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0051
1. Dados Processo
Juízo...............................: Goiânia 6ª UPJ Varas Cíveis: 26ª,27ª,28ª,29ª,30ª e 31ª
Prioridade.......................: Normal
Tipo Ação.......................: PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de
Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais ->
Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária
Segredo de Justiça.........: NÃO
Fase Processual.............: Conhecimento
Data recebimento...........: 01/04/2022 00:00:00
Valor da Causa...............: R$ 23.496,95
2. Partes Processos:
Polo Ativo
BANCO VOLKSWAGEN S/A
Polo Passivo
KATYUSCE EVA DA SILVA MENDANHA
Processo: 5191709-88.2022.8.09.0051
Movimentacao 47 : Julgamento -> Com Resolução do Mérito -> Procedência do Pedido - Reconhecimento pelo réu
Arquivo 1 : sentenca_busca_e_apreensao_veiculo_apreendido_indef_extincao_contrato.html
SENTENÇA
Trata-se de ação proposta pelo BANCO VOLKSWAGEN S/A em face de KATYUSCE EVA DA
SILVA MENDANHA, visando a busca e apreensão veículo indicado na inicial, com fundamento no Decreto-lei
911/69.
Juntou documentos.
O veículo foi apreendido (evento nº 12), tendo a parte requerida comparecido espontaneamente nos
autos e formulado pedido de extinção do processo pela quitação do contrato, bem como pugnado pela
concessão da gratuidade da justiça (evento nº 34).
É o relatório. Decido.
Analisando o presente feito, verifico que o mesmo tem observado todas as formalidades legais
exigíveis para a espécie, inexistindo nulidades ou irregularidades a serem sanadas.
Ante a presença dos pressupostos processuais, passo a julgar antecipadamente a lide, na forma
prevista pelo art. 355, I, do CPC/15.
Noutro passo, saliento que a medida pretendida pela parte requerida no evento nº 34 (extinção do
processo pela quitação do contrato) não merece prosperar.
Em primeiro lugar, porque se o contrato estivesse quitado, o autor seria carecedor de ação.
E em segundo lugar, porque o art. 66, § 4º, da Lei nº 4.728/1965, que foi alterado pelo art. 1º do
Decreto-Lei nº 911/69, determina que o credor fiduciário poderá vender a coisa e aplicar o preço de venda no
pagamento de seu crédito e nas despesas decorrentes da cobrança, entregando ao devedor o saldo porventura
Em sentido contrário, não sendo suficiente o preço da venda, o credor fiduciário poderá cobrar do
devedor o saldo remanescente.
No caso em tela, não restou comprovada a venda do veículo apreendido, tampouco se o valor obtido
pela venda seria suficiente para quitar o débito objeto da lide.
Por esta singela razão, rejeito tal pedido, formulado no evento nº 34.
Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado na petição inicial e resolvo o mérito do
processo, amparado no art. 487, inciso III, alínea “a” do CPC/15.
Custas processuais e honorários advocatícios pela parte requerida (estes arbitrados em 5% do valor
atualizado da causa), com exigibilidade suspensa, por ser a mesma beneficiária da gratuidade da justiça.
P.R.I.
Juiz de Direito