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DIREITO ADMINITRATIVO II

LICITAÇÕES

a) Noção

- Não é exclusivo para o poder público

- Entidades privadas também fazem para buscar as melhores propostas de


maneira mais isonômica e imparcial possível, sendo essas as finalidade das
licitações.

- Na esfera pública é obrigatória, salvo algumas exceções, para que se tenha o


melhor rendimento com o menor preço possível.

b) Previsões normativas

- Constituição Federal: Art. 37, XXI

- Lei federal nº 8.666/93 (Lei geral das licitações)

- Lei federal nº 10.520/02 (Pregão)

- Leis complementares 123/06 e 155/16 (Tratamento diferenciado para


pequenas empresas)

- Lei estadual da Bahia nº 9.433/05

- Lei municipal de Salvador nº 4.484/92 + nº 6.148/02

Além dessas previsões, há também diversos decretos, inclusive para


atualização de valores.

 Aditivos Contratuais: A lei fala em ampliar em até 25% o valor do


contrato. Empresas na hora da licitação colocam o preço mais embaixo
para que, depois de contratadas, requisitar o aditivo contratual para
ganhar mais dinheiro.

c) Princípios Regentes

1. Obrigatoriedade: É a regra geral. Entretanto a própria norma pode abrir


exceção, explicando se a situação pode ter licitação dispensada,
dispensável ou inexigível.
2. Vinculação ao Instrumento Convocatório: Pela lei tem dois
instrumentos convocatórios – o edital e a carta-convite. Elas obrigam as
duas partes, tanto a administração pública quanto os particulares. São
as regras do jogo em que não podem ser alteradas durante o processo.
Há um prazo para impugnação do edital, de modo que após esse
período é considerado uma aceitação tácita.
3. Publicidade: É a regra geral que todas as fases sejam públicas, a não
ser as fases que não há possibilidade. O máximo de publicidade gera
um maior controle social. Qualquer pessoa pode denunciar, pedir
informação à comissão de licitação e entrar com ação popular.
4. Formalidade: É um procedimento solene e deve seguir, estritamente, as
regras. Quando a formalidade se transforma em formalismo, retirando
concorrentes, gera nulidade.
5. Isonomia: Importante para que todos se sintam seguros para participar
da licitação, com a possibilidade de ter melhores propostas. Não é uma
isonomia forma, e sim material – trata os desiguais de forma desigual.
Tenta trazer a maior concorrência de maneira leal. Não pode auferir
vantagem para ninguém.
6. Vantajosidade: O objetivo da licitação é trazer a oferta mais vantajosa –
pode ser a mais barata ou a de melhor técnica, dependendo do objetivo
da situação.
7. Desenvolvimento nacional Sustentável: Selo verde, selo de
qualidade, entre outras exigências. Proteção a indústria nacional
também é inserida nesse contexto.
8. Julgamento Objetivo: O julgamento começa antes (no edital ou carta-
convite) para na hora da licitação propriamente dita ser julgado tudo o
que for cumprido e exigido anteriormente. O julgamento deve ser cego,
para não privilegiar ninguém.

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