Seminário - Direito Constitucional IV

TRIBUTAÇÃO
Anderson Taboada
Érica da Costa
Melissa Revelles
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Introdução a
Tributação Nacional
✓ Breve histórico da origem da tributação constitucional
✓ Classificação tripartite e pentapartite
✓ Princípios
✓ Imunidade - limitação ao poder de tributar
✓ Súmula Vinculante 52 e 57
✓ Tributação sobre a produção e consumo
✓ IGF nunca regulamentado
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Discriminação constitucional
das rendas tributárias
A Constituição conferiu a cada ente federativo:

✓ competência para instituir impostos, taxas e contribuição de melhoria;

✓ privatividade tributária;
✓ exclusividade a cada esfera do tributo que lhe foi destinado.
Excepcionalmente admitiu a competência residual e a de necessidade, reservando à União o poder de instituir:
✓ outros impostos não cumulativos e com fato gerador e base de cálculo diferentes;
✓ impostos extraordinários em caso de guerra.
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Discriminação constitucional
das rendas tributárias
Discriminação pela fonte (originária)

A Constituição indica o tributo que cada ente pode instituir.

✓ Competência exclusiva
✓ Competência comum
✓ Competência residual
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Competência exclusiva da União

✓ II - imposto de importação de produtos estrangeiros
✓ IE - imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados

✓ IR - imposto de renda e proventos de qualquer natureza

✓ IPI - imposto de produtos industrializados
✓ IOF - imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários
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✓ ITR - imposto sobre a propriedade territorial rural

✓ IGF - imposto sobre grandes fortunas
✓ Imposto extraordinário de guerra
✓ Empréstimo compulsório
✓ Contribuições sociais
Competência comum à União, aos Estados, ao DF
e aos Municípios
:
✓ Taxas

✓ Contribuição de melhoria
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Competência exclusiva dos

Estados e do DF
✓ IPTU - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
✓ ITBI - imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição

✓ ISS - imposto sobre serviços de qualquer natureza (não compreendidos no ART 155, II)

Municípios e DF podem instituir contribuição para o custeio dos serviços de iluminação

pública.
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Competência exclusiva dos

Municípios
✓ ITCMD - imposto sobre transmissão causa Mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos

✓ ICMS - imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação

✓ IPVA - imposto sobre a propriedade de veículos automotores

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Discriminação pelo produto (derivada)

O ente federativo reparte sua receita com outro ente (federalismo cooperativo)

✓ Participação em impostos decretados por uma entidade e percebidos por outras:

Os recursos, arrecadados pela entidade beneficiada, integram, desde logo, o seu patrimônio.
(Pertence aos Estados, DF e Municípios o produto da arrecadação do IR incidente na fonte sobre rendimentos
pagos por eles.)

✓ Participação em impostos de receita partilhada:

a participação se realiza por meio de uma porcentagem no produto da arrecadação, coletada pela entidade
titular do poder tributante, e devolvido o quantum respectivo às entidades beneficiadas.

✓ Participação em fundos:
a entidade beneficiada tem uma expectativa de receber certa quantia do fundo.
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A União entregará 50% do produto da

arrecadação do IR e do IPI da seguinte forma:

a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

b) 25,5% ao Fundo de Participação dos Municípios;

c) 3%, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos
destinados à Região.
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✓ O STF decidiu que a União e os Estados não podem alterar a base da cálculo para reduzir o que é
devido aos outros entes a título de repartição tributária.

✓ Controvérsia constitucional: situações em que a legislação terá de definir critérios não previstos
especificamente pela Constituição para a distribuição dos recursos entre cada um dos entes.
Em determinadas circunstâncias, o critério de repartição é fixado pela Constituição.
Em outras hipóteses, caberá à legislação estabelecer parâmetros para essa distribuição.
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As regras básicas a respeito de repartição de receitas contribuem para a garantia da autonomia de Estados e
Municípios. A aplicação desses recursos não está vinculada a finalidades específicas (salvo no caso da CIDE-
combustíveis). Conexão clara com a cláusula pétrea da forma federativa de Estado (art 60, § 4°, I).

A criação de outros fundos que promovam repasses de recursos entre os entes deve atender
a determinadas finalidades e várias condicionantes podem impedir os repasses.

Veda-se a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego das receitas repartidas.

Os recursos recebidos, por transferência de receitas, pertencem às entidades beneficiadas
sem limitação.

Mas tal vedação não impede que a União e os Estados condicionem a entrega
dos recursos.
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Reforma Tributária
Qual é a proposta?
Cinco tributos em um. Assim, o IVA (Imposto sobre Valor
Adicionado) substituiria:

✓ PIS/Cofins; PIS IVA IPI

✓ ICMS;
✓ ISS;
✓ IPI.
Cofins ISS
ICMS
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Comparação entre o atual e o novo modelos de tributação de bens e serviços

Fonte: IPEA, 2019

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✓ PEC 45/2019 aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados

✓ A matéria vai ao Senado Federal para que a proposta seja analisada e assim,
ser feita a votação

✓ Sendo aprovada, o Presidente Lula pode sancioná-la e haverá a publicação da

lei no Diário Oficial da União

✓ A PEC 45/2019 será relatada pelo senador Eduardo Braga do MDB-AM na

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A expectativa é exaurir o tema em dois
meses, para que o texto seja promulgado ainda este ano.

✓ A implementação será gradual e com expectativa de se estabelecer até 2033.

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Reforma Tributária: preocupação

✓ O Art. 20 da PEC 45/2019, que foi acrescentado de última hora pelos deputados na reforma tributária, possibilita
que Estados criem uma nova contribuição para as atividades de mineração, agropecuária e petróleo. Contudo, os
respectivos setores consideram desastroso esse artigo caso ele seja aprovado pelo Senado Federal. Institutos
como o IBP e Ibram já manifestaram sua preocupação acerca do referido artigo.

O Art. 20 dispõe

Fonte: Poder 360

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✓ De Acordo com especialistas, o Art. 20 é inconstitucional, pois a competência seria exclusiva da União. E,
apesar de ser algo antigo, muitos estados já cobram uma contribuição parecida com a proposta.

"É muito grave, porque outros estados
estão cumprindo a legislação em relação
a isso e não faz sentido quando se está
querendo consertar o sistema tributário
brasileiro legitimar um drible por mais 20
anos. É algo que o Senado Federal tem
que corrigir. É totalmente contraditório”,
diz Carlos Ari Sundfeld.
Fonte: Jornal Nacional
“Se a Constituição autorizar a nova contribuição, aí cai por
terra aquele argumento passado da prerrogativa da União
legislar sobre esse tipo de tributo e não o estado,
entendeu? Esse é que é o problema. É que não
necessariamente uma declaração do Supremo acerca da
inconstitucionalidade desse tributo hoje impedirá que ele
seja cobrado amanhã. Aliás, é o contrário. Se a PEC
legitimar essa cobrança, nós teremos aí a esdruxula
situação onde um tributo que era inconstitucional foi
constitucionalizado na PEC da reforma tributária”, afirma o
advogado tributarista Luiz Gustavo Bichara.
Fonte: Jornal Nacional
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Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988. Disponível em
</www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 08 jul. 2023.

G1. Jornal Nacional. Reforma tributária: empresas e especialistas em impostos manifestam preocupação com artigo incluído na proposta. Jornal Nacional, [S. l.], 10 jul. 2023. Disponível em:
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/07/10/reforma-tributaria-empresas-e-especialistas-em-impostos-manifestam-preocupacao-com-artigo-incluido-na-
proposta.ghtml. Acesso em: 11 jul. 2023.

GOVERNO FEDERAL. Ministério da Fazenda. COM A REFORMA TRIBUTÁRIA, O BRASIL CRESCE E TODOS GANHAM. In: COM A REFORMA TRIBUTÁRIA, O BRASIL CRESCE E TODOS GANHAM. [S.
l.], 2023. Disponível em: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/reforma-tributaria/apresentacoes/principais-pontos-reforma-tributaria. Acesso
em 11 jul. 2023

OCTÁVIO ORAIR, Rodrigo; WULFF GOBETTI, Sérgio. REFORMA TRIBUTÁRIA E FEDERALISMO FISCAL: UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS DE CRIAÇÃO DE UM NOVO IMPOSTO SOBRE O VALOR
ADICIONADO PARA O BRASIL. 2530 Texto para Discussão, IPEA, p. 1 - 64, Dezembro 2019. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/publicacoes. Acesso em: 12 jul. 2023.

PODER 360; FERRARI, Hamilto. Estados poderão criar nova contribuição na reforma tributária. Poder360, [S. l.], 11 jul. 2023. Disponível em:
https://www.poder360.com.br/economia/estados-poderao-criar-nova-contribuicao-na-reforma-
tributaria/#:~:text=O%20artigo%2020%20da%20PEC,%2C%20pelo%20menos%2C%2017%20Estados. Acesso em: 12 jul. 2023.

SENADO NOTÍCIAS. Braga vai relatar reforma tributária, que não será fatiada, diz Pacheco: Da Agência Senado. Senado Notícias, [S. l.], 11 jul. 2023. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/07/11/braga-vai-relatar-reforma-tributaria-que-nao-sera-fatiada-diz-pacheco. Acesso em: 11 jul. 2023.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 42 São Paulo: Malheiros, 2019.
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