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● Auto de resistência, com base no livro do Leonardo Novo Art. 304.

Apresentado o preso à autoridade competente,

ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura,


O policial, no exercício de sua função, é obrigado a matar o
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso.
marginal. Nesse sentido, seria um contrário sensu ele matar
Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
em legítima defesa e ser autuado em flagrante por crime de
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
homicídio. Então a lei prevê a lavratura de um auto, que
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
hoje leva o nome técnico de homicídio decorrente de
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
intervenção policial – nome criticado por Novo, uma vez que
auto.
já se parte da premissa de que houve um crime.
⤷ Antigamente o tempo que o policial militar precisava aguardar
´´Autuar o fato como homicídio decorrente de intervenção
na lavratura do auto de prisão em flagrante era muito longo, então
policial parte de uma presunção de culpabilidade de que tentando minimizar isso, o primeiro a ser ouvido é o policial militar, para

toda morte em confronto policial é revestida de ilegalidade, que ele possa voltar a exercer a sua função constitucional.

invertendo o ônus da prova. Nestes casos, provada a legítima

defesa, não haverá crime``. (Novo, Leonardo. Direito


● Audiência de custódia (art. 310)
Operacional, Vol. II).

É a providência que decorre da imediata apresentação do

preso ao juiz. Esse encontro com o magistrado oportuniza um


● Fases do flagrante (não está na lei, está na doutrina)
interrogatório para fazer valer direitos fundamentais

São 4 fases: assegurados à pessoa. Sendo assim, sua finalidade é avaliar


ficam a cargo da polícia

a legalidade daquela prisão e avaliar se houve excessos na


• Prisão captura
ostensiva

prisão (violência, abuso de autoridade).


• Prisão condução
Se a prisão for ilegal, nos moldes constitucionais, deve ser
ficam a cargo da polícia

• Lavratura do auto de p. em flagrante


relaxada. Além disso, quando há uma prisão em flagrante
judiciária

• Encarceramento legal, mas percebe-se que não há necessidade da manutenção

da prisão, pois o crime não tem violência, não tem grave

ameaça etc. O juiz não irá mantê-lo preso.


● Procedimento do auto de prisão em flagrante (art. 304)
● Liberdade provisória Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder

fiança nos casos de infração cuja pena privativa de


Ela é uma contracautela à prisão em flagrante legal, mas
liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
desnecessária, que não há necessidade de mantê-lo preso. Logo,

não irá haver liberdade provisória em prisão ilegal. Assim, ⤷ Sendo assim, crimes com pena máxima até quatro anos, a própria
autoridade policial lavrará o flagrante e concederá a liberdade provisória,
presente todos os requisitos que autorizam a prisão
aplicando a fiança. Exemplos: furto simples; homicídio culposo no trânsito
preventiva, ele será preso.
(art. 302 CTB); homicídio culposo previsto no Código Penal (art. 121,

§ 3º). Logo, superior a isso, ele ficará preso, ainda que dois dias depois,

numa audiência de custódia, lhe seja concedido uma liberdade provisória.


Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no

prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a

realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de Nos demais casos, como foi dito na audiência de custódia,

custódia com a presença do acusado, seu advogado art. 310, II, diz que se deve converter a prisão em flagrante

constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do

do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou

fundamentadamente: insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão. Sendo

assim, é possível que a liberdade provisória dos demais casos


III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
seja concedida mediante a concessão de um rol de medidas

cautelares (podem ser vinculadas a liberdade provisória por

Liberdade provisória concedida pelo delegado: se tratando uma questão de cautela, para garantir o êxito da ação penal),

de infração penal de menor potencial ofensivo, não terá que se encontra no art. 319 do CPP.

autuação em flagrante, mas, sim, lavrado um termo

circunstanciado e a partir da lavratura vai se dar um


Obs: detração da pena – se na prisão provisória ele ficou
documento para o autor do fato assinar e se comprometer a
preso por 100 dias, isso será descontado na pena final.
comparecer ao JECRIM.

Contudo, existe um tipo de pen em que o delegado irá

conceder liberdade provisória com fiança, que é a hipótese Obs 2: a fiança é uma forma de vincular o agente a ação

do art. 322 do CP: penal (ex 325 e 326).

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