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Mariana Murari

Aula 23

Infecção urinária na gestação


Dr Eduardo Salvador

Principal agente: E. coli

● Evento comum e recorrente na gestação, acometendo aproximadamente 10% das gestantes


● Relacionado a complicações maternas e perinatais, como: sepse, prematuridade e infecção neonatal
● Pode-se relacionar com quadros clínicos graves na gestação, sendo a principal, a sepse por pielonefrite

Fatores etiológicos *PROVA ● Relaxamento da musculatura lisa da via urinária (o que faz a urina ficar mais parada na bexiga = maior dificuldade de enchimento e
esvaziamento da bexiga
● Aumento da concentração de glicose de aminoácidos (ambiente mais favorável para as bactérias)
● Hidrólise da ureia em amônia e carbonato, resultando no aumento do pH urinário (pH aumentado também faz um ambiente mais favorável para
as bactérias)

Bacteriúria assintomática Cistite (infecção urinária baixa) Pielonefrite aguda (infecção urinária alta)

● Presença de uma ou mais bactérias em urocultura ● Manifestação clínica da infecção do trato urinário - PNA ou infecção do trato urinário alto atinge 0,5 a
SEM sintomas urinários da bexiga e uretra, acometendo 2% das gestantes 2% das gestantes
● Ocorre em 2 a 10% das grávidas - Normalmente, é uma evolução clínica de uma
● Evolui para cistite aguda em 25% dos casos, Quadro clínico: cistite não tratada ou inadequadamente tratada
incluindo pielonefrite - Disúria - Quadro clínico se diferencia da cistite por
- Polaciúria apresentar sintomas clínicos mais severos, como:
Fatores de risco: - Urgência miccional febre, náusea, vômito, taquicardia, adinamia
- Higiene íntima inadequada - Incontinência urinária (fraqueza muscular persistente), prostração e sinal
- Presença de DM - Noctúria de Giordano positivo
- Anormalidades congênitas do TU - Dor suprapúbica
- Hematúria Giordano positivo + sintomas de ITU + sintomas clínicos
Tem a bactéria, mas não tem o sintoma mais severos
*E. coli 40% dos casos, S. aureus 22% dos casos Diagnóstico:
- Clínico ● Suspeita diagnóstica feito através de exame físico +
Tratar ou não? - Urina 1 e, se possível, urocultura história clínica
● Não gestante: não trata e repete o exame em 1
semana a 10 dias, se mantiver positivo, tratar Tratamento: Exames complementares:
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● Gestante: SEMPRE TRATAR!! Evitar que evolua ● Nitrofurantoína - HMG completo


para cistite ou pielonefrite ● Ampicilina - PCR
● Amoxacilina - Urina 1
Tratamento: ● Cefalexina - Urocultura
*Ciprofloxacino não pode, pois, causa alterações fetais em - Eletrólitos
ossos longos - Função renal
- USG rins e vias urinárias

Tratamento → suporte clínico + início precoce da


antibioticoterapia EV:
- Cefazolina 1g 6/6h
- Ceftriaxona 1g 12/12h
- Cefuroxima 750mg 8/8h
- Ampicilina 1g 6/6h
Todos devem ser usados por, pelo menos, 7 dias!!
*Reavaliação em 24 a 48h para verificar eficácia do ATB
*Bacteriúria assintomática - curta duração: 3 a 5 dias
*Primeiro, faz-se a urocultura e depois, começa o
*Infecção - longa duração: 7 a 10 dias
antibiótico

Urocultura de rotina

> 100.000 Tratar como bacteriúria assintomática (seguimento com urocultura de controle) UROCULTURA POSITIVA

Entre 100.000 e 10.000 Repetir urocultura em 1 semana e então dependendo do resultado trata-se: INTERROGAR

> 100.000 Tratar como bacteriúria assintomática

Entre 100.000 e 10.000 Repetir urocultura mensalmente até a definição


do caso

< 10.000 ou - Seguimento ambulatorial pré-natal normal

< 10.000 ou - Não tratar → seguimento ambulatorial pré-natal normal UROCULTURA NEGATIVA
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*Fazer urocultura de rotina na gestante no 1° e 3° trimestre

Profilaxia de infecções ● Nitrofurantoína 100mg/dia (1 cp/dia) - Macrodantina


recorrentes ● Cefalexina 500mg/dia (1 cp/dia)
● Orientar paciente a melhorar de hábitos: aumento da ingesta hídrica, ir ao banheiro sempre que possível, aumento da ingesta de fibras
Casos recorrentes: profilaxia → tomar TODOS OS DIAS até o final da gestação
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