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Teoria Geral dos Sistemas

1. O que é a Teoria Geral do Sistemas?


R: A Teoria Geral dos Sistemas foi uma teoria criada pelo biólogo
Ludwig Von Bertalanffy, criticando a forma mecanicista que era
predominante na época. O objetivo era estudar os princípios universais
aplicáveis, sendo de natureza física, biológica ou sociológica, explicando
que o sistema como um complexo de elementos em estado de
interação, e a relação entre os componentes os transforma em
mutuamente interdependentes. Em resumo, a teoria geral dos sistemas
analisa a natureza dos sistemas e suas relações entre si, e como essa
relação altera seus componentes, já que o autor explica o sistema
funciona numa totalidade e uma alteração é capaz de mudar o
funcionamento do todo.
2. Quais são as críticas elaboradas pelos autores contra o modelo
hegemônico?
R: O modelo hegemônico da psicanálise na época dava ênfase apenas
ao intrapsíquico e que tudo que era relacionado ao ser humano era
regido por essas forças, negligenciando as questões ambientais, a
Teoria sistêmica trás uma perspectiva nova que vai além da análise
clínica do indivíduo, para observar as relações além. Sendo assim, as
estruturas que são organizadas hierarquicamente precisam ser
analisadas na sua totalidade, desde aspectos macro, como o social, indo
para o intermediário, como cultura das comunidades locais e até ir pro
nível mais proximal, como escolas e a família. Assim, buscando uma
análise mais abrangente das relações para além da mente do indivíduo.
3. O que significa? “o mundo passa a ser uma grande árvore e não uma
grande máquina”.
R: Mundo como uma Grande Árvore : Ao descrever o mundo como uma
"grande árvore", uma frase que evoca a imagem de algo vivo, orgânico e
interconectado. As árvores são símbolos da natureza e da vida, e sua
complexidade e diversidade refletem a complexidade e diversidade da
própria existência.
Mundo como uma Grande Máquina: Em contraste, a expressão "uma
grande máquina" sugere uma visão mecanicista e reducionista do
mundo, na qual tudo é visto como uma coleção de partes
intercambiáveis, operando de acordo com leis previsíveis e
determinísticas. Essa visão muitas vezes tende a simplificar a realidade
e ignorar sua profundidade e riqueza.

4. Ditos como românticos, comente sobre as propostas sistêmicas para o


campo científico.

5. O que é a psicologia analítica e quem foi Carl Gustav Jung?


R: Jung foi um psiquiatra suíço que criou a psicologia analítica, um
método de interpretação da psique humana, que foca na psique, no
inconsciente, nos arquétipos e o processo de individualização, para a
compreensão da mente humana. O consciente não sendo algo fixo
formado durante a infância, mas algo que produz uma série de
movimentos que se reagrupam com os arquétipos já existentes, se
unindo e funcionando numa forma que complemente a esfera do
consciente.
6. O que são os complexos ideo-afetivos? E justifique o motivo do termo
ideo e afetivo.
R: "ideo" se refere aos aspectos ideacionais e "afetivo" se refere aos
aspectos emocionais. Portanto, os complexos ideo-afetivos são
estruturas psicológicas que envolvem pensamentos e emoções
interligados em torno de um tema ou conteúdo específico.
Ideo (Ideação) : A parte "ideo" dos complexos ideo-afetivos refere-se à
dimensão cognitiva ou ideacional. Isso envolve pensamentos, ideias,
idéias e representações mentais associadas a um tema ou conteúdo
particular. Os aspectos ideacionais de um complexo podem incluir
memórias, imagens mentais, conceitos e pensamentos conscientes ou
inconscientes relacionados a esse tema.
Afetivo (Afetos e Emoções): A parte "afetivo" se refere à dimensão
emocional do complexo. Isso envolve emoções, sentimentos e respostas
emocionais associadas ao conteúdo do complexo. Os aspectos afetivos
de um complexo incluem emoções intensas, emoções emocionais e
estados de humor relacionados a esse tema.
A justificativa para o uso do termo "ideo-afetivo" é que, na teoria de
Jung, ele descobriu uma interconexão íntima entre os aspectos
cognitivos e emocionais da psique. Os pensamentos e as emoções
estão interligados e influenciam-se mutuamente.
7. Comente sobre: “complexos não podem ser considerados bons ou
ruins”.
R: O complexo é uma temática, é uma forma vazia onde as experiencias
de vida que vão produzindo esse conteúdo, experiências conscientes e
inconscientes. Sendo assim, ele não é bom ou ruim, mas como ele é
vivenciado e como influencia o comportamento do indivíduo.
8. Os complexos podem trazer conteúdos que atravessam a consciência,
demonstrando sua autonomia, o que Jung chamou de invasão, também
associado aos sintomas. Comente sobre esse tema.
R: Complexos são estruturas da psique que contêm pensamentos,
sentimentos, memórias e impulsos associados a um tema ou
experiência específica. Eles são como “subpersonalidades” dentro da
mente, com sua própria autonomia e energia. Uma das características
dos complexos é a capacidade de afetar a consciência de uma pessoa
de maneira significativa e muitas vezes inconsciente. Quando um
complexo é ativado, seus conteúdos podem emergir na forma de
pensamentos intrusivos, emoções intensas ou comportamentos
automáticos. Isso pode parecer uma "invasão" na consciência, porque
uma pessoa pode se sentir dominada por esses conteúdos, mesmo sem
entender completamente de onde está vindo.
9. Quais formas de integrar um complexo que exerce influência
disfuncional na consciência? Explique considerando os níveis de
consciência sobre um complexo.
R: A integração de um complexo disfuncional começa a quando o torna
consciente, explorando-o em profundidade e, finalmente, incorporando
seus elementos à personalidade de uma maneira mais saudável e
adaptativa.
Nível Inconsciente Pessoal: inicialmente, o complexo está oculto na
mente do indivíduo, fora de sua consciência. A primeira etapa é trazer
esse complexo à consciência.
Nível Pré-Consciente: Agora que o complexo está no pré-consciente, a
pessoa está ciente de sua existência, mas ainda não compreende
completamente seus detalhes.
Nível Consciente: Neste estágio, o complexo é totalmente consciente, e
a pessoa entende suas origens e como ele afeta seus pensamentos e
comportamentos.
Integração: A integração envolve incorporar os elementos do complexo
consciente à personalidade geral da pessoa. Isso significa aceitar e
compreender o complexo como uma parte válida de si mesmo, sem
permitir que ele domine ou perturbe a consciência. É o processo de
trazer equilíbrio e harmonia à psique.

10. A Psicologia Analítica abrange não apenas o inconsciente pessoal,


demarcado pelos complexos, mas também o inconsciente coletivo e os
arquétipos. Elabore um texto explicando esses dois conceitos.
R: O Inconsciente pessoal é composto de forma única para cada
indivíduo, ele contém nossas experiencias, memórias, pensamentos,
sentimentos e desejos, que foram reprimidos. Um componente essencial
do inconsciente pessoal são os complexos. Complexos são estruturas
psicológicas autônomas que se formam a partir de experiências
emocionais significativas e contêm informações sobre como uma pessoa
reage a situações específicas.
O inconsciente coletivo é herdado, desenvolvido pela humanidade e
passado pelas gerações, dentro desse inconsciente estão os arquétipos,
que são padrões inatos e universais de pensamento, imagem e símbolo.
11. Os arquétipos só podem ser analisados pela imagem arquetípica,
comente sobre esse tema e relacione com os símbolos
R: Imagem Arquetípica:

Uma imagem arquetípica é uma representação simbólica de um


arquétipo específico. Ela pode ser uma imagem, um símbolo, uma
narrativa ou uma figura mitológica que personifica um arquétipo
particular. Por exemplo, uma figura do herói, que é um arquétipo
comum, pode ser representada na imagem arquetípica do herói em um
conto de fadas ou mito.
As imagens arquetípicas são poderosas porque transcendem culturas e
épocas. Elas são reconhecíveis em diferentes contextos culturais e têm
um apelo universal. Por exemplo, o arquétipo da mãe é representado em
imagens arquetípicas de mães amorosas e cuidadosas que são
encontradas em diversas culturas ao longo da história.

As imagens arquetípicas residem no inconsciente e são ativadas quando


encontramos situações, histórias ou símbolos que evocam esses
padrões universais. Elas influenciam nossa percepção, emoções e
comportamento de maneira profunda, muitas vezes de forma
inconsciente.

Relação com Símbolos:

Os símbolos são veículos para expressar e acessar imagens


arquetípicas. Um símbolo é uma representação que carrega um
significado mais amplo e profundo do que sua manifestação literal. Por
exemplo, a cruz é um símbolo que pode representar não apenas um
objeto físico, mas também ideias de sacrifício, redenção e
espiritualidade.

Os símbolos muitas vezes incorporam imagens arquetípicas. Por


exemplo, o sol é um símbolo que pode representar o arquétipo do herói
"solar", associado a qualidades como coragem, iluminação e poder. A
lua pode representar o arquétipo feminino, com associações à intuição e
à escuridão.

Ao utilizar símbolos em mitos, religiões, sonhos ou rituais, as culturas


humanas frequentemente acessam e expressam imagens arquetípicas.
Isso permite que as pessoas se conectem com esses padrões universais
e entendam questões e dilemas humanos mais profundos.

Em resumo, as imagens arquetípicas são representações simbólicas de


arquétipos universais que residem no inconsciente coletivo. Essas
imagens arquetípicas são frequentemente expressas por meio de
símbolos que transcenderam culturas e épocas.

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