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Procedimento Ordinário
Justiça gratuita
PRELIMINARMENTE
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
DOS FATOS
Desde então, a autora percebia que sua pensão não estava com os valores corretos,
como se vivo fosse o militar instituidor, haja visto que a Lei nº 17.183, de 23 de
Março de 2020 descreveu valores de todas as graduações e posto dos Militares
estaduais, onde consta que o soldo correspondente à graduação do instituidor da
pensão de 2º Sargento no importe de R$ 4.750,04 (quatro mil setecentos e cinqüenta
reais e quatro centavos), e não o valor de R$ 2.465,89 (dois mil quatrocentos e
sessenta e cinco reais e oitenta e nove centavos), conforme contracheque,
documentos seguem em anexo.
SÚMULA nº 23 TJCE.
“ Os proventos do inativo e as pensões por morte devem corresponder à
totalidade do que perceberia o militar, se estivesse em atividade ou se vivo fosse,
estendendo-se aos inativos e aos pensionistas quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos militares ativos, ainda que não sejam
de caráter geral”.
Art. 24-B. Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios as
seguintes normas gerais relativas à pensão militar: (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
(Regulamento) (Vigência)
Art. 24-D. Lei específica do ente federativo deve dispor sobre outros aspectos
relacionados à inatividade e à pensão militar dos militares e respectivos pensionistas dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios que não conflitem com as normas gerais
estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C, vedada a ampliação dos direitos e garantias
nelas previstos e observado o disposto no art. 24-F deste Decreto-Lei.
Parágrafo único. Compete à União, na forma de regulamento, verificar o cumprimento
das normas gerais a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019)
Art. 1.º A estrutura remuneratória das praças e dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Ceará passa a vigorar em conformidade com o
disposto no Anexo Único desta Lei.
Art. 2.º As gratificações previstas no inciso III do art. 12, e no art. 97 da Lei n.º 11.167,
de 7 de janeiro de 1986, terão seus valores considerados para definição do patamar
remuneratório a que se refere o art. 1.º, ficando ambas extintas a partir da publicação
desta Lei.
Assim sendo, não existe prescrição da referida pensão, portanto não existe esta
possibilidade, para a análise do aspecto da existência ou não da denominada
prescrição do fundo de Direito, tendo em vista a caracterização de uma relação de
trato sucessivo, pois a cada mês SE RENOVA, a Autora deixou de perceber
a verba que entende devida (Paridade da pensão em face dos demais).
“nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como
devedora, quando não tiver sido requerido o próprio direito reclamado, a prescrição
atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da
AÇÃO”.
Ainda que assim não fosse, não é o caso, pelo anexo da referida lei acima mencionada,
e como de fato já foi comprovado, constata-se que TODOS OS POLICIAIS MILITARES
DO ESTADO CEARÁ, receberam aumento, o que não foi estendido à pensionista, razão
pela qual, motivou a presente Ação Ordinária, onde a Requerente esta sendo
prejudicada desde a concessão da sua pensão.
Endereço : AV. OLIVEIRA PAIVA 2601
TELS. 988224584 /99989148
Email : francicp@hotmail.com
Fortaleza/CE.
ADVOCACIA COSTA
DO DIREITO
A LEI GERAL NACIONAL n.º 13.954 de 16/12/2019, Excelência, é inquestionável a
sua vigência e aplicabilidade aos pensionistas dos Policiais Militares do Ceará, eis que
referida norma representa um verdadeiro pacto da federação, SERVINDO como
mecanismo de fomento ao sistema de segurança pública e de valorização profissional
que está na linha de frente do combate à violência e à insegurança em nosso país.
Ademais, note-se que o próprio Estado do Ceará reconhece a incidência da Lei Geral
Nacional n.º 13.954 de 16/12/2019 aos inativos de militares cearenses, quando os
taxou, descontando a contribuição previdenciária com base na referida norma (v.
Manifestação do Estado do Ceará no Mandado de Segurança Coletivo nº. °
0628051-32.2020.8.06.0000,pág.s 255/275).
Dessa forma, o ente público utiliza a Lei nº. 13.954/19 para cobrar imposto, porém,
desconsidera-a quando é para reconhecer direitos.
Cumpre destacar que o STF já teve a oportunidade de analisar questão semelhante,
oportunidade em que reconheceu a constitucionalidade da “norma geral federal que
fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento”, por
entender que a União Federal detém competência para “dispor sobre normas gerais (...)
de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de
valorização profissional”, confira-se:
Pretende a Autora os efeitos da Antecipação da Tutela de Urgência, uma vez que estão
preenchidos os requisitos do art. 300 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, que
se encontram presentes na inicial, Senão vejamos:
O novo Código de Processo Civil estabelece em seu art. 300 que “A tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. Nesse sentido, o
novo diploma legal exige para a concessão da tutela de urgência dois elementos, quais
sejam: o fumus bonis iuris e o periculum in mora.
Outrossim, o perigo de dano (art. 300 do NCPC) se revela pelo fato de que a autora
está passando por sérias dificuldades financeiras(questão alimentar), eis que o valor
pago já não faz frente ao aumento do custo de vida, tudo a configurar o elevado risco ao
resultado prático do processo, caso a tutela de urgência não seja deferida.
Importa destacar que não há qualquer impedimento legal para a concessão da Tutela de
Urgência, eis que o objeto da presente lide se refere à pensão previdenciária, o que fez
o e. STF editar a Súmula 729, permitido liminar em causas que envolvam questão
previdenciária, razão pela qual se firmou a jurisprudência do e. STF e do STJ.
Observe-se, assim, que a decisão proferida pela Corte na ADC4-MC/DF, Rel. Min.
Sidney Sanches, não veda toda e qualquer antecipação de tutela contra a
Fazenda Pública, mas somente as hipóteses taxativamente previstas noart. 1º da
Lei 9.494/1997. A preocupação do Plenário desta Corte, no julgamento da ADC 4-
MC/DF, foi justamente preservar a Fazenda Pública contra o deferimento
generalizado de tutelas antecipatórias, em sede de cognição sumária, sem a
observância do contraditório e da ampla defesa. Ora, diversamente do
sustentando pelo reclamante, a decisão reclamada não deferiu antecipação de
tutela nas hipóteses vedadas pela lei, nem considerou inconstitucional dispositivo
da Lei 9.494/1997. (...) Além disso, aplica-se ao caso a Súmula 729/STF, segundo a
qual 'a decisão na Ação Direta de Constitucionalidade 4 não se aplica à
antecipação de tutela em causa de natureza previdenciária'." (STF, Rcl 8335 AgR,
Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, julgamento em 19.8.2014,
DJe de 29.8.2014)
5-DOS PEDIDOS
3- Conceder a Autora os benefícios da justiça gratuita, uma vez que esta se declara
pobre no sentido jurídico do termo, não podendo arcar com as custas processuais;
4- Ao final a confirmação da Tutela de Urgência/Liminar, julgando PROCEDENTE a
presente ação, condenando o Estado do Ceará, ao pagamento da diferença do
valor da paridade de todos os meses vencidos e vincendos, valores atrasados
desde a data da implantação da Pensão da autora, conforme processo administrativo
nº 06188417-0;
5-A intimação do representante do Ministério público, para atuar no feito como fiscal da
lei;
Dá-se a causa o valor de R$ 82.229,40 (oitenta e dois mil duzentos e vinte e nove reais
e quarenta centavos), nos termos do art. 291 do CPC, com as parcelas vencidas e
vincendas em conformidade com o art.292, III, § e 1º, do CPC.
Termos que
Pede deferimento.