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Curso de Ciências Contábeis

Disciplina: CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA

Lucro Presumido

Prof. Paulo Gontijo

1º sem. 2022
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Regimes de tributação das pessoas jurídicas

Tributação baseada no resultado


LUCRO Regra geral
REAL
efetivamente apurado pela
de tributação
pessoa jurídica.

LUCRO Opção de Tributação baseada nas receitas


PRESUMIDO tributação auferidas pela pessoa jurídica.

Recolhimento unificado de
SIMPLES Opção de tributos, mediante apuração
NACIONAL tributação baseada nas receitas da pessoa
jurídica.
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Lucro Presumido
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Lucro Presumido
 O Lucro Presumido também é uma forma de tributação simplificada
das pessoas jurídicas.
 O Lucro Presumido presta-se à determinação da base de cálculo do
IRPJ e da CSL das pessoas jurídicas que optarem por esse regime
tributário.
 A presunção da base de cálculo do IRPJ e da base de cálculo da
CSL se baseia nas receitas auferidas pela empresa.
 O Lucro Presumido é uma opção de tributação, de forma que
nenhuma pessoa jurídica é obrigada a esse regime tributário.
 Para algumas empresas, ao contrário, é vedada a opção de
tributação pelo Lucro Presumido.
 A opção pela tributação baseada no Lucro Presumido afasta a
possibilidade de utilização de incentivos fiscais pelo contribuinte.
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Lucro Presumido
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Regime de apuração
 O regime de apuração do Lucro Presumido é trimestral, em
trimestres que coincidem com o ano civil.
 1º trimestre – encerramento em 31 de março
 2º trimestre – encerramento em 30 de junho
 3º trimestre – encerramento em 30 de setembro
 4º trimestre – encerramento em 31 de dezembro
 Os tributos pagos com base no Lucro Presumido são considerados
definitivos. Ou seja, não é efetuado ajuste quando da apresentação
da declaração anual.

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Lucro Presumido
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Opção pelo Lucro Presumido


 A opção pela tributação com base no Lucro Presumido é manifestada
com o pagamento da primeira quota ou da quota única do IRPJ e da
CSL correspondentes ao primeiro trimestre de cada ano-calendário.
 Recolhimento até o último dia útil do mês subsequente ao
encerramento do trimestre.
 A pessoa jurídica que iniciar atividades a partir do segundo trimestre,
manifestará a opção com o pagamento da primeira quota ou da
quota única do IRPJ e da CSL relativos ao trimestre do início de
atividade.
 A opção pelo Lucro Presumido é irretratável para o ano-calendário.
 A adoção do Lucro Presumido para fins de apuração do IRPJ implica
na obrigatoriedade de utilização do Lucro Presumido também para
efeitos da CSL.
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Lucro Presumido
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Condições para opção pelo Lucro Presumido


 Em princípio, poderão optar pela tributação baseada no Lucro
Presumido todas as pessoas jurídicas que não estão obrigadas à
apuração do Lucro Real.
 Dessa forma, poderão optar pelo Lucro Presumido as pessoas
jurídicas:
 Cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido de
até R$ 78 milhões, ou ao limite proporcional de R$ 6,5 milhões
multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se
inferior a 12 meses.
• Considera-se receita total as receitas de vendas ou de prestação
de serviços, bem como as receitas de quaisquer outras fontes não
relacionadas diretamente com os objetivos sociais da pessoa
jurídica, inclusive ganhos de capital, ganhos líquidos em operações
de renda variável e rendimentos de aplicações financeiras.
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Condições para opção pelo Lucro Presumido


 Cujas atividades não sejam de bancos comerciais, bancos de
investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas
de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e
entidades de previdência privada aberta.
 Que não tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior.
 Que não usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou
redução do Imposto de Renda (calculados com base no Lucro da
Exploração).

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Condições para opção pelo Lucro Presumido


 Que, no decorrer do ano-calendário, não tenham efetuado
pagamento mensal do IRPJ pelo regime de estimativa.
 Que não explorem atividades de prestação cumulativa e
contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factoring).
 Que não explorem atividades de compra e venda, loteamento,
incorporação e construção de imóveis, enquanto não concluídas
as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo
orçado (IN SRF no 25/1999).
 Que não explorem as atividades de securitização de créditos
imobiliários financeiros e do agronegócio. 8
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Opção pelo Lucro Presumido


 Condições necessárias para optar pelo Lucro Presumido:

Receita total Não tenha sido


anual até R$ recolhido IRPJ
78 milhões por estimativa

Não tenham
Não haja sido usufruídos
Não haja
impedimento incentivos
rendimentos
em função da fiscais de
oriundos do
atividade isenção ou
exterior
desenvolvida redução de
IRPJ

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Sistemática de apuração do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre as receitas da atividade


(+) Ganhos de Capital na alienação de bens do Ativo não Circulante
(+) Demais receitas e rendimentos
(=) Lucro Presumido

Há uma apuração de Lucro Presumido para fins de apuração do


IRPJ e outra para fins de apuração da CSL. Ou seja, haverá duas
bases de cálculo distintas, uma para IRPJ e outra para CSL.

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Componentes do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre as receitas da atividade


Sobre a receita bruta decorrente de venda de mercadorias e/ou prestação de
serviços são aplicados percentuais para presunção do lucro, os quais são
estabelecidos na legislação tributária.

Ganhos de Capital na alienação de bens do Ativo não Circulante


São os lucros apurados nas vendas, ocorridas no trimestre, de bens que
compõem o Ativo não Circulante. Considera-se somente as alienações que
individualmente produziram lucro.

Demais receitas e rendimentos


São consideradas todas as demais receitas que não se referem a venda de
mercadorias ou serviços, ou à venda de bens do Ativo não Circulante, salvo se
houver disposição expressa em contrário.
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 O IRPJ Devido no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurado da seguinte forma:

IRPJ Lucro
Devido = Presumido x Alíquotas
do IRPJ

• Percentual sobre Receitas da Atividade


• Ganhos de Capital
• Demais receitas e rendimentos
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 A CSL Devida no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurada da seguinte forma:

CSL Lucro
Devida = Presumido x Alíquota
da CSL

• Percentual sobre Receitas da Atividade


• Ganhos de Capital
• Demais receitas e rendimentos
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Apuração do Lucro Presumido


 O Lucro Presumido para fins de apuração do IRPJ é diferente do
Lucro Presumido para fins de apuração da CSL, pois aplicam-se
critérios distintos.

Lucro Lucro
Presumido Presumido
para fins de x para fins de
IRPJ CSL

• Percentual sobre Receitas da Atividade


• Ganhos de Capital
• Demais receitas e rendimentos
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 O IRPJ Devido no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurado da seguinte forma:

IRPJ Lucro
Devido = Presumido x Alíquotas
do IRPJ

• Percentual sobre Receitas da Atividade


• Ganhos de Capital
• Demais receitas e rendimentos
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Para fins do IRPJ, o Lucro Presumido é determinado mediante a
aplicação dos percentuais sobre as receitas da atividade:

 Revenda, para consumo, de combustíveis derivados de petróleo,


1,6%
álcool etílico carburante e gás natural.

 Venda de mercadorias e produtos.


 Transporte de cargas.
 Serviços hospitalares.
 Atividade imobiliária (enquanto não concluídas as operações com
8% registro de custo orçado).
 Atividade rural.
 Industrialização.
 Industrialização por encomenda.
 Construção por empreitada, com emprego de materiais próprios.
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido

 Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a


8%
qual não esteja definido percentual específico.

 Serviços de transporte, exceto o de cargas.


 Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis
16% de profissões regulamentadas, inclusive escolas), prestados por
empresas exclusivamente prestadoras de serviços, com receita
bruta anual não superior a R$ 120 mil.

 Intermediação de negócios (inclusive corretagem e representação


comercial).
 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
32% direitos de qualquer natureza.
 Serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora
não empregar materiais de sua propriedade nem se
responsabilizar pela execução da obra.
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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido

 Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual


32% específico, inclusive os prestados por sociedades civis de
profissões regulamentadas.

 Operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de


38,4% títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito
(ESC).

No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado


sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Para presunção do lucro sobre as receitas da atividade considera-
se a receita bruta, assim definida:

Receita com vendas ou prestação de serviços


(-) Vendas canceladas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) IPI sobre vendas
(-) ICMS recolhido na condição de substituto tributário
(=) Receita bruta

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Além da presunção de lucro sobre as receitas da atividade, devem
ser acrescidos ao Lucro Presumido os Ganhos de Capital na
alienação de bens do Ativo não Circulante.
 Os Ganhos de Capital na alienação de bens do Ativo não Circulante
não integram as receitas da atividade para fins da tributação
baseada no Lucro Presumido, por isso devem ser somados à base
de cálculo do IRPJ.
 Ganho de Capital é a diferença positiva entre o valor de alienação
do bem e o valor contábil.
 O valor contábil corresponde ao custo de aquisição diminuído
da depreciação acumulada, ainda que a empresa não
mantenha escrituração contábil completa.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Ao Lucro Presumido deverão ser adicionadas as demais receitas e
rendimentos que não compõem a receita com venda de
mercadorias e serviços. Incluem-se:
 Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.
 Ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável.
 Juros remuneratórios do capital próprio que houverem sido
pagos ou creditados por outra pessoa jurídica da qual a
empresa seja sócia ou acionista.
 Juros, calculados pela taxa SELIC, incidentes sobre impostos e
contribuições pagos indevidamente ou a maior que o devido, a
serem restituídos ou compensados.

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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Rendimentos obtidos nas operações de mútuo entre pessoas
jurídicas controladoras e controladas, coligadas ou interligadas.
 Valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,
inclusive perdas no recebimento de créditos, se a empresa os
deduziu em período anterior, no qual tenha sido tributada pelo
Lucro Real.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Demais receitas ou resultados percebidos, tais como:
• multas ou qualquer outra vantagem recebida, ainda que a
título de indenização, em virtude de rescisão contratual;
• aluguéis recebidos, quando a locação dos bens não for o
objeto da atividade da empresa;
• ganhos obtidos em operações de cobertura (hedge)
realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros ou no mercado de balcão;
• variações monetárias ativas.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Para fins de apuração do Lucro Presumido não deverão ser
adicionados os seguintes itens:
 Lucros e dividendos recebidos de participações societárias
avaliadas pelo custo de aquisição.
 Resultado positivo da avaliação de investimentos pelo método
da Equivalência Patrimonial.
 Reversão do saldo de provisões anteriormente constituídas, e
que não produziram efeito tributário de dedução na base de
cálculo.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,
inclusive perdas no recebimento de créditos, desde que:
• a empresa comprove não os ter deduzido em período
anterior, no qual tenha sido tributada pelo Lucro Real; ou
• se refiram a período no qual a empresa tenha sido
submetida a tributação com base no Lucro Presumido ou
no Lucro Arbitrado.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 1:
As informações seguintes referem-se a uma empresa optante pelo
Lucro Presumido, que tem como atividades venda de mercadorias
e prestação de serviços, relativamente ao 1º trimestre de 2022:
 Receita com venda de mercadorias: 1.500.000
 Receita com prestação de serviços de manutenção: 300.000
 Rendimento de aplicações financeiras: 60.000
 Receita com a venda de um veículo: 120.000 (o custo do bem
no ato da venda era 90.000)
 Receita com dividendos: 200.000
 Receita com alugueis: 70.000
 Ganho com Equivalência Patrimonial: 40.000
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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 1 – Apuração do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 216.000


Venda de mercadorias (1.500.000 x 8%) 120.000
Prestação de serviços (300.000 x 32%) 96.000

Ganhos de Capital (120.000 - 90.000) 30.000

Demais receitas e rendimentos 130.000


Rendimento de aplicações financeiras 60.000
Receita com alugueis 70.000

Lucro Presumido 376.000

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 O IRPJ Devido no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurado da seguinte forma:

IRPJ Lucro
Devido = Presumido x Alíquotas
do IRPJ

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Para apuração do IRPJ Devido no trimestre, são utilizadas as
seguintes alíquotas:
 Alíquota básica de 15%
 Adicional de 10% sobre o Lucro Presumido excedente a R$
60.000.
• No caso de início de atividades, o adicional de 10% incide
sobre o Lucro Presumido excedente a R$ 20.000 multiplicado
pelo número de meses de atividade no trimestre.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 2:
Determinada empresa optante pelo Lucro Presumido, apurou as
seguintes bases de cálculo para o IRPJ no ano-calendário 2021:
 1º trimestre: 50.000
 2º trimestre: 300.000
 3º trimestre: 500.000
 4º trimestre: 40.000

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 2 – Apuração do IRPJ

1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 50.000 300.000 500.000 40.000

IRPJ devido
Alíquota de 15% 7.500 45.000 75.000 6.000
Adicional de 10% - 24.000 44.000 -
7.500 69.000 119.000 6.000

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Na apuração do IRPJ com base no Lucro Presumido poderão ser
compensados:
 IRPJ pago ou retido na fonte sobre as receitas computadas na
apuração do Lucro Presumido.
 Saldo de IRPJ pago a maior ou indevidamente em períodos
anteriores.

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 3:
As informações seguintes referem-se a uma empresa optante pelo
Lucro Presumido, que tem como atividades venda de mercadorias
e prestação de serviços, relativamente ao 1º trimestre de 2022:
 Receita com venda de mercadorias: 900.000
 Receita com prestação de serviços de manutenção: 200.000
 Rendimento de aplicações financeiras: 30.000
 IRRF sobre aplicações financeiras: 5.000
 Receita com dividendos: 100.000
 Receita com alugueis: 40.000
 Ganho com Equivalência Patrimonial: 50.000

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 3 – Apuração do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 136.000


Venda de mercadorias (900.000 x 8%) 72.000
Prestação de serviços (200.000 x 32%) 64.000

Ganhos de Capital 0

Demais receitas e rendimentos 70.000


Rendimento de aplicações financeiras 30.000
Receita com alugueis 40.000

Lucro Presumido 206.000

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Lucro Presumido
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Apuração do IRPJ com base Lucro Presumido


 Exemplo 3 – Apuração do IRPJ:
1º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 206.000

IRPJ devido
Alíquota de 15% 30.900
Adicional de 10% 14.600
45.500

Compensações
IRRF sobre aplicações financeiras (5.000)

IRPJ a recolher 40.500


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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 A CSL Devida no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurada da seguinte forma:

CSL Lucro
Devida = Presumido x Alíquota
da CSL

• Percentual sobre Receitas da Atividade


• Ganhos de Capital
• Demais receitas e rendimentos
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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Para fins da CSL, o Lucro Presumido é determinado mediante a
aplicação dos seguintes percentuais sobre as receitas da
atividade:

 Venda de mercadorias e produtos.


12%
 Serviços hospitalares.

 Prestação de serviços em geral, exceto os hospitalares.


 Intermediação de negócios (inclusive corretagem e representação
comercial).
32%  Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza.
 Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma,
ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a
contrato de concessão de serviço público.
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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido

 Operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de


38,4% títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito
(ESC).

No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado


sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Para presunção do lucro sobre as receitas da atividade considera-
se a receita bruta, assim definida:

Receita com vendas ou prestação de serviços


(-) Vendas canceladas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) IPI sobre vendas
(-) ICMS recolhido na condição de substituto tributário
(=) Receita bruta

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Além da presunção de lucro sobre as receitas da atividade, devem
ser acrescidos ao Lucro Presumido os Ganhos de Capital na
alienação de bens do Ativo não Circulante.
 Os Ganhos de Capital na alienação de bens do Ativo não Circulante
não integram as receitas da atividade para fins da tributação
baseada no Lucro Presumido, por isso devem ser somados à base
de cálculo da CSL.
 Ganho de Capital é a diferença positiva entre o valor de alienação
do bem e o valor contábil.
 O valor contábil corresponde ao custo de aquisição diminuído
da depreciação acumulada, ainda que a empresa não
mantenha escrituração contábil completa.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Ao Lucro Presumido deverão ser adicionadas as demais receitas e
rendimentos que não compõem a receita com venda de
mercadorias e serviços. Incluem-se:
 Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.
 Ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável.
 Juros remuneratórios do capital próprio que houverem sido
pagos ou creditados por outra pessoa jurídica da qual a
empresa seja sócia ou acionista.
 Juros, calculados pela taxa SELIC, incidentes sobre impostos e
contribuições pagos indevidamente ou a maior que o devido, a
serem restituídos ou compensados.

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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Rendimentos obtidos nas operações de mútuo entre pessoas
jurídicas controladoras e controladas, coligadas ou interligadas.
 Valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,
inclusive perdas no recebimento de créditos, se a empresa os
deduziu em período anterior, no qual tenha sido tributada pelo
Lucro Real.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Demais receitas ou resultados percebidos, tais como:
• multas ou qualquer outra vantagem recebida, ainda que a
título de indenização, em virtude de rescisão contratual;
• aluguéis recebidos, quando a locação dos bens não for o
objeto da atividade da empresa;
• ganhos obtidos em operações de cobertura (hedge)
realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros ou no mercado de balcão;
• variações monetárias ativas.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Para fins de apuração do Lucro Presumido não deverão ser
adicionados os seguintes itens:
 Lucros e dividendos recebidos de participações societárias
avaliadas pelo custo de aquisição.
 Resultado positivo da avaliação de investimentos pelo método
da Equivalência Patrimonial.
 Reversão do saldo de provisões anteriormente constituídas, e
que não produziram efeito tributário de dedução na base de
cálculo.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,
inclusive perdas no recebimento de créditos, desde que:
• a empresa comprove não os ter deduzido em período
anterior, no qual tenha sido tributada pelo Lucro Real; ou
• se refiram a período no qual a empresa tenha sido
submetida a tributação com base no Lucro Presumido ou
no Lucro Arbitrado.

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 4:
As informações seguintes referem-se a uma empresa optante pelo
Lucro Presumido, que tem como atividades venda de mercadorias
e prestação de serviços, relativamente ao 1º trimestre de 2022:
 Receita com venda de mercadorias: 1.500.000
 Receita com prestação de serviços de manutenção: 300.000
 Rendimento de aplicações financeiras: 60.000
 Receita com a venda de um veículo: 120.000 (o custo do bem
no ato da venda era 90.000)
 Receita com dividendos: 200.000
 Receita com alugueis: 70.000
 Ganho com Equivalência Patrimonial: 40.000
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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 4 – Apuração do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 276.000


Venda de mercadorias (1.500.000 x 12%) 180.000
Prestação de serviços (300.000 x 32%) 96.000

Ganhos de Capital (120.000 - 90.000) 30.000

Demais receitas e rendimentos 130.000


Rendimento de aplicações financeiras 60.000
Receita com alugueis 70.000

Lucro Presumido 436.000

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 A CSL Devida no trimestre com base no Lucro Presumido é
apurada da seguinte forma:

CSL Lucro
Devida = Presumido x Alíquota
da CSL

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Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Para apuração da CSL Devida no trimestre, é utilizada a seguinte
alíquota:
 Alíquota de 9% (aplicável às pessoas jurídicas em geral)

 Vale observar que o artigo 3º da Lei nº 7.689/1988 estabelece as


seguintes alíquotas para a CSL (vigência a partir de 2022):
 20% para os bancos de qualquer espécie.
 15% para empresas de seguros privados, de capitalização, e
demais instituições financeiras que não sejam bancos.
 9% para as demais pessoas jurídicas.
 Contudo, em relação ao Lucro Presumido, utiliza-se somente a
alíquota de 9%, visto que instituições financeiras em geral não
podem optar por esse regime tributário. 49
Lucro Presumido
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Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 5:
Determinada empresa optante pelo Lucro Presumido, apurou as
seguintes bases de cálculo para a CSL no ano-calendário 2021:
 1º trimestre: 50.000
 2º trimestre: 300.000
 3º trimestre: 500.000
 4º trimestre: 40.000

50
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 5 – Apuração da CSL

1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 50.000 300.000 500.000 40.000

CSL devida (9%) 4.500 27.000 45.000 3.600

51
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Na apuração da CSL com base no Lucro Presumido poderão ser
compensadas:
 CSL retida na fonte sobre as receitas computadas na apuração
do Lucro Presumido.
 Saldo de CSL paga a maior ou indevidamente em períodos
anteriores.

52
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 6:
As informações seguintes referem-se a uma empresa optante pelo
Lucro Presumido, que tem como atividades venda de mercadorias
e prestação de serviços, relativamente ao 1º trimestre de 2022:
 Receita com venda de mercadorias: 900.000
 Receita com prestação de serviços de manutenção: 200.000
 Rendimento de aplicações financeiras: 30.000
 CSLRF sobre serviços prestados: 2.000
 Receita com dividendos: 100.000
 Receita com alugueis: 40.000
 Ganho com Equivalência Patrimonial: 50.000

53
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 6 – Apuração do Lucro Presumido

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 172.000


Venda de mercadorias (900.000 x 12%) 108.000
Prestação de serviços (200.000 x 32%) 64.000

Ganhos de Capital 0

Demais receitas e rendimentos 70.000


Rendimento de aplicações financeiras 30.000
Receita com alugueis 40.000

Lucro Presumido 242.000

54
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Apuração da CSL com base Lucro Presumido


 Exemplo 6 – Apuração da CSL:
1º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 242.000

CSL devida (9%) 21.780

Compensações
CSLRF sobre serviços prestados (2.000)

CSL a recolher 19.780

55
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Recolhimento do IRPJ e da CSL com base Lucro


Presumido
 Os valores do IRPJ e da CSL apurados em cada trimestre deverão
ser recolhidos em cota única até o último dia do mês subsequente
ao encerramento do trimestre.
 À opção da empresa, os valores do IRPJ e da CSL poderão ser
recolhidos em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas,
observado o seguinte:
 As quotas deverão ser recolhidas até o último dia útil dos
meses subsequentes ao encerramento do trimestre.
 Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000.
 O valor de cada quota (excluída a primeira, se paga no prazo)
é acrescido de juros à taxa SELIC.

56
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Tributação com base no Regime de Caixa


 À opção da pessoa jurídica, as receitas decorrentes de vendas de
mercadorias e produtos e de prestações de serviços poderão
ser computadas no Lucro Presumido com base no Regime de
Caixa.
 Nessa hipótese, as receitas com vendas e serviços comporão a
base de cálculo do IRPJ e da CSL somente no trimestre do efetivo
recebimento.
 À opção da pessoa jurídica, as receitas decorrentes de variação
cambial também poderão ser computadas no Lucro Presumido com
base no Regime de Caixa, ou seja, somente quando da liquidação
da operação correspondente.
 A opção pelo regime de reconhecimento da receita para fins de
tributação com base no Lucro Presumido é irretratável para todo o
ano-calendário.
57
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Tributação com base no Regime de Caixa


 Eventualmente, a empresa que adotou o Regime de Caixa, tendo
optado pelo Lucro Presumido, pode precisar fazer uma transição
para o Regime de Competência.
 Se a empresa adotou o Regime de Caixa no ano-calendário e
passará para o Regime de Competência no próximo ano, no mês de
dezembro deverá reconhecer todas as receitas auferidas e ainda
não recebidas, para fins de tributação pelo Lucro Presumido.
 Se a empresa optou pelo Lucro Presumido e adotou o Regime de
Caixa e passará a ser tributada com base no Lucro Real, no último
trimestre de apuração do Lucro Presumido deverá reconhecer todas
as receitas auferidas e ainda não recebidas para fins de tributação.

58
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Tributação com base no Regime de Caixa


 Exemplo 7:
As informações seguintes referem-se a uma empresa optante pelo
Lucro Presumido, tributada com base no Regime de Caixa, que
tem como atividades venda de mercadorias e prestação de
serviços, relativamente ao 1º trimestre de 2022:
 Receita com venda de mercadorias: 1.500.000

 Recebimento pelas vendas no trimestre: 1.100.000

 Receita com prestação de serviços de manutenção: 400.000

 Recebimento pelos serviços prestados: 650.000

 Rendimento de aplicações financeiras: 90.000

 IRRF sobre serviços prestados: 9.000

 CSLRF sobre serviços prestados: 6.000

 Ganho de Capital na alienação de Ativos: 200.000


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Lucro Presumido
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Tributação com base no Regime de Caixa


 Exemplo 7 – Apuração do Lucro Presumido para fins de IRPJ

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 296.000


Venda de mercadorias (1.100.000 x 8%) 88.000
Prestação de serviços (650.000 x 32%) 208.000

Ganhos de Capital 200.000

Demais receitas e rendimentos 90.000


Rendimento de aplicações financeiras 90.000

Lucro Presumido 586.000

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Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Tributação com base no Regime de Caixa


 Exemplo 7 – Apuração do IRPJ:
1º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 586.000

IRPJ devido
Alíquota de 15% 87.900
Adicional de 10% 52.600
140.500

Compensações
IRRF sobre serviços prestados (9.000)

IRPJ a recolher 131.500


61
Lucro Presumido
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Tributação com base no Regime de Caixa


 Exemplo 7 – Apuração do Lucro Presumido para fins de CSL

Lucro Presumido sobre receitas da atividade 340.000


Venda de mercadorias (1.100.000 x 12%) 132.000
Prestação de serviços (650.000 x 32%) 208.000

Ganhos de Capital 200.000

Demais receitas e rendimentos 90.000


Rendimento de aplicações financeiras 90.000

Lucro Presumido 630.000

62
Lucro Presumido
Prof. Paulo Gontijo

Tributação com base no Regime de Caixa


 Exemplo 7 – Apuração da CSL:
1º Trim.

Lucro Presumido do trimestre 630.000

CSL devida (9%) 56.700

Compensações
CSLRF sobre serviços prestados (6.000)

CSL a recolher 50.700

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Lucro Presumido
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Opção pelo Lucro Presumido – reflexo para as


contribuições PIS e COFINS
 A tributação baseada no Lucro Presumido implica na tributação pelo
regime cumulativo para as contribuições PIS e COFINS.
 Ou seja, ao optar pelo Lucro Presumido, a empresa também opta,
indiretamente, pelo regime cumulativo de PIS e COFINS.
 Regime cumulativo para as contribuições PIS e COFINS:
 Não há possibilidade de apropriação de créditos tributários
relativos às contribuições PIS e COFINS embutidas no preço
de aquisição de produtos e serviços.
 Os valores de PIS e COFINS pagos nas aquisições não são
recuperáveis, constituindo custo para a empresa.
 Adota-se as alíquotas de 0,65% para PIS e de 3,00% para
COFINS para apuração dos valores devidos pela empresa.
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Lucro Presumido
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Opção pelo Lucro Presumido – reflexo para as


contribuições PIS e COFINS
 A empresa optante pelo Lucro Presumido pode adotar o Regime de
Caixa para fins de apuração do IRPJ e da CSL.
 O Regime de Caixa pode ser adotado também para apuração das
contribuições PIS e COFINS.
 Nessa hipótese, as receitas com vendas e serviços comporão a
base de cálculo das contribuições PIS e COFINS somente no
trimestre do efetivo recebimento.
 Para que o Regime de Caixa seja aplicável às contribuições PIS e
COFINS, essa deve ser a modalidade de tributação adotada para
fins de IRPJ e de CSL.
 A adoção do Regime de Caixa é irretratável para todo o ano-
calendário.
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Lucro Presumido
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Escrituração contábil e o Lucro Presumido


 O artigo 1.179 do Código Civil estabelece que:
“O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico”.
 As empresas optantes pelo Lucro Presumido poderão dispensar a
escrituração contábil regular nos termos da legislação comercial,
desde que mantenham o Livro Caixa, no qual deverá ser
escriturada toda a movimentação, inclusive a bancária.

 Ponto de atenção: a Contabilidade não se presta somente às


questões tributárias...

66
Lucro Presumido
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Distribuição de dividendos e o Lucro Presumido


 Os dividendos são uma forma de distribuição dos lucros da
empresa para os seus cotistas ou sócios.
 Dessa forma, a distribuição de dividendos está condicionada à
existência de lucros, e é efetuada proporcionalmente à participação
de cada sócio ou cotista no capital social da empresa.
 Vale observar que os dividendos não são sujeitos a IRRF nem
integram a base de cálculo do Imposto de Renda do beneficiário,
seja ele pessoa física ou jurídica.
 Os dividendos distribuíveis limitam-se ao lucro líquido apurado pela
empresa em cada exercício social.
 Ocorre que as empresas optantes pelo Lucro Presumido podem ser
dispensadas da escrituração contábil regular, o que, em tese,
limitaria a apuração do lucro líquido do exercício, inclusive para fins
da distribuição de dividendos. 67
Lucro Presumido
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Distribuição de dividendos e o Lucro Presumido


 As empresas optantes pelo Lucro Presumido poderão distribuir
lucros, sem incidência de Imposto de Renda adotando um dos
critérios:
 Lucro Presumido apurado para fins do IRPJ, diminuído dos
valores do IRPJ, da CSL, e das contribuições PIS e COFINS.
 Lucro líquido do exercício, efetivamente apurado, desde que a
empresa mantenha a escrituração contábil regular com base na
legislação comercial.

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Lucro Presumido
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Retirada da empresa do regime do Lucro Presumido


 O retirada da empresa do regime tributário do Lucro Presumido pode
ocorrer por:

Opção da Obrigatoriedade
empresa

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Lucro Presumido
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Retirada da empresa do regime do Lucro Presumido


 A retirada da pessoa jurídica do regime do Lucro Presumido pode
ocorrer por opção da empresa.
 Nesse caso, basta à empresa, no início do ano-calendário:
 optar pelo SIMPLES Nacional, se lhe é possível; ou
 passar a recolher tributos com base no Lucro Real.
 Vale ressaltar, contudo, que a opção pelo Lucro Presumido é
irretratável no ano-calendário, de forma que a mudança de opção
somente é possível a cada ano.

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Lucro Presumido
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Retirada da empresa do regime do Lucro Presumido


 Haverá desenquadramento obrigatório da empresa do Lucro
Presumido se a receita total no ano-calendário anterior ultrapassar
o limite de R$ 78 milhões.
 Nessa hipótese, a partir de janeiro do ano-calendário seguinte
a empresa será tributada com base no Lucro Real.
 Haverá desenquadramento obrigatório da empresa do Lucro
Presumido se forem auferidos lucros, rendimentos ou ganhos de
capital oriundos do exterior.
 Nessa hipótese, a partir do trimestre em que forem auferidos os
rendimentos oriundos do exterior a empresa será tributada com
base no Lucro Real trimestral.

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Lucro Presumido
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Obrigações acessórias
 As empresas optantes pelo Lucro Presumido deverão adotar e
apresentar as seguintes obrigações acessórias:
 Manter os livros comerciais e livros fiscais: Livro Diário, Livro
Razão, Livro Caixa, Livro de Registro de Duplicatas, Livro
Registro de Inventário, Livro Registro de Entradas, entre outros
que são exigidos apenas em casos específicos.
 DES – Declaração Eletrônica de Serviços: declaração
municipal obrigatória para as empresas prestadoras de serviço.
 GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS.
 EFD ICMS/IPI – Escrituração Contábil Digital.
 DCTF – Declaração de Débitos Tributários Federais; EFD
Contribuições.
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Lucro Presumido
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Obrigações acessórias
 SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e
Informações à Previdência Social) e GFIP (Guia de
Recolhimento de FGTS e de Informações à Previdência
Social).
 ECD – Escrituração Contábil Digital.
 ECF – Escrituração Contábil Fiscal.
 DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte.
 RAIS – Relação Anual de Informações Sociais.

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