição não constitui em si um novo nível ou nova
hipótese, mas uma clara fase “de transição”. Ao notar uma palavra, ora a criança coloca duas ou
mais letras para escrever determinada sílaba, ora volta a pensar conforme a hipótese silábica e

20
põe apenas uma letra para uma sílaba inteira. A figura abaixo traz exemplos de escritas silábico-
alfabéticas.

Como você já deve ter observado, certas letras (como B, C, D, G, K, P, Q, T, V, Z) cujos


nomes correspondem a sílabas CV (consoante – vogal), tendem a aparecer substituindo sílabas
inteiras na escrita de crianças que se encontram nessa etapa. Assim, encontramos BLEZA para
beleza ou LAPZRA para lapiseira.

Finalmente, no período alfabético, as crianças escrevem com muitos erros ortográficos,


mas já seguindo o princípio de que a escrita nota, de modo exaustivo, a pauta sonora das palavras,
colocando letras para cada um dos “sonzinhos” que aparecem em cada sílaba. A figura abaixo traz
exemplos de escrita produzida por uma criança que chegou a essa última etapa do processo de
apropriação do sistema alfabético.
É preciso compreendermos que a criança ainda não
pensa em “fonemas isolados”, tal como o faz um linguista.
Ela sabe, por exemplo, que cavalo e cofre “começam
parecido”, mas não precisa ser capaz de pronunciar o
fonema /k/ isolado, para ter tal conhecimento e escrever
com uma convencionalidade mínima, que nos permite ler e
entender o que ela notou.
Também devemos estar atentos para o fato de que
ter alcançado uma hipótese alfabética não é sinônimo
de estar alfabetizado. Se já compreendeu como o SEA
funciona, a criança tem agora que dominar as convenções
som-grafia de nossa língua. Esse é um aprendizado de
tipo não conceitual, que vai requerer um ensino
sistemático e repetição, de modo a produzir automatismos.
A consolidação da alfabetização, direito de aprendizagem
a ser assegurado nos segundo e terceiro anos do primeiro
ciclo, é o que vai permitir que nossas crianças leiam e
produzam textos, com autonomia.

Exemplo de escritas de uma criança com


hipótese alfabética
21
A figura a seguir mostra a evolução da escrita de uma criança, Taciana, que acompanhamos
durante o primeiro ano do ensino fundamental. Tendo uma hipótese pré-silábica em março,
Taciana concluiu o primeiro ano com uma clara hipótese alfabética. Restava a ela, como já
dissemos, dominar as convenções letra-som de nossa língua.

Mas, como sabemos, as crianças não começam a tentar compreender a escrita apenas
quando entram no 1º Ano; elas podem avançar muito, no final da educação infantil, se vivenciarem,
na escola, oportunidades para tal. A figura que mostra escritas de Ryan, nos meses de março,
julho e novembro, no ano em que completou cinco anos. No final do ano, Ryan já tinha alcançado
uma hipótese silábico-alfabética, antes de completar 6 anos. Como explicar tanto progresso? Ora,
sua professora, além da leitura de histórias, fazia, em sala, muitas atividades de jogos com
palavras e com cantigas e parlendas.

22
Hipóteses de escrita de uma criança nos meses de março, julho e dezembro, no último ano da Ed. Inf.

Lembramos que, numa visão construtivista, a criança precisa reconstruir em sua mente as
propriedades do SEA e que, em tal percurso, não é possível “queimar etapas”, já que um
conhecimento novo só pode surgir a partir da transformação de um conhecimento anterior. Mesmo
que a criança não revele certas subetapas (por exemplo, a hipótese silábica “sem valor sonoro” ou
“quantitativa”), não podem ocorrer saltos enormes, sem as mudanças, no modo de compreender o
SEA, que levariam mais e mais a uma escrita como as dos indivíduos já alfabetizados. Assim,
precisamos ter consciência de que uma criança pré-silábica não pode se tornar alfabética porque
lhe damos “uma aulinha”, explicando que as letras notam os fonemas ou sonzinhos das palavras.
Não é porque os adultos criam explicações sobre “abraços” de letras “amiguinhas” que a criança
vai, magicamente, da noite para o dia, mudar sua maneira de pensar. Para isso, ela precisa ser
desafiada, ser convidada a refletir sobre as palavras, observando, no interior das mesmas, as
partes orais e escritas.
MORAIS, Artur Gomes de e LEITE, Tânia Maria S.B. Rios. A escrita alfabética: por que ela é um sistema notacional e
não um código? Como as crianças dela se apropriam? In: Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à
Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa : a aprendizagem do sistema de escrita alfabética :
ano 1 : unidade 3 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. --
Brasília : MEC, SEB, 2012, p. 12-17
Com adaptações realizadas por Maria Isabel Valle

23
Material de apoio:

CURTO MARUNY, L. (org.). Escrever e ler (vol. 1). Porto Alegre: Artmed, 2000

Beatriz
Ricardo

Joice

Júlia

Estas escritas foram realizadas por crianças de uma escola


municipal de Nova Iguaçu, em fevereiro de 2014, e organizadas
pela professora Maria Isabel Valle e servem de referência para os
estudos da construção da língua escrita.
Obs.: Os nomes originais foram substituídos por pseudônimos

24
Com apoio de parte do texto A escrita alfabética: por que ela é um sistema notacional e não um código? Como as crianças dela se
apropriam?, de Artur Gomes de Morais e Tânia Maria S.B. Rios Leite, preencha o quadro abaixo, em grupo:

Hipótese Pré-silábica
O que a criança sabe? Nessa hipótese quais são as Formule exemplos de escritas O que a criança precisa saber
"regras" para a escrita? Como pré-silábicas: para avançar nas hipóteses?
se caracteriza a escrita da
criança?

Hipótese Silábica
O que a criança sabe? Nessa hipótese quais são as Formule exemplos de escritas O que a criança precisa saber
"regras" para a escrita? Como silábicas: para avançar nas hipóteses?
se caracteriza a escrita da
criança?
Hipótese Silábica-alfabética
O que a criança sabe? Nessa hipótese quais são as Formule exemplos de escritas O que a criança precisa saber
"regras" para a escrita? Como silábicas-alfabéticas: para avançar nas hipóteses?
se caracteriza a escrita da
criança?

Hipótese Alfabética
O que a criança sabe? Nessa hipótese quais são as Formule exemplos de escritas O que a criança precisa saber
"regras" para a escrita? Como alfabéticas: para avançar nas hipóteses?
se caracteriza a escrita da
criança?

Bibliografia:
MORAIS, Artur Gomes de e LEITE, Tânia Maria S.B. Rios. A escrita alfabética: por que ela é um sistema notacional e não um código? Como as crianças dela se apropriam?
In: Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa : a aprendizagem do sistema de escrita
alfabética : ano 1 : unidade 3 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília : MEC, SEB, 2012, p. 12-17
Conteúdo: Análise das escritas das crianças

Objetivos específicos:

 Analisar as escritas das crianças realizadas na escola municipal;


 Compreender a hipótese de escrita presente nas produções infantis;
 Colocar em prática um conhecimento teórico estudado;

É hora de colocar a mão na massa...


Com os textos, material de apoio e a tabela construída, analise, em grupo, as escritas das
crianças realizadas na escola municipal. Descubra qual é a hipótese de escrita que mais
se aproxima das ideias das crianças e monte um portfólio com as escritas infantis.

O que é um Portfólio?

brincadeiras-para-se-fazer-calor.html, capturado em 17/09/14


http://www.mildicasdemae.com.br/2014/02/10-melhores-
Portfólio é um conjunto organizado de trabalhos
produzidos pelo aluno ao longo de determinado período (o
ano letivo, por exemplo). Quando bem montada, essa
coletânea se transforma em um excelente instrumento de
avaliação. O critério da escolha não pode ser apenas o da
excelência. O que importa é selecionar trabalhos que
demonstrem a trajetória da aprendizagem.
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/qual-
finalidade-portfolios-627214.shtml, capturado em 17/09/14

O portfólio pode ser utilizado em diferentes níveis de


formação: desde a Educação Infantil à Universidade.

No texto "Portfólio: um recurso para estudo e prática na Educação


http://www.clubedoflechinha.com/quem.htm,

Infantil", de Marise de Alencar e Marise França, as autoras relatam


uma experiência em que utilizaram o portfólio como um instrumento de
acompanhamento das aprendizagens dos alunos.

Você pode ler o artigo completo escrito, publicado na


capturado em 17/09/14

Revista do Professor, Porto Alegre, 23, abr/jun 2007, através do site:

http://www.revistadoprofessor.com.br/site/sistema/as/artigos/59007.pdf

27
Conteúdo: Jogos na alfabetização

Objetivos específicos:

 refletir sobre o uso de jogos na alfabetização;


 fornecer exemplos de atividades que favoreçam a aprendizagem do
sistema de escrita alfabético;
 conhecer os jogos de alfabetização distribuídos às escolas públicas
brasileiras.

Estratégias: Dinâmica Não repita a informação, leitura do texto e debate em


grupo

Dinâmica de leitura:
NÃO REPITA A INFORMAÇÃO

a) Durante a leitura do texto, destaque os pontos que achar relevantes;

b) Ao término da leitura, o professor solicitará que cada aluno da turma fale uma
informação do texto;

b) No entanto, as informações não poderão se repetir; assim, na sequência da


apresentação de informações pelos alunos, cada um deverá falar uma nova informação do
texto, ou seja, uma informação diferente das apresentadas, anteriormente, pelos colegas.

c) A cada nova informação o grupo debaterá questões relevantes sobre o tema proposto
pelo colega.

Fonte: Livro Dinâmicas para sala de aula, de Mary Rangel, com adaptações realizadas pela
professora Maria Isabel Valle

28
Por que jogos na alfabetização?
Muitos estudiosos, como Quintiliano, Erasmo, Rabelais, Fröebel, em diferentes
épocas, têm defendido a ideia de que precisamos promover um ensino mais lúdico e
“criativo”, surgindo, assim, a noção de “brinquedo educativo”. A esse respeito, Kishimoto
(2003, p. 36), mostra-nos que:
O brinquedo educativo data dos tempos do Renascimento, mas ganha força com a
expansão da Educação Infantil [...]. Entendido como recurso que ensina,
desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se no
quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos brinquedos de tabuleiro
que exigem a compreensão do número e das operações matemáticas, nos
brinquedos de encaixe, que trabalham noções de sequência, de tamanho e de
forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras cuja concepção exigiu um olhar para
o desenvolvimento infantil e materialização da função psicopedagógica: móbiles
destinados à percepção visual, sonora ou motora; carrinhos munidos de pinos que
se encaixam para desenvolver a coordenação motora, parlendas para a expressão
da linguagem, brincadeiras envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica
e simbólica.

Na alfabetização, os brinquedos educativos podem ser poderosos aliados para que


os alunos possam refletir sobre o sistema de escrita, sem, necessariamente, serem
obrigados a realizar treinos enfadonhos e sem sentido. Nos momentos de jogo, as crianças
mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita, consolidando
aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área.
Brincando, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema alfabético
e socializar seus saberes com os colegas.
No entanto, é preciso estar atento que nem tudo se aprende e se consolida durante
a brincadeira. É preciso criar situações em que os alunos possam sistematizar
aprendizagens, tal como propõe Kishimoto (2003, pp. 37/38):
A utilização do jogo potencializa a exploração e construção do conhecimento, por
contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer
a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a
sistematização de conceitos em outras situações que não jogos.

Nesse sentido, o professor continua sendo um mediador das relações e precisa,


intencionalmente, selecionar os recursos didáticos em função dos seus objetivos, avaliar
se esses recursos estão sendo suficientes e planejar ações sistemáticas para que os
alunos possam aprender de fato. Mrech (2003, p. 128) também defende tal ideia, quando
diz que “brinquedos, jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu
bojo um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em
potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno”, ou seja, não podemos
esquecer que é o professor que faz as mediações entre os alunos e os recursos materiais
que disponibiliza, sendo necessário, portanto, que tenha consciência do potencial desses
materiais.
Para selecionar os jogos que serão usados na sala de aula, o professor pode,
inicialmente, fazer um levantamento das brincadeiras conhecidas pelas crianças. Verá que
muitas delas brincam com a língua, quando cantam músicas e cantigas de roda; recitam
parlendas, poemas, quadrinhas; desafiam os colegas com diferentes adivinhações;
participam do jogo da forca, de adedonha (também chamado de “stop ortográfico” ou
“animal, fruta, pessoa, lugar”) ou de palavras cruzadas, dentre outras brincadeiras. Ou
seja, o professor pode se valer dos jogos que as crianças já conhecem e que, juntamente

29
com outros que ele introduzirá, ajudam a transformar a língua num objeto de atenção... e
reflexão.
Como defendem Debyser (1991) e Vever (1991), entendemos que os “jogos de
linguagem”, tão frequentes nas mais variadas culturas, permitem introduzir, na sala de
aula, um espaço de prazer e de ampliação da capacidade humana de lidar com a
linguagem, numa dimensão estética, gráfica e sonora. Vever (1991), ao enfocar
especificamente os “jogos com palavras”, observa que este tipo de atividade tem uma
essência de materialidade lúdica. Tal materialidade, segundo o autor,
...torna os signos palpáveis: nos damos conta de que as palavras não são feitas
apenas de fonemas e grafemas, mas de sons e de letras e que estes sons e estas
letras dialogam de uma palavra a outra, em correspondências tão polifônicas, que
os sentidos acabam sempre misturando-se e embaralhando-se. ... Brincar com as
palavras torna-se, então, jogar com a substância da expressão: sons, letras,
sílabas, rimas... e com os acidentes de forma e de sentido que esta manipulação
encerra (VEVER, 1991, p. 27).

Mas, razões de outra ordem também nos levam a considerar, seriamente, a


necessidade de usar tais jogos, de forma intensa, no início da escolarização. Diferentes
estudos, realizados tanto no Brasil como no exterior, apontam a adequação de a instituição
escolar promover, desde o último ano da educação infantil, aqueles jogos que levam à
reflexão sobre palavras, rimas e sílabas semelhantes (MORAIS, 2004). Os ganhos
alcançados se comungam com evidências de que a consciência fonológica – num sentido
amplo, que não se restringe à noção de “consciência fonêmica” – deve ser promovida
durante o processo de alfabetização formal.
Considerando que a consciência fonológica é um conjunto de habilidades
necessárias, mas não suficientes para que o aprendiz se alfabetize, ao iniciar crianças
pequenas em situações que lhes permitam conviver com a escrita alfabética como um
sistema notacional, julgamos mais adequado incluir a reflexão fonológica num amplo
conjunto de atividades de “reflexão sobre o funcionamento das palavras escritas”
(MORAIS, 2006). Desse modo, os aprendizes, são ajudados a iniciar a observação de
certas propriedades do sistema alfabético (como a ordem, a estabilidade e a repetição de
letras nas palavras), ao mesmo tempo em que, divertindo-se, analisam as semelhanças
sonoras (de palavras que rimam ou têm sílabas iniciais ou mediais iguais) bem como
examinam a quantidade de partes (faladas e escritas) das palavras (MORAIS; LEITE,
2005).
Em lugar de uma concepção de
treinamento, propomos um ensino que
permita aos alunos tratar as palavras como
objetos com os quais se pode brincar e, de
uma forma menos ritualística, aprender.
O uso dos jogos de alfabetização
visa, portanto, a garantir a todos os alunos
oportunidades para atuarem ludicamente
como sujeitos da linguagem, numa
dimensão mais reflexiva, num contexto que
não exclui os usos pragmáticos, nem os de
puro deleite da língua escrita, através da
leitura e exploração de textos... e de
palavras. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=
FONTE: Jogos de Alfabetização, p. 13 - CEEL/UFPE 49126, capturada em 10/10/14

30
Questão para reflexão e, em seguida, debate:

Como o jogo é utilizado nas salas de aulas em que você


realiza seus estágios?

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Agora é hora de relacionar os conhecimentos...

Tendo em mãos os textos e os materiais de apoio utilizados até aqui,


preencha o quadro da próxima página, relacionando os objetivos dos
jogos às hipóteses de escritas que as crianças constroem.

Atenção!!!
Esse é apenas um exercício para revermos o que as crianças pensam
quando constroem a escrita. Não é adequado rotular os jogos e permitir
que somente crianças de determinada hipótese participem da atividade
lúdica... Não!
Por exemplo, os jogos que auxiliam as crianças que estão na hipótese
pré-silábica podem, perfeitamente, ser utilizados por uma criança
alfabética. Entretanto, o inverso pode não ser verdadeiro. Ou seja,
dependendo do objetivo proposto para o jogo, uma criança que esteja
na fase pré-silábica da construção da escrita, pode não ter os
conhecimentos mínimos necessários à execução do jogo.
Então, mãos à obra!

31
Títulos dos Hipóteses de escrita
Tipo de Jogo Objetivos jogos que consiga executar
o jogo

Jogos de - Compreender que, para aprender a escrever, é preciso refletir sobre os sons e não apenas Trinca mágica
análise sobre os significados das palavras.
fonológica - Compreender que as palavras são formadas por unidades sonoras menores. Batalha de
- Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração dos sons iniciais das palavras
palavras (aliteração) ou finais (rimas).
- Comparar as palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras. Bingo dos
- Perceber que palavras diferentes possuem partes sonoras iguais. sons iniciais
- Identificar a sílaba como unidade fonológica.
- Segmentar palavras em sílabas. Caça rimas
- Comparar palavras quanto ao tamanho, por meio da contagem do número de sílabas.
Dado sonoro

Jogos de - Compreender que a escrita nota (representa) a pauta sonora, embora nem todas as
reflexão sobre os propriedades da fala possam ser representadas pela escrita. Mais uma
princípios que - Conhecer as letras do alfabeto e seus nomes.
regem o - Compreender que as palavras são compostas por sílabas e que é preciso registrar cada
sistema uma delas. Troca letras
alfabético - Compreender que as sílabas são formadas por unidades menores.
- Compreender que, a cada fonema, corresponde a uma letra ou a um conjunto de letras
(dígrafos), embora tais correspondências não sejam perfeitas, pois são regidas também pela Bingo da letra
norma ortográfica. inicial
- Compreender que as sílabas variam quanto à composição e número de letras.
- Compreender que, em cada sílaba, há ao menos uma vogal.
- Compreender que a ordem em que os fonemas são pronunciados corresponde à ordem em Palavra
que as letras são registradas no papel, obedecendo, geralmente, ao sentido esquerda – dentro de
direita. palavra
- Comparar palavras quanto às semelhanças gráficas e sonoras, às letras utilizadas, à ordem
de aparição delas.
Jogos de - Consolidar as correspondências grafofônicas, conhecendo todas as letras e suas Quem
consolidação das correspondências sonoras. escreve sou
correspondências - Ler e escrever palavras com fluência, mobilizando, com rapidez, o repertório de eu
grafofônicas correspondências grafofônicas já construído.
Fonte: Jogos de alfabetização - Material Didático - CEEL - Ministério da Educação (adaptação professora Maria Isabel Valle)
Hora de brincar!!!

http://roliveirafavero.blogspot.com.br/2012/
10/jogos-de-alfabetizacaobingo-dos-
sons.html, capturado em 17/10/14
BINGO DOS SONS INICIAIS

META DO JOGO:
VENCE O JOGO QUEM PRIMEIRO COMPLETAR A SUA CARTELA, MARCANDO
TODAS AS FIGURAS.

JOGADORES: 2 A 15 JOGADORES OU DUPLAS

COMPONENTES:
- 15 CARTELAS, CADA UMA COM SEIS FIGURAS DEVIDAMENTE NOMEADAS (POR
ESCRITO).

- 30 FICHAS COM PALAVRAS ESCRITAS.

- UM SACO PARA GUARDAR AS FICHAS DE PALAVRAS.

REGRAS:
- CADA JOGADOR OU DUPLA DE JOGADORES RECEBE UMA CARTELA.

- A PROFESSORA SORTEIA UMA FICHA DO SACO E LÊ A PALAVRA EM VOZ ALTA.

- OS JOGADORES QUE TIVEREM, EM SUA CARTELA, UMA FIGURA CUJO NOME


COMECE COM A SÍLABA DA PALAVRA CHAMADA, DEVERÃO MARCÁ-LA.

- O JOGO TERMINA QUANDO UM JOGADOR OU UMA DUPLA MARCAR TODAS AS


PALAVRAS DE SUA CARTELA.

Professorando...
Como foi essa experiência de brincar
com o Bingo dos sons iniciais? Como
você se sentiu?

______________________________

______________________________

______________________________
http://atividadespedagogicasprofgracilene.blogspot.com.br/2012/06/bingo-dos-sons-iniciais-
alfabetizacao.html, capturado em 17/10/14
______________________________

______________________________
Conheça os outros jogos que
______________________________
compõem a caixa 10 jogos.
33
Conteúdo: Organização da segunda visita à escola

Objetivos específicos:

 Aplicar o diagnóstico de escrita com os alunos do ciclo de alfabetização;


 Desenvolver atividades que auxiliem os alunos no processo de
construção da escrita;
 Oportunizar ao professorando o desenvolvimento de atividades práticas
com o auxílio do professor do Laboratório;
 Vivenciar práticas alfabetizadoras construtivistas;
 Avaliar o desenvolvimento das atividades.

Estratégias: Trabalho em grupo

É chegado o momento de organizar a segunda visita aos alunos da escola municipal.


Os grupos terão mais autonomia para planejar as atividades mas precisaram seguir o roteiro e
cumprir as seguintes exigências:
 definir os objetivos;
 realizar o diagnóstico de escrita;
 promover atividades de leitura e escrita;
 promover atividades e psicomotora;
 descrever o desenvolvimento e avaliação;
 incluir um dos jogos da caixa 10 jogos;
 contar história.
Agora é com vocês!!!

http://ideiaped.blogspot.com.br/2011/03/planejamento-sim-sempre.html,
capturado em 17/10/14
34
Roteiro das atividades

Dia da aplicação: _________________________ Turma que aplicarão: ______________


Grupo: _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3º ano CN - Turma: __________
Jogo escolhido: __________________________________________________________________
Objetivos:
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Sondagem /
diagnóstico _______________________________________________________________________
de escrita _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Leitura para deleite: ______________________________________________________


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Atividade de
leitura _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Atividade de _______________________________________________________________________
escrita _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

35
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________
Atividade _______________________________________________________________________
psicomotora
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

Avaliação _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Desenvolvimento

__________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

36
Avaliação das atividades desenvolvidas na escola

Grupo: _______________________________________
___________________________________________
http://era.org.br/2012/09/os-dois-lados-da-
moeda-aspectos-a-serem-considerados-nos-
grupos-de-trabalho, capturada em 03/10/14

Vocês acham que o trabalho desenvolvido no dia de hoje é igual ao Estágio Supervisionado que
cumprem nas escolas? Por quê?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

O que sentiu quando viu as crianças escrevendo, demonstrando suas hipóteses de escrita,
conforme havia estudado em sala de aula?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Ter seu professor formador junto de vocês durante a atividade faz alguma diferença ou é a
mesma coisa que as aulas práticas do Estágio? Por quê?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Destaquem:

Três pontos positivos: _____________________________________________________

______________________________________________________________________

Três pontos negativos: _____________________________________________________

______________________________________________________________________

37
Conteúdo: Análise das escritas das crianças

Objetivos específicos:

 Analisar as escritas das crianças realizadas na escola municipal;


 Compreender a hipótese de escrita presente nas produções infantis;
 Colocar em prática um conhecimento teórico estudado;

É hora de colocar a mão na massa novamente...

Com os textos, material de apoio e o quadro construído, analise, em grupo, as escritas das
crianças realizadas na escola municipal na segunda visita.

Descubra qual é a hipótese de escrita que mais se aproxima das ideias das crianças,
compare as escritas anteriores e organize o portfólio.

O que você observaram? Houve mudanças nas escritas das crianças? Quais?

http://www.akids.com.br/index.php/post/entenda-os-
transtornos-de-aprendizagem-57, capturado 22/10/14

38
Conteúdo: Projeto Trilhas

Objetivos específicos:

 Refletir sobre qual alfabetização queremos para as crianças;


 Conhecer o Projeto Trilhas;
 Analisar as possibilidade de usos das atividades propostas no Projeto
Trilhas com alunos dos anos iniciais;
 Cadastrar-se no Portal Trilhas para ter acesso aos materiais

http://portacurtas.org.br/filme/?name=vida_maria,
Que alfabetização queremos
para as crianças?

capturado em 22/10/14
Assista o vídeo VIDA MARIA e
reflita com o grupo qual deve ser
o papel da alfabetização da vida
das pessoas...

http://bagaceiratalhada.com.br/resenha-
vida-maria/, capturado em 22/10/14
https://www.youtube.com/watch?v
=zHQqpI_522M

Anote as questões os pontos mais importantes do debate:

Que alfabetização queremos para as crianças?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

39
O Projeto Trilhas é composto por materiais que aproximam os alunos da literatura
infantil para aquisição da leitura e da escrita. Não será a solução para atingirmos a
alfabetização que queremos, mas pode ajudar o professor que queira iniciar uma prática
diferenciada com seus alunos.

No site, o Portal Trilhas, - http://www.portaltrilhas.org.br/ - o Projeto é assim definido:

O Projeto Trilhas é um conjunto de material elaborado para instrumentalizar e apoiar


o trabalho docente no campo da leitura, escrita e oralidade, com o objetivo de inserir
as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental em um universo letrado.

http://www.portaltrilhas.org.br/, acessado em 22/10/14

Antes mesmo de conhecer o material,


realizaremos uma vivência proposta no Caderno
de Orientação Histórias de acumulação.

Disponível no Portal Trilhas:

http://www.portaltrilhas.org.br/download/biblioteca/
caderno-de-orientacoes-historias-com-
acumulacao.pdf

http://www.portaltrilhas.org.br/, acessado em 22/10/14

40
Vivências das atividades 1 e 2 sugeridas no Caderno de
Orientação Histórias de acumulação:

(É interessante ler as atividades depois da vivência


coordenada por seu professor(a))

Arquivo pessoal de Maria Isabel Valle

Arquivo pessoal de Maria Isabel Valle

41
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - página 08

42
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - página 09

43
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - página 10

44
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - página 11

45
Agora que já vivenciou duas atividades propostas, em grupo, dinamize uma
atividade com os colegas da turma mostrando as possibilidades de levar o
aluno à reflexão do sistema alfabético através das propostas.

Cada grupo ficará responsável por uma das atividades.

http://www.portaltrilhas.org.br/, acessado
em 22/10/14
Após a aplicação de todas as atividades...

Registre aqui como foram as vivências realizadas por seu(a) professor(a), pelo seu
grupo e pelos colegas da turma.
O que você achou das propostas de atividade?
Qual achou mais interessante? Por quê?

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

46
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 12 e 13
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 14 e 15
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 16 e 17
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 18 e 19
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 20 e 21
Fonte: Projeto Trilhas - Caderno de Orientações Histórias de acumulação - páginas 22 e 23
Hora de brincar!!!
Conheça um dos jogos sugeridos no Projeto Trilhas

Todas as imagens foram retiradas do Caderno de


jogos: Descubra o invasor, www.portaltrilhas.org.br,
capturado em 23/10/14
53
Agora que você já teve oportunidade de vivenciar algumas atividades sugeridas no
Projeto Trilhas e brincar com um dos jogos, é chegada a hora de conhecer o conjunto de
materiais.

Materiais do Projeto Trilhas

Cadernos de orientações divididos em três temas:


1. Trilhas para Ler e Escrever textos;
2. Trilhas para abrir o Apetite Poético;
3. Trilhas de Jogos.

http://undime-sc.org.br/download/projeto-
Materiais para uso na sala de aula trilhas/, acessado em 23/10/14

-Materiais pedagógicos (Jogos e cartelas para atividades )


-Acervo com livros infantis

Lista de jogos

Jogo: Mercado
Jogo: Descubra o invasor
Jogo: Batalha dos nomes
Jogo: Passo a passo
Jogo: Bichos malucos
Jogo: Rimas
Jogo: Nomes escondidos
Jogo: Que brinquedo é esse?
Jogo: Contrários
Jogo: Agrupando imagens
http://oficinasdealfabetizacao.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html, capturado
23/10/14
http://undime-sc.org.br/download/projeto-
trilhas/, acessado em 23/10/14

54
Esse conjunto de materiais está disponível no Portal Trilhas
(www.portaltrilhas.org.br) e pode ser acessado pelos usuários. Basta cadastrar-se
seguindo as instruções do site. Veja a lista dos materiais da biblioteca:

Biblioteca do Portal Trilhas

• Apresentação do Projeto TRILHAS e Rede de


Apoio à Educação
• Audiobook
• Contatos da Rede de Apoio à Educação
• Documentos oficiais – Educação
• Educação do Campo
• Educação Inclusiva
• Educação Indígena
• Educação Infantil
• Educação Integral
• Indicações de Leitura
Imagem capturada pela professora Maria Isabel em 23/10/14,
• Instrumentos de Acompanhamento e Avaliação no Portal Trilhas
• Kit TRILHAS – Ensino Fundamental
- Cadernos de Apoio – EF
- Cadernos de Orientação para o Professor – EF
- Código de Postagem de entrega dos kits – EF
- Jogos do kit TRILHAS – EF
• Kit TRILHAS – Ensino Infantil
- Caderno de Apresentação – EI
- Caderno de Estudos – EI
- Caderno do Diretor – EI
- Cadernos de Orientação para o Professor – EI
- Jogos do kit TRILHAS – EI
• Lista de escolas beneficiadas
• Materiais dos Encontros Estaduais
• Materiais para Articulação
• Produções acadêmicas
• Termos de Adesão/ Recadastramento
• Textos para estudo e formação
• TRILHAS e PNAIC
• TRILHAS em 2012
• TRILHAS na mídia
• Undime
• Vídeos
• Vídeos do TRILHAS

Cadastre-se!

Imagem capturada pela professora Maria Isabel em 23/10/14,


no Portal Trilhas
55
Conteúdo: Organização da terceira visita à escola

Objetivos específicos:

 Aplicar o diagnóstico de escrita com os alunos do ciclo de alfabetização;


 Desenvolver atividades que auxiliem os alunos no processo de
construção da escrita;
 Oportunizar ao professorando o desenvolvimento de atividades práticas
com o auxílio do professor do Laboratório;
 Vivenciar práticas alfabetizadoras construtivistas;
 Desenvolver atividades sugeridas no Projeto Trilhas;
 Avaliar o desenvolvimento das atividades.

Estratégias: Trabalho em grupo

A última visita aos alunos da escola municipal precisa ser organizada.


Os grupos seguirão as orientações para planejar as atividades e construir o roteiro.
É necessário:
 definir os objetivos;
 realizar o diagnóstico de escrita;
 promover atividades de leitura e escrita;
 promover atividades psicomotora;
 descrever o desenvolvimento e avaliação;
 incluir uma atividade sugerida no Projeto Trilhas (pode ser a atividade de
leitura e/ou escrita);
 contar história.

Agora é com vocês!!!

56
Roteiro das atividades

Dia da aplicação: _________________________ Turma que aplicarão: ______________


Grupo: _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3º ano CN - Turma: __________
Material do Projeto Trilhas utilizado: __________________________________________________
Objetivos:
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Sondagem /
diagnóstico _______________________________________________________________________
de escrita _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Leitura para deleite: ______________________________________________________


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Atividade de
leitura _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Atividade de _______________________________________________________________________
escrita _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

57
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________
Atividade _______________________________________________________________________
psicomotora
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

Avaliação _______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Desenvolvimento

__________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

58
Conteúdo: Análise das escritas das crianças

Objetivos específicos:

 Analisar as escritas das crianças realizadas na escola municipal;


 Compreender a hipótese de escrita presente nas produções infantis;
 Colocar em prática um conhecimento teórico estudado;
 Finalizar a organização do portfólio.

Última análise das escritas infantis...


Faça a análise, em grupo, das escritas das crianças
realizadas na escola municipal durante a terceira
visita.

Descubra qual é a hipótese de escrita que mais se


aproxima das ideias das crianças, compare com as
escritas anteriores, organize o portfólio e complete o
quadro da página seguinte (sugerido no Portal Trilhas)
que sistematiza os avanços dos alunos.

http://www.escolainteracao.com.br/por-que-reescritas/,
capturado em 23/10/14

Observe e registre:
O que aconteceu com as escritas das crianças durante o ano letivo?
Como você analise a evolução das escritas?
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

59
Portal Trilhas - www.portaltrilhas.org.br - MATERIAIS DIDÁTICOS, capturado em 23/10/14
Conteúdo: Encontro com professores alfabetizadores

Objetivos específicos:

 Conhecer práticas alfabetizadoras construtivistas;


 Perceber a aplicabilidade dos conhecimentos estudados ao longo do
Laboratório;
 Compreender, através de relatos de alfabetizadores, que é possível
desenvolver uma prática pedagógica menos tradicional e mais
relacionada com a realidade dos alfabetizandos.

http://pesquisacompartilhada.arteblog.com.br/7/, capturado em 23/10/14

Seu professor formador promoverá um


Encontro com professores
alfabetizadores

Aproveite para tirar dúvidas, conhecer a


realidade desses professores, perceber
suas dificuldades e ter contato a prática
alfabetizadora construtivista.

Após o encontro...
Registre aqui o que aprendeu no encontro com os professores alfabetizadores:

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

61
Conteúdo: Diagnose final: Alfabetização

Objetivos específicos:
 comparar os conhecimentos atuais dos alunos sobre a alfabetização
com os apresentados no início do ano letivo;
 analisar em que medida o Laboratório contribuiu na formação do
professor alfabetizador.

Diagnose final
ALFABETIZAÇÃO
Para você, o que é alfabetizar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Quando se fala em alfabetização, quais autores(as) vêm à sua cabeça?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Quais estratégias / métodos / teorias de alfabetização você conhece?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Se você tivesse de assumir uma turma de alfabetização hoje, como professor(a) regente, o
que faria para alfabetizar seus alunos? Justifique suas escolhas.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Você se sente preparado(a) para alfabetizar? Por quê?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

62
Bibliografia:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Programa de


desenvolvimento profissional continuado - Alfabetização - Parâmetros em Ação. Brasília: A
Secretaria, 1999.

CEEL/UFPE - Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de


Pernambuco; MEC - Ministério da Educação. Jogos de Alfabetização. Pernambuco, 2009.

CURTO MARUNY, Lluís. (org.). Escrever e ler (vol. 1). Porto Alegre: Artmed, 2000

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 24 ed (atualizada). São Paulo: Cortez,


2001.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. IDEM. A importância do ato de ler: em três
artigos que se completam. 51 ed. São Paulo: Cortez, 2011

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36ª


edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 4ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

FOX, Mem. Guilherme Augusto Araújo Fernandes. São Paulo: Brinque-Book, 1995.

MORAIS, Artur Gomes de e LEITE, Tânia Maria S.B. Rios. A escrita alfabética: por que ela
é um sistema notacional e não um código? Como as crianças dela se apropriam? In:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto
nacional pela alfabetização na idade certa : a aprendizagem do sistema de escrita
alfabética : ano 1 : unidade 3 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília : MEC, SEB, 2012, p. 12-17.

NÓVOA, António. Nada substitui um bom professor: propostas para uma revolução no
campo da formação de professores. In.: GATTI, Bernardete Angelina (org). Por uma
política nacional de formação de professores. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para sala de aula. 4 ed. Petrópolis-RJ: Vozes,
2006.

TRILHAS, Projeto. Caderno de apresentação. São Paulo, SP: Ministério da Educação,


2011a.

TRILHAS, Projeto. Caderno de jogos. São Paulo, SP: Ministério da Educação, 2011b.

TRILHAS, Projeto. Histórias de acumulação. São Paulo, SP: Ministério da Educação,


2011c.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude; LAHAYE, Louise. Os professores face ao saber-


esboço de uma problemática do saber docente. Teoria & Educação, Porto Alegre, n.4,
1991.

63

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