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AVALIAÇÃO CLÍNICA

Mónica Reis, nº 5220757

Unidade Curricular: Avaliação e diagnóstico diferencial em fisioterapia pediátrica

Docentes: Ana Moreira

Leiria, 7 de janeiro de 2023


ANÁLISE

Foi-nos disponibilizado um vídeo de uma criança do sexo masculino com 4 anos para a
realização de uma avaliação clínica. O vídeo iniciou com a criança a realizar marcha.
Durante a marcha foi possível observar que apresenta uma base de suporte alargada, pés
em adução (pés planos?), joelhos em valgismo e flexão, anteriorização do tronco,
cotovelos e punhos em flexão (padrão de flexão). Sem dissociação de cinturas, realiza
marcha em bloco. Aparentou ter diminuição de acuidade visual (realiza rotação de tronco
para compensar e poder explorar o seu meio ambiente). Apresenta espasticidade nos
quatro membros.
Foi possível também ver que a criança apresenta capacidade de preensão, de pegar,
agarrar numa bola (objeto), fazer transferência da mesma para o outro membro e
transportá-la. Demonstrando que faz uso dos membros superiores para explorar o meio.
Apesar de apresentar algum nível de dificuldade na execução da atividade, realiza-a com
sucesso. Verificou-se que a criança recruta mais o membro superior direito (assimetria
postural) e ao usar o membro superior direito aumenta o tónus, a espasticidade do membro
superior contralateral (por compensação).
Capacidades
Pegar e transportar objetos
Incapacidades
Saltar, correr
Dificuldades em motricidade grossa e fina (demonstrando maior dificuldade em
motricidade fina)
Uma criança com desenvolvimento típico com 4 anos é suposto ficar sob um pé sem apoio
3 a 5 segundos, saltar sob um pé e subir e descer as escadas alternadamente. (Santos,
Silva, Pinheiro, Carvalho, & Teixeira, 2022)
Dificuldades – O que supostamente deveria fazer e porque não faz?
A criança em análise apresenta a capacidade de se manter em pé sem apoio por mais de
5 segundos, demonstrando ter um equilíbrio dinâmico funcional, mas sobre um pé não
tem essa capacidade por ter dificuldade na transferência de peso lateralmente e apresenta
défice de equilíbrio.
Não aparenta apresentar capacidade de saltar num só pé porque demonstra diminuição do
controlo postural (estando em flexão) e centro de massa muito posterior e inferior, para
que a criança conseguisse recrutar necessitaria de ativar a extensão do tronco, havendo
um melhor controlo postural.
Também não aparenta conseguir subir e descer escadas alternadamente, por dificuldade
na transferência de peso lateralmente e por apresentar padrão de flexão.
Quadro clínico
Poderá se associar a uma paralisia cerebral espástica ou tetraplegia espástica, visto
apresentar características semelhantes, tais como a espasticidade nos membros, pés
planos, valgismo nos joelhos, padrão de flexão. (Paula, Cargnin, & Mazzitelli, 2003)

Tônus e Padrões Posturais


Há um aumento de tónus do membro superior direito, sempre que recruta o direito para
uma atividade.
Padrão de flexão em ortostatismo.

Problemas Associados
Deformidades nos pés- pés planos
Deformidade nos joelhos - Valgismo
Respiração Superficial e Rápida – Menor recrutamento de músculos, menor capacidade
de ter uma tosse eficaz.

Objetivos Funcionais
Aumentar o controlo postural (trabalhar a extensão do tronco através de atividades
estimulantes para a sua idade e acima da sua linha de olhar obrigando a criança a explorar
a extensão e bilateralmente), para ter maior facilidade e mobilidade em recrutar os
membros superiores a explorar o meio ambiente e aumentar o tempo de atividade e
participação.
Atividades bilaterais, para estimularmos um aumento do movimento ocular e
consequentemente um aumento do tempo de atividade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Paula, Ana, Cargnin, Marega, & Mazzitelli, Carla (2003). Proposta de Tratamento
Fisioterapêutico para Crianças Portadoras de Paralisia Cerebral Espástica, com
Ênfase nas Alterações Musculoesqueléticas. Rev. Neurociências, 11(1), 34–39.
Santos, Sara, Silva, Joana, Pinheiro, Marta, Carvalho, Ana, & Teixeira, Ângela (2022).
MANUAL DE SAÚDE.

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