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Pré-Anestésico

A anestesia é fundamental para todos os procedimentos cirúrgicos, de exames


por imagem, pelos quais passam animais. Em uma cirurgia gerais, ortopédica, castração
ou limpeza de dentes, exames de imagem como raio x, tomografia, ressonância
magnética, a anestesia é necessária para que o animais segurança do paciente, a
execução de um trabalho veterinária eficaz, mais principalmente para que o animal não
sinta dor e desconforto. O termo anestesia significa “insensibilidade”, o que caracteriza
a ausência de percepção em qualquer parte do corpo ou nele como um todos
anestésicos são fármacos capazes de bloquear as capacidades sensitivas do organismo,
sendo utilizados no alívio da dor e bloqueio de outras funções sensitivas induzido por
fármacos depressores do SNC (CONCILIO, 2020). Alguns fármacos apresentam efeitos
colaterais, como hipotermia, depressão respiratória e bradicardia ou taquicardia (DO
AMARAL et al., 2016).

A anestesia é um procedimento muito delicado que exige total de atenção, nos


mínimos delates, anestesia um paciente saudável tem seus riscos, realizar anestesia em
animais com comodidade é um grande desafio para o médico veterinário, é necessário
analisar a melhores conduta para cada tipo de animais com comorbidades e risco, como
cardiopatas, nefropatas, hepatopatas, pediátricos e senis, com panoramas e protocoles
geral indicando sobre os fármacos e suas funcionalidades para cada classificação,
procurando determinar os que causam menor depressão cardiovascular e respiratória
respeitando suas limitações. As cardiopatias mais comuns encontradas em cães, são
doenças valvares crônicas, em particular cães idosos de pequeno a médio porte, e as
cardiomiopatias dilatadas achadas mais facilmente em cães adultos de médio a grande
porte (GRUBB, 2012), já nos felinos é descoberto mais cardiomiopatia hipertrófica e
insuficiência mitral (GIL-ORTUÑO et al., 2020).

O pré-anestésico inicia bem antes da entrada de um procedimento aqui descrito,


não é so submeter o animal ao um fármaco, o foco é na prevenção de intercorrências
anestésicas e para isso é necessário a avaliação de exames, físicos e complementares,
resenha e anamnese detalhada, os exames de imagem, como raio-x e ultrassonografia,
são analisados em determinadas sincusntacias, o eletrocardiograma e ecocardiograma
sempre é realizado principalmente em pacientes que serão direcionada a cirurgias, são
nessas avaliação que começa o pré-anestésico, e o cardiopatas não é diferente. Os
animaizinhos cardiopatas passam por monitoração necessária para a condução mais
segura do ato cirúrgico, pois o anestésico-cirúrgico em sistema cardiovascular é
submetido a muitas agressões recorrente do trauma cirúrgico. É crucial definir os riscos
que possivelmente os agentes anestésicos provocará a cada paciente em particular
(GRUBB et al., 2020).

Existe uma classificação crida pela Associação Americana de Anestesiologia que


estabelece o grau de risco anestésico para os pacientes, chamado de ASA, dessa forma
é possível qualificar o grau de risco conforme sua necessidade (RODRIGUES et al., 2017).
Essa Classificação de Risco anestésico possui cinco posições ASA (I, II, III, IV, V), o
prognóstico é considerado pior de forma crescente junto a classificação. As categorias
são ASA I para paciente hígido, ASA II doença sistêmica discreta, ASA III doença sistêmica
moderada, ASA IV doença sistêmica grave, ASA V para pacientes com expectativa de vida
de até 24 horas e para emergência. Outro modo de avaliação foi estabelecido pelo
International Small Animal Cardiac Health Council, criado em 1992, três tipos de
classificação normativa para categorizar funções de doenças cardíacas, são
fundamentadas pelas alterações anatômicas e severidade dos sinais clínicos nos animais
em repouso com o propósito de contribuir no manejo e compreensão da enfermidade,
essa classificação é considerada Categoria I onde a doença cardíaca é confirmada, porem
são assintomáticos. Alterações na morfologia cardíaca podem ser detectadas em
radiografias e ecocardiografias.

Os animais classificados como ASA II e III, que respectivamente são os pacientes


cardíacos compensados que não estão recebendo medicações e os que recebem
fármacos para compensar as alterações cardíacas. (MENEGHETI, T. M.; OLIVA, V. D. N. L.
2010.) Pacientes cardiopatas ASA IV se possível deve ser anestesiado após estabilização
da doença, e ASA V a estabilização pode não ser possível e há probabilidade de morte
durante a anestesia.

No pré-anestésia o paciente são submetidos a fármacos que deprimem o SNC,


para que transcorra a sedação e analgesia e redução de fármaco na indução
manutenção, assim a também pode-se favorecer o animal cardiopata na diminuição de
ansiedade e estresse pré – operatório, esses paciente recebem o medicamento de forma
intramuscular, são utilizados até três fármacos para a preparação do animal no pré-
anestésico eficaz. São utilizados fenotiazínicos, benzodiazepínicos, agonistas dos
receptores alfa-2 adrenérgicos, butirofenonas e opioides, importante atentar- se que os
pacientes com cardiomiopatia dilatada, normalmente são usados opioides na MPA, por
prevenção cardiovascular além de obter um excelente resultado aos anticolinérgicos
caso tenha bradicardia (MENEGHETI, T. M.; OLIVA, V. D. N. L. 2010.)

Acepromazina é procedente de fenotiazínico bastante utilizado por anestésicas


veterinárias nos pré-anestesico, suas reações no sistema cardiovascular são significativas
como a hipotensão que ocorrer por vasodilatação periférica, perda do volume do sangue
ejetado e do débito cardíaco, queda da pressão sanguínea, distúrbios do ritmo com
diferentes graus de bloqueio atrioventricular, a acepromazina nos pacientes com doença
cardíaca não clínica e estável, os efeitos vasodilatadores podem ser compensados,
porem nos pacientes com doença cardíaca moderada a grave são recomendadas doses
baixas, é importante salientar que as altas doses causam hipotensão excessiva e
prolongada além de não possuir antagonista reversor dos efeitos negativos.
Butirofenonas seu efeito é menor que os fenotiazínicos, utiliza-se para diminuição de
estresse dos animais em ocasião de confinamento ou transporte (TAVARES.2019)

Benzodiazepínicos administrado como sedativos ou como agente de indução,


como objetivo que de diminuir as doses de outros anestésicos injetáveis posteriormente,
benzodiazepínicos associados com a cetamina ajuda diminuir os efeitos excitatórios
centrais, os ansiolíticos, podem ser usados na MPA pelo seu efeito tranquilizante, e dá
uma potência maior aos anestésicos. O diazempam e medazolam obtém resultados
semelhantes, com exceção da característica química, com isso o método de
administração também muda. Os Isolados são apontados como sedativos inconsistentes
nos cães, a sedação pode ser melhorada em associação com opioide, os dois fármacos
causam depressão mínima da função cardiopulmonar. Pacientes com doenças
cardiovasculares sentem poucas alterações tanto cardiovascular quanto respiratório,
não apresenta sinais de bradicardia e hipotensão, sequer depressão ventilatória (VIEIRA.
2022).

Agonistas alfa²-adrenérgicos, os agonistas do receptor alfa²-adrenérgico são


sedativos com analgesia e relaxamento muscular, são constituídos pela xilazina,
detomidina, ramifidina, metedomidina e dexmedetomidina, como se trata de uma
grande distribuição de receptores alfa²-adrenergicos diversidades de efeitos
indesejáveis pode acontecer no sistema cardiovascular, por exemplo bradicardia,
bradiarritmia, hipertensão e debito cardíaco reduzido, limitando o uso como sedativo ou
pré-anestésico em pacientes comprometidos. A literatura destaca que os agonistas alfa²
adrenérgicos são contraindicados para cães com CM, por causa do aumento acentuado
da pós-carga e diminuição do débito cardíaco (PEREIRA, 2021).

Opioides atuam como agonistas de receptores opiáceos, é considerado um


medicamento confiável por ter meia-vida, são divididos em agonistas totais, agonistas
parciais, agonistas-antagonistas e antagonistas, agonistas totais são morfina, metadona,
meperidina, fentanil, alfentanil, sufentanil e remifentanil. Os agonistas-antagonistas
podem agir como reversores de um agonista total, são o butorfanol e nalbufina, e os
antagonistas totais ocupam os receptores, porém não possuem ação sobre eles. O
butorfanol é agonista do receptor kappa, não sendo tão bom analgésico quanto um
agonista do receptor mu (CARREGARO, 2019; SINCLAIR, 2018)

Os opioides possuem poucos efeitos no sistema cardiovascular, o que é muito


bom para os pacientes anestesistas médicos veterinários, eles não atingem a capacidade
de contrátil do coração, e tônus vascular. O uso de outros fármacos associados pode
ocasionar decorrências consideráveis no sistema cardiovascular. A combinação dos
efeitos sedativos e analgésicos agem resumidamente tendo a menor dose de cada
fármaco, reduzindo as ocorrências de reações adversas (KUKANICH; PAPICH, 2021).

Fentanil é uma opção para animais com cardiopatia dilatada, fibrilação atrial por
reduzir a frequência sinusal e condução pelo bloqueio atrioventricular de terceiro grau,
esse fármaco tem meia vida mais curta e o seu tempo de recuperação e mais rápido,
pode ser utilizado com propofol, os efeitos colaterais ocasionam em uma pequena
alteração nas pressões arteriais de cães sadios, entre tanto a frequência cardíaca diminui
conforme aumenta a dose. Morfina e meperidina não é muito indicada em paciente com
a comorbidade de cardiopatia pois ela tema ativação de histamina e desencadeia
vasodilatação e posterior hipotensão, (VIEIRA · 2022).
Cetamina também não é recomendada para indução em pacientes com CMD, por
causa do efeito inotrópico positivo, o uso dela em paciente com CMD diminui a
contratilidade miocárdica, aumenta o débito cardíaco, a pressão aórtica média, pressão
arterial pulmonar, pressão venosa ventral e a frequência cardíaca, (MENEZES. 2019). O
indicado é faz uso de cetamina para analgesia em pacientes cardiopatas em infusões de
baixa dose com total observação e acompanhamento dos sinais vitais, é possível realizar
a combinação de cetamina-benzodiazepínico como sedativo ou na indução, sendo uma
proporção maior de benzodiazepínico obtendo assim o mínimo ou até mesmo nenhum
efeito sobre o sistema cardiovascular. É importante ressalta que os animais com
presença de taquiarritmia cardíaca há aumento na indução com cetamina pelos efeitos
simpaticomiméticos.

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