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Hanseníase  Adoecem de forma não bacilifera  Lesões nos nervos periféricos trigêmeo, facial,

 É uma doença infecto-contagiosa, curável, causada  Humoral ulnar, mediano, radial, fibular, tibial
pelo Mycobacterium leprae, de evolução crônica, que  Mediada por anticorpos  Dor e espessamento dos nervos periféricos
se caracteriza por manifestações dermatológicas e  Linfócitos B  Perda de sensibilidade - olhos, mãos, pés
neurológicas com comprometimento de nervos  10% da população  Perda de força muscular - pálpebras, membros
periféricos, podendo levar a deformidades e  Mitsuda negativo superiores e inferiores
mutilações.  Forma bacilifera
 Apesar de ser referida como “a mais antiga doença Exame de toda superfície corporal
que acomete os homens” constitui ainda grave  Teste de sensibilidade térmica  tubo ensaio
problema de saúde pública em vários países.  Teste de sensibilidade tátil  algodão, caneta,
monofilamento
Agente etiológico  Teste de sensibilidade dolorosa  agulha
 Doença infecciosa crônica causada por  Exame de troncos nervosos periféricos
Mycobacterium leprae G. Hansen (1873) identificou o
agente Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) Exames complementares
 Parasita intracelular obrigatório  Baciloscopia
 Geralmente invade as células de Schwann,  Biópsia de lesão cutânea para exame
macrófagos e células do sistema reticuloendotelial histopatológico
(acomete tanto a pele como SN)  Quantificação do anticorpo anti-PGL-1
 O bacilo permanece viável até 36 hs no meio  Exames gerais e sorologia
ambiente ou 9 dias à temperatura de 36oC e 77% de  Avaliação da neurologia
umidade média  US de nervo
 Longo período de incubação (2 - 7 anos)  Eletroneuromiografia
 Alta infectividade / baixa patogenicidade  Avaliação de incapacidades
 Reação de Mitsuda
Transmissão
 O homem é a única fonte de infecção Baciloscopia
 O contato é principalmente pelas vias aéreas  Exame importante no diagnóstico das formas
superiores. multubacilares
 A multiplicação se faz por divisão binária a cada 12 a  Além diagnóstico a pesquisa BAAR serve como
21 dias prognóstico e acompanhamento da evolução
 Atinge pessoas de todas as idades, ambos os sexos, dstes paciente
e raramente em crianças  Colher quatro sítios distintos: lóbulos das
 A infecção pode ocorrer, mas o desenvolvimento da orelhas, uma lesão e cotovelo contralateral a
doença depende de fatores: sócio-econômicos, lesão
carga bacilar e condição imunológica específica  Após a realização do exame é calculado o
índice baciloscópico(IB)
Aspectos imunológicos  Média aritmética dos quatro sítios de coleta e
 A imunidade pode ser de dois tipos: Diagnóstico clínico varia de zero a seis
 Celular: Sinais e sintomas dermatológicos:  BAAR: depois é feito IB (índice baciloscópico)
 Mediada por células  Lesões de pele com alteração de sensibilidade
 Macrófagos, Linfócitos T  Macula, placa, infiltração, nódulo
 90% da população Sinais e sintomas neurológicos
 Mitsuda positivo
 Pés: garra dos artelhos, úlceras tróficas, reabsorção,
pé de charchot

Formas clínicas
 Indeterminada(I)
 Tuberculóide(T)
 Dimorfo-tuberculóide(DT)
 Dimorfo-dimorfa(DD)
Teste de mitsuda  Dimorfo-virchowiana(DV)
Possui valor prognóstico  Virchowiana(V)
Recomendado para distinção dos casos neurais que
não apresentam lesão cutânea, para classificação da  Paucibacilar: I, T, DT: baciloscopias negativas Multibacilar
doença  Multibacilar: DD, DV, V: baciloscopia positiva 1) Hanseníase dimorfa
Se o paciente entrou em contato ou não com a  Lesões pré-foveolares (eritematosas, planas com o
micobactéria Hanseníase Paucibacilar centro claro)
O teste é feito pela aplicação intradérmica de 0,1 ml 1) Indeterminada (HI)  Lesões foveolares (eritêmato- pigmentares, de
de mitsudina na face anterior do antebraço direito,  Áreas de hipo ou anestesia tonalidade ferruginosa ou pardacenta)
formando se uma pápula com cerca de 1 cm de  Manchas hipocrômicas e/ou eritêmato-hipocrômicas  Alteração de sensibilidade
diâmetro. Sendo feita a leitura após 21 e 28 dias.  Pode apresentar diminuição de sudorese  Baciloscopia: positiva ou negativa
 Pode haver rarefação de pelos Baciloscopia negativa
Histopatologia

O M. leprae apresenta-se sob forma de bastonete


reto ou ligeiramente encurvado de 1,5 a 8 mc.
Cora-se vermelho pela fuccina ácida e não se
descora pela lavagem no álcool e ácido
Os bacilos podem se apresentar isolados ou em
globias.
Coleta de material - esfregaços em 4 sítios
Fixação - Coloração 2) Tuberculoide (HT)
Leitura da baciloscopia - índice baciloscópico IB  Áreas de hipo ou anestesia
 Placas eritematosas e/ou eritêmato- hipocrômicas
Nervos acometidos  Placas bem definidas
 Face: triquíase, ectropio, lagoftalmo, úlcera de Diagnóstico diferencial – máculas
 Comprometimento de nervo Baciloscopia negativa
córnea
 Mãos: garras, amiotrofias, úlceras, reabsorção de
falanges, mão caída
Tratamento da forma paucibacilar  Podem ocorrer: Antes e depois do tratamento,
durante o tratamento(maioria) e no momento do
diagnóstico
 Paciente MB: as reações podem ocorrer por muitos
anos após o tratamento ser concluído

Diagnóstico diferencial – placas

Tratamento forma multibacilar

Diagnóstico diferencial – nódulos 1) Reação tipo I ou reação reversa; tuberculoide e


dimorfa
Tratamento: corticoterapia (prednisona)

Efeitos colaterais da PQT


 Rifampicina: hepatotoxicidade, síndrome pseudo
gripal, coloração de secreções naturais, cefaléia,
fadiga
 Clofazimina: pigmentação da pele, xerodermia, Tratamento da reação tipo I ou reação reversa 7
deposição em alças intestinal PREDNISONA:
 Dapsona: anemia leve, leucopenia, anemia  É preciso retirar o corticoide lentamente
Tratamento hemolítica, metahemoglobinemia, dermatite  Desmame bem programado a intervalos fixos
Metas esfoliativa, sintomas gastrointestinais,  Reavaliar clinicamente a cada redução da dose
 Eliminar o M. leprae do indivíduo hepatotoxicidade anterior e reprogramar o desmame mais lentamente
 Interromper a cadeia de transmissão  Acompanhar efeitos colaterais do medicamento na
Reações hansênicas neurite, imobilizar o membro
 Prevenir incapacidades
 Períodos de inflamação aguda no curso de uma
 Esclarecer sobre a doença, o tratamento,
doença crônica 2) Eritema nodoso ou reação tipo II: dimorfa e
efeitos colaterais das drogas e
 Edema, Calor, Rubor, Dor, Perda Da Função vischowiana
complicações
 Pele
 Atenção à saúde geral do paciente
 Nervos
 Prevenção e reabilitação das incapacidades
físicas  Gânglios
 Redução do estigma  Olhos
 Outros Orgãos (ex. Fígado)
Tratamento do eritema nodoso – reação tipo II

Reações hansênicas – o que funciona:


 Diagnóstico correto da reação
 Escolha adequada da droga
 Orientação adequada ao paciente
 Relação equipe - paciente
 Desmame bem programado
 Acompanhamento rigoroso
 Profissionais comprometidos

Vigilância dos contatos


 Exame dermatoneurológico das pessoas que
residam ou tenham residido nos últimos 5 anos
 Aplicação do BCG em duas doses com intervalo
mínimo de 6 meses

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