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Virgínia da Glória João Avucula

Segurança Alimentar e Nutricional no Bairro de Lulumile


(Licenciatura em Ciências Alimentares)

Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2023
Virgínia da Glória João Avucula

Segurança Alimentar e Nutricional no Bairro de Lulumile


(Licenciatura em Ciências Alimentares)

Trabalho de pesquisa da cadeira de Segurança Alimentar


e Nutricional de caracter avaliativo a ser apresentado ao
Departamento de Ciências Alimentares e Agrárias. Sob
orientação do Docente MSc Zito da Virgínia.

Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2023
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1. Introdução
A província do Niassa, em Moçambique, é uma das maiores produtoras de alimentos no país.
Apesar disso, a região é gravemente afetada pelo problema da desnutrição crónica: mais de
um milhão e 500 mil habitantes, na sua maioria crianças com menos de cinco anos de idade,
sofrem com este fenómeno. Este problema é mais visível nas zonas rurais, onde o acesso aos
cuidados de saúde ainda é deficitário. Estima-se que 47 em cada 100 crianças sofram de
desnutrição crónica nesta província. O presente trabalho fala sobre segurança alimentar e
nutricional no bairro de Lulumile. O objectivo desta pesquisa é avaliar os impactos causados
pela falta de segurança alimentar e nutricional naquele bairro.

Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é a realização do direito de todos ao acesso regular


e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso
a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde,
que respeitem a diversidade cultural e que sejam sociais, econômicas e ambientalmente
sustentáveis. Lulumile é um bairro da cidade de Lichinga onde a maior parte da população
sobrevive das práticas agrícolas. Por mais que, a agricultura seja uma das bases de
subsistência daquele bairro, a população carece de segurança alimentar e nutricional. A
consequência da presença destes desagradáveis hóspedes nos alimentos se manifesta no corpo
humano, em diferentes graus de infecções, podendo causar diarreias, vômitos, alergias, e até
mesmo casos mais graves de gastroenterocolite aguda, que pode levar à morte.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Avaliar os impactos da falta de segurança alimentar e nutricional no bairro de
Lulumile.

1.1.2. Específicos
 Descrever a localização geográfica do bairro de Lulumile;
 Identificar os problemas ligados a segurança alimentar e nutricional no bairro de
Lulumile;
 Incentivar ou promover educação nutricional nas comunidades do bairro de Lulumile.

1.2. Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza
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como base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses,
assim como também materiais disponíveis na internet.

2. Segurança Alimentar e Nutricional no Bairro de Lulumile


2.1. Localização Geografia
O bairro de Lulumile localiza-se ao norte da cidade de lichinga e faz limite com os bairros
Kankhomba, Inzege, nomba e mitava. O bairro localiza-se no planalto é propensa a
fenómenos de erosão. Falta de equipamentos de trabalho para remoção de lixo e manutenção
das vias de acesso.

2.2. Variedades de culturas produzidas


Naquele bairro predomina a principal actividade é a agricultura, onde predomina o cultivo de
milho, feijão, batata, criação de animais e hortícolas.

Para o feijão, por exemplo, cultiva-se o feijão manteiga, catarina, preto, fava e ervilhas. Para a
batata, cultiva-se batata-doce e reno.

Na prática de criação de animais, naquele bairro cria-se galinhas, patos, galinhas do mato
(cangas) cabritos e algumas famílias criam o gado bovino.

Alface, repolho, couve, cenoura e tomate são as principais hortícolas cultivadas naquele
bairro. O destino final desses produtos é a comercialização, os mesmos são comercializados
nos mercados de Chiuaula e central.

2.3. Principais problemas que afectam a produção agraria


Diminuição da biodiversidade por causa do uso agrotóxicos (pesticidas), que, muitas vezes,
são pulverizados por agricultores, matando, assim, animais e plantas. O desmatamento
também contribui para a diminuição da biodiversidade; Erosão causada pela irrigação e
manejo inadequado dos solos.

Para alem dos aspectos descritos anteriormente, observa-se também, ataque de pragas sobre as
culturas; alto preço dos insumos agrícolas no mercado local; A infertilidade do solo; a minoria
da população é que tem bons resultados na colheita. Limitações de novas técnicas
implementadas na agricultura.

2.4. Armazenamento e conservação dos alimentos


O armazenamento e a conservação dos alimentos são condições essenciais para impedir e
reduzir a multiplicação dos micro-organismos. Armazenar os alimentos de forma adequada
contribui para a conservação e manutenção das características nutricionais e sensoriais
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desejáveis. Os agricultores vendem uma grande parte ou todos os alimentos que produzem
imediatamente porque:

 Eles precisam de dinheiro urgentemente – por exemplo, para pagar taxas escolares,
impostos, empréstimos, um casamento.
 Eles não têm boas áreas de armazenagem e sabem que perderão muitos alimentos se
os armazenarem.

Após a colheita, no entanto, os preços dos alimentos geralmente são baixos porque muitos
agricultores vendem ao mesmo tempo. Mais tarde durante o ano, os preços geralmente sobem.
Muitos alimentos são perdidos ou estragados durante a armazenagem devido ao bolor, insetos,
ratos e camundongos porque:

 Os métodos de armazenagem são ruins.


 Os alimentos não são bem secos antes de serem armazenados.

Muitos alimentos são perdidos, porque as famílias não têm o equipamento certo para
conservar alimentos, ou porque elas não sabem quais os melhores métodos para conservá-los
– especialmente os cultivos mais novos, para os quais não há uma tradição de conservação em
suas culturas.

2.5.Acesso e disponibilidade de produtos de primeira necessidade


A disponibilidade do alimento, que significa a oferta de alimentos para toda a população,
depende da produção, da importação (quando necessária) e de sistemas de armazenamento e
distribuição.

A comunidade do bairro de Lulumile dispõe de produtos alimentares de primeira necessidade


a partir do mercado local; do mitava; do nomba e ate mesmo do mercado da cidade de
Lichinga. Mas, nem todos têm acesso a produtos de primeira necessidade por causa da falta de
recursos financeiros e transporte.

2.6.Principais doenças
Todos os níveis de insegurança alimentar podem causar impactos na saúde, como a perda de
energia, que afeta a parte cognitiva e física e que pode levar à perda de memória, a quadros de
anemia e até à morte.
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Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é a realização do direito de todos ao acesso regular


e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso
a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde,
que respeitem a diversidade cultural e que sejam sociais, econômicas e ambientalmente
sustentáveis.

Lulumile é um bairro da cidade de Lichinga onde a maior parte da população sobrevive das
práticas agrícolas. Por mais que, a agricultura seja uma das bases de subsistência daquele
bairro, a população carece de segurança alimentar e nutricional.

A consequência da presença destes desagradáveis hóspedes nos alimentos se manifesta no


corpo humano, em diferentes graus de infecções, podendo causar diarreias, vômitos, alergias,
e até mesmo casos mais graves de gastroenterocolite aguda, que pode levar à morte.

2.7. Promover a educação nutricional nas comunidades


Para maior efetivação da ação, é preciso informar os camponeses e aconselhá-los melhor
acerca da produção de alimentos e sobre questões de nutrição. Para além de contribuírem para
o aumento da produção e produtividade, também contribuem para aquilo que é a educação
nutricional, isto é, pretende-se conciliar a produção e a nutrição. Não só saber produzir, mas
também saber combinar os alimentos para que estes possam contribuir para a nutrição das
famílias camponesas.

É necessária uma planificação conjunta das atividades a serem implementadas. Além disso, é
importante que se promova a educação nutricional no seio das comunidades. Estamos a
promover algumas feiras de gastronomia com vista a dotar a população de capacidades de
confeção de alimentos nutritivos para as nossas crianças. São várias as questões que estão
inscritas no nosso plano estratégico de redução da desnutrição crónica ao nível da província, e
queremos fazer anualmente cada actividade para a redução da desnutrição crónica”, declara o
diretor provincial de agricultura do Niassa.

Neste bairro são tidos como os mais vulneráveis ao fenómeno da desnutrição. 40 anos após a
independência de Moçambique, a desnutrição crónica constitui ainda um grande desafio para
o Governo, e apontou a guerra civil como um dos fatores que contribuíram para o
agravamento dos índices da pobreza no país.
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3. Conclusão
Conclui-se que, segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é a realização do direito de todos
ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam sociais, econômicas e
ambientalmente sustentáveis.

Lulumile é um bairro da cidade de Lichinga onde a maior parte da população sobrevive das
práticas agrícolas. Por mais que, a agricultura seja uma das bases de subsistência daquele
bairro, a população carece de segurança alimentar e nutricional.

A consequência da presença destes desagradáveis hóspedes nos alimentos se manifesta no


corpo humano, em diferentes graus de infecções, podendo causar diarreias, vômitos, alergias,
e até mesmo casos mais graves de gastroenterocolite aguda, que pode levar à morte.
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4. Referências Bibliográficas
INE e MISAU. Moçambique: Inquérito Demográfico e de Saúde 2011 (Demographic and
Health Survey). Calverton, Maryland, USA: Ministério da Saúde, Instituto Nacional de
Estatística e ICF International, 2013.

INE e MISAU. Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2003. Maputo, 2005.

INE e MISAU. Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 1997. Maputo, 1998.

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