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MODULFORM

MODULFORM

Análises de
Investimento
Guia do Formador

COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
I EFP · I SQ

Colecção MODULFORM - Formação Modular

Título Análise de Investimentos

Suporte Didáctico Guia do Formador

Coordenação Técnico-Pedagógica IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional


Departamento de Formação Profissional
Direcção de Serviços de Recursos Formativos

Apoio Técnico-Pedagógico CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria


Metalúrgica e Metalomecânica

Coordenação do Projecto ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade


Direcção de Formação

Autor Rui Assis

Capa SAF - Sistemas Avançados de Formação, SA

Maquetagem e Fotocomposição ISQ / Pedro Paulino

Revisão OMNIBUS, LDA

Montagem BRITOGRÁFICA, LDA

Impressão e Acabamento BRITOGRÁFICA, LDA

Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional


Av. José Malhoa, 11 1099 - 018 Lisboa

1.ª Edição Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2002

Tiragem 100 Exemplares

Depósito Legal

ISBN 972-732-738-9

Copyright, 2002
Todos os direitos reservados
IEFP

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo
sem o consentimento prévio, por escrito, do IEFP
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Í ndic e Ge ra l

ÍNDICE GERAL

A - APRESENTAÇÃO GLOBAL DO MÓDULO

• Objectivos globais AGM.1


• Conhecimento prévios AGM.1
• Campo de aplicação AGM.2
• Perfil do formador AGM.2
• Plano do módulo AGM.2
• Metodologia recomendada AGM.4
• Recursos didáticos AGM.4
• Bibliografia AGM.5

B - EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA DAS UNIDADES


TEMÁTICAS

I. CLASSIFICAÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO

• Resumo do tema I.1


• Plano das sessões I.2
• Actividades / Avaliação I.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização I.5

II. NOÇÃO DE CASH-FLOW

• Resumo do tema II.1


• Plano das sessões II.2
• Actividades / Avaliação II.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização II.4
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Guia do Formador
Í ndic e Ge ra l I EFP · I SQ

III. VALOR TEMPORAL DO DINHEIRO

• Resumo do tema III.1


• Plano das sessões III.2
• Actividades / Avaliação III.5
• Apresentação das transparências propostas para utilização III.13

IV. AVALIAÇÃO DE RENTABILIDADE

• Resumo do tema IV.1


• Plano das sessões IV.3
• Actividades / Avaliação IV.5
• Apresentação das transparências propostas para utilização IV.11

V. COMPARAÇÃO DE PROJECTOS ALTERNATIVOS

• Resumo do tema V.1


• Plano das sessões V.2
• Actividades / Avaliação V.4
• Apresentação das transparências propostas para utilização V.10

VI. ANÁLISE DE PONTO DE EQUILÍBRIO E DE CUSTO


MÍNIMO

• Resumo do tema VI.1


• Plano das sessões VI.2
• Actividades / Avaliação VI.4
• Apresentação das transparências propostas para utilização VI.10
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I EFP · I SQ Í ndic e Ge ra l

C - AVALIAÇÃO

PRÉ-TESTE/ TESTE

RESOLUÇÃO DO PRÉ-TESTE/ TESTE

ANEXO - Transparências A.1


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I EFP · I SQ A - Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo

A - Apresentação Global
do Módulo
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Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo

OBJECTIVO GLOBAL

Vivemos num mundo de recursos limitados, pelo que os sistemas de


produção de bens ou de serviços devem funcionar dentro de princípios de
economicidade dos recursos que utiliza. Em consequência, o sucesso de qualquer
empreendimento passa necessariamente pela sua viabilidade económica.

Torna-se, assim, fundamental que quaisquer propostas de alteração dos


sistemas existentes visando, quer a sua expansão quer a melhoria da
produtividade, sejam previamente avaliadas e os consequentes valor e custo
previstos, devidamente ponderados. O objectivo deste módulo consiste em
mostrar como fazê-lo.

A matéria tratada neste Módulo é essencial para que, nas empresas industriais,
pessoas sem formação específica nas áreas de Economia ou de Gestão de
Empresas, mas exercendo funções de gestão, possam realizar estudos e
fundamentar propostas de investimento devidamente fundamentadas de acordo
com critérios económicos ou outros, definidos pela Direcção.

No final deste Módulo, os participantes deverão ser capazes de:

• Conhecer as técnicas mais comuns usadas na avaliação financeira de


projectos de investimentos técnicos, de forma a poderem elaborar estudos
e propostas devidamente fundamentados.

CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Módulo(s) Módulo(s)
Saberes prévios Saberes desejáveis
obrigatório(s) aconselhado(s)

Custeio Industrial Determinar os custos e os resul- Introdução à Conhecimentos gerais de Infor-


tados por produtos ou linhas de Informática mática (versão actualizada)
produtos, por centro de responsa- – Windows
bilidade e a sua ligação com os – Word
custos e proveitos por natureza – Excel
expressos na contabilidade geral – Access
– PowerPoint
Gestão Conhecimento da técnica e da
Orçamental metodologia de orçamentação.
Elaborar, em qualquer contexto
organizacional, o orçamento por
cada centro de responsabilidade e
a sua consolidação final, bem como
as demonstrações financeiras
previsionais
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Guia do Formador
Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo I EFP · I SQ

CAMPO DE APLICAÇÃO

O material deste Módulo destina-se prioritariamente a todos os cursos técnicos


da área de Automação e Manutenção Industrial, podendo também ser usados
em outras acções de formação do IEFP ou do ISQ.

PERFIL DO FORMADOR

Competência técnica Aquisição

Conhecimento teórico e prático de Cursos de: Gestão de Empresas;


conceitos e técnicas de análise de in- Engenharia Industrial.
vestimento de produtividade numa
perspectiva de aplicação prática dos
conceitos.

Competência Pedagógica Aquisição


Domínio de conhecimentos, técnicas – Curso de formação pedagógica
e atitudes facilitadoras de aquisição e
integração por parte dos formandos de de formadores (devidamente
saberes gerais e saberes técnicos certificado);
(práticos e teóricos) e de compor-
tamentos. – Experiência de formação.

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AGM . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo

PLANO DO MÓDULO

Unidades Temáticas Objectivos Duração Indicativa


(horas)

I. Classificação de • Identificar os vários critérios de classificação de 4


Projectos de Investimento projectos de investimento usados na indústria.

II. Noção de Cash-Flow • Distinguir entre vida de um produto e vida física e 4


vida tecnológica de um equipamento;

• Calcular um cash-flow a partir de uma conta de


exploração previsional de um projecto de
investimento.

III. Valor Temporal do • Compreender o conceito de taxa de juro; 20


Dinheiro
• Realizar cálculos de capitalização, actualização
e periodização discreta (períodos superiores a
1 dia);

• Converter mutuamente taxa nominal e taxa


efectiva;

• Determinar a equivalência de cash-flows ao


longo de diferentes períodos no tempo;

• Ajustar cálculos de avaliação de investimentos


do efeito da inflacção;

• Compreender a lógica de cálculo das próximas


Unidades Temáticas.

IV. Avaliação de • Distinguir as circunstâncias em que um projecto 12


Rentabilidade deve ser avaliado em termos correntes (do
período) ou a preços constantes (de hoje);

• Calcular a taxa de actualização, usada na


avaliação da rentabilidade de projectos;

• Usar os métodos mais divulgados de avaliação


da rentabilidade financeira de um projecto de
investimento directamente produtivo.

V. Comparação de • Avaliar projectos alternativos de investimento, 12


Projectos Alternativos tomando em conta atributos económicos.
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os AGM . 3


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Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo I EFP · I SQ

Unidades Temáticas Objectivos Duração Indicativa


(horas)

VI. Análises de Ponto de • Avaliar a sensibilidade das soluções de 14


Equilíbrio e de Custo problemas comuns em produção industrial em
Mínimo relação a certas variáveis de decisão e determinar
os seus valores particulares que representam
ou pontos de indiferença económica entre
alternativas ou pontos óptimos económicos.

Total: 66

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AGM . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo

METODOLOGIA RECOMENDADA

As sessões compreenderão a exposição da matéria, conforme o Manual do


Formando, e a resolução de casos práticos, manualmente ou com recurso a
computadores.

Os exemplos descritos ao longo dos vários capítulos devem ser resolvidos no


quadro pelo formador.

Todos os exercícios propostos devem ser resolvidos pelos formandos,


individualmente ou em grupos compostos por 2 ou 3 elementos. Os formandos
serão, depois, convidados a apresentar as suas soluções. Estas serão
confrontadas pelo formador e discutidas colectivamente. Quem não obtiver êxito,
deverá compreender porquê.

Os formandos devem recorrer a calculadoras manuais ou ao computador para o


apoio ao cálculo (folha de cálculo).

Os formandos devem recorrer a programas específicos em computador


para a resolução rápida dos exercícios, somente depois de terem resolvido
manualmente, pelo menos, um exercício sobre cada conceito.

Quando os exercícios propostos são questões, cada grupo poderá apresentar


as suas soluções e submetê-las à discussão dos restantes grupos, de forma a
suscitar maior participação.

RECURSOS DIDÁCTICOS

• Um microcomputador (configuração mínima: tipo 80386, 2 Mb RAM, 10 Mb


livres em disco, monitor policromático SVGA) por cada 2 ou 3 participantes;

• Um microcomputador (configuração mínima: tipo 80386, 2 Mb RAM, 10 Mb


livres em disco, monitor policromático SVGA) na mesa de apoio do monitor
(ligado ao data-show - ver mais abaixo);

• As aplicações informáticas: “EXCEL” e “MICROINVEST”;

• Um retroprojector com uma lâmpada sobressalente;

• Uma placa de projecção de ecrãs de computador (data-show);

• Um cavalete com folhas de papel e com marcadores adequados (4 cores);

• Um quadro cerâmico com marcadores adequados (4 cores).


Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os AGM . 5


Guia do Formador
Apre se nt a ç ã o Globa l do M ódulo I EFP · I SQ

BIBLIOGRAFIA

ABECASSIS, Fernando e CABRAL, Nuno, Análise Económica e Financeira de


Projectos, Fundação Calouste Gulbenkian, 1990.

ASSIS, Rui e FIGUEIRA, Mário, MICROINVEST, Projectos de Investimento -


“Avaliação e Planeamento”, IAPMEI, Lisboa, 1994.

BARROS, Carlos, Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos,


Edições Sílabo, 1991.

BARROS, Hélio, Análise de Projectos de Investimento, Edições Sílabo, 1991.

BASTARDO, Carlos e GOMES, António Rosa, O Financiamento e as Aplicações


Financeiras das Empresas, Texto Editora, 1992.

BREALEY, Myers, Princípios de Finanças Empresariais, McGraw-Hill de


Portugal, 1985.

BRONSON, Richard, Pesquisa Operacional, Shaum McGraw-Hill do Brasil, 1985.

DE GARMO, Sullivan Bontadelli, Engineering Economy, Maxwell McMillan


International, 1990.

FERREIRA, Silva, Introdução à Programação Linear, Clássica Editora, 1976.

MARGERIN, Jacques, AUSSET, G. e FERREIRA, Margarida, Escolha dos


Investimentos, ediPRISMA, 1990.

NEVES, Carvalho das, Análise Financeira - Métodos e Técnicas, Texto


Editora, 1989.

RODRIGUES, Azevedo e NICOLAU, Isabel, Elementos de Cálculo Financeiro,


Rei dos Livros, 1992.

THUESEN, Fabrycky, Engineering Economy, Prentice-Hall International


Editions, 1989.
Fr.O.07

AGM . 6 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ B - Ex plora ç ã o P
Pee da gógic a da s U nida de s Te m á t ic a s

B - Exploração Pedagógica das


Unidades Temáticas
M.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o

Classificação de Projectos
de Investimento
M.O.07 UT.01

Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o

RESUMO

Um investimento pode ser definido sob as ópticas contabilística, económica e


financeira.

Na óptica económica, um investimento é considerado um imobilizado mais


despesas e engloba os conceitos de valor, duração, rendimento e risco.

Segundo a natureza, um investimento pode ser corpóreo, incorpóreo ou


financeiro.

Segundo o objectivo, um investimento pode ser directamente produtivo


(substituição, expansão, produtividade ou diversificação), obrigatório ou
estratégico.

O risco de um investimento directamente produtivo aumenta no sentido:


Projectos de substituição → Projectos de produtividade → Projectos de
expansão → Projectos de diversificação.
Fr.O.07 UT.01

Aná lise de I nve st im e nt os I . 1


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Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o I EFP · I SQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

I.1. Definição e • Identificar os objectivos do Módulo. 4


classificações de
investimento • Expor os temas: Definição de investimento;
Classificação de investimentos segundo a sua
natureza; Classificação de investimentos
segundo o seu objectivo; Classificação de
investimentos segundo o risco;

• Resolver individualmente os exercícios


propostos de 1 a 4 e discutir colectivamente
os resultados;

• Expor o tema Interesse prático das


classificações, aproveitando para fazer a
síntese.

• Transparências I.1 e I.2

Total: 4

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I . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Uma empresa decidiu investir num estudo do mercado potencial de um país


do Leste europeu para um dos seus produtos actuais. Como classifica este
investimento segundo a natureza, segundo o objectivo e segundo o risco?

Natureza: Incorpóreo
Objectivo: Indirectamente produtivo de capacidade ou de expansão
Risco: Numa escala de 1 a 4:3

2. Uma empresa fabricante de tintas apercebeu-se de uma oportunidade num


segmento de mercado para um novo tipo de produto. É necessário um
revestimento que resista a um gás corrosivo a temperaturas elevadas
durante, pelo menos, o dobro do tempo que o revestimento usado actualmente
(fornecido pela concorrência). A empresa decide investir no desenvolvimento
de um novo produto com estas características. Para isso, contratou dois
investigadores e adquiriu equipamento específico. Como classifica este
investimento segundo a natureza, segundo o objectivo e segundo o risco?

Os custos dos dois investigadores podem ser imobilizados como trabalho


para a própria empresa. Assim sendo, a sua natureza é: incorpóreo. Quanto
ao equipamento laboratorial, a sua natureza é: corpóreo.

Genericamente, o investimento pode classificar-se quanto ao:


Objectivo: Estratégico e indirectamente produtivo de diversificação
Risco: Numa escala de 1 a 4:4

3. Uma empresa resolve desactivar um processo tecnológico e substituí-lo


por outro mais moderno. O investimento compreende cinco grandes
componentes: A - Desmontar as actuais instalações; B - Adquirir e montar
novas máquinas no mesmo local; C - Formar os futuros operadores e técnicos
de manutenção; D - Pagar uma quantia fixa ao licenciador da nova tecnologia;
E - Estação de tratamento e reciclagem dos efluentes. Como classifica
cada uma das componentes deste investimento segundo a natureza, segundo
o objectivo e segundo o risco?

O investimento pode classificar-se quanto ao:


Objectivo: A + B + C + D - Directamente produtivo de produtividade
E - Obrigatório
Risco: Numa escala de 1 a 4:2
Natureza: A: Incorpóreo
B: Corpóreo
C: Incorpóreo
D: Incorpóreo
E: Corpóreo
Fr.O.07 UT.01

Aná lise de I nve st im e nt os I . 3


Guia do Formador
Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o I EFP · I SQ

4. Uma empresa decidiu informatizar o seu processo de planeamento e controlo


da produção. Para tal, investiu em: A - Computador, software e periféricos;
B - Formação dos futuros utilizadores. Como classifica cada uma das
componentes deste investimento segundo a natureza, segundo o objectivo
e segundo o risco?

O investimento pode classificar-se quanto ao:


Objectivo: Indirectamente produtivo de produtividade
Risco: Numa escala de 1 a 4:2
Natureza: A - Corpóreo
B - Incorpóreo

Fr.O.07 UT.01

I . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Cla ssific a ç ã o de Proje c t os de I nve st im e nt o

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Investimentos segundo o seu Objectivo Risco Crescente

Análise de Investimento I.1 Análise de Investimento I.2


Fr.O.07 UT.01

Aná lise de I nve st im e nt os I . 5


Guia do Formador
I EFP · I SQ N o ç ã o d e C a s h -F l o w

Noção de Cash-Flow
M.O.07 UT.02

Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ N oç ã o de Ca sh-Flow

RESUMO

O cash-flow é usado universalmente como medida de rentabilidade de um projecto


de investimento e não o lucro contabilístico.

Num projecto de investimento consideram-se dois tipos de cash-flow, consoante


são gerados na fase de investimento ou na fase de exploração.

O cash-flow é calculado normalmente a partir de uma conta de exploração,


adicionando ao resultado líquido as amortizações, as provisões e os encargos
financeiros (se o projecto for em parte financiado com capitais alheios).

Quando um projecto atinge o fim da sua vida útil, podem gerar-se mais ou
menos valias resultantes da venda do equipamento (valor residual), que devem
ser consideradas como, respectivamente, um proveito ou um custo. O fundo de
maneio residual deve ser agregado ao último cash-flow.

O período de vida útil considerado num projecto de investimento é igual à do


factor seguinte de menor duração: desgaste físico; obsolescência tecnológica
ou abandono do produto fabricado (se o equipamento for dedicado exclusivamente
ao seu fabrico).
Fr.O.07 UT.02

Aná lise de I nve st im e nt os II . 1


Guia do Formador
N oç ã o de Ca sh-Flow I EFP · I SQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

II.1. Componentes do • Expor o tema Cash-flow; 4


cash-flow e vida
de um projecto • Usar a transparência II.1 para rever os
conceitos de conta de exploração, balanço e
fundo de maneio;

• Expor os restantes temas desta Unidade


Temática;

• Resolver individualmente os exercícios


propostos de 1 a 4 e discutir colectivamente
as respostas;

• Transparências II.1 a II.7.

Total: 4

Fr.O.07 UT.02

II . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ N oç ã o de Ca sh-Flow

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Distinga entre cash-flow de investimento e cash-flow de exploração.

Cash-Flow de investimento - sempre negativo, pois corresponde a


pagamentos;

Cash-Flow de exploração - positivo ou negativo conforme, respectivamente,


as receitas forem superiores ou inferiores às despesas.

2. Explique como calcula o cash-flow de um determinado ano a partir da conta


de exploração.

Fundo de Maneio

Activo circulante (stocks


Fundo existentes + crédito
de concedido a clientes)
maneio

Passivo de curto prazo


(crédito obtido de
fornrcedores)

3. Para efeitos de uma conta de exploração, como classifica (trata) o valor


residual do investimento em capital fixo e o valor residual do fundo de maneio?

Ver tema Valor residual do investimento.

4. Como avalia a vida útil de um projecto de investimento (depende de que


factores)?

Ver tema Período de vida de um projecto de investimento.


Fr.O.07 UT.02

Aná lise de I nve st im e nt os II . 3


Guia do Formador
N oç ã o de Ca sh-Flow I EFP · I SQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Cálculo do cash -flow de investimento Fundo de Maneio

Análise de Investimento II.1 Análise de Investimento II.2

Período de Exploração Cash-Flow Líquido

Análise de Investimento II.3 Análise de Investimento II.4

Cálculo de Cash-Flow a partir de uma Período de vida de um projecto


conta de exploração

Análise de Investimento II.5 Análise de Investimento II.6


Fr.O.07 UT.02

II . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Va lor Te m pora l do Dinhe iro

Valor Temporal do Dinheiro


M.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Va lor Te m pora l do Dinhe iro

RESUMO

O dinheiro perde valor com a passagem do tempo, daí procurar-se aplicá-lo em


actividades que proporcionem, quer um rendimento que compense a sua
desvalorização temporal, quer também um aumento do seu valor.

A taxa de juro constitui a forma de relacionar o valor de um mesmo capital no


tempo.

“Actualizar” significa projectar no presente um fluxo de rendimentos futuros.


“Capitalizar” significa projectar no futuro um fluxo de rendimentos presentes.

O juro simples refere-se a aplicações em que o capital permanece constante


ao longo dos vários períodos de capitalização. O juro composto refere-se a
aplicações em que os juros vencidos em cada período de capitalização são
sucessivamente incorporados no capital, proporcionando juros de um capital
crescente.

Quando os períodos de capitalização são superiores a 1 dia (os períodos usados


comummente são 1 ano, 1 semestre, 1 trimestre ou 1 mês), é cómodo usar
tabelas nas conversões temporais ou software específico (ver ref.ª 2 na
bibliografia), em lugar do cálculo manual das fórmulas de conversão. Estas
tabelas encontram-se em manuais sobre cálculo financeiro. Neste curso,
optámos por apresentar somente as fórmulas de cálculo. Assim, apresentam-se
fórmulas para calcular:

• O valor futuro de um capital presente;


• O valor presente de um capital futuro;
• O valor futuro de um conjunto de rendas iguais;
• O valor de rendas iguais equivalentes a um capital futuro;
• O valor de rendas iguais equivalentes a um capital presente;
• O valor presente de um conjunto de rendas iguais;
• O valor de rendas iguais equivalentes a rendas variáveis, segundo uma
progressão aritmética;
• O valor presente de rendas variáveis, segundo uma progressão geométrica.

Quando o período de capitalização é inferior a 1 ano, o valor dos juros, ao fim


de 1 ano, é superior ao calculado pela taxa nominal (anual). Aquele valor é
calculado pela chamada taxa efectiva em função da taxa nominal e do período
de capitalização.
Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 1


Guia do Formador
Va lor Te m pora l do Dinhe iro I EFP · I SQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

III.1. Capitalização e • Expor os temas Capitalização e actualização 2


actualização e Juros até Juro simples;

• Resolver o exemplo III.2;

• Expor Juro composto;

• Resolver o exemplo III.3;

• Resolver individualmente os exercícios


propostos 1 e 2 e discutir colectivamente
os resultados;

• Expor o tema O cash-flow ao longo do tempo ;

• Resolver o exercício proposto 3;

• Transparências III.1 a III.5.

III.2. Fórmulas de • Expor o tema Fórmulas de conversão para 9


conversão para capitalização discreta até Valor futuro de um
capitalização capital presente;
discreta
• Resolver o exemplo III.4;

• Resolver individualmente o exercício proposto


4 e discutir colectivamente o resultado;

• Expor Valor presente de um capital futuro;

• Resolver o exemplo III.5;

• Resolver individualmente o exercício proposto


5 e discutir colectivamente o resultado;

• Expor Valor futuro de um conjunto de rendas


iguais;

• Resolver o exemplo III.6;

• Resolver individualmente o exercício proposto


6 e discutir colectivamente o resultado;
Fr.O.07 UT.03

III . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Va lor Te m pora l do Dinhe iro

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

(continuação) • Expor Rendas iguais equivalentes a um


capital futuro;

• Resolver o exemplo III.7;

• Resolver individualmente o exercício proposto


7 e discutir colectivamente o resultado;

• Expor Rendas iguais equivalentes a um


capital presente;

• Resolver o exemplo III.8;

• Resolver individualmente o exercício proposto


8 e discutir colectivamente o resultado;

• Expor Valor presente de um conjunto de


rendas iguais;

• Resolver o exemplo III.9;

• Resolver individualmente o exercício proposto


9 e discutir colectivamente o resultado;

• Expor Rendas iguais equivalentes a rendas


variáveis segundo uma progressão
aritmética;

• Resolver individualmente os exercícios


propostos 10 e 11 e discutir colectivamente
os resultados;

• Expor Valor presente de rendas variáveis


segundo uma progressão geométrica (trans-
parência III.6);

• Resolver o exemplos III.10 a III.12;

• Resolver individualmente os exercícios


propostos 12 e 13 e discutir colectivamente
os resultados;

• Transparências III.5 a III.13.


Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 3


Guia do Formador
Va lor Te m pora l do Dinhe iro I EFP · I SQ

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

III.3. Taxa nominal e • Expor o tema Taxa nominal e taxa efectiva; 2


efectiva
• Resolver os exemplos III.13, III.14, III.15, III.16
e III.17;

• Transparência III.14 a III.16.

III.4. Equivalências de • Expor o tema Equivalências de cash-flows; 2


cash-flows
• Resolver o exemplo III.18;

• Transparência III.17.

III.5. Inflação • Expor o tema Inflação; 1


• Resolver os exemplos III.19 e III.20;

• Transparência III.18 e III.19.

III.6. Exercícios de • Resolver individualmente os exercícios Módulos 4


aplicação propostos de 14 em diante e discutir co- NOMEFECT e
lectivamente os resultados. CONVERTE do
software
• Analisar a sensibilidade dos resultados a
MICROINVEST
diferentes valores das variáveis (O que é que
acontece se... ?).

Total: 20

Fr.O.07 UT.03

III . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Va lor Te m pora l do Dinhe iro

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Qual será o valor futuro de um capital de 1 200 c. dentro de 4 anos, investido


à taxa de juro simples de 12 % ao ano? E à mesma taxa de juro composto?

Juro simples: J4 = 1 200 x 4 x 0,12 = 576 c.


F4 = 1 200 + 576 = 1 776 c.

Juro composto: J4 = 1 200 x [(1 + 0,12)4 - 1] = 688 c.


F4 = 1 200 + 688 = 1 888 c.

2. Uma aplicação de 600 c. rende 12 c. em 2 meses. Qual é a taxa de juro


simples anual?

12 = 600 x 2/12 x i
i = 12 % ao ano

3. Uma pessoa empresta 2 400 c. à taxa simples de 9 % ao ano, durante 4


anos. No fim deste período, aplica o novo capital durante 10 anos à taxa
composta de 11 % ao ano. Qual a quantia disponível ao fim destes 14 anos?
Desenhe o diagrama de cash-flow do ponto de vista da pessoa que faz o
empréstimo.

J4 = 2 400 x 4 x 0,09 = 864 c.


F4 = 2 400 + 864 = 3 264 c.

J10 = 3 264 x [(1 + 0,11)10 - 1] = 6 004 c.


F14 = 3 264 + 6 004 = 9 268 c.

4. Qual será o capital acumulado por cada um dos seguintes investimentos:

a) 600 c. em 7 anos, capitalizados anualmente à taxa de 14 %?


b) 120 c. em 17 anos, capitalizados anualmente à taxa de 12 %?
c) 4 000 c. em 38 anos, capitalizados anualmente à taxa de 16 %?

a) F = 600 x (1 + 0,14)7 = 1 501 c.


b) F = 120 x (1 + 0,12)17 = 824 c.
c) F = 4 000 x (1 + 0,16)38 = 1 125 806 c.

5. Qual o valor actual das seguintes receitas futuras:

a) 3 800 c. dentro de 5 anos, capitalizados anualmente à taxa de 9 %?


b) 1 660 c. dentro de 12 anos, capitalizados anualmente à taxa de 19 %?
c) 2 600 c. dentro de 18 anos, capitalizados anualmente à taxa de 19,2 %?
Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 5


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a) P = 3 800 / (1 + 0,09)5 = 2 470 c.


b) P = 1 660 / (1 + 0,19)12 = 206 c.
c) P = 2 600 / (1 + 0,192)18 = 110 c.

6. Qual o valor acumulado de cada uma das seguintes rendas iguais:

a) 60 c. no fim de cada ano, durante 9 anos e capitalizadas anualmente à


taxa de 12 %?
b) 280 c. no fim de cada ano, durante 10 anos e capitalizadas anualmente
à taxa de 8 %?
c) 20 c. no fim de cada ano, durante 15 anos e capitalizadas anualmente
à taxa de 10 %?

a) F = 60 x [(1 + 0,12)9 - 1] / 0,12 = 886 c.

F/A;8;10
b) F = 280 x (14,4866) = 4 056 c.

F/A;10;15
c) F = 20 x (31,7725) = 635 c.

7. Qual o valor das rendas anuais iguais que permitem acumular o seguinte
capital:

a) 12 400 c. em 14 anos, capitalizadas anualmente à taxa de 15 %?


b) 1 300 c. em 8 anos, capitalizadas anualmente à taxa de 12 %?
c) 3 600 c. em 10 anos, capitalizadas anualmente à taxa de 13 %?

a) A = 12 400 x 0,15 / [(1 + 0,15)14 - 1] = 306 c./ano

A/F;12;8
b) A = 1 300 x (0,0813) = 106 c./ano

A/F;13;10
c) A = 3 600 x (0,0543) = 195 c./ano

8. Qual o valor actual das seguinte série de rendas iguais:

a) 300 c./ano, durante 16 anos, capitalizadas anualmente à taxa de 14 %?


b) 200 c./ano, durante 9 anos, capitalizadas anualmente à taxa de 8 %?

a) P = 300 x [(1 + 0,14)16 - 1] / 0,14 x (1 + 0,14)16 = 1 880 c.

P/A;8;9
b) P = 200 x (6,2469) = 1 249 c.
Fr.O.07 UT.03

III . 6 Aná lise de I nve st im e nt os


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9. Qual o valor das rendas anuais iguais proporcionadas pela aplicação, hoje,
do seguinte capital:

a) 800 c. capitalizados anualmente à taxa de 16 %, durante 5 anos?


b) 1 900 c. capitalizados anualmente à taxa de 10 %, durante 20 anos?

a) A = 800 x 0,16 x (1 + 0,16)5 / [(1 + 0,16)5 - 1] = 244 c./ano

A/P;10;20
b) A = 1 900 x (0,1175) = 223 c./ano

10. Qual o valor das rendas anuais iguais equivalentes às rendas anuais variáveis
seguintes:

a) 400 c. iniciais, crescendo 20 c./ano, durante 7 anos, a uma taxa anual


de 10 %?
b) 1 200 c. iniciais, crescendo 40 c./ano, durante 10 anos, a uma taxa
anual de 8 %?
c) 2 400 c. dentro de 6 anos, decrescendo depois 100 c./ano até ao 16.º
ano, à taxa anual de 10 %?

a) A = 400 + 20 x [1 / 0,10 - 7 / (1 + 0,10)7 - 1] = 452 c./ano

A/G;8;10
b) A = 1 200 + 40 x (3,8713) = 1 355 c./ano

A/G;10;(16-6)
c) A = 2 400 - 100 x (3,7255) = 2 027 c./ano

11. Qual o valor a depositar anualmente à taxa de 13 % e ao longo de 10 anos,


de forma a permitir o levantamento das seguintes rendas: 40 c. no fim do
2.º ano, 80 c. no fim do 3.º ano, 120 c. no fim do 4.º ano, etc., até perfazer
360 c. no fim do 10.º ano?

G = 80 - 40 = 40 c./ano

A/G;13;10
A = 0 + 40 x (3,5162) = 141 c./ano

12. Qual o valor actual das seguintes rendas variáveis crescendo em progressão
geométrica:

a) 400 c. no 1.º ano, crescendo 5 % p/ ano até ao 10.º ano, à taxa anual de
12 %?
b) 200 c. no 1.º ano, crescendo 8 % p/ ano até ao 20.º ano, à taxa anual de
8 %?
Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 7


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A/g;12;10
a) P = 400 x (7,1331) = 2 717 c.

A/g;8;20
b) P = 200 x (18,5185) = 3 704 c.

13. Qual o valor actual das seguintes rendas variáveis decrescendo em


progressão geométrica:

a) 1 800 c. no 1.º ano, decrescendo 10 % ano até ao 10.º ano, à taxa anual
de 17 %?
b) 20 000 c. no 1.º ano, decrescendo 25 % ano até ao 4.º ano, à taxa anual
de 15 %?

A/-g;17;10
a) P = 1 800 x (3,0915) = 6 183 c.

A/-g;15;4
b) P = 20 000 x (1,5358) = 40 955 c.

14. Quantos anos são necessários para que o valor de um investimento duplique
à taxa anual de 4 %?

2.P = P.(1 + 0,04)n


2 = 1,04n
log 2 = n. log 1,04
n = log 2 / log 1,04 = 0,30103 / 0,01703 = 17,67 ≅ 18 anos

15. Qual é o valor da taxa anual que transforma o capital de:

a) 300 c. hoje em 800 c. dentro de 12 anos?


b) 2 000 c. hoje em 4 734 c. dentro de 10 anos?
c) 200 c. aplicados há 18 anos em 1 538 c. hoje?

a) 800 = 300 (1 + t)12


(1 + t)12 = 800 / 300
12 x log (1 + t) = log (800/300)
log (1 + t) = 0,426 / 12 = 0,0355
100,0355 = 1 + t
1,0852 = 1 + t → t = 0,085 ou 85%

b) 4 734 = 2 000 x (1 + t)10


t = 9,0%
Fr.O.07 UT.03

III . 8 Aná lise de I nve st im e nt os


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c) 1 538 = 200 x (1 + t)18


t = 12%

16. Quais são as taxas nominais e as taxas efectivas do período correspondentes


às seguintes taxas efectivas anuais e aos seguintes períodos:

a) 12,36 % com capitalização semestral?


b) 4,06 % com capitalização trimestral?
c) 18,39 % com capitalização mensal?
d) 29,61 % com capitalização semanal?
e) 8,00 % com capitalização diária?
f) 200,00 % com capitalização mensal?

a) 0,1236 = (1 + i/2)2 - 1
2. log (1 + i /2) = log (1,1236)
log (1 + i/2) = 0,0506 / 2 = 0,0253
100,0253 = 1 + i/2
1,06 - 1 = i/2 → i = 2 x 0,06 = 0,12 ou 12 %
ip = 12 / 2 = 6 % p/ semestre

b) 4 %; 1 % p/ trimestre

c) 17 %; 1,42 % p/ mês

d) 26 %; 0,5 % p/ semana

e) 7,7 %; 0,02 % p/ dia

f) 115 %; 9,6 % p/ mês

17. Compare, entre si, 10% capitalizando mensalmente e 10% capitalizando


anualmente.

im = (1 + i/12)12 - 1
ia = (1 + i/1) - 1 = i
im/ia = [(1 + i/12)12 - 1] / i

Esta relação, para qualquer outro período de capitalização, pode ser observada
graficamente no módulo NOMEFECT do MICROINVEST.
Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 9


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18. Uma empresa industrial precisa de um empréstimo de 80 000 c. para


financiar uma nova linha de produção. O banco concordou em emprestar,
à taxa anual de 12 %, uma quantia equivalente a 90 % do valor actual de
um contrato que prevê entregas durante os próximos 5 anos. As entregas
previstas são as seguintes:

- 50 000 unidades durante o 1.º ano;


- 40 000 unidades durante o 2.º ano;
- 30 000 unidades durante o 3.º ano;
- 20 000 unidades durante o 4.º ano;
- 10 000 unidades durante o 5.º ano.

Se o novo produto for vendido por 800$00, será que o valor das encomendas
permite atingir aquele montante?

1.º ano: F1 = 50 000 x 0,8 x 0,9 = 36 000 c./ano

P/F;12;1
P1 = 36 000 x (0,8929) = 32 100 c.

2.º ano: F2 = 40 000 x 0,8 x 0,9 = 28 800 c.

P/F;12;2
P2 = 28 800 x (0,7972) = 22 959 c.

3.º ano: F3 = 30 000 x 0,8 x 0,9 = 21 600 c.

P/F;12;3
P3 = 21 600 x (0,7118) = 15 375 c.

4.º ano: F4 = 20 000 x 0,8 x 0,9 = 14 400 c.

P/F;12;4
P4 = 14 400 x (0,6355) = 9 152 c.

5.º ano: F5 = 10 000 x 0,8 x 0,9 = 7 200 c.

P/F;12;5
P5 = 7 200 x (0,5674) = 4 086 c.
_______
83 672 c.

Como 83 672 > 80 000, o montante do financiamento por esta via é suficiente.
Fr.O.07 UT.03

III . 10 Aná lise de I nve st im e nt os


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19. Uma empresa pretende adquirir um compressor de ar. Os custos de


manutenção (em contos) previstos em cada ano encontram-se descritos no
quadro seguinte:

Fim do ano 1 2 3 4 5 6 7 8

Custos 160 160 180 200 220 240 260 280

Qual será o valor actual dos custos de manutenção a uma taxa de 12 %


ao ano?

P/F;12;1
Po = 160 x (0,8929) = 143 c.

A/G;12;7
A28 = 160 + 20 x (2,5515) = 211 c./ano

P/A;12;7
P2 = 211 x (4,5638) = 963 c.

P/F;12;2
P’o = 963 x (0,7972) = 768 c.
_____
∑ Po = 911 c.

20. Uma empresa tem que pagar direitos de um processo licenciado. O primeiro
pagamento será 2 000 c. dentro de 3 anos, quando a fase de produção se
iniciar. Os outros pagamentos serão realizados trimestralmente, aumentando
100 c./trimestre. Qual o valor actual desta série de pagamentos, no final de
8 anos e à taxa trimestral de 8 %?

A/G;8;5x4
A38 = 2 000 + 100 x (7,0369) = 2 704 c./ano

P/A;8;20
P3 = 2 704 x (9,8181) = 26 548 c.

P/F;8;12 P/F;36,05;3
Po = 26 548 x (0,3971) = 10 543 c. ou Po = 26 548 x (0,3971) = 10 543 c.
Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 11


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21. Uma empresa possui uma opção de compra de um terreno, dentro de


4 anos, terreno esse que se encontra actualmente avaliado em 50 000 c.
Este valor sofrerá o efeito da inflação a uma taxa de 5 % ao ano. A empresa
obteve o ano passado, como resultados líquidos, 200 000 c. (considerar
valor presente). Prevê-se que os resultados líquidos da empresa cresçam
ao ritmo de 20 % ao ano. A taxa a que estes resultados podem ser investidos
é 12 % ao ano. Qual será a percentagem fixa dos resultados líquidos que
terá que ser reservada no fim de cada um dos próximos 4 anos, de forma a
viabilizar aquela compra?

A taxa de capitalização ajustada da inflação é:

ia = (0,12 - 0,05) / (1 + 0,05) = 0,067 ou 6,7 % p/ ano

Valor presente do capital que é possível gerar, de hoje até 4 anos:

Contribuição dos
resultados líquidos do ano 0: 200 000 x t
Contribuição dos
resultados líquidos do ano 1: 1,2 x 200 000 x (1 + 0,067)-1 x t
Contribuição dos
resultados líquidos do ano 2: 1,22 x 200 000 x (1 + 0,067)-2 x t
Contribuição dos
resultados líquidos do ano 3: 1,23 x 200 000 x (1 + 0,067)-3 x t
Contribuição dos
resultados líquidos do ano 4: 1,24 x 200 000 x (1 + 0,067)-4 x t
___________________________
Total presente das contribuições = 5,41 x 200 000 x t

A percentagem dos resultados líquidos que é necessária reservar anualmente


será, então:

50 000 = 1 082 357 x t → t = 4,6 %


Fr.O.07 UT.03

III . 12 Aná lise de I nve st im e nt os


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APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Juro Simples Juros dos Juros

Análise de Investimento III.1 Análise de Investimento III.2

Juro Composto Cash-Flows de Investimento e de


Exploração

Análise de Investimento III.3 Análise de Investimento III.4

Cash-Flows Líquidos Valor Futuro de um Capital Presente

Análise de Investimento III.5 Análise de Investimento III.6


Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 13


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Valor Presente de um capital Futuro Valor Futuro de um conjunto de rendas


iguais

Análise de Investimento III.7 Análise de Investimento III.8

Rendas iguais equivalentes a um Rendas iguais equivalentes a um


capital futuro capital presente

Análise de Investimento III.9 Análise de Investimento III.10

Valor Presente de um conjunto de Rendas iguais equivalentes a rendas


Rendas iguais variáveis segundo uma progressão
aritemética

Análise de Investimento III.11 Análise de Investimento III.12

Valor Presente de rendas variáveis Taxa efectiva de período


segundo uma progressão geométrica

Análise de Investimento III.13 Análise de Investimento III.14


Fr.O.07 UT.03

III . 14 Aná lise de I nve st im e nt os


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Taxa efectiva anual Cálculo de taxas efectivas

Análise de Investimento III.15 Análise de Investimento III.16

Exemplo de conversão de Cash-flows Custo Futuro

Análise de Investimento III.17 Análise de Investimento III.18

Ajustamento da Inflacção

Análise de Investimento III.19


Fr.O.07 UT.03

Aná lise de I nve st im e nt os III . 15


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Avaliação de Rentabilidade
M.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os


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RESUMO

Diz-se que a avaliação é a preços constantes quando os preços dos bens ou


serviços vendidos e comprados se mantêm constantes (preços de hoje) ao
longo da vida do projecto. Diz-se que a avaliação é a preços correntes quando
se verifica o contrário (preços do período).

A avaliação a preços correntes pode introduzir distorções, sendo apenas


aconselhável quando se prevê que os preços de algumas rubricas evoluam a
taxas diferentes ao longo dos anos ou quando o projecto recorre a incentivos ao
investimento.

Os métodos de avaliação financeira de projectos de investimento mais


popularizados, são os seguintes:

• Valor Actualizado Líquido (VAL);


• Valor da Anuidade (VA);
• Taxa Interna de Rentabilidade (TIR);
• Período de Retorno (PR);
• Índice de Rentabilidade (IR).

Cada projecto é aceite ou rejeitado conforme os valores assumidos por aqueles


indicadores que tomam como referência uma taxa de actualização.

A taxa de actualização naqueles métodos deve ser igual ou maior que o custo
ponderado dos capitais investidos no projecto, designando-se, por este facto,
taxa de rentabilidade mínima, taxa mínima de atractividade, taxa de corte ou,
ainda, taxa de referência.

No cálculo desta taxa intervem o custo do capital próprio, que é calculado pela
soma das seguintes parcelas: custo de oportunidade de aplicações alternativas
sem risco; prémio de risco financeiro e prémio de risco económico.

O método do VAL (Valor Actualizado Líquido) goza de grande popularidade e


conduz sempre a decisões correctas, devendo, como tal, ser preferido aos
outros métodos.

O método da TIR (Taxa Interna de Rentabilidade) fornece a rentabilidade intrínseca


do projecto, sendo usado conjuntamente com o método do VAL. O seu cálculo
por meios manuais é moroso e aproximado, pois tem que se usar um método
de interpolação linear (excepto quando se usam meios informáticos).

O método do VA (Valor da Anuidade) constitui uma variante do VAL, sendo


aplicável quando um determinado padrão de cash-flow se repete.
Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 1


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Ava lia ç ã o de Re nt a bilida de I EFP · I SQ

O método do PR (Período de Retorno ou pay-back) apresenta o inconveniente


de não ter em conta os cash-flows gerados depois de recuperados os capitais
investidos, o que o desaconselha na avaliação de projectos de longa duração.
Apresenta, contudo, a vantagem de ser simples e adequado à avaliaçäo de
projectos em contexto de alto risco ou, ainda, de projectos com vida limitada,
como no caso de contratos de concessão.

O método do IR permite calcular o número de vezes que os cash-flows gerados


pela exploração cobrem os cash-flows investidos, sendo expresso por um índice.

Os métodos do VAL, do VA, do PR e da IR consideram que os cash-flows


libertados pelo projecto são reinvestidos à taxa de referência. O método da TIR
considera que aqueles cash-flows são reinvestidos à mesma taxa TIR.

Todos aqueles métodos não têm em conta a liquidez gerada pelo projecto, isto
é, a eventual ocorrência de cash-flows negativos que ponham em perigo a
tesouraria, desde que “salvo” nos últimos anos por cash-flows positivos
suficientemente grandes.

Quando um projecto apresenta uma forte sazonalidade, o período de capitalização


deve ser igual ao período que melhor exprima o padrão dos cash-flows.

Fr.O.07 UT.04

IV . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


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PLANO DAS SESSÕES

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

IV.1.Preços correntes e • Expor a introdução; 1


preços constantes
• Expor o tema Avaliação a preços correntes
e a preços constantes;

• Transparência IV.1

IV.2.Métodos de • Expor o tema Métodos de avaliação finan- 6


avaliação de ceira;
rentabilidade
• Expor o tema Valor da taxa de actualização;
Módulo VALTIR
• Resolver o exemplo IV.1.

• Expor o tema Valor Actual Líquido (VAL);

• Resolver o caso de estudo IV.1.

• Expor o tema Valor da Anuidade (VA)

• Resolver os exemplos IV.2 e IV.3.

• Expor o tema Taxa Interna de Rentabilidade


(TIR);

• Resolver o caso de estudo IV.2.

• Expor o tema Período de Retorno (PR) ou


Pay-back;

• Resolver o exemplo IV.4.

• Expor o tema Índice de Rentabilidade (IR);

• Resolver o exemplo IV.5.

• Expôr o tema Influência da sazonalidade


dos cash-flows na rentabilidade.
Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 3


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Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

• Resolver o caso de estudo IV.3. Analisar


a sensibilidade do resultado à TR. Inverter
os cash-flows do 1.º com o 2.º semestre,
verificar o resultado e tirar conclusões.

• Transparências IV.2 a IV.11

IV.3.Exercícios de • Resolver individualmente os exercícios EXCEL e 5


aplicação propostos, discutir colectivamente os MICROINVEST
resultados e sugerir ensaios com outros (módulos vários)
dados (O que é que acontece se... ?).

Total: 12

Fr.O.07 UT.04

IV . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Uma empresa está a considerar a hipótese de implementar um projecto que


poderá gerar as receitas e despesas que se apresentam no quadro abaixo
(em contos). Calcular o cash-flow líquido e o VAL deste investimento,
considerando uma taxa de referência TR = 12 %.

Fim do ano Despesas Receitas

0 60 000 0
1 9 000 3 000
2 12 000 12 000
3 3 000 27 000
4 0 36 000
5 0 18 000

Fim do ano Cash-flow

P/F; 12; 0
0 -60 000 x (1,0000) = -60 000
1 (-9 000 + 3 000) x (0,8929) = -5 357
2 (-12 000 + 12 000) x (0,7972) = 0
3 (-3 000 + 27 000) x (0,7118) = 17 083
4 (0 + 36 000) x (0,6355) = 22 879
5 (0 + 18 000) x (0,5674) = 10 214
———-
VAL = -15 182

2. Um projecto apresenta o cash-flow previsional representado adiante. Para


uma TR = 15 %, qual a sensibilidade do VAL a variações da TR de ± 1/3
(33,33 %)?

Fim do ano 0 1 2 3 4

Cash-flow -8 000 2 000 2 000 2 000 2 000


Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 5


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Usando o módulo (VALTIR) do MICROINVEST, obtém-se directamente:


VAL = -2 290 c.

Para TR ± 1/3 TR ou 15 ± 15/3 temos que: 10 % ≤ TR ≤ 20 %


Para TR = 10 % vem VAL10 = -1 660 c.
Para TR = 20 % vem VAL20 = -2 823 c.

Logo: Lim. sup. VAL = [-2 823 - (-2 290)] / -2 290 = +23,27 %
Lim. inf. VAL = [-1 660 - (-2 290)] / - 2 290 = -27,51 %

Ou seja, para: ∆ TR = ± 33,33 % temos ∆ VAL = +23,27 %


-27,51 %

3. Os projectos A e B apresentam os seguintes cash-flows líquidos previsionais:

Fim do ano 0 1 2 3 4

Proj. A -50 000 15 000 15 000 35 000 30 000

Proj. B -50 000 30 000 30 000 15 000 15 000

a) Para uma TR = 5 %, qual dos 2 projectos possui o maior VAL?

b) Para uma TR = 15 %, qual dos 2 projectos possui o maior VAL?

c) No mesmo sistema de eixos, represente graficamente o VAL de A e B


em função de TR.

a) TR = 5 % TR = 15 %
————————————————————
VALA 32 807 14 551
VALB 31 080 17 210
————————————————————

Para TR = 5 % o projecto A é melhor que o B.

b) Para TR = 15 % o projecto B é melhor que o A.

c) Ver gráficos no módulo (VALTIR) do MICROINVEST.


Fr.O.07 UT.04

IV . 6 Aná lise de I nve st im e nt os


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4. Quatro projectos apresentam os seguintes cash-flows:

Fim do ano 0 1 2

Proj. A -35 000 85 000 -51 150

Proj. B -2 000 4 460 -2 484

Proj. C 200 -600 1 000

Proj. D -1 000 2 100 -1 000

a) Qual dos 4 projectos possui a maior TIR?


b) Qual dos 4 projectos é o melhor?

Usando o módulo (VALTIR) do MICROINVEST, obtemos:

TIR % VAL (c.)

Proj. A Indeterminável 236


Proj. B 15 0
Proj. C Indeterminável 434
Proj. D 37 70

a) Neste caso a TIR não é um bom critério de comparação, pois as TIR de


alguns projectos são indetermináveis.
b) Pelo critério do VAL o melhor projecto é o C.

5. Uma máquina nova custa 40 000 c. e o custo do seu funcionamento é


estimado em 10 000 c./ano. A sua vida útil é estimada em 10 anos sem
valor residual. Para TR = 10 %, qual é o custo anual uniforme da máquina?

A/P;10;10
A = 40 000 x (0,1627) + 10 000 = 16 510 c./ano

O resultado pode também conseguir-se usando o módulo (CONVERTE) ou


o módulo (VALTIR) do MICROINVEST.

6. Uma empresa está considerando a compra de uma máquina frezadora.


O seu preço é 60 000 c. e o seu custo funcionamento é estimado em
2 675 c./ano. A vida útil da máquina é estimada em 7 anos, durante os
quais irá gerar receitas no valor de 15 000 c./ano.
Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 7


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a) Qual o VAL para uma TR = 8 % ano?


b) Qual o VAL para uma TR = 10 % ano?
c) Qual o VAL para uma TR = 12 % ano?

Interprete os resultados.

P/A;8;7
a) VAL = -60 000 + (15 000 - 2 675) x (5,2064) = 4 170 c.

P/A;10;7
b) VAL = -60 000 + (15 000 - 2 675) x (4,8684) = 0 c.

P/A;12;7
c) VAL = -60 000 + (15 000 - 2 675) x (4,5638) = -3 750 c.

A decisão de investir ou não depende da taxa de referência. Para TR ≥ 10 %


a decisão é afirmativa, para TR < 10% a decisão é negativa.

7. Uma empresa fabricante de tubo de aço para canalizações pretende expandir


uma das suas linhas de produtos. Estão previstos os seguintes investimentos:

Ano 0: 100 000 c.


Ano 3: 50 000 c.
Ano 6: 30 000 c.

Os custos anuais previstos são 30 000 c./ano e os proveitos são:

Do ano 1 até ao ano 5: 60 000 c./ano


Do ano 6 até ao ano 10: 50 000 c./ano

Sendo TR = 15 %, o projecto é viável?

Usando os vários métodos de avaliação, teremos:

VAL (c.) VA (c./ano) TIR (%) Rt (anos) IR


————————————————————————————————-
-11 949 < 0 -2 381 < 0 11,54 < 15 > 10 0,918 < 1

O projecto não é rentável sob o ponto de vista económico, conforme mostram


todos os indicadores.

8. Uma empresa está a considerar a compra de um máquina polidora. Existem


dois modelos, A e B. Atribui-se uma vida útil de 5 anos a ambos os modelos.
Os cash-flows estimados constam do quadro abaixo. Para uma TR = 10 %
ao ano, qual dos dois modelos é mais favorável? Utilize os métodos do VAL,
da VA, da TIR, do período de retorno e do IR.
Fr.O.07 UT.04

IV . 8 Aná lise de I nve st im e nt os


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Fim do ano Cash-flow do Cash-flow do


modelo A modelo B

0 -30 000 -30 000


1 10 000 30 000
2 10 000 5 000
3 10 000 3 000
4 10 000 2 000

Usando os vários métodos de avaliação, teremos:

VAL (c.) VA (c./ano) TIR (%) Rt (anos) IR

Mod. A 1 699 536 12,59 3,751 1,057


Mod. B 5 025 1 585 23,57 1,660 1,167

O modelo B apresenta os melhores indicadores de rentabilidade, razão pela


qual deve ser preferido.

9. Uma empresa de confecções pretende produzir um artigo cujas vendas são


fortemente sazonais, só se realizando durante a Primavera de cada ano
durante 2 anos. O projecto apresenta a seguinte evoluçäo previsional de
cash-flows.

Trimestres Investimento Cash-flow de exploração


(periodicidade trimestral)

0 30
1 0
2 20
3 0
4 0
5 0
6 15
7 0
8 0

a) Supondo uma TR = 15%, o projecto é elegível?

b) Suponha os cash-flows concentrados no último trimestre de cada ano.


Qual a consequência para a rentabilidade?
Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 9


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a) A taxa de capitalização trimestral “ip“ que resulta numa taxa anual efectiva
ie = 15% é dada por:

(1 + 0,10) = (1 + ip)4

Resolvendo em ordem a ip, obtém-se:


ip = (1 + 0,15)1/4 - 1 = 0,035558 ou 3,5558%

O VAL, considerando a periodicidade trimestral, será então:

VAL = -30 + [0/(1 + 0,04881)1 + 20/(1 + 0,04881)2 + 0/(1 + 0,04881)3


+ ... + 15/(1 + 0,04881)6 + ... + 0/(1 + 0,04881)8] = 813 c.

Podemos concluir que, sendo VAL > 0, o projecto é viável. Se se tivesse


considerado uma periodicidade anual, o VAL seria igual a -1 267 c. e,
logo, a conclusão seria desfavorável ao projecto.

b) Se se considerar os cash-flows concentrados no último trimestre de cada


ano, os VAL’s, com capitalização anual e trimestral, resultam iguais:
VALa = VALt.

Fr.O.07 UT.04

IV . 10 Aná lise de I nve st im e nt os


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APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Custo ponderado do capital Valor Actualizado Líquido (VAL)

Análise de Investimento IV.1 Análise de Investimento IV.2

Valor Actualizado Líquido (Val) Variação do VAL com taxa de


actualização “i”

Análise de Investimento IV.3 Análise de Investimento IV.4

Definição de VAL Definição da TIR

Análise de Investimento IV.5 Análise de Investimento IV.6


Fr.O.07 UT.04

Aná lise de I nve st im e nt os IV . 11


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Interpretação gráfica da TIR Determinação gráfica (aproximada)


da TIR

Análise de Investimento IV.7 Análise de Investimento IV.8

Interpretação gráfica da TIR Cálculo do PR

Análise de Investimento IV.9 Análise de Investimento IV.10

Cálculo do IR

Análise de Investimento IV.11


Fr.O.07 UT.04

IV . 12 Aná lise de I nve st im e nt os


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Comparação de Projectos
Alternativos
M.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os


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RESUMO

Um projecto diz-se independente quando a sua aceitação entre outros não


influencia a aceitação de qualquer dos restantes. Diz-se dependente ou
condicionado no caso contrário.

Quando a aceitação de um projecto num conjunto conduz à rejeição dos restantes,


diz-se que os projectos são mutuamente exclusivos.

Os critérios de decisão usados na selecção de projectos mutuamente exclusivos


são: diferenças entre os cash-flows das alternativas, taxa mínima de atractividade
TMA e alternativa nula.

No primeiro caso, se, por exemplo, existem 2 projectos, calcula-se a diferença


dos seus cash-flows em cada ano (P1-P2). Se esta diferença - correspondente
a um projecto fictício - for economicamente viável, então selecciona-se P1.
Senão, selecciona-se P2.

No segundo caso, calculam-se as TIR de cada projecto e eliminam-se aqueles


cujas TIR forem inferiores à TMA.

No terceiro caso, considera-se que os fundos disponíveis são investidos


alternativamente noutra coisa a uma taxa igual à TMA, de forma a evitar a
eleição de projectos menos rentáveis.

Quando as receitas de um conjunto de alternativas são iguais, descrevem-se


os cash-flows destas alternativas apenas pelos custos originados. Neste caso,
não se considera a alternativa nula.

Na comparação de projectos alternativos surgem, por vezes, situações


particulares, como sejam: projectos com períodos de vida diferentes ou com
dimensões diferentes.

A primeira situação resolve-se aplicando um de dois métodos: o método das


anuidades e seleccionando o que apresenta maior VA ou o método do horizonte
temporal comum (correspondente ao menor múltiplo comum das vidas de cada
projecto) e seleccionando aquele que apresenta maior VAL para este período.

A segunda situação resolve-se calculando o VAL de cada projecto e


seleccionando o que apresenta maior valor (desde que positivo). O VAL é o
único critério de avaliação que reflecte a dimensão absoluta do investimento.

No caso de projectos de substituição, abandonamos os conceitos de


rentabilidade vistos na UT IV, pois consideram simultaneamente receitas e
despesas. Nesta situação particular, procuramos as condições que oferecem
maior economicidade de operação, logo, consideraremos apenas a componente
despesas (ou custos), partindo do princípio que as receitas se mantêm
constantes para qualquer das alternativas. No caso de alguma das alternativas
apresentar uma degradação das receitas, esta deverá ser considerada nos
cálculos sob a forma de um custo de oportunidade. Em consequência,
adoptamos apenas as fórmulas de conversão vistas na UT III.
Fr.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os V . 1


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PLANO DAS SESSÕES

Metodologia Duração
Meios
Conteúdo de desenvolvimento indicativa
didácticos
(horas)
• Expor o tema Dependência entre projectos;
V.1.Projectos mutua- 1
mente exclusivos • Expor o tema Projectos mutuamente exclu-
sivos;

• Resolver o caso de estudo V.1;

• Transparências V.1 a V.2.

V.2.Projectos com vidas • Expor o tema Projectos com períodos de 2


ou com dimensões vida diferentes;
diferentes
• Resolver o exemplo V.1. Discutir colec- Módulo
tivamente os resultados e sugerir ensaios VIDADIF do
com outros dados (O que é que acontece MICROINVEST
se, por exemplo, os investimentos forem
iguais?);

• Expor o tema Projectos com dimensões


diferentes;

• Analisar os exemplos V.2 e V.3.

• Expor o tema Projectos considerando res-


trições financeiras.

• Analisar o exemplo V.4.

V.3.Projectos de • Expor o tema Projectos de substituição. 9


substituição Este tema é básico em análise económica
(transparência V4).

• Resolver os casos de estudo V.2 a V.5 com EXCEL


o apoio de uma folha de cálculo. Módulos VALTIR
e VIDADIF do
MICROINVEST
Fr.O.07 UT.05

V . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


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Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

• Resolver individualmente os exercícios


propostos. Discutir colectivamente os
resultados.

• O exercício 6 deve ser construído numa folha


de cálculo, de forma a permitir a análise de
sensibilidade dos resultados à taxa de
referência.

Total: 12
Fr.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os V . 3


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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Uma empresa tem uma disponibilidade financeira de 500 000 c. para investir.
Existem 5 projectos independentes alternativos que apresentam valores de
TIR e de investimento conforme o quadro abaixo. Se a TMA = 20 %, quais os
projectos que devem ser seleccionados?

Projecto 1 2 3 4 5

TIR 29,1 10,5 21,5 19,5 23,2

Investimento 150 000 50 000 200 000 75 000 25 000

Projectos que cumprem a 1.ª restrição (TMA ≥ 20 %): Proj. 1


Proj. 3
Proj. 5

A soma dos investimentos dá: 150 000


200 000
25 000
————
375 000 < 500 000 c.

Logo, os projectos 1, 3 e 5 podem ser seleccionados.

2. Resolva de novo o exercício anterior para:

a) TMA = 25 %
b) TMA = 18 % e capital disponível para investimento = 400 000 c.

a) Para TMA = 25 % só o projecto 1 cumpre esta restrição, pelo que será o


único seleccionado.

b) Projectos que cumprem a 1.ª restrição (TMA ≥ 18 %): Proj. 1


Proj. 3
Proj. 4
Proj. 5
Fr.O.07 UT.05

V . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


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Se listarmos estes 4 projectos por ordem decrescente da TIR e acumularmos


o investimento, obtemos:

Investimento
Investimento
acumulado

Proj. 1 150 000 150 000

Proj. 5 25 000 175 000

Proj. 3 200 000 375 000

Proj. 4 75 000

Donde, os projectos a seleccionar serão os projectos 1, 5 e 3.

3. Uma empresa decidiu automatizar um processo. Existem dois sistemas


alternativos que originam os cash-flows previsionais que se mostram no
quadro abaixo. Ambos apresentam uma vida útil de 5 anos e uma valor
residual nulo. Se TMA = 15 %, por qual dos sistemas deveremos optar?

Fim do ano 0 1 2 3 4 5

Sistema 1 -50 000 22 000 22 000 22 000 22 000 22 000

Sistema 2 -75 000 24 000 24 000 24 000 24 000 24 000

Sistema 1: P/A;15;5
VAL = -50 000 + 22 000 x (3,3522) = 23 748 c.

Sistema 2: P/A;15;5
VAL = -75 000 + 24 000 x (3,3522) = 5 453 c.

O sistema 1 é melhor pois o VAL é o maior dos dois.

4. Uma empresa está considerando a substituição de uma das suas máquinas


de produção por outra mais moderna. Os dados pertinentes encontram-se
no quadro abaixo. A vida esperada dos produtos fabricados naquela máquina
não ultrapassará 10 anos. Para uma TMA = 15 %, deve a empresa substituir
a máquina actual?
Fr.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os V . 5


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Valor Depre- Custo Custo Vida útil


residual ciação inicial anual esperada
hoje (c.) (c./ano) (c.) (c./ano) (anos)

Máq. actual 500 50 5 000 1 000 15

Máq. nova 100 7 000 375 10

Alt. 1 - Manter a máquina actual e


Alt. 2 - Comprar a nova máquina

O período de análise deve ser 5 anos (igual ao da vida do produto),


pressupondo que qualquer das máquinas será então dasactivada e vendida.

O valor presente P1 da Alt. 1 é:

P/F;15;5 P/A;15;5
P1 = (500 - 5 x 50) x (0,4972) - 2 000 x (3,3522) = 6 580 c.

E o valor presente P2 da Alt. 2 é:

P/A;15;5
P2 = 500 - 7 000 - 375 x (3,3522) = -7 757 c.

Logo, é melhor manter a máquina actual, pois esta alternativa apresenta um


P maior.

5. Uma empresa tem que decidir entre duas propostas alternativas para
fornecimento de uma nova máquina. Os custos de investimento e de
funcionamento são diferentes para cada alternativa, bem como as respectivas
vidas esperadas, conforme se mostra no quadro abaixo. Qual a melhor
alternativa, para TR = 10 %?

Investimento Custos de Vida útil


funcionamento esperada

Máquina A 15 000 6 000 5

Máquina B 9 000 3 000 3


Fr.O.07 UT.05

V . 6 Aná lise de I nve st im e nt os


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Calculando o valor da anuidade para cada uma das alternativas, obtemos:

A/P;10;5
AA = -15 000 x (0,2638) + 6 000 = 2 043 c./ano

A/P;10;3
AB = -9 000 x (0,4021) + 3 000 = -619 c./ano

Logo, a máquina A é melhor.

6. Uma empresa possui um carro de serviço com 3 anos e pretende avaliar


economicamente as alternativas de substituição imediata ou de adiamento
da substituição. A empresa possui como política não manter quaisquer carros
mais do que 6 anos. No entanto, por razões económicas poderá substituí-los
antes deste prazo. Para fundamentar uma decisão, a empresa reuniu os
seguintes dados previsionais:

Qual o ano em que a empresa deve substituir o carro? Considere uma


TR = 15%.

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6

Carro actual
• Investimento - - - - - - -
• Valor residual 3 800 3 300 2 800 2 300 - - -
• Manutenção 150 250 350 - - -
• Pneus 100 - - - - -
• Óleo + gasol. 450 600 750 - - -
• Seguro 100 100 100 - - -

Carro novo

• Investimento 4 700 - - - - - -

• Valor residual - 4 200 3 700 3 200 2 700 2 200 1 700


• Manutenção 50 150 200 250 300 350
• Pneus - - - 200 - -
• Óleo + gasol. 400 400 450 500 550 600
• Seguro 250 200 150 100 100 100
Fr.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os V . 7


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A melhor forma de abordar este caso consiste em seguir os seguintes


passos:

1. Calcular o custo anual do carro novo para cada alternativa de vida útil
(entre 1 e 6 anos);
2. Seleccionar o custo anual mínimo - correspondente à vida económica do
carro novo;
3. Calcular o custo anual do carro actual para cada alternativa de vida restante
(entre 1 e 3 anos), considerando o valor actual de mercado como um
custo de oportunidade devido ao adiamento da decisão;
4. Comparar o custo anual mínimo do carro novo com os sucessivos custos
anuais das alternativas de vida restante do carro actual e seleccionar
uma das seguintes alternativas:
Alt. 1 - Substituir o carro imediatamente (ano 0)
Alt. 2 - Substituir o carro no fim do ano 1
Alt. 3 - Substituir o carro no fim do ano 2
Alt. 4 - Substituir o carro no fim do ano 3

Passo 1:

• Vida útil do carro novo = 6 anos:

P/F;15;1 P/F;15;2 P/F;15;3


Cn6 = [4 700 + 700 x (0,8696) + 750 x (0,7561) + 800 x (0,6575) + 1 050 x

P/F;15;4 P/F;15;5 P/F;15;6 A/P;15;6 A/F;15;6


x (0,5718) + 950 x (0,4972) + 1 050 x (0,4323)] x (0,2642) - 1 700 x (0,1142) =

= 1 901 c./ano

• Vida útil do carro novo = 5 anos:

P/F;15;1 P/F;15;2 P/F;15;3


Cn5 = [4 700 + 700 x (0,8696) + 750 x (0,7561) + 800 x (0,6575) + 1 050 x

P/F;15;4 P/F;15;5 A/P;15;5 A/F;15;5


x (0,5718) + 950 x (0,4972)] x (0,2983) - 2 200 x (0,1483) = 1 903 c./ano

Procedendo de igual modo para cada um dos anos, obtemos sucessivamente:

Vida útil do carro novo = 4 anos: Cn4 = 1 912 c./ano

Vida útil do carro novo = 3 anos: Cn3 = 1 882 c./ano

Vida útil do carro novo = 2 anos: Cn2 = 1 893 c./ano

Vida útil do carro novo = 1 ano: Cn1 = 1 905 c./ano


Fr.O.07 UT.05

V . 8 Aná lise de I nve st im e nt os


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Passo 2:

A vida económica do carro novo é 3 anos, correspondente a um custo anual


médio de 1 882 c./ano.

Passo 3:

• Manter o carro actual por mais 1 ano:

P/F;15;1 A/P;15;1 A/F;15;1


Ca1 = [3 800 + 800 x (0,8696)] x (1,1500) - 3 300 x (1,0000) = 1 870 c./ano

• Manter o carro actual por mais 2 anos:

P/F;15;1 P/F;15;2 A/P;15;2 A/F;15;2


Ca2 = [3 800 + 800 x (0,8696) + 950 x (0,7561)] x (0,6151) - 2 800 x (0,4651) =

= 1 905 c./ano

• Manter o carro actual por mais 3 anos:

P/F;15;1 P/F;15;2 P/F;15;3 A/P;15;3


Ca3 = [3 800 + 800 x (0,8696) + 950 x (0,7561) + 1 200 x (0,6575)] x (0,4380) -

A/F;15;3
- 2 300 x (0,2880) = 1 967 c./ano

O quadro seguinte resume todos os resultados.

Custos anuais (c./ano)


Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6

Carro actual (Cai) 1870 1905 1967


(mín.)

Carro novo (Cni) 1905 1893 1882 1912 1903 1901


(mín.)

Passo 4:

Como Ca2 > Cn3 > Ca1, conclui-se que a alternativa mais económica é a
Alt. 2 - Substituir o carro no fim do ano 1. Com efeito, enquanto o carro novo
custará 1 882 c./ano, manter o carro actual por mais 1 ano custará apenas
1 870 c. Manter o carro actual por mais 2 anos já custará mais caro: 1 905 c.
Fr.O.07 UT.05

Aná lise de I nve st im e nt os V . 9


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Com pa ra ç ã o de Proje c t os Alt e r nat ivos I EFP · I SQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Projectos mutuamente exclusivos Projectos com dimensões diferentes

Análise de Investimento V.1 Análise de Investimento V.2

Cash-Flows previsionais Projectos de Substituição

Análise de Investimento V.3 Análise de Investimento V.4

Fr.O.07 UT.05

V . 10 Aná lise de I nve st im e nt os


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Análises de Ponto de Equilíbrio


e de Custo Mínimo
M.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os


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RESUMO

Em muitas situações, o custo de uma alternativa é função de uma variável


de decisão. Quando duas ou mais alternativas são função de uma mesma
variável, é frequente querer-se conhecer os valores desta variável que tornam
economicamente indiferentes pares de soluções alternativas, isto é, valores
para os quais cada par de alternativas apresenta custos iguais. A estes valores
correspondem pontos denominados de “indiferença” ou de “equilíbrio” entre
alternativas.

Noutras situações, certos custos aumentam enquanto outros diminuem com a


variação da variável de decisão. Existe um valor desta variável para o qual a
soma de todos os custos apresenta um valor mínimo. A este valor corresponde
um ponto denominado de “custo mínimo” ou de “compromisso” entre os vários
custos. Quando uma ou mais alternativas dependem da mesma variável, podem
ser comparadas entre si através dos respectivos valores de custo mínimo.
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 1


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PLANO DAS SESSÕES

Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos
(horas)

VI.1.Ponto crítico de • Expor o tema Ponto crítico de vendas; 1


vendas
• Resolver o exemplo VI.1 e o caso de estudo
VI.1 manualmente e depois no computador. Módulos
Realizar ensaios de sensibilidade “O que é (CRITIC_I) e
que acontece se...”; (CRITIC_G) do
MICROINVEST
• Transparência VI.1

VI.2.Ponto de equilíbrio • Expor o tema Ponto de equilíbrio entre duas 4


entre alternativas alternativas;

• Resolver o caso de estudo VI.2;

• Resolver o caso de estudo VI.3;

• Expor o tema Ponto de equilíbrio entre


várias alternativas;

• Resolver o caso de estudo VI.4;

• Resolver o caso de estudo VI.5;

• Transparência VI.2 a VI.9.

VI.3.Análise de custo • Expor o tema Análise de custo mínimo; 3


mínimo
• Resolver o caso de estudo VI.6;

• Pedir aos formandos que dêem exemplos


de outras situações onde julguem adequada
a análise de custo mínimo.

• Transparência VI.10 a VI.11.


Fr.O.07 UT.06

VI . 2 Aná lise de I nve st im e nt os


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Duração
Metodologia Meios
Conteúdo indicativa
de desenvolvimento didácticos

VI.4.Exercícios de • Resolver individualmente os exercícios Software EXCEL 6


aplicação propostos no computador. Discutir os
resultados e realizar ensaios de sensibi-
lidade “O que é que acontece se... ?”.

Total: 14
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 3


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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Uma máquina A custa 10 000 c. e não possui qualquer valor residual. O seu
custo de produção de um artigo é 1,0 c./unidade. A máquina B (alternativa
à A) custa 6 400 c. e não possui qualquer valor residual. O seu custo de
produção de um artigo é 1,4 c./unidade. Estas máquinas destinam-se
somente à produção deste artigo. Sendo a TR = 15 % e a necessidade de
produção igual a 3 000 unid./ano (ao alcance de qualquer das máquinas),
dentro de quanto tempo se verificará o ponto de indiferença entre as duas
alternativas?

Se calcularmos o valor presente de n rendas (custos de produção anuais),


para ambas as alternativas e as igualarmos, podemos obter o valor
correspondente de n, ou seja, o n.º de anos necessários para que o diferencial
de custos de produção compense o diferencial do investimento.

P/A;15;n
(10 000 - 7 000) = (1,4 - 1,0) x 3 000 x (...)

P/A;15;n
Resolvendo, obtemos (...) = 2,5. Se consultarmos uma tabela e interpolarmos
linearmente, obtemos n = 3,35 anos. Se usarmos o módulo CONVERT do
MICROINVEST, obtemos directamente n = 3,35 anos. Se a vida estimada
do produto for inferior a 3,35 anos, devemos optar pela máquina B. Se for
superior, devemos optar pela máquina A. Notar que chegávamos à mesma
conclusão se analisássemos todos os custos, ou seja:

A/P;16;n A/P;16;n
10 000 x ( ... ) + 1,1 x 3 000 = 6 400 x ( ... ) + 1,4 x 3 000

A/P;15;n
Resolvendo, obtemos (...) = 0,4. De uma tabela obtemos n = 3,35 anos.

2. Um fabricante de produtos electrónicos pretende avaliar economicamente


dois processos alternativos de fabrico de uma placa de circuitos. A placa
pode ser cablada manualmente a um custo de 480$00/unidade. Os custos
de manutenção são estimados em 60 c./ano. A placa pode, em alternativa,
ser obtida por um processo de impressão. Neste caso, é necessário um
investimento de 1 800 c. numa linha que terá uma vida útil estimada em
9 anos e um valor residual de 200 c. O custo de produção da placa é estimado
em 104$00/unidade e os custos de manutenção em 80 c./ano. Sendo todos
os outros custos iguais e a TMA = 18 %, qual será a produção anual para a
qual os dois processos se equivalem?
Fr.O.07 UT.06

VI . 4 Aná lise de I nve st im e nt os


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Circuitos cablados Circuitos impressos


cp = 480$00/unid cp = 104$00/unid
cm = 60 c./ano cm = 80 c./ano
I = 1 800 c.
n = 9 anos
R = 200 c.

Igualando os custos anuais de cada uma das alternativas, obtemos:

A/P;18;9 A/F;18;9
0,48 x Q + 60 = 1 800 x (0,2324) - 200 x (0,0524) + 0,104 x Q + 80

Resolvendo, obtemos: Q = 1 138 unidades

3. Uma empresa tem que adquirir um grupo “motor eléctrico - bomba hidráulica”
para realizar um trabalho diário de enchimento de um depósito durante todos
os dias do ano e durante 3 anos. O volume de água a bombear diariamente
necessita de uma energia de 220 KW/h. Sob o ponto de vista técnico, é
possível escolher entre os vários motores cujos custos se descrevem no
quadro abaixo.

Potência nominal Investimento Custo da energia


(cv) (c) ($/KW/h)

20 420 12
40 460 10
75 525 8,5
100 570 7,5
150 685 7

Nota: 1 cv = 0,735 KW

a) Represente graficamente o custo anual de cada motor em função da


respectiva potência.

b) Qual o motor que apresenta o custo total mínimo? Considere como taxa
de referência 15%.
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 5


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Potências Custo do Custo de Custo


alternativas investimento funcionamento total
(cv) (c./ano) (c./ano) (c./ano)

20 420 x 0,4380 = 184 220 x 365 x 12 x 0,735 / 103 = 708 892


40 460 x 0,4380 = 202 220 x 365 x 10 x 0,735 / 103 = 590 792
3
75 525 x 0,4380 = 230 220 x 365 x 8,5 x 0,735 / 10 = 502 732
100 570 x 0,4380 = 250 220 x 365 x 7,5 x 0,735 / 103 = 443 693
3
150 685 x 0,4380 = 300 220 x 365 x 7 x 0,735 / 10 = 413 713

(A/P;15;3) = 0,4380

a)

c./ano

900

800

700

600

20 40 75 100 150

b) O motor de 100 cv constitui a melhor alternativa pois apresenta o menor


custo total.

4. Caso ELECTRA - Secção óptima de um cabo eléctrico

A ELECTRA é uma empresa industrial que vai expandir as suas instalações


fabris. Para o efeito, decidiu construir um novo edifício que necessita de
ser alimentado electricamente, através de um cabo aéreo, a partir de um
transformador situado a 150 metros. Os materiais comummente utilizados
em cabos eléctricos são o cobre e o alumínio. As características dos materiais
e da instalação encontram-se listadas nos dois quadros seguintes:
Fr.O.07 UT.06

VI . 6 Aná lise de I nve st im e nt os


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• Potência activa a satisfazer (KW): 1 000


• Tensão composta (V): 380
• Factor de potência (cos ϕ): 0,9
• Regime de utilização: 230 dias/ano
8 h/dia
• Custo da energia ($/KW/h): 15

Características dos materiais Cobre Alumínio

• Comprimento (m) 150 150


• Custo de aquisição + montagem:
• Componente fixa (c) 30 25
• Componente variável ($/Kg) 440 400
• Vida útil (anos) 10 12
• Valor residual ($/Kg) 250 225
• Resistividade (Ω.m) 1,7 x 10 -8
2,8 x 10-8
• Peso específico (Kg/m3) 8 900 2 700

Considerando uma TR = 15 %, qual será a alternativa (material e secção)


mais económica? Efectue também uma análise da sensibilidade do custo
total a diferentes valores da secção, para cada um dos dois materiais.

Considerar que a energia perdida por um cabo, quando atravessado por uma
corrente eléctrica, é dada por:

W = r.(L/S).I2.t (W.h)

em que: W - Energia perdida anualmente (W.h)


r - Resistividade do material (ê.m)
L - Comprimento do cabo (m)
S - Secçäo do cabo (m2)
I - Corrente eléctrica que atravessa o cabo (A)
t - Tempo durante o qual o cabo é atravessado pela corrente I
(h)

Sendo, por sua vez, a corrente dada por:


I = P / (√3 . Vc . cos ϕ)
em que: P - Potência activa (W)
Vc - Tensão composta (V)
cos ϕ - Factor de potência
Fr.O.07 UT.06

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5. Caso CAVIMOLDE - Número óptimo de cavidades num molde

O Eng.º Covas, responsável pela engenharia de processo da CAVIMOLDE –


empresa dedicada à injecção de peças plásticas – foi encarregado de definir
o processo mais económico de satisfazer um contrato para o fornecimento
de 100 000 peças, durante 3 anos, assim repartidas:

Ano 1 = 50 000 unid.


Ano 2 = 30 000 unid.
Ano 3 = 20 000 unid.

O Eng.º Covas resolveu considerar duas hipóteses:

Hipótese 1 - Construir o molde e fabricar as peças;


Hipótese 2 - Subcontratar tudo.

O Eng.º Covas começou por dialogar com o seu colega da Produção, de


forma a apurar, para a primeira hipótese, qual poderia ser a máquina para
execução das peças.

Seguidamente, o Eng.º Covas reuniu a seguinte informação, que considerou


pertinente:

• Limite do volume de enchimento [Pi] = 6 000 g/ciclo


• Custo horário da prensa [Ch] = 5 000$00/hora
• Peso de cada peça [Gr] = 200 g/unid.
• Taxa de referência [tr] = 20 %
• Cadência [V] (peças/hora) = Função do n.º de cavidades

Surgiu-lhe, então, a seguinte dúvida:

Sendo o limite do volume de enchimento de 6 000 g e a gramagem de cada


peça 200 g, significa que o molde poderá conter qualquer número de cavidades
entre um mínimo de 1 e um máximo de 6 000/200 = 30 cavidades. O custo
do molde variará decerto significativamente com aquele número.

Torna-se, pois, necessário determinar, numa primeira fase, qual será a


dimensão mais económica do molde.

Após algumas horas de estudo, o Eng.º Covas conseguiu estimar os custos


prováveis de três hipóteses de dimensão do molde:

10 cavidades = 4 000 c.
20 cavidades = 6 000 c.
30 cavidades = 8 000 c.

Os valores 10, 20 e 30 foram arbitrados uniformemente dentro do intervalo


1 a 30.
Fr.O.07 UT.06

VI . 8 Aná lise de I nve st im e nt os


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O Eng.º Covas voltou a falar com o seu colega da Produção e, juntos,


conseguiram estimar as cadências possíveis para cada uma das mesmas
hipóteses de dimensão do molde, atrás consideradas.

10 cavidades = 800 peças/hora


20 cavidades = 1 600 peças/hora
30 cavidades = 2 400 peças/hora

Por fim, e para julgar da viabilidade da hipótese de subcontrato, o Eng.º


Covas consultou uma empresa congénere, que forneceu o preço de 50$00/
/unid. para a hipótese de subcontratação.

Qual a melhor decisão que o Eng.º Covas poderá tomar?

ELECTRA - Comecemos por representar graficamente os fluxos financeiros


que se verificarão ao longo do período de vida útil do cabo, da seguinte
forma:

Pd

em que: I - Investimento inicial (c)

Pd - Perda anual de energia (c/ano)

R - Valor residual do cabo (c)

Qualquer destas variáveis depende do valor da secção do cabo, a qual constitui


a incógnita do problema.

De forma a podermos calcular a secção que minimiza o custo anual durante


o tempo de vida útil de cada cabo, há que transformar os valores de I e de R
em fluxos financeiros uniforme-mente distribuídos ao longo deste mesmo
período (diz-se anualisá-los).

O factor para anualisar um valor presente P, é o seguinte:


Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 9


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A/P;i;n = {t(1 + t)n / [(1 + t)n - 1]}

em que: A/P - Anuidade de um valor presente P (c/ano)

t - Taxa anual de referência (%)

n - Vida útil do investimento (anos)

Substituindo valores, vem:

Cobre: A/P;15;10 = {0,15(1 + 0,15)10 / [(1 + 0,15)10 - 1]} = 0,199252

Alumínio: A/P;15;12 = {0,15(1 + 0,15)12 / [(1 + 0,15)12 - 1]} = 0,184481

O factor para anualisar um valor futuro F, é o seguinte:

A/F;t;n = {t / [(1 + t)n - 1]}

Substituindo valores, vem:

Cobre: A/F;15;10 = {0,15 / [(1 + 0,15)10 - 1]} = 0,049252

Alumínio: A/F;15;12 = {0,15 / [(1 + 0,15)12 - 1]} = 0,034481

É preciso agora calcular as expressões de I, de P e de R em função da


secção S do cabo.

O valor do investimento I é dado por:

Cobre: I = 30 + 440.10-3 x 150 x S.10-6 x 8,9.103 c

I = 30 + 0,5874.S c

Alumínio: I = 25 + 400.10-3 x 150 x S.10-6 x 2,7.103 c

I = 25 + 0,1620.S c

Multiplicando estas expressões pelos factores de conversão A/P, obtemos


os correspondentes valores anualisados:

Cobre: AI = 5,977 + 0,1170.S c/ano

Alumínio: AI = 4,612 + 0,0298.S c/ano

O valor residual R é dado por:

Cobre: R = 250.10-3 x 150 x S.10-6 x 8,9.103 c

R = 0,33375.S c
Fr.O.07 UT.06

VI . 10 Aná lise de I nve st im e nt os


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Alumínio: R = 225.10-3 x 150 x S.10-6 x 2,7.103 c

R = 0,09113.S c

Multiplicando estas expressões pelos factores de conversão A/F, obtemos


os correspondentes valores anualisados:

Cobre: AR = 0,0164.S c/ano

Alumínio: AR = 0,0031.S c/ano

Sendo o valor das perdas energéticas Pd dado por:

Pd = W.c = r.(L/S).I2.t.c = r.(L/S). [P/(Ö3.Vc.cos j)]2.t.c

Tendo em conta que os custos são iguais em cada ano, substituindo valores
vem:

Cobre: APd = 1,7.10-8 x 150/S.10-6 x [1.000.000/(Ö 3 x 380 x 0,9)]2 x 230 x

8 x 15.10-3

x 10-3 = 200.575/S c/ano

Alumínio: APd = 2,8.10-8 x 150/S.10-6 x [1.000.000/(Ö 3 x 380 x 0,9)]2 x 230

x 8 x 15.10-3

x 10-3 = 330.358/S c/ano

A expressão do custo total em qualquer ano toma então a forma:

Cobre: CT = 5,977 + 0,1170.S + 0,0164.S + 200.575/S

CT = 5,977 + 0,1334.S + 200.575/S

Alumínio: CT = 4,612 + 0,0298.S + 0,0031.S + 330.358/S

CT = 4,612 + 0,1329.S + 330.358/S

Derivando cada uma daquelas expressões e igualando os resultados a zero,


obtêm-se os valo-res de S para os quais os valores de CT são mínimos.

Cobre: dCT/dS = 0,1334 - 200.575/S2 = 0

S* = 1.226 mm2
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 11


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Alumínio: dCT/dS = 0,0329 - 330.358/S2 = 0

S* = 3.163 mm2

Substituindo estes valores de S nas expressões gerais de Ci, obtem-se:

Cobre: CT = 5,977 + 0,1334 x 1.226 + 200.575/1.226

CT = 333 c/ano

Alumínio: CT = 4,612 + 0,0329 x 3.163 + 330.358/3.163

CT = 214 c/ano

A resposta será então a seguinte: Comparando os valores de CT mínimo


para cada um dos dois materiais, conclui-se que o cabo de Alumínio constitui
a solução mais económica e que o valor da sua secção deve ser igual ao
standard mais próximo de 3.163 mm2.

Efectuou-se também uma análise da sensibilidade de CT a diferentes valores


de S, para cada um dos dois materiais. O resultado encontra-se ilustrado
graficamente na figura seguinte.

CUSTOS TOTAIS DAS ALTERNATIVAS ALUMÍNIO E COBRE

800

700

600
CUSTOS (c/ano)

500

400

300

200

100

0
706 1122 1539 1955 2371 2787 3204 3620 4036 4453 4869 5285 5702 6118

SECÇÃO (mm2)

CAVIMOLDE - Um problema desta natureza deve ser formulado em termos


anuais e uniformes. Para tal recorre-se às formulas financeiras que têm em
conta a variação temporal do valor do dinheiro.

No nosso caso precisamos recorrer apenas às de actualização de valores


Fr.O.07 UT.06

VI . 12 Aná lise de I nve st im e nt os


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futuros e de anualiza-çäo de valores actuais. Sendo [tr] a taxa de referência,


teremos:

Transformação de valores futuros em valor actual

P = [ F1.(1+tr)-1 + F2.(1+tr)-2 + F3.(1+tr)-3 + ... + Fn.(1+tr)-n ]

Transformação de um valor actual em valores uniformes

A = { [tr.(1+tr)n] / [(1+tr)n - 1] }.P

CUSTO DO INVESTIMENTO [CI]

Número máximo possível de cavidades

Pi / Gr = 6.000 / 200 = 30 cavidades

Intervalo de valores possíveis de [N]

N = (1, 2, 3,..., 30)

Custo estimado de um molde com:

10 cavidades = 4.000 c

20 cavidades = 6.000 c

30 cavidades = 8.000 c

Os valores 20 e 30 foram arbitrados uniformemente dentro do intervalo 1 a


30.

Expressão geral que fornece aproximadamente o custo do molde em função


do número de ca-vidades:

CIp = 2.000 + 200.N

Custo anual: CI = {[tr.(1+tr)n] / [(1+tr)n - 1]}.CIp

CI = 0,4747 (2.000 + 200.N)

CI = 949 + 95.N c/ano


Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 13


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CUSTO DE FABRICAÇÃO [CF]

Custo de fabricação em cada ano:

CF1 = Ch.Q1/V = Ch.Q1/80.N

CF1 = 5 x 50.000/80.N

CF1 = 250.000/80.N

CF2 = 5 x 30.000/80.N

CF2 = 150.000/80.N

CF3 = 5 x 20.000/80.N

CF3 = 100.000/80.N

Custo de fabricação actualizado.

CFp = CF1.(1+tr)-1 + CF2.(1+tr)-2 + CF3.(1+tr)-3

CFp = [(250.000 x (1+0,2)-1 + 150.000 x (1+0,2)-2 + + 100.000 x


(1+0,2)-3]/80.N

CFp = 370.400/80.N

Custo de fabricação anualisado.

CF = {[tr.(1+tr)n]/[(1+tr)n - 1]}.CFp

CF = 0,4747 x 370.400/80.N

CF = 2.198/N c/ano

CUSTO TOTAL

Podemos agora calcular o custo anual total:


CT = CI + CF

CT = 949 + 95.N + 2.198/N


Esta é portanto a expressão do custo total anual que procurávamos.

Para encontrar o valor de N a que corresponde o menor valor de CT,


poderíamos derivar a equação em ordem a N, igualar a 0 o resultado e
calcular as suas raízes.

dCT/dN = 95 - 2.198/N2 = 0
N = √ 2.198/95 = 4,8 ≅ 5 cavidades
Fr.O.07 UT.06

VI . 14 Aná lise de I nve st im e nt os


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Contudo, este cálculo torna-se desnecessário se recorrermos a um método


de resolução numé-rico. Para isso construímos um quadro com todos os
valores possíveis de [N] e calculamos o valor do custo total [CT] para cada
uma das hipóteses. Obteremos assim:

[N] [CT]

--------------------------

1 .

2 .

3 1.967

4 1.878

5 1.864 mínimo

6 1.885

7 1.928

8 1.984

. .

. .

30 .

--------------------------

Como podemos observar o [CT] será mínimo para um número de cavidades


igual a 5. Será, pois, esta a nossa conclusão N = 5.

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Conforme podemos observar no quadro do ponto anterior, se admitirmos um


acréscimo de custo de, por exemplo 5%, em relação ao custo mínimo,
deixamos de ter a recomendação rígida de 5 cavidades (ponto óptimo
económico), número que poderá não convir sob o ponto de vista técnico
(normalmente selecciona-se um número par de cavidades) - e passamos a
ter um intervalo óptimo económico de valores de N.

CT mínimo = 1.864 c/ano


1,05 x 1.864 = 1.957 c/ano
Intervalo óptimo económico: 4<N<7
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 15


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Aná lise s de Pont o de Equilíbrio e de Cust o M ínim o I EFP · I SQ

Sob o ponto de vista técnico é indiferente escolher 4 ou 6 cavidades. Sob o


ponto de vista económico, já assim não acontece. Com efeito, podemos
confirmar pelo quadro de sensibili-dade que, para N = 4, vem CT = 1.878 c/
ano, enquanto que para N = 6 vem CT = 1.885 c/ano. A melhor solução será
pois 4 cavidades.

FABRICAR OU SUBCONTRATAR ?

Na hipótese "Fabricação própria" (considerando N = 4), o custo total anual é


CTf = 1.878 c/ano. Na hipótese "Subcontratação", o custo total anual CTs é
dado por:

P/F;20;1 P/F;20;2 P/F;20;3 A/P;20;3

CTs = 0,05 x [50.000 x (0,8333) + 30.000 x (0,6945) + 20.000 x (0,5787)] x


(0,4747)

CTs = 1.758 c/ano

Podemos concluir que, sendo CTs < Ctf , é mais económico subcontratar.

Podemos chegar à mesma conclusão através dos custos unitários de ambas


as hipóteses. Com efeito:

Na hipótese "Fabricação própria" (considerando N = 4 e produção média =


(50.000 + 30.000 + 20.000) / 3 = 33.333 unid/ano), o custo médio unitário
Cuf é dado por:

Cuf = 1.878 / 33.333 = 56$40 / unid

Na hipótese "Subcontratação", o custo unitário é Cus = 50$00 / unid

Podemos, pois, concluir igualmente que, sendo Cus < Cuf , é mais
económico subcontratar. Fr.O.07 UT.06

VI . 16 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Aná lise s de Pont o de Equilíbrio e de Cust o M ínim o

CUSTO TOTAL EM FUNÇÃO DO Nº DE CAVIDADES


Custo total anual (CT)

Nº de cavidades (N)
Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 17


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Aná lise s de Pont o de Equilíbrio e de Cust o M ínim o I EFP · I SQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Ponto Crítico de Vendas Determinação do Ponto de equilíbrio


(break-even)

Análise de Investimento VI.1 Análise de Investimento VI.2

Ponto crítico ou Ponto equilíbrio Determinação do Ponto de Indiferença


ou de equilíbrio entre as duas
alternativas

Análise de Investimento VI.3 Análise de Investimento VI.4

Determinação do ponto de indeferença Determinação do ponto de indeferença


ou de equilíbrio entre as duas entre as três alternativas tecnológicas
alternativas

Análise de Investimento VI.5 Análise de Investimento VI.6


Fr.O.07 UT.06

VI . 18 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Aná lise s de Pont o de Equilíbrio e de Cust o M ínim o

Determinação do Ponto de equilíbrio Ponto de indeferença entre as três


(break-even) alternativas

Análise de Investimento VI.7 Análise de Investimento VI.8

Gama de Eleição de cada alternativa Análise de custo mínimo

Análise de Investimento VI.9 Análise de Investimento VI.10

Ponto óptimo correspondente ao custo


total mínimo

Análise de Investimento VI.11


Fr.O.07 UT.06

Aná lise de I nve st im e nt os VI . 19


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I EFP · I SQ C - Ava lia ç ã o

C - Avaliação
M.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Te st e s

Testes
M.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Pré -Te st e

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Pré-Teste de Análise de Investimentos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Cash-flow

Cada um das letras seguidamente descritas representam algumas rubricas típicas de uma conta de exploração
e de um balanço.

A - Valor residual do investimento


B - Resultado líquido de exploração
C - Encargos financeiros
D - Fundo de maneio
E - Passivo de curto prazo
F - Amortizações e reintegrações do exercício
G - Investimento em capital fixo
H - Activo circulante
I - Provisões do exercício

Escolha as letras apropriadas e componha as expressões que permitem calcular:

• O cash-flow do investimento

• O cash-flow de exploração
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 1 /4


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Pré -Te st e I EFP · I SQ

2. Juro

Use as expressões mutuário (quem recebe o empréstimo), mutuante (quem concede um empréstimo), capital
e período de capitalização e distinga, em poucas palavras, a diferença entre juro simples e juro composto.

Juro Simples -

Juro Composto -

3. Rentabilidade

Considere um projecto que irá previsionalmente gerar o seguinte cash-flow de investimento e de exploração:

Ano Investimento Exploração Valor residual

0 1.000 c
1 200 c 600 c
2 200 c 600 c

3 200 c 600 c 300 c

Suponha que a rentabilidade mínima desejada pela empresa é 10 %.


Fr.O.07

2 /4 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Pré -Te st e

3.1 Calcule o Valor Actual Líquido (VAL) do projecto. Represente os cálculos adiante e inscreva a resposta na
célula. Aproxime o resultado às unidades.

VAL (contos):

3.2 Assinale (com x) a resposta certa. O período de recuperação do capital investido é:

• Menor que 3 anos

• Igual a 3 anos

• Maior que 3 anos

3.3 Assinale (com x) a resposta certa. A rentabilidade deste projecto torna-o:

• Aconselhável

• Desaconselhável
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 3 /4


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Pré -Te st e I EFP · I SQ

4. Alternativas de investimento

Uma empresa pretende avaliar se será mais económico fabricar ela própria ou subcontratar uma peça destinada
a um produto cuja necessidade é de 5.000 unidades/ano durante 3 anos. Optando pelo fabrico próprio, a empresa
tem que investir 3.000 c numa ferramenta e consegue um custo de produção de 500$00/unidade. Optando pela
subcontratação, a empresa consegue um preço de 700$00/unidade. A Taxa Mínima de Atractividade na empresa
é 10 %. Vale a pena subcontratar ? Descreva os cálculos no espaço seguinte e inscreva a resposta na célula.

Custo anual de fabrico próprio - Cap

Custo anual de subcontratação - Cas

Fr.O.07

4 /4 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Teste

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Teste de Análise de Investimentos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Qual é a taxa efectiva correspondente às taxas nominais e aos períodos seguidamente descritos? Aproximar os
resultados às centésimas.

a) 8 % com capitalização trimestral: %

b) 18 % com capitalização mensal: %

c) 11 % com capitalização diária: %

d) 14 % com capitalização semestral: %

e) 9 % com capitalização contínua: %

2. Uma instituição financeira concede empréstimos à taxa semanal de 0,3 %. Quais as taxas anuais nominal e
efectiva? Aproximar os resultados às centésimas.

Taxa nominal: %

Taxa efectiva: %

3. Uma empresa vai investir 1 000 000 c. numa nova fábrica e prevê a necessidade de investir 5 % daquele montante
em fundo de maneio. A vida do produto é estimada em 8 anos. Prevê-se que 50 % do montante investido em
fundo de maneio possa ser recuperado ao fim daquele período. Qual o valor anual equivalente do investimento em
fundo de maneio à taxa de 15 % ao ano?

Valor Anual equivalente (unidades): contos/ano


Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 1 /3


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Teste I EFP · I SQ

4. Um projecto gera o seguinte fluxo de proveitos previsionais (em contos):

Fim do ano 1 2 3 4 5

Proveitos 200 200 200 200 200

Se a taxa de inflacção for 6 % ao ano e a taxa de crescimento do mercado for 10 % ao ano, qual será o valor
actual daquela série?

Valor Actual da série (unidades): contos

5. O cash-flow previsional de um projecto é conforme o quadro abaixo. Sendo a taxa de referência 10 %, calcule o
VAL, o VA, a TIR, o PR e o IR.

Fim do ano 0 1 2 3

Cash-flow -2 000 1 200 1 000 600

VAL (unidades): contos

VA (unidades): contos/ano

TIR (décimas): %

PR (décimas): anos

IR (centésimas):

6. Uma máquina nova custa 30 000 c. e estima-se uma vida útil de 8 anos e um valor residual de 10 % daquele
preço. Os custos de manutenção estimam-se em 1 000 c. no 1.º ano, crescendo depois uniformemente
200 c./ano. Qual o valor presente P e o valor da anuidade A à taxa de 10 % ano?

P (unidades): contos

A (unidades): contos/ano
Fr.O.07

2 /3 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Teste

7. Considere a hipótese de haver uma máquina B alternativa à máquina A do ponto anterior. O seu preço é 25 000 c.
e estima-se uma vida útil de 5 anos e um valor residual de 10 % daquele preço. Os custos de manutenção
estimam-se em 900 c. no 1.º ano, crescendo depois uniformemente 100 c./ano. Qual das duas máquinas
constituirá a melhor decisäo sob o ponto de vista económico?

Anuidade da máquina B (unidades): contos/ano

A melhor alternativa é a máquina:

8. Uma máquina vai ser adquirida por 4 000 c. O quadro abaixo apresenta os custos estimados anuais de operação
e de manutenção, bem como os valores residuais estimados em cada ano.

Anos de Custos de Custos de Valor residual


serviço operação manutenção (fim de cada ano)
(c./ano) (c./ano) (c./ano)

1 400 40 2 000
2 600 60 1 800
3 800 80 1 600
4 1 000 100 1 400
5 1 200 120 1 200
6 1 400 140 1 000

Sendo TR = 10 %, qual será a vida económica desta máquina?

A vida económica desta máquina é: anos

9. Um construtor civil tem que decidir se deve equipar uma bulldozer com um motor a gasolina, diesel ou gás
butano. Os custos do motor a gasolina são os seguintes: investimento 400 c.; manutenção 40 c./ano; combustível
1 440$00/hora de funcionamento. Os custos do motor a gasóleo são os seguintes: investimento 560 c.; manutenção
48 c./ano; combustível 1 320$00/hora de funcionamento. Os custos do motor a gás butano são os seguintes:
investimento 660 c.; manutenção 63 c./ano; combustível 1 160$00/hora de funcionamento. O valor residual de
todos os motores bem como todos os outros custos serão iguais. A vida de serviço da bulldozer é estimada em
5 anos. A TR = 15 %. Calcular os intervalos de valores “horas de funcionamento anual” para os quais será mais
económico decidir por cada uma das alternativas.

Ponto de indiferença entre Gasolina e Diesel (unidades): horas

Ponto de indiferença entre Diesel e Butano (unidades): horas

Ponto de indiferença entre Gasolina e Butano (unidades): horas

Decisão:
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 3 /3


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I EFP · I SQ Re s o l u ç ã o d o s T e s t e s

Resolução dos Testes


M.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Re soluç ã o do Pré -Te st e

RESOLUÇÃO DO PRÉ-TESTE

1. Cash-flow

Cada um das letras seguidamente descritas representam algumas rubricas típicas de uma conta de exploração
e de um balanço.

A - Valor residual do investimento


B - Resultado líquido de exploração
C - Encargos financeiros
D - Fundo de maneio
E - Passivo de curto prazo
F - Amortizações e reintegrações do exercício
G - Investimento em capital fixo
H - Activo circulante
I - Provisões do exercício

Escolha as letras apropriadas e componha as expressões que permitem calcular:

• O cash-flow do investimento G+D-A

• O cash-flow de exploração B+F+I+C

2. Juro

Use as expressões mutuário (quem recebe o empréstimo), mutuante (quem concede um empréstimo), capital
e período de capitalização e distinga, em poucas palavras, a diferença entre juro simples e juro composto.

Juro simples

O mutuário paga ao mutuante o valor do juro, no final de cada período de capitalização, mantendo-se o capital
constante enquanto durar o empréstimo.
Fr.0.07

Aná lise de I nve st im e nt os 1 /4


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Re soluç ã o do Pré -Te st e I EFP · I SQ

Juro composto

O mutuário não paga o valor do juro ao mutuante no fim de cada período de capitalização, mas retem-no
consigo. O juro é, pois, adicionado ao capital em dívida no fim de cada período de capitalização, formando um
novo capital.

3. Rentabilidade

Considere um projecto que irá previsionalmente gerar o seguinte cash-flow de investimento e de exploração:

Ano Investimento Exploração Valor residual

0 1 000 c.

1 200 c. 600 c.

2 200 c. 600 c.

3 200 c. 600 c. 300 c.

Suponha que a rentabilidade mínima desejada pela empresa é 10 %.

3.1. Calcule o Valor Actual Líquido (VAL) do projecto. Represente os cálculos adiante e inscreva a resposta na
célula. Aproxime o resultado às unidades.

P/A;10;3 P/F;10;3
VAL = -1 000 + (600 - 200) x (2,4869) + 300 x (0,7513) = 220 c.

VAL (contos): 220


Fr.O.07

2 /4 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Re soluç ã o do Pré -Te st e

3.2. Assinale (com x) a resposta certa. O período de recuperação do capital investido é:

• Menor que 3 anos X

• Igual a 3 anos

• Maior que 3 anos

3.3. Assinale (com x) a resposta certa. A rentabilidade deste projecto torna-o:

• Aconselhável X

• Desaconselhável

4. Alternativas de investimento

Uma empresa pretende avaliar se será mais económico fabricar ela própria ou subcontratar uma peça destinada
a um produto cuja necessidade é de 5 000 unidades/ano durante 3 anos. Optando pelo fabrico próprio, a empresa
tem que investir 3 000 c. numa ferramenta e consegue um custo de produção de 500$00/unidade. Optando pela
subcontratação, a empresa consegue um preço de 700$00/unidade. A Taxa Mínima de Atractividade na empresa
é 10 %. Vale a pena subcontratar? Descreva os cálculos no espaço seguinte e inscreva a resposta na célula.

Custo anual de fabrico próprio - CAP

A/P;10;3
CAP = 3 000 x (0,4021) + 0,5 x 5 000 = 3 706,3 c.

Custo anual de subcontratação - CAS

CAS = 0,7 x 5 000 = 3 500 c.

Como: CAS < CAP, Sim, vale a pena subcontratar.


Fr.0.07

Aná lise de I nve st im e nt os 3 /4


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Re soluç ã o do Pré -Te st e I EFP · I SQ

AVALIAÇÃO DO PRÉ-TESTE

Os seguintes resultados merecerão as seguintes decisões:

• Todas as respostas certas: Dispensa da frequência do módulo.

• Todas as respostas certas excepto a questão 4: Frequência aconselhada das Unidades Temáticas V e VI.

• Omissões ou erros em qualquer das respostas às questões 1 a 3: Frequência obrigatória da totalidade do


módulo.

Fr.O.07

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I EFP · I SQ Re soluç ã o do Te st e

RESOLUÇÃO DO TESTE

1. Qual é a taxa efectiva correspondente às taxas nominais e aos períodos seguidamente descritos? Aproximar os
resultados às centésimas.

a) 8 % com capitalização trimestral: 8,24 %

b) 18 % com capitalização mensal: 19,56 %

c) 11 % com capitalização diária: 11,62 %

d) 14 % com capitalização semestral: 14,49 %

e) 9 % com capitalização contínua: 9,42 %

2. Uma instituição financeira concede empréstimos à taxa semanal de 0,3 %. Quais as taxas anuais nominal e
efectiva? Aproximar os resultados às centésimas.

Taxa nominal: 15,60 %

Taxa efectiva: 16,85 %

3. Uma empresa vai investir 1 000 000 c. numa nova fábrica e prevê a necessidade de investir 5 % daquele montante
em fundo de maneio. A vida do produto é estimada em 8 anos. Prevê-se que 50 % do montante investido em
fundo de maneio possa ser recuperado ao fim daquele período. Qual o valor anual equivalente do investimento em
fundo de maneio à taxa de 15 % ao ano?

Valor Anual equivalente (unidades): 9 322 contos/ano

4. Um projecto gera o seguinte fluxo de proveitos previsionais (em contos):

Fim do ano 1 2 3 4 5

Proveitos 200 200 200 200 200

Se a taxa de inflacção for 6 % ao ano e a taxa de crescimento do mercado for 10 % ao ano, qual será o valor
actual daquela série?

Valor Actual da série (unidades): 896 contos


Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 1 /6


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5. O cash-flow previsional de um projecto é conforme o quadro abaixo. Sendo a taxa de referência 10 %, calcule o
VAL, o VA, a TIR, o PR e o IR.

Fim do ano 0 1 2 3

Cash-flow -2 000 1 200 1 000 600

VAL (unidades): 368 contos

VA (unidades): 148 contos/ano

TIR (décimas): 21,5 %

PR (décimas): 2,2 anos

IR (centésimas): 1,18

6. Uma máquina nova custa 30 000 c. e estima-se uma vida útil de 8 anos e um valor residual de 10 % daquele
preço. Os custos de manutenção estimam-se em 1 000 c. no 1.º ano, crescendo depois uniformemente
200 c./ano. Qual o valor presente P e o valor da anuidade A à taxa de 10 % ano?

P (unidades): - 37 136 contos

A (unidades): - 6 961 contos/ano

7. Considere a hipótese de haver uma máquina B alternativa à máquina A do ponto anterior. O seu preço é 25 000 c.
e estima-se uma vida útil de 5 anos e um valor residual de 10 % daquele preço. Os custos de manutenção
estimam-se em 900 c. no 1.º ano, crescendo depois uniformemente 100 c./ano. Qual das duas máquinas
constituirá a melhor decisäo sob o ponto de vista económico?

Anuidade da máquina B (unidades): - 7 266 contos/ano

A melhor alternativa é a máquina: A


Fr.O.07

2 /6 Aná lise de I nve st im e nt os


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8. Uma máquina vai ser adquirida por 4 000 c. O quadro abaixo apresenta os custos estimados anuais de operação
e de manutenção, bem como os valores residuais estimados em cada ano.

Anos de Custos de Custos de Valor residual


serviço operação manutenção (fim de cada ano)
(c./ano) (c./ano) (c./ano)

1 400 40 2 000
2 600 60 1 800
3 800 80 1 600
4 1 000 100 1 400
5 1 200 120 1 200
6 1 400 140 1 000

Sendo TR = 10 %, qual será a vida económica desta máquina?

A vida económica desta máquina é: 5 anos

9. Um construtor civil tem que decidir se deve equipar uma bulldozer com um motor a gasolina, diesel ou gás
butano. Os custos do motor a gasolina são os seguintes: investimento 400 c.; manutenção 40 c./ano; combustível
1 440$00/hora de funcionamento. Os custos do motor a gasóleo são os seguintes: investimento 560 c.; manutenção
48 c./ano; combustível 1 320$00/hora de funcionamento. Os custos do motor a gás butano são os seguintes:
investimento 660 c.; manutenção 63 c./ano; combustível 1 160$00/hora de funcionamento. O valor residual de
todos os motores bem como todos os outros custos serão iguais. A vida de serviço da bulldozer é estimada em
5 anos. A TR = 15 %. Calcular os intervalos de valores “horas de funcionamento anual” para os quais será mais
económico decidir por cada uma das alternativas.

Ponto de indiferença entre Gasolina e Diesel (unidades): 465 horas

Ponto de indiferença entre Diesel e Butano (unidades): 280 horas

Ponto de indiferença entre Gasolina e Butano (unidades): 359 horas

Decisão: Até 359 horas, escolher Gasolina. Mais que 359 horas, escolher Butano.
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 3 /6


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Re soluç ã o do Te st e I EFP · I SQ

CÁLCULOS DO TESTE

1. a) ie = (1 + 0,08/4)4 - 1 = 8,24 %

b) ie = (1 + 0,18/12)12 - 1 = 19,56 %

c) ie = (1 + 0,11/365)365 - 1 = 11,62 %

d) ie = (1 + 0,14/2)2 - 1 = 14,49 %

e) ie = e0,09 - 1 = 9,42 %

2. i = 0,3 x 52 = 15,60 %

ie = (1 + 0,156/52)52 - 1 = 16,85 %

3. A/P;15;8 A/F;15;8
A = -50 000 x (0,2229) + 25 000 x (0,0729) = 9 322 c./ano

4. iaj = (0,10 - 0,06) / (1 + 0,06) = 0,0377 % ano

P/A;3,77;5
P = 200 x (4,4807) = 896 c.

5. P/F;10;1 P/F;10;2 P/F;10;3


VAL = -2 000 + 1 200 x (0,9091) + 1 000 x (0,8264) + 600 x (0,7513) = 368 c.

A/P;10;3
VA = 368 x (0,4021) = 148 c./ano

TIR = 21,5 % (por interpolação linear ou através do MICROINVEST)

PR = 2,2 anos (por interpolação linear ou através do MICROINVEST)

P/F;10;1 P/F;10;2 P/F;10;3


IR = [-2 000 + 1 200 x (0,9091) + 1 000 x (0,8264) + 600 x (0,7513)] / 2 000 = 1,18

6. A/P;10;8 A/G;10;8 A/F;10;8


VA = -30 000 x (0,1814) - [1 000 + 200 x (3,0045)] + 3 000 x (0,0874) = -6 961 c./ano

P/A;10;8
VAL = -6 961 x (5,3349) = -37 136 c.
Fr.O.07

4 /6 Aná lise de I nve st im e nt os


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I EFP · I SQ Re soluç ã o do Te st e

7. A/P;10;5 A/G;10;5 A/F;10;5


VAB = -25 000 x (0,2638) - [900 + 100 x (1,8101)] + 2 500 x (0,1638) = -7 266 c./ano

VAA = -6 961 c./ano (ver caso 6.)

A melhor alternativa é a máquina A, pois VAA > VAB

8. Analisemos as várias alternativas de vida útil, 1, 2, 3, 4, etc. anos, anualizando os vários custos.

A/P;10;1 A/G;10;1 A/F;10;1


n=1 4 000 x (1,1000) + (400 + 40) + (200 + 20) x (0,0000) - 2 000 x (1,0000) = 2 840 c.

A/P;10;2 A/G;10;2 A/F;10;2


n=2 4 000 x (0,5762) + (400 + 40) + (200 + 20) x (0,4762) - 1 800 x (0,4762) = 1 992 c.

A/P;10;3 A/G;10;3 A/F;10;3


n=3 4 000 x (0,4021) + (400 + 40) + (200 + 20) x (0,9366) - 1 600 x (0,3021) = 1 771 c.

A/P;10;4 A/G;10;4 A/F;10;4


n=4 4 000 x (0,3155) + (400 + 40) + (200 + 20) x (1,3812) - 1 400 x (0,2155) = 1 704 c.

A/P;10;5 A/G;10;5 A/F;10;5


n=5 4 000 x (0,2638) + (400 + 40) + (200 + 20) x (1,8101) - 1 200 x (0,1638) = 1 697 c.

A/P;10;6 A/G;10;6 A/F;10;6


n=6 4 000 x (0,2296) + (400 + 40) + (200 + 20) x (2,2236) - 1 200 x (0,1296) = 1 718 c.

Como se observa, o custo total é mínimo no ano 5.

9. A/P;15;5
Alternativa Gasolina: Cg = 400 x (0,2983) + 40 + 1,44 H = 159,3 + 1,44 H

A/P;15;5
Alternativa Diesel: Cd = 560 x (0,2983) + 48 + 1,32 H = 215,1 + 1,32 H

A/P;15;5
Alternativa Butano: Cb = 660 x (0,2983) + 63 + 1,16 H = 259,9 + 1,16 H

Pontos de indiferença: Cg = Cd ⇒ 465 horas Cgd = 829 c./ano


Cd = Cb ⇒ 280 horas Cdb = 585 c./ano
Cg = Cb ⇒ 359 horas Cgb = 676 c./ano
Fr.O.07

Aná lise de I nve st im e nt os 5 /6


Guia do Formador
Re soluç ã o do Te st e I EFP · I SQ

Como se pode observar, o ponto 359 horas é um ponto pivot entre as alternativas Gasolina e Butano. Até 359
horas, deve escolher-se Gasolina. Após 359 horas, deve escolher-se Butano.

AVALIAÇÃO DO TESTE

Os seguintes resultados merecerão as seguintes decisões:

• Classificação das várias questões (total = 100%)

Questão 1. 7,5 % (Unidade Temática III)


Questão 2. 7,5 % (Unidade Temática III)
Questão 3. 10 % (Unidade Temática III)
Questão 4. 10 % (Unidade Temática III)
Questão 5. 12,5 % (Unidade Temática IV)
Questão 6. 12,5 % (Unidade Temática IV)
Questão 7. 12,5 % (Unidade Temática V)
Questão 8. 12,5 % (Unidade Temática V)
Questão 9. 15 % (Unidade Temática VI)

• Omissões ou erros em qualquer das respostas às questões 7, 8 ou 9: Repetição aconselhada da frequência das
Unidades Temáticas V e VI.
Fr.O.07

6 /6 Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
I EFP · I SQ Ane x o - Tr a nspa rê nc ia s

Anexo - Transparências
M.O.07 An.01

Aná lise de I nve st im e nt os


Guia do Formador
Investimentos segundo o seu Objectivo

Objectivos do
investimento

Produtivo Estratégico
Obrigatório

Análise de Investimentos I.1


Risco Crescente

Investimento de
diversificação
Risco
crescente
Investimento de
expansão

Investimento de
produtividade

Investimento de
substituição

Análise de Investimentos I.2


Cálculo do cash-flow de investimento

• Noção de cash-flow
• Período de investimento

Investimento
= em capital fixo
Cash-flow
do
investimento +

Fundo de
maneio

Valor residual
do investimento

Análise de Investimentos II.1


Fundo de Maneio

Activo circulante (stocks


= existentes + crédito
Fundo de concedido a clientes)
maneio

Passivo de curto prazo


(crédito obtido de
fornecedores)

Análise de Investimentos II.2


Período de Exploração

= Resultado líquido de
Cash-flow exploração
de
exploração +

Amortizações e
reintegrações do
exercício

Provisões do
exercício

Encargos
financeiros
Análise de Investimentos II.3
Cash-Flow Líquido

Cash-flow Cash-flow
Cash-flow = de
-
de
líquido exploração investimento

Análise de Investimentos II.4


Cálculo de Cash-Flow a partir de uma
conta de exploração
1. Vendas de Produtos (bens e/ou serviços)

2. Variação da Produção

3. Total de Proveitos de Exploração (1 2)

4. Custo das Vendas (custos variáveis)

5. Custos fixos
5.1 Fornecimentos e Serviços Externos
5.2 Custos com o Pessoal
5.3 Amortizações do Exercício
5.4 Provisões do Exercício
5.5 Outros Custos de Exploração

6. Total dos Custos de Exploração (4+5)

7. RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO (3-6)

8. Proveitos e Ganhos Extraordinários

9. Custos e Perdas Extraordinários

10. Resultado antes da Função Financeira (7+8-9)

11. Custos e Perdas Financeiras

12. Resultado antes de Impostos (10-11)

13. Provisão para o Imposto sobre o Rendimento


(x% x 12.)

14. RESULTADOS LÍQUIDOS (12-13)

15. Cash-Flow de Exploração (14+5.3+5.4+11)


Análise de Investimentos II.5
Período de vida de um projecto

Vida útil Vida Vida Vida


do = menor ⎨ física tecno- do ⎬
investi- lógica produto
mento

Análise de Investimentos II.6


Juro Simples

J = C.n.i

em que: J- valor do juro


C- capital actual
n- duração do empréstimo
i- taxa de juro

Análise de Investimentos III.1


Juros dos Juros

J = C . [(1+ i)n - 1]

Análise de Investimentos III.2


Juro Composto

Juros (i)
Juro
composto

Juro
simples

1 2 3 4 5 anos (n)
Análise de Investimentos III.3
Cash-Flows de Investimento e de
Exploração

500 500 500 500 500

250

0 1 2 3 4 5

200 200 200 200 200


1000

Análise de Investimentos III.4


Cash-Flows líquidos

550

300 300 300 300

0 1 2 3 4 5

1000

Análise de Investimentos III.5


Valor Futuro de um Capital Presente

F=?

0 1 2 3 ...... n-1 n

Análise de Investimentos III.6


Valor Presente de um Capital Futuro

0 1 2 3 ...... n-1 n

P=?

Análise de Investimentos III.7


Valor futuro de um conjunto de rendas
iguais

F=?

0 1 2 3 ..... n-1 n

A A A A A

Análise de Investimentos III.8


Rendas iguais equivalentes a um capital
futuro

0 1 2 3 ..... n-1 n

A A A A A=?

Análise de Investimentos III.9


Rendas iguais equivalentes a um capital
presente

A A A A A=?

0 1 2 3 ...... n-1 n

Análise de Investimentos III.10


Valor Presente de um Conjunto de
Rendas Iguais

A A A A A

0 1 2 3 ...... n-1 n

P=?

Análise de Investimentos III.11


Rendas Iguais equivalentes a rendas
variáveis segundo uma progressão
artimética
A1 + (n-1)G
A1 + (n-2)G

A1 + 2G
A1 + G
A1

0 1 2 3 ..... n-1 n

A A A A A

Análise de Investimentos III.12


Valor Presente de rendas variáveis
segundo uma progressão geométrica

A1(1+g)n-1
A1(1+g)n-2

A1(1+g)2

A1(1+g)
A1

0 1 2 3 ..... n-1 n

P=?

Análise de Investimentos III.13


Taxa efectiva do Período

ip = i / f

Em que:
ip - taxa efectiva correspondente à frequência de
capitalização f
i - taxa nominal correspondente a 1 ano de capitalizaçäo
f - frequência de capitalização anual

Análise de Investimentos III.14


Taxa efectiva Anual

ie = (1 + i / f)f - 1

Em que: ie - taxa anual efectiva

Análise de Investimentos III.15


Cálculo de taxas efectivas

Períodos de Frequência de Taxa efectiva Taxa efectiva


capitalização capitalização período (ip) % anual (ie) %

Anual 1 18,0000 18,0000


Semestral 2 9,0000 18,8100
Trimestral 4 4,5000 19,2518
Mensal 12 1,5000 19,5618
Semanal 52 0,3462 19,6874
Diária 365 0,0493 19,7098
Contínua ∞ 0,0000 19,7217

Análise de Investimentos III.16


Exemplo de conversão de cash-flows

Fim Cash Valores actuais parciais


do -flow
ano

1 892,3 159,44 + 242,13 + 373,91 + 116,90


2 8 P/F;12;2
3 0 200 x 0,7972
4 200 P/A;12;4 P/F;12;2
5 100 100 x 3,0373 303,73 x 0,7972
6 100 ou F/A;12;4 P/F;12;6
7 100 100 x 4,7793 477,93 x 0,5066
8 100 P/A;g´;3 P/F;12;6
9 200 200 x 5,5352 738,03 x 0,5066 0
10 300
11 450
12 20 A/G;12;7 P/A;12;7 P/F;12;9
13 40 20 x 2,5515 71,03 x 4,5638 324,16 x 0,3606
14 60
15 80
16 100
120
140

Análise de Investimentos III.17


Custo Futuro

cf = cP.(1+if)n

Em que: cP – custo presente


if - taxa de inflação annual
n- ano

Análise de Investimentos III.18


Ajustamento da Inflação

iaj = [(i - if) / (1 + if)]

Análise de Investimentos III.19


Custo ponderado do Capital

tg = [tp.Cp + ta.(1 - ti).Ca] / (Cp + Ca)

Em que: Cp – capital próprio


Ca - capital alheio
tg - custo do capital total
tp - custo do capital próprio
ta - custo do capital alheio
ti - taxa de imposto sobre lucros

Análise de Investimentos IV.1


Valor Actualizado Líquido (VAL)

VAL = CF0.(1+i)0 +CF1.(1+i)-1 +CF2.(1+i) - 2 +...+CFn.(1+i)- n

Em que: CFj - valor do Cash-Flow no fim do período “j”


i - taxa de referência
j - índice do período (0 j n)
n - nº de períodos do horizonte de previsão

n P/F;i;j
VAL = Cfj x ( ... )
0

Análise de Investimentos IV.2


Variação do VAL com duração “n” do
projecto

VAL

i1

i2 > i1

i3 > i2

i4 > i3

Fim do ano “n”

Análise de Investimentos IV.3


Variação do VAL com taxa de
actualização “i”

VAL

(+)

0
Taxa “i”
(-)

Análise de Investimentos IV.4


Definição de VAL

n P / F;i; j
Val = ∑ Cfj x (...)
0

Análise de Investimentos IV.5


Definição da TIR

n
∑ Cfj x (...) = 0
0
P / F;i; j

Análise de Investimentos IV.6


Interpretação gráfica da TIR

VAL

n
(+)

0
TIR Taxa “i”
(-)

Análise de Investimentos IV.7


Determinação gráfica (aproximada) da
TIR

TIR
aproximada

i1 TIR i2 > i1 Taxa “i”


verdadeira

Análise de Investimentos IV.8


Recuperação do capital ao longo da vida

Análise de Investimentos IV.9


Cálculo do PR

−n
⎛ ⎞
n
∑ CF n ⋅ ⎜1+ TR ⎟
⎝0 ⎠
=0

Análise de Investimentos IV.10


Cálculo do IR

n −j

∑ Cf (1 + i)
ex. j
IR = 0
n

∑ Cf (1 + i)
−j
in. j
0

Análise de Investimentos IV.11


Projectos mutuamente exclusivos

Diferenças entre alternativas

Taxa Mínima de Atractividade (TMA)

Alternativa “nula”

Análise de Investimentos V.1


Projectos com dimensões diferentes

Projectos Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 VAL TIR IR

P1 -25.000 14.000 14.000 14.000 9.816 31,2 1,4


P2 -2.500 1.400 1.400 1.400 982 31,2 1,4

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 VAL TIR IR


Projectos

P1 -25.000 14.000 14.000 14.000 9.816 31,2 1,4


P2 -2.500 1.600 1.600 1.600 1.479 41,3 1,8

Análise de Investimentos V.2


Cash-Flows previsionais

Anos P1 P2 P3 P4 Disponibilidades
previsoriais
0 -20 000 -10 000 -10 000 - 20 000

1 35 000 23 000 9 000 -40 000 20 000

2 25 000 10 000 24 000 70 000 -

VAL 29 338 17 561 15 974 18 147 -

Análise de Investimentos V.3


Projectos de Substituição

Razões para substituição


• Desgaste físico
• Obsolescência
• Excesso ou insuficiência de capacidade

Análise de Investimentos V.4


Ponto crítico de Vendas
Custo total anual

CT = CF + c.Q

Análise de Investimentos VI.1


Determinação do Ponto de equilíbrio
(break-even)
Zona de
Custos e ganhos
Vendas V
anuais
CT

Ponto
Crítico
Zona de MB
prejuízo

Qc Nível de actividade

Análise de Investimentos VI.2


Ponto crítico ou Ponto de equilíbrio

Qc = CF / (v - c)

Análise de Investimentos VI.3


Determinação do Ponto de indiferença
ou de equilíbrio entre as duas
alternativas

c/ano CA2

CA1
300

Ponto de
indiferença
⇐ ⇒
Eleger A2 Eleger A1

Hj=490 horas

Análise de Investimentos VI.4


Determinação do Ponto de indiferença
ou de equilíbrio entre as duas
alternativas

c/ano CAc

CAf

4.800
Ponto de
indiferença

⇐ ⇒
Comprar Fabricar

3.000 Q

Análise de Investimentos VI.5


Determinação do Ponto de indiferença
entre as três alternativas tecnológicas

c/ano CA1 CA2


P3 CA3
C3
P2
C2

P1
C1

Q1 Q2 Q3 unid/ano

Análise de Investimentos VI.6


Gamas de Eleição de cada alternativa

CA1
c/ano CA2
P3 CA3
C3
P2
C2
P1
C1

⇐ ⇔ ⇒
Torno Torno Torno
mecânico revólver automático

12.800 32.160 unid/ano

Análise de Investimentos VI.7


Pontos de Indiferença entre as três
alternativas

CA3 CA1
c/ano
P3 CA2
C3
P2
C2
P1
C1

A1 A2 A3 área

Análise de Investimentos VI.8


Gama de Eleição de cada alternativa

CA3 CA1
c/ano
P3 CA2
C3
P2
C2

P1
C1

⇐ ⇔ ⇒
Alt. 3 Alt. 1 Alt. 2

298 852 área (m2)

Análise de Investimentos VI.9


Análise de custo mínimo

Custo Total

CT = A + B.x + C/x

Em que: A, B e C - constantes
x - variável de decisão
CT - custo total

Análise de Investimentos VI.10


Ponto óptimo correspondente ao custo
total mínimo

Custos
CT

B.x
P
Custo
mínimo

A
C/x

x* = √ C/B x

Análise de Investimentos VI.11

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