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Cavidade

Oral e
Esôfago
Sumário
1. Introdução...................................................................................................................... 3

2. Fase Cefálica................................................................................................................. 4
2.1. Estímulos Cognitivos da Alimentação.................................................................. 4
2.2. Respostas Fisiológicas.......................................................................................... 4

3. Fase Oral........................................................................................................................ 5
3.1. Estímulos Mecânicos e Químicos......................................................................... 5
3.2. Mastigação............................................................................................................. 5
3.3. Enzimas Envolvidas............................................................................................... 5
3.4. Saliva....................................................................................................................... 6
3.5. Glândulas Salivares................................................................................................ 6

4. Deglutição...................................................................................................................... 7
4.1. Formação do Bolo Alimentar................................................................................. 7
4.2. Etapas do Processo de Deglutição....................................................................... 8

5. Fase Esofágica.............................................................................................................. 9
5.1. Início da Fase Esofágica........................................................................................ 9
5.2. Peristalse Esofágica.............................................................................................. 9
5.3. Esmagamento e Relaxamento dos Esfíncteres................................................. 10

Referências....................................................................................................................... 12
1. Introdução
A cavidade oral e o esôfago são componentes cruciais do sistema digestivo, de-
sempenhando papéis vitais desde a ingestão até a propulsão do alimento. Este texto
aborda as fases cefálica, oral e esofágica da digestão, com foco em anatomia, fisiologia
e embriologia.

Figura 1. Trato Gastrointestinal.


Fonte: VectorMine/Shutterstock.com

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2. Fase Cefálica
A fase cefálica da digestão é uma etapa preparatória que ocorre antes que o alimento
realmente entre no sistema digestivo. Ela é mediada principalmente pelo sistema ner-
voso central (SNC) e envolve uma série de respostas fisiológicas e comportamentais
que preparam o trato gastrointestinal (GI) para a digestão e absorção de nutrientes.

2.1. Estímulos Cognitivos da Alimentação

2.1.1. Visão e Olfato


A simples visão ou cheiro de comida pode ativar centros cerebrais como o hipotála-
mo, que por sua vez estimula a liberação de hormônios como a grelina, aumentando
a sensação de fome.

2.1.2. Memória e Experiência Passada


A memória de uma refeição saborosa ou a associação de certos alimentos com
eventos emocionais também podem desencadear respostas cefálicas. O córtex pré-
frontal desempenha um papel significativo nessas associações.

2.1.3. Antecipação e Planejamento


O ato de pensar em comer, planejar uma refeição ou sentir fome também são estí-
mulos cognitivos que ativam a fase cefálica.

2.2. Respostas Fisiológicas

2.2.1. Secreção de Saliva


Os estímulos cefálicos desencadeiam a secreção de saliva pelas glândulas salivares,
preparando a boca para a mastigação e lubrificação do bolo alimentar.

2.1.2. Secreção Gástrica


O cérebro envia sinais para o estômago para começar a secretar sucos gástricos,
incluindo o ácido clorídrico, que ajudam na digestão.

2.1.3. Mobilização de Enzimas


O pâncreas também é estimulado a liberar enzimas digestivas em antecipação à
chegada de nutrientes.

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A fase cefálica é uma etapa crucial que envolve uma intrincada rede de respostas
neurais e hormonais. Ela não apenas prepara o sistema digestivo para a ingestão de
alimentos, mas também otimiza o processo de digestão e absorção através de meca-
nismos altamente regulados.

3. Fase Oral
A fase oral é uma etapa crucial do processo digestivo, que envolve uma série de even-
tos mecânicos e químicos. Este artigo se aprofunda nos aspectos intrincados dessa fase,
desde os estímulos mecânicos e químicos até a estrutura e função das glândulas salivares.

3.1. Estímulos Mecânicos e Químicos


3.1.1. Mecanismos de Detecção
Os receptores tácteis e gustativos na língua e palato mole são ativados pela presença
de alimento. Estes receptores enviam sinais ao cérebro, especificamente ao núcleo do
trato solitário, que então inicia a produção de saliva e enzimas digestivas.

3.1.2. Resposta Neural


O sistema nervoso autônomo, particularmente o sistema nervoso parassimpático, de-
sempenha um papel crucial na modulação da resposta a estímulos mecânicos e químicos.

3.2. Mastigação
3.2.1. Músculos Envolvidos
Os músculos da mastigação incluem o masseter, o temporal e os pterigóides medial
e lateral. Eles são inervados pelo nervo trigêmeo (V).

3.2.2. Biomecânica
A mastigação é um processo cíclico que envolve o fechamento e a abertura da
mandíbula, triturando o alimento em partículas menores e misturando-o com saliva.

3.3. Enzimas Envolvidas


3.3.1. Amilase Salivar
Esta enzima começa a decomposição dos carboidratos em maltose e é secretada
pelas glândulas salivares.

3.3.2. Lipase Lingual


Embora em menor quantidade, a lipase lingual também está presente e começa a
digestão de lipídios.

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3.4. Saliva

3.4.1. Principais Funções


1. Lubrificação: A mucina presente na saliva facilita a deglutição do bolo alimentar.
2. Digestão: A amilase salivar inicia a digestão de carboidratos.
3. Proteção: Contém anticorpos e enzimas como a lisozima que protegem contra
microrganismos patogênicos.

3.4.1. Características
Secreção Primária e Secundária
A secreção primária é isotônica e rica em eletrólitos como Na+ e Cl-. A secreção
secundária, que ocorre nos ductos, modifica essa composição, tornando a saliva mais
hipotônica.

3.5.1. Produção
A produção diária de saliva varia entre 1 a 1,5 litros e é regulada por fatores como
estresse, hidratação e presença de alimento.

3.6.1. Estímulos e Produtos


Estímulos como o cheiro e o sabor do alimento, bem como o estresse, podem au-
mentar a produção de saliva. A saliva contém mucina, amilase salivar, anticorpos como
IgA, e outros componentes como o fator de crescimento epidérmico.

3.5. Glândulas Salivares

3.5.1. Estrutura Tubuloacinar


As glândulas salivares são compostas por unidades secretoras chamadas ácinos,
que estão conectadas a um sistema de ductos.

3.5.1. Ductos
1. Ductos Intercalares: Estão mais próximos dos ácinos e são os primeiros a receber
a secreção.
2. Ductos Estriados: Modificam a composição iônica da saliva.
3. Ductos Excretores: São os ductos maiores que desembocam na cavidade oral.

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Figura 2. Glândulas salivares.
Fonte: Jeniffer Fontan/Shutterstock.com

A fase oral é uma etapa complexa e multifacetada do processo digestivo, envolven-


do uma série de mecanismos mecânicos e químicos. Uma compreensão aprofundada
desses aspectos é crucial para o entendimento do sistema digestivo como um todo.

4. Deglutição
A deglutição é um processo altamente coordenado que envolve múltiplos sistemas,
incluindo o sistema nervoso e o sistema muscular. Este artigo visa fornecer uma visão
aprofundada dos mecanismos complexos que regem a deglutição.

4.1. Formação do Bolo Alimentar


O bolo alimentar é formado pela mastigação e mistura com a saliva. A língua e os
músculos mastigatórios desempenham um papel crucial nesta etapa.

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4.1.1. Propulsão do Bolo Alimentar
A língua empurra o bolo alimentar para a orofaringe, iniciando o processo de deglutição.

4.1.2. Centro de Deglutição


Localizado no bulbo raquidiano, este centro neural coordena a atividade muscular
necessária para a deglutição.

4.1.3. Mecanismo Reflexo


Uma vez que o bolo alimentar atinge a orofaringe, o ato de deglutição torna-se reflexo,
evitando a necessidade de controle consciente.

4.1.4. Nervos Glossofaríngeo e Vago


Estes nervos cranianos são responsáveis pela transmissão de sinais sensoriais para
o centro de deglutição.

4.1.5. Receptores Sensoriais


Localizados na orofaringe e no esôfago, estes receptores detectam a presença do
bolo alimentar e enviam sinais para o centro de deglutição.

4.1.6. Centro de Deglutição no Bulbo


Este centro neural recebe sinais aferentes e envia sinais eferentes para os músculos
envolvidos na deglutição.

4.1.7. Músculos da Faringe e do Esôfago


Incluem o músculo constritor superior da faringe e o esfíncter esofágico superior,
que são ativados em uma sequência coordenada.

4.2. Etapas do Processo de Deglutição


1. Fase Oral Preparatória: Formação e umedecimento do bolo alimentar.
2. Fase Oral Propulsiva: Empurrar o bolo para a orofaringe.
3. Fase Faringeal: Fechamento da nasofaringe e abertura do esfíncter esofágico
superior.
4. Fase Esofágica: Peristalse e passagem do bolo alimentar para o estômago.

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Figura 3. Processo de deglutição.
Fonte: Alila Medical Media/Shutterstock.com

A deglutição é um processo multifacetado que requer uma coordenação precisa


entre várias estruturas e sistemas. Compreender esses mecanismos em detalhes é
crucial para o diagnóstico e tratamento de distúrbios da deglutição.

5. Fase Esofágica
5.1. Início da Fase Esofágica
5.1.1. Abertura do Esfíncter Esofágico Superior (EES)
O EES é uma estrutura muscular que atua como uma barreira entre a faringe e o esôfa-
go. Ele se abre de forma reflexa quando o bolo alimentar chega à orofaringe, permitindo
a passagem do bolo para o esôfago. Este é um processo altamente coordenado que
envolve a inibição dos neurônios motores que normalmente mantêm o EES contraído.

5.1.2. Transição do Bolo Alimentar


Após a abertura do EES, o bolo alimentar entra no esôfago. Este é um momento
crítico, pois qualquer falha na coordenação pode resultar em aspiração ou refluxo.

5.2. Peristalse Esofágica


5.2.1. Peristalse Primária
A peristalse primária é iniciada pelo centro de deglutição no bulbo raquidiano. Uma
onda de contração muscular se move de forma descendente ao longo do esôfago, em-
purrando o bolo alimentar em direção ao estômago. Esta onda de contração é precedida
por uma onda de relaxamento, conhecida como “onda de relaxamento precedente”, que
permite que o bolo alimentar se mova sem resistência.

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5.2.2. Peristalse Secundária
A peristalse secundária é uma série de contrações reflexas que ocorrem em resposta
à distensão do esôfago por resíduos alimentares. Estas contrações ajudam a mover
qualquer resíduo em direção ao estômago e são mediadas por reflexos locais, em vez
de serem iniciadas pelo centro de deglutição.

5.3. Esmagamento e Relaxamento dos


Esfíncteres
5.3.1. Esfíncter Esofágico Inferior (EEI)
O EEI é uma estrutura muscular localizada na junção gastroesofágica. Ele atua
como uma barreira para evitar o refluxo de conteúdo gástrico para o esôfago. Durante
a deglutição, o EEI relaxa para permitir a passagem do bolo alimentar para o estômago.
Este relaxamento é mediado por neurônios inibitórios que liberam óxido nítrico e VIP
(peptídeo intestinal vasoativo).

5.3.2. Mecanismo de Esmagamento


À medida que o bolo alimentar passa pelo EEI, o esfíncter se contrai atrás dele, esma-
gando o bolo e ajudando a misturá-lo com os sucos gástricos. Este é um mecanismo
importante para a digestão inicial dos alimentos.
A fase esofágica da deglutição é um processo complexo que requer uma coordena-
ção precisa entre várias estruturas e sistemas. Compreender esses mecanismos em
detalhes é crucial para o diagnóstico e tratamento de distúrbios esofágicos.

Figura 4. Esfincter do esôfago.


Fonte: Timonina/Shutterstock.com

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MAPA MENTAL. CAVIDADE ORAL E ESÔFAGO

CAVIDADE
ORAL E
ESÔFAGO

Fase Cefálica Fase Oral Fase Esofágica

Preparação do GI Glândulas Salivares Saliva Peristalse

Parótidas Submandibulares Sublinguais Enzimas Anticorpos Movimento do Bolo Alimentar

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Referências
1. Guyton, A.C., Hall, J.E. (2016). Textbook of Medical Physiology. Elsevier.
2. Marieb, E.N., Hoehn, K. (2019). Human Anatomy & Physiology. Pearson.
3. Berthoud, H.R., Neuhuber, W.L. (2000). Functional and chemical anatomy of the af-
ferent vagal system. Autonomic Neuroscience.

Escrito por Thainá Silva Galeão em parceria com inteligência artificial via chat GPT 4.0.

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